Permita-se Recomeçar escrita por Kíria Kim


Capítulo 28
Capitulo 28




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                          Derek

Fui resgatado e levado para o hospital, apesar da minha relutância os paramédicos insistiram que eu precisava de exames.

Cheguei ao hospital e fui atendido por uma médica, era uma senhora de mais ou menos uns cinquenta anos, atenciosa e prestativa, de nome Dolores, ela me fez todas as perguntas de praxe e me encaminhou para fazer um Raio X, um enfermeiro me acompanhou no exame, logo após o exame Dra. Dolores me deu três pontos no supercílio e fez corativos nos meus braços.

Meu Raio X estava ok, não quebrei nada, só meu corpo que estava dolorido por causa da batida, ela me deu um remédio para dor.

Eu estava muito ansioso pois o Luís estava demorando para me ligar, ficar no escuro sem informações me deixava aflito, estava com o celular na mão para ligar para o Luís quando ele chegou no hospital escoltado com dois policiais.

Os policiais estavam em posição de guarda e muito alertas, o Luís costumava ser muito sereno e calmo, mesmo nas situações mais estressantes, mas desta vez ele estava nervoso, então presumi que havia algo muito errado.

Eu estava em um quarto de hospital, vestindo uma ridícula camisola, completamente assustado e enfurecido por estar longe da Aline, tudo que eu queria era que ela estivesse ao meu lado, sentir seu cheiro, tocar sua pele macia e me afogar em seus beijos, ao invés disso, eu estava andando de um lado ao outro como uma fera enjaulada enquanto Luís me contava o que havia acontecido.

A medida que Luís narrava os fatos, minha mente ficava cada vez mais escurecida, minha raiva aumentava como minha impotência em mantê-la segura.

Antes mesmo de Luís terminar seu relato eu me vi quebrando tudo que aparecia na minha frente, Luís me segurou firme e começou a gritar por ajuda.

Vi com a visão turva, devido minha ira, a Dra. Dolores acompanhada por dois enfermeiros vindo em minha direção, senti uma picada e logo meu corpo amoleceu, apaguei instantâneamente.

Acordei um tempo depois completamente perdido, Luís estava ao meu lado e os guardas do lado de fora da porta.

Me lembrei o que havia acontecido, não pude acreditar, mais uma vez tomei a decisão errada e agora a vida da Aline estava em perigo.

Luís me entregou um bilhete, enquanto lia senti todo meu corpo gelar...meu Deus à culpa era minha, eu tinha que fazer alguma coisa, não iria me perdoar se alguma coisa acontecesse com Aline, Luís disse que tinha um plano e já o tinha posto em ação. Então ele começou a me explicar seu plano.

— Derek fique calmo, surtar não vai trazer Aline de volta, vamos trabalhar juntos para tudo dar certo. Meu plano é arriscado, mas se trabalharmos juntos tudo correrá bem, lembra-se dos nossos amigos do GEORT, liguei para eles e expliquei a situação, eles se prontificaram a ajudar e estão no avião vindo para cá.

Quando moravamos nos EUA tinhamos quatro amigos que faziam parte do GEORT( Grupo Especial de Operações em Resgate), um deles cuidava da parte de inteligência e logística, os outros três entravam em ação, trabalhavam sincronizados e eram silenciosos como gatos.

O plano do Luís era bom, arriscado mas bom, tinhamos que ter cautela e saber a localização do cativeiro.

A médica me examinou outra vez, vendo que eu estava calmo e bem me deu alta e uma receita com prescrição de remédios para dor.

Saimos do hospital e fomos para a delegacia, a Karina estava nos esperando, depois do sequestro Luís colocou policiais para escoltá-la, todos nós estavamos apreensivos.

Depois que recebi a ameaça, instalei um chip localizador no celular da Aline, com sorte o sinal nos levaria ao seu cativeiro.

Acessamos o chip e ele nos mostrou que o celular estava há mais ou menos uns cem quilometros de distância da delegacia, Karina e eu ficamos na delegacia com um grupo de policiais, pois eu esperaria o contato, Luís e outra equipe de policiais iriam até a localização do celular.

Luís encontrou a bolsa da Aline jogada numa vala em uma estrada de terra, ela estava entacta, com celular, carteira, documentos e dinheiro.

Perto dali havia uma pequena cidade, Luís e os policiais  espalharam-se para fazer uma melhor busca, mostrando a foto dela, perguntando se alguém havia visto algo estranho ou diferente, ninguém viu nada, porém um morador deu uma informação valiosa, ele disse que há uns vinte quilometros dali havia uma casa abandonada, era um lugar ermo, ideal há um esconderijo.

Luís com seu grupo de policiais foram checar a informação e encontrou a casa com dois homens armados na porta da frente, mais alguns espalhados pelo perímetro da casa, pela lógica aquele era o cativeiro da Aline.

Luís tirou algumas fotos e gravou vídeos para podermos usarmos na estratégia de invasão e resgate da Aline, logo após ele voltou para a delegacia.

Já era madrugada e o próprio Luís com dois policiais escoltaram Karina para casa, ela iria para o apartamento do Luís, que digam de passagem era mais seguro que o meu, havia câmera de segurança no saguão, elevadores, corredores e até dentro do apartamento.

Nossos amigos chegariam em mais ou menos três horas, eles iriam para um hotel, já que tinhamos suspeitas que estavamos sendo vigiados, Luís iria encontra-los e me passar toda a estratégia por telefone.

Passava das quatro da manhã quando meu celular tocou, o número era privado, eu sabia que seria o contato, o pontapé inicial para o plano funcionar ou ser arruinado de vez.

Atendi o celular e uma voz feminina encheu meus ouvidos.

— Boa noite sr. Kingsley, acredito que esteja ansioso para saber qual o preço do resgate, estou certa?

— Chega de enrolação e diga logo o que você quer? Disse enfurecido.

— Calma Dr. temos algum tempo, o que eu quero é simples, junte todas as provas contra Antonio Garcia, trocaremos elas pela sua namorada, dou a você doze horas, aguarde o contato para marcar a troca.

— Tudo bem aceito a troca mais antes preciso saber que Aline está bem, preciso falar com ela. Disse esperançoso.

— Vou dar ao senhor essa cortesia, mas pense bem não faça nenhuma gracinha ou Aline não verá o sol nascer, ligo daqui uma hora.

A mulher encerrou a ligação e meu coração ficou mais esperançoso, afinal Aline parecia estar bem fisicamente, eu tinha que ter fé que tudo iria terminar bem, que o plano do Luís iria funcionar ou eu perderia todas as provas contra o chefe de uma quadrilha altamente armada e letal.


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