O resgate da Aline aconteceria naquela manhã, pois não tinhamos muito tempo, pelos calculos toda a operação de resgate duraria uns quinze minutos.

Os policiais encostaram o carro atrás da van, estavamos afastados da casa seguros por entre as árvores, sai do carro e entrei na van com o Luís que acompanhava toda a ação através de um tablet, assistir aquilo me deixava angustiado e nervoso, para manter a calma me peguei recitando meu mantra várias vezes.

Paul estava vendo, ouvindo e se comunicando com os outros do hotel, Will se posicionou no topo do morro, John e Connor estavam escondidos atrás de uma árvore esperando o melhor momento para entrarem em ação.

Haviam três homens espalhados ao redor da casa e dois na frente dela, todos armados e circulando, a formação dos homens era a mesma das fotos e vídeo, assim a invasão estava saindo como planejado.

Will atirou no primeiro homens do lado esquerdo da casa, o mesmo nem soube o que o atingiu, pois nem barulho foi feito, ao mesmo tempo os irmãos sairam da árvore para a frente da casa, cada um imobilizou e desmaiou um homem, enquanto Will derrubava os outros dois homens.

Os irmãos entraram na casa, encontraram o quarto que Aline estava, abriram a porta e a encontraram deitada em um colchão.

John ficou na porta do quarto de guarda, Connor entrou e foi em sua direção, ela levantou assustada, ele se apresentou e disse que iria resgata-la, ela relutantemente acatou o que ele disse e o acompanhou.

Quando a vi através das camêras, meu coração disparou, ela estava bem, pelo menos fisicamente, minha vontade era de sair correndo, ir até ela e abraça-la com todo meu amor, mas me contive pois a operação estava em andamento.

John e Connor sairam com ela da casa, deram o sinal para Luís e eu nos aproximarmos.

Desci da van correndo e fui de encontro a Aline, ela estava escorada no Connor, pois estava muito fraca e pálida, a abraçei forte, era o lugar que eu a queria sempre, senti seu cheiro, precisava me afogar em sua pele, me senti em casa de novo.

Ela me abraçou e começou a chorar compulsivamente, eu apertei meu abraço para acalma-la.

— Calma meu amor, acabou viu, tudo acabou bem, eu a tenho de volta. Falei emocionado enquanto beijava seu rosto.

— Tive muito medo de não te ver outra vez, medo que alguma coisa acontecesse a você. Ela disse entre soluços.

— Tudo acabou bem, estamos bem e vou leva-la para casa, você precisa de cuidados. Disse preocupado.

Enquanto eu acalmava e acalentava Aline, John, Connor e Luís algemava os três bandidos, os outros dois haviam sido abatidos por Will, como era de praxe Will era o primeiro a se posicionar e o último a deixar o lugar, sempre alerta e em guarda.

De longe ele viu que estava se aproximando um carro, percebendo a movimentação o carro parou e seus ocupantes desceram dele se espalharam por entre as árvores.

Nesse momento começou uma troca de tiros entre nós e os bandidos, Will abateu três deles, os outros dois estavam feridos.

Eu e Aline nos abrigamos atrás da van, quando acabou o tirotéio saimos dela, nossos amigos estavam bem, quando de repente ouvir o Luís gritar e correr em minha direção, ele se jogou em cima de nós, foi quando ouvi um estampido de um tiro.