Depois da primeira briga de Embry e Leah o mês passou rápido. Sam se afastou de Leah graças às palavras de Seth e até tentava fazer Emily feliz. Mas muitas vezes ele dizia o nome de Leah quando eles estavam na cama e isso deixava Emily humilhada e triste.

Num dia Sam estava lembrando-se de Leah e percebeu que não estava agüentando ficar longe e que sentia muita saudade de sua ex-noiva, então ligou para ela.

_Alô?

_Leah – Sam falou o nome dela com os olhos fechados, em transe – Lee...

_O que quer, Sam? – Leah se assustou com a ligação inusitada.

_Lee, podemos nos encontrar? – Ele pressentiu que ela diria não – Por favor, Lee! Não quero nada, apenas conversar com você...

Ela pensou e decidiu que iria, afinal precisava falar algumas coisas com Sam e essa era uma boa oportunidade.

_Me espere a noite naquela lanchonete que íamos sempre. E nem pense em levar a vagaba, senão mato ela, entendeu?

_Não levarei a Emily.

Leah desligou e se sentou no sofá, suspirando. Pensou nas mudanças que aquele mês novo trouxe. Ela e Embry estavam melhorando as coisas, mesmo ele ainda sendo um bebê chorão, como ela apelidou ele. Naquela semana Embry teve que viajar para resolver algumas coisas e Leah sentiu saudades. Mas naquele dia acabou esquecendo isso, pois sua preocupação estava na conversa que teria com Sam.

Ela passou a tarde toda meio dispersa e desatenta. Pensou em tudo que queria falar a ele, para não se esquecer de nada no momento certo.

Sam estava apreensivo, pois há mais de duas semanas que não via Leah e isso estava acabando com ele. Seu plano de tornar Leah amante dele ainda estava de pé e ele decidiu que não tentaria mais ficar longe dela. Ele não conseguia.

_Amor? – Emily gritou da sala.

_Que foi? – Sam respondeu do quarto, contrariado.

Agora ele teria que inventar uma desculpa qualquer para sair à noite. Afinal tinha uma leve impressão de que Emily não iria gostar se soubesse com quem ele iria sair.

_Amor? – Ela abriu a porta do quarto e entrou – Está estranho. O que foi?

_Nada que tenha que saber.

_Sam, não precisa ser assim comigo – Seus olhos marejaram e Sam ficou arrependido.

_Desculpe, Mi... – Ele a abraçou – Estou preocupado. Só isso.

_Quer contar... – Ela sorriu maliciosa – Ou quer fazer algo mais interessante?

Sam olhou o relógio. Faltava menos de meia hora para ver Leah.

_Desculpe, Emily – Ele levantou da cama – Tenho que sair agora.

_Ah, amor... – Ela falou contrariada – Aonde vai?

_Sair, Emily, sair... – Sam desceu as escadas correndo, sem dar chance para Emily se opor.

Quando ele chegou à lanchonete, Leah já estava lá, sentada de costas para a porta.

_Linda como sempre... – Sussurrou para si mesmo, se aproximando da mesa.

Quando chegou perto dela, Sam a abraçou e ela correspondeu. Leah também sentia saudade de Sam, não poderia negar isso.

_Leah, eu te amo... Nunca vou mudar isso.

_Sam, eu estou recomeçando minha vida com Embry. Faça o mesmo com Emily.

Ele ficou bravo e não aceitou bem o que Leah disse.

_Leah, um dia eu te mostrarei que seu lugar é comigo. Podemos ser amantes, eu não me importo.

_Mas eu sim, Sam – Ela acariciou o rosto dele – Nunca trairei Embry se um dia tivermos um relacionamento sério. Nunca.

Sam olhou para baixo, derrotado e Leah continuou.

_Um dia meu amor por você vai virar apenas carinho de lembrança. Nada mais. Emily pode ter me traído, mas eu não farei o mesmo com ela pois não tenho natureza safada.

_Leah, posso te pedir um último beijo?

Ela aproximou seu rosto dele e tocou os lábios de Sam com os seus. O beijo foi como sempre cheio de desejo, mas Leah sentiu a diferença, percebendo que os de Embry era melhores. Assim que separou os lábios dos de Sam, se sentiu observada e olhou para trás.

Embry estava parado na porta da lanchonete e uma lágrima escorria de seus olhos. Ele se virou e foi embora, correndo.

_Droga! – Leah se levantou correndo e decidiu ir atrás dele – Quando Embry e eu estamos bem isso acontece!

Ela falava sozinha, com vontade de se matar.

_Como fui idiota! Vou até a casa de Embry e farei ele me escutar!