Permita-se Recomeçar escrita por Kíria Kim


Capítulo 29
Capitulo 29




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Uma hora depois meu celular toca, era o mesmo número privado, atendi no segundo toque, extremamente ansioso para ouvir a voz da Aline.

A mesma voz feminina e irritante de antes falou.

— Em sinal de minha boa vontade permito que o senhor converse com sua namorada por alguns minutos.

Em seguida ouvi a voz da Aline.

— Alô Derek.

Ouvir sua voz fez meus olhos encherem de lágrimas, fiz uma promessa silenciosa, eu iria tirá-la daquele lugar.

— Oi Docinho, você está bem, tá ferida?

— Calma Coração, estou bem na medida do possível e não estou ferida, você sofreu um atentado, está machucado?

— Não estou fisicamente bem, não se preocupe, escute bem o que vou falar, fique tranquila, vou te tirar daí, vai ficar tudo bem, confie em mim.

— Eu confio Derek, preste atenção minha sequestradora é Helena Garcia, tome cuidado, eu te amo.

— Também te amo Docinho, confie em mim.

De repente a voz irritante voltou com sua reivindicação.

— Prazer sr. Kinsgley, agora o senhor sabe quem sou, mas isso seria só uma questão de tempo, não é mesmo? Sou Helena Garcia, filha mais velha de Antônio Garcia, portanto agora o senhor tem onze horas para trocar as provas pela Aline, sugiro que colabore pois não hesitarei em cumprir minhas ameaças.

Toda vez que ela fazia uma ameaça meu corpo gelava, eu não estava acostumado a esse sentimento de impotência e medo, eu precisava ter mais informações sobre essa mulher.

Corri para minhas pesquisas, tinha que haver algo sobre ela, tinha que saber exatamente com quem estavamos lidando.

Encontrei informações interessantes sobre ela, ela agia nas sombras, por isso seu nome nunca entrou em pauta, mas agora que tinha provas contra seu pai ela resolveu entrar em ação.

Helena Garcia era filha mais velha de Antônio Garcia e também seu braço direito na quadrilha, também tinha dois irmãos que foram mortos em confronto com a polícia.

Ela era uma mulher muito perigosa, com personalidade marcante, beleza extraordinária e inteligência para o crime fora do comum, uma exímia atiradora que não hesitava em eliminar um alvo, sua função na quadrilha era organizar os roubos de cargas de produtos eletronicos, usando sua beleza e influência ela seduzia os homens para conseguir informações privilegiadas e ter sucesso nos ataques.

Munido de todas essas informações liguei para o Luís que estava no hotel com nossos amigos montando a estratégia de invasão e resgate da Aline.

Nossa comunicação era por telefone, pois a suspeita de estar sendo vigiado me impossibilitava de encontra-los.

Muito cansado e com um pouco de dor fui para casa escoltado por dois policiais, que ficaram fazendo ronda pela redondeza.

Eu estava completamente esgotado, meu corpo doia um pouco, tomei um banho e depois o remédio que a médica me receitou, fiz um lanche leve, mas não conseguia dormir, sentei em minha cama e fique olhando o quadro com a fota da Aline, eu estava muito nervoso e tenso, não conseguia acreditar que a vida dela dependia do sucesso no plano do Luís, o plano dele era bom e nossos amigos eram muito competentes, eram profissionais altamente treinados e com várias missões de resgate muito bem sucedidas.

Mas era a Aline, eu estava angustiado, queria que fosse eu a entrar daquela casa e resgatá-la e uma vez a salvo iria coloca-la em uma redoma para que nada de mau a acontecesse.

O plano do Luís consistia em uma invasão bem sincronizada, a prioridade era o resgate da Aline, com sorte conseguiriamos a prisão de alguns integrantes da quadrilha.

Paul era o estrategista, ele operava toda a parte de inteligência e logística do resgate, com a localização do cativeiro, fotos e vídeos ficou mais fácil montar a operação.

Will era um Snipper, um atirador de elite especialista em armas, em torno do cativeiro havia vários morros, muito apropriado, pois Will ficaria bem no topo de um morro voltado para o lado esquerdo, com isso ele teria uma visão do alto e daria cobertura a seus dois amigos que entrariam em ação.

John e Connor eram mais que amigos, eram irmãos, eles serviram na guerra no Iraque e no Afeganistão, eram fuzileiros navais experientes, com um histórico invejável de missões bem sucedidas.

Contavamos com o elemento surpresa, pois ninguém esperava que iriamos atacar, Will, John e Connor tinham no capacete camêras que nos possibilitava assistir toda a ação, usavam ponto auditivo para ouvir uns aos outros e um microfone para comunicação.

Paul ficou no hotel onde montou um verdadeiro quartel general com seus equipamentos e computadores, Luís e os outros três foram em uma van para o cativeiro, Enquanto acontecia o resgate Luís ficaria na van afastada do local, esperando o sinal para aproximar-se.

Eu estava uma pilha de nervos, precisava fazer alguma coisa ou iria surtar, então implorei ao Luís para me dar a localização do cativeiro, eu iria com os policiais e ficaria com ele esperando o sinal, eu precisava estar lá quando Aline fosse resgatada, eu precisava tê-la em meus braços e nunca mais solta-la.

Os dois policiais que me escoltavam vieram me buscar com um carro diferente, a garagem do meu prédio era subterranêa, vesti uma calça preta com tênis escuro e moleton com capuz, cobri minha cabeça assim que o elevador da garagem abriu, caminhei até o carro e entrei, demos algumas voltas para despitar alguns espiões, então nos dirigimos para o cativeiro.

Nunca fui um homem de sentir medo, mas naquele dia confesso que estava apavorado, tudo, absolutamente tudo teria que dar certo, eu tinha fé, eu acreditava nos meus amigos, eu acreditava que Deus não me tiraria a única razão que eu tinha para viver, esse pensamento me seguiu por todo o caminho.

Na minha cabeça eu tinha um mantra, tudo daria certo, Aline voltaria para mim sã e salva.....tudo daria certo, Aline voltaria para mim sã e salva....


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