High School Manual escrita por Bird


Capítulo 29
É meu dever, Mardy Bum


Notas iniciais do capítulo

OLLÁÁÁÁ
Finalmente estamos no penúltimo capítulo do último ano deles e na reta final da fic!
Espero que gostem e não esqueçam de deixar um comentário.
Beijooos ♥



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Os dias seguintes pareciam se arrastar e competir para ver qual deles era o pior. Ficou mais do que claro que Zeus voltaria para casa, e eu não podia me dar o luxo de continuar aqui e dormir sobre o seu teto, sinceramente, preferia dormir no banco de trás do meu carro. E foi considerando meu orgulho, que eu já havia arrumado metade das minhas malas. O armário já estava praticamente vazio e eu só deixei de fora o indispensável até sábado, que vai ser o dia do meu exame e o dia em que vou embora de casa pra valer. 

Eu passei o resto da semana indo últimas aulas do ensino médio, afinal, a última coisa que eu queria era uma reclamação de Dionísio ou reprovação por faltas. O último dia de aulas ia ser na sexta, e só pisaríamos no colégio de novo para a cerimônia e festa de formatura, que demoraria mais dois longos meses para chegar. 

Quando contei a Luke, Percy e Annie sobre o acontecido, houve alguns minutos de silêncio, tanto por consideração a mim e por surpresa, pois foi um desfecho que nenhum de nós imaginava. 

Se está se perguntando, eu não contei a Jason, e antes que me apedreje, vou explicar o motivo. Se eu contar, Jason vai sentir o mesmo nojo que estou sentindo de Zeus agora. Ele não vai lembrar de todo o "amor" que Zeus demostrou a nós quando se despediu para viajar, do mesmo jeito que eu também não me lembro. 

Ele vai querer ir embora comigo, mas não vai ser possível com sua menor idade. Então o máximo que eu o causaria seria uma raiva que não pode expressar e frustação. Por fim, preferi guardar isso para mim, ocupar o máximo a minha mente e me concentrar muito na prova que vou fazer. 

Já era noite quando Luke me ligou. 

— Alô? 

Oi, muito frio aqui fora, faz o favor de abrir a porta?— Olhei confusa pelo parapeito da janela e encontrei Luke na porta. 

— Já tô descendo. – Desliguei o celular e desci as escadas. 

Segurei na maçaneta fria da porta e a abri. O sorriso de Luke se abriu quando me viu. 

— Você fica muito fofa nesse pijama, mas creio que não vai querer sair de casa com ele. – Revirei os olhos sorrindo. 

— Obrigado por me resgatar de dentro daqueles livros. – Disse. – Eu vou trocar de roupa... Para onde vamos? 

 – Tem um karaokê incrível no centro da cidade... Acharei que gostaria de se sentir com dezessete anos mais uma vez. 

Assenti e abri mais a porta, lhe dando passagem e subi as escadas. 

Minha vontade de sair de debaixo do edredom hoje era zero. Eu planejava apenas assistir algum filme dramático e comer algo com muito carboidrato, mas Luke mudou meus planos. Ele dedicou um bom tempo dessa semana me convencendo a sair de casa, e graças a seu esforço, aqui estava eu. 

Vesti uma calça jeans e uma camiseta preta. Peguei minha jaqueta, calcei os sapatos e peguei minha bolsa. Quando desci as escadas, encontrei Luke jogado no sofá, que sorriu para mim assim que me viu. 

— Vamos só beber não é? – Perguntei. – Não vamos cantar... Ou vamos? 

Peguei a chave da casa no balcão e olhei levantar. Ele riu nervoso e me olhou. 

— Cantar? Claro que não... Eu não pedi para eles colocarem Arctic Monkeys nas músicas porque eu sei que você odeia cantar. Claro que não. 

Olhei para ele com raiva, mesmo querendo muito rir. 

— Ok então, mas só uma música. – Ele sorriu. 

[...] 

Bati a porta do seu carro e encarei o que eu pensei que fosse só um karaokê de esquina. O lugar era muito mais do que eu esperava. Com luzes neon em todos os lugares, um bar grande e um palco maior ainda. Havia algumas mesas e uma pista de dança, mas minha vontade era de sentar no balcão do bar e passar a noite lá.  

O local estava parcialmente cheio, de modo que eu consegui perder Luke de vista facilmente quando ele saiu para pegar as bebidas e me deixou em uma das mesas. Tirei meu celular do bolso e encarei a foto do cartaz da peça mais uma vez. Fazer isso me deixava com o coração quente, o calor de uma caneca de chocolate quente ou de uma xícara de café. Aquele calor que embala e nina. 

Bloquei o aparelho e guardei no bolso, procurando Luke. 

— Eu queria chamar para o palco a minha namorada Thalia Grace para cantar essa canção comigo. – Luke levantou os braços no palco e recebeu aplausos. 

Umas trinta pessoas pingadas assistiam enquanto eu levantei e caminhei até o palco. Luke ofereceu a mão para me ajudar a subir e eu aceitei. 

— Uma dose de coragem? – Ele me ofereceu um shot e eu bebi antes de ouvir os primeiros acordes de Mardy Bum. 

Sorri para ele, a escolha perfeita da música. 

— Now then Mardy Bum, I've seen your frown and it's like looking down the barrel of a gun and it goes off – Elle cantou e eu não achei nada mau. 

— And out come all these words. – Cantei e o olhei sorrindo. – Oh there's a very pleasant side to you, a side I much prefer. It's one that laughs and jokes around 

E agora vinha a nossa parte preferida, a que se encaixava perfeitamente com nós. E cantamos juntos, com ele segurando minha mão e os casais pingados aplaudindo. 

— Remember cuddles in the kitchen, yeah, to get things off the ground and it was up, up and away. 

A música chegou em seus acordes finais e eu abracei Luke, que beijou meu pescoço e apertou minha cintura. Houve mais aplausos, mais calorosos depois que nos beijamos. 

— Você sabe como levantar meu humor, não é? – Disse em seu ouvido, descendo do palco. 

— É meu dever, Mardy Bum. – Ele me abraçou de lado e caminhamos até o bar sorrindo feito bobos. 


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Notas finais do capítulo

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