Noivos por Acaso escrita por BeaFonseca


Capítulo 7
Capítulo 06 - Um beijo inesperado.




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O dia havia sido longo, e eu e Oliver mal trocamos duas palavras depois do ocorrido.. ou quase ocorrido na cafeteria. Aquela sensação de frustração ainda pairava em meus pensamentos. Odiava quando eu não conseguia satisfazer meus desejos, mesmo sabendo que aquilo seria loucura.

            Percebi de relance, que Oliver ria com alguma conversa paralela com o pais e o meu padastro. Ele era muito bonito. Ainda mais quando sorria, e isso me incomodava profundamente. Não era só o fato de estarmos em uma situação complicada. Mas porque, mesmo tão perto, ele me parecia tão distante...

— (...) Filha! – Me assustei com o quase grito da minha mãe. Levei as mãos ao ouvido, resmungando mentalmente.

— A senhora não perde mesmo esse hábito de gritar, não é? Estou perto! – Ralhei. Ela cruzou os braços, impaciente.

— Eu não teria gritado se esta não fosse a terceira vez que venho chamando. – Disse. – Sei que o Oliver é um pedaço de mal caminho, mas não precisa parar o mundo para ficar admirando seu noivo!

— Mãe! – Revirei os olhos. – Ninguém mais usa “pedaço de mal caminho” – Fiz aspas com a mão. Ela riu, claramente se divertindo com meu embaraço por ter sido pega no flagra.

— Olhe só para você, toda apaixonada... – Tocou em meus cabelos, alisando-o. – Fico feliz em te ver assim.

            Não consegui dizer nada. Mordi os lábios. Ela estava certa, infelizmente. Porque eu estava me apaixonando por Oliver, e não me dei conta disso. Mas infelizmente, ele não me via da mesma forma. E eu não correria atrás. Eu não era esse tipo de garota.

— Vem, ainda não vi o seu vestido! – Tentei mudar de assunto, puxando-a escada acima. Suas ideias me distraiam, e eu precisava de distração.

            Foi um longo dia de trabalho. O vestido era lindo, porém, ousado. Bem o estilo de Donna Smoak. Mesmo querendo recriminar, pensei que não seria bom nas vésperas do casamente, criticar alguma coisa da noiva.

            Quando a noite finalmente caiu, eu e Oliver voltamos para casa em um silêncio constrangedor. Eu não sabia como isso tinha acontecido. Parecíamos dois estranhos dentro de um carro, o que era ridículo, porque até aquela manhã, lembrávamos de nossa adolescência.

— Você está bem? – Perguntei, preocupada. Ele sorri de lado, ainda focado na estrada.

— Claro, porque não estaria? – Manteve o sorriso. Mas senti que havia algo de errado. Oliver parecia calado demais.

— Você mente muito mal. – Falei, tentando provocá-lo. Ele riu, e isso me deixou aliviada.

— Estou bem. Mas e você? – Desta vez, deu uma leve olhadela para mim.

— Claro, porque não estaria? – Provoquei, tentando imitar sua própria voz.

            Mais silêncio. Porém, desta vez, durou pouco, já que tínhamos chegado no apartamento. E por alguma razão, Oliver me surpreendeu dando inicio a um papo sobre como gostava daquele apartamento, e que sentia vontade de voltar a morar ali. Falou coisas aleatória de como conseguia ver a neve tão claramente caindo pela janela no inverno.

— (...) Não sei se você lembra disso. – Ele olhava para a janela, e me aproximei da mesma, curiosa com o que ele dizia.

— Muito pouco. – Respondi. – Mas gostaria de ver. – Sorrir. Ele também.

— Podemos ficar mais um pouco por aqui, o inverno está próximo... – Sugeriu, mas não olhava para mim. Senti que ele queria dizer mas alguma coisa.

— Por mim, tudo bem. – Respondi. De qualquer forma, eu estava mesmo pensando em aproveitar um pouco a minha família. Não queria ter que voltar e me deparar com Cooper.

            Pensando em Cooper, encolhi meus ombros. Ainda sentia raiva pelo que ele havia me feito, e não estava pronta para vê-lo novamente, nem tão cedo. Sentia que poderia matá-lo.

— Vamos ter que segurar a ideia do casamento mais um pouco... – Oliver disse, me lembrando deste detalhe.

— Podemos fazer isso. Não é tão difícil enrolar nossos pais. – Dei de ombros, entre risos. Ele fez o mesmo. – Mas é difícil segurar a empolgação de Donna Smoak, você sabe.

— É... – Ele riu. – Ela me disse uma coisa hoje que custo a acreditar. Acho que deve ser mais um dos exageros dela. – Fiquei curiosa com isso. Erguia  sobrancelha, esperando que dissesse. – Ela disse que te encontrou praticamente babando por mim em um canto da sala. E pediu pra eu ser menos bonito, porque isso te distraía. – Riu.

            Senti minhas bochechas arderem. Se Donna Smoak não fosse a minha mãe, eu já teria esquartejado ela por esse constrangimento. Levei as mãos a testa, custando a acreditar também nesse fato. Evitando olhar nos olhos de Oliver, tentei me explicar.

— Eu não estava babando! – Tentei me defender. – Eu estava achando bonito a interação com seu pai. Ele me parece muito bem, ultimamente. – Soltei, em parte, mentindo. Oliver sorria de lado, mas parecia acreditar em minhas palavras. – Mamãe estava sendo exagerada, é claro.

— Sim... – Deu uma tossidela. – Ele parece bem melhor, e acho que o motivo é o nosso suposto casamento.

— Hum... – Expressei, voltando a olhar para a janela, distraída.

            Não reparei, no entanto, que Oliver ainda me encarava. E antes que eu pudesse me sentir incomodada pela avaliação completa, senti suas mãos puxarem minha nuca, trazendo nossas bocas para um enlace perfeito. Involuntariamente, eu fechei os olhos, esperando que aquilo fosse apenas um impulso da parte dele. Mas ele continuou, e eu cedi. Não lembro por quantos minutos a mais ficamos naquela bolha apaixonante.

            Eu realmente não conseguia pensar em nada, e estava entregue aquelas sensações intensas. Mas eu sabia que não iria durar para sempre. E eu sentia medo do que ele poderia dizer logo após aquele beijo. Quando nos separamos por falta de ar, me afastei de seus braços e corri para o quarto.

            Oliver não poderia está brincando comigo. E se ele estivesse querendo se aproveitar da situação? Ele não poderia ter descoberto que gosta de mim assim da noite pro dia. Era quase impossível. Ele ainda amava Laurel.

            Suspirei.

            Olhei para a porta trancada. Ele não batera na porta. Não correu para se justificar. Talvez estivesse arrependido.

            Como o olharia no dia seguinte?

            Sentei na beirada da cama, ainda assustada com o que tinha acontecido. Levei as mãos aos lábios. Sentia que havia me satisfeito por um lado, mas frustrada por não haver objetivo em tudo aquilo.

            Incrivelmente, eu não estava chateada come ele por ter me beijado. Talvez nem ele mesmo soubesse o motivo. E se estivermos indo por um caminho sem volta? Eu poderia ter alguma esperança em relação a “nós”?

            De qualquer forma, eu acho que só descobriria amanhã, porque não tinha coragem alguma de voltar e perguntar.

            Era uma covarde.

            Ele teria interpretado errado minha fuga?

— Droga... – Xinguei a mim mesma. Levei o travesseiro ou rosto em uma vontade louca de gritar. Mas não o fiz. Não seria apropriado.

            Só esperava ter coragem o suficiente para enfrentá-lo na manhã seguinte. Me joguei na cama.

— Oh dia...   

   


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Notas finais do capítulo

Oiii gentee!!

Primeiro, se que estão querendo me matar pela demora. SEI DISSOOO.. ME PERDÕES!!!!!!! ♥ AMO VCS

Agradeço imensamente o carinho e os comentários pedindo por mais na fanfic. Saibam que vejo todos eles e fico frustrada por não ter criatividade mais para continuar. No entanto, HOJE, acordei bastante empenhada a postar este capítulo que estava quase pronto. Terminei agora. Pensei em postar dois de uma vez, mas ainda não finalizei o próximo, e acho que amanhã estarei postando!!! TENTAREI!!!

MAIS UMA VEZ, AGRADEÇO POR TODOS OS COMENTÁRIOS, E ESPERO MESMO QUE NÃO ME ABANDONEM! Eu volteiiii!!! ♥

Bjssss



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