Coisas que Todo Mundo Faz escrita por Italiana Sonohrina Di Fainello


Capítulo 1
Trident


Notas iniciais do capítulo

Hey, gente.

Primeiramente, pra quem acompanha Whatstalia, prometo que ela será atualizada em breve. Sei que passou muito tempo desde que eu publiquei alguma coisa, mas o primeiro período da faculdade realmente me deixou acabada; a final, era uma rotina a qual eu não estava acostumada, e resolvi me focar apenas nela, ao menos no primeiro período, para que eu me habituasse. Prometo tentar não sumir de novo, mas o bloqueio também estava grande, e finalmente consegui escrever algo. Essas ones são bem pequenas, e pretendo fazer mais dessas; e provavelmente voltarei com Whatstalia essa semana ainda.

No mais, espero que aproveitem a leitura.
Caso alguém tenha alguma sugestão de coisas do estilo que eu abordarei aqui, é só mandar, que tentarei fazer.
Os OCS, ao menos a maioria deles, para quem ainda não conhece, podem ser encontrados em alguns capítulos de Whatstalia.

Esta one tem como personagens Rio de Janeiro (Gabriel Rios da Silva) e Espírito Santo (Carlo Ortiz dos Santos).
Sim, resolvi alterar os sobrenomes dos personagens, para que não levem todos o mesmo sobrenome; a final, acho que uma reunião em que todos os participantes tem o mesmo sobrenome seria meio estranho para quem não sabe da identidade deles. Até que no Brasil com "Da Silva" é tudo ok, mas imagina na Itália com "Vargas", que mais parece sobrenome espanhol, xd. Sério, gente. Não sei o porque desse ser o sobrenome dos Itálias, mas tenho quase certeza que esse sobrenome não é italiano. Bom, mas eu não sou o Hidekaz, então não sei né...

Enfim, aproveitem.



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01: TRIDENT.

Era mais um daqueles dias irritantes em que Espírito Santo passaria horas no aeroporto. A reunião dos estados brasileiros havia sido em Brasília aquela vez, e justo naquele dia não havia qualquer avião que pudesse pegar diretamente para Vitória, o que o havia obrigado a fazer escala no Rio de Janeiro. Claro que tinha a casa de seu pai, Brasil, onde ele e seus irmãos passavam grande parte de seu tempo; mas ele tinha coisas importantes para fazer em seu estado, então a doce ideia foi por água a baixo; restava rezar para que o tempo passasse rápido, porque ele já não agüentava mais aturar Rio de Janeiro cantarolando “Cidade Maravilhosa” no seu ouvido.

— Aff mas você poderia calar a boca, sabe?. – Comentou, no tom mas amargo que conseguiu no momento.

O carioca balançou a cabeça.

— Credo, Santo. – Disse, em um tom de falsa indignação. – Eu nem to incomodando.

— Está sim. – Respondeu de imediato, levantando do assento em que estava sentado enquanto esperava a hora de embarcar para o Rio. – Agora vigia meu assento que vou caçar algum lugar onde eu possa comprar café.

O carioca assentiu, sem antes tirar uma nota de vinte do bolso e estendê-la ao irmão. – Já que você está indo, trás pra mim também. Aproveita e compra algum chiclete pra mascar no avião, porque se bem te conheço você vai precisar, e digamos que eu também. Acho que mais de vinte não deve ficar...

— E se ficar?. – Foi a pergunta sacana do irmão, que aceitou a nota. Sabia que apenas uma xícara de café ali ficaria uns dez reais, e como sabia bem que Rio não mascava outro chiclete senão Trident, pelo visto não sobraria troco para o carioca. O próprio capixaba já estava triste de pagar um café para si.

O carioca deu um sorriso cruel.

— Se ficar... – Falou, dando uma pausa de suspense. – É só colocar na conta que o Brasília tem aqui...

O capixaba assentiu, e se mandou dali, rindo enquanto sussurrava para si o quanto seu irmão era problemático.

Rio esperou uns dez minutos até que avistou os inconfundíveis cabelos loiros sempre penteados da mesma forma que os de Itália do Norte.

— Aqui está. – Disse o capixaba, quando chegou no local. Este estendeu a xícara para o irmão, que a pegou com um “obrigado” carregado de sotaque carioca. Espírito Santo sentou-se, bebericando seu próprio café.

                ...

O loiro quase dormia recostado ao encosto macio do assento onde estava. Ao seu lado, Rio de Janeiro olhava pela janela do avião, enquanto com as mãos pressionava os ouvidos. Quando percebeu isso, o capixaba logo lembrou-se do chiclete que havia comprado no aeroporto, e que distraidamente havia posto no bolso de sua jaqueta. Retirou o pequeno pacote de Trident e estendeu um chiclete para o outro.

                - Valeu, Santo. – Disse, enquanto pegava o doce e o jogava na boca com papel e tudo.

                - Fala sério que você não desembrulhou o chiclete!. – Exclamou o espírito-santense.

— Mas é comestível. – Fez o outro, enquanto uma careta de desgosto tomava conta de seu rosto. – Só que é horrível...

O capixaba deu com a mão na testa.

— Ninguém merece. – Suspirou ele, enquanto desviava o olhar, e aos poucos adormecia.


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Notas finais do capítulo

Mascar Trident com o papel, por que é comestível... Xddd eu nunca fiz isso, mas quase fiz quando descobri, xdddd.

Curiosidade: "ninguém merece", é mania de capixaba. Capixaba fala muito isso, até de mais. E sim, eu moro no espírito Santo, mas sou mineira; apesar de ser capixaba de alma.
Curiosidade 2: O gentílico do Espírito Santo é Espírito-Santense, enquanto capixaba é quem nasce em Vitória. O problema é que isso popularizou, e acabou que pegou no estado todo.

Espero que tenham gostado. Críticas e sugestões são sempre bem vindas.
Ciao!.



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