Tudo Muda. escrita por Hideki4500


Capítulo 6
Escolhidos.


Notas iniciais do capítulo

Então pessoal, me desculpe pela demora, essa história vai começar a andar, eu prometo.



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—Essa marreta produz uma quantidade imensa de energia, nem consigo ler a maquina direito. - Falou o Dr. Hofstadter, um físico experimental que havia sido convidado para dar aulas por alguns meses naquela que era uma das maiores universidades do México. 

 

Eles estavam olhando para a tela de computadores o dia inteiro para ver se conseguiam alguma pista do que exatamente era aquele martelo. Chaves olhou para Felipe que anotava cada palavra do cientista, como se tentasse aprender alguma coisa. O rapaz lentamente caminhou até ao lado do mordomo e lhe tocou o ombro. 

 

—Precisa descansar um pouco, depois faremos mais alguns testes e então te chamo.  - Falou para seu mordomo, ambos ficaram se olhando durante um tempo antes de Felipe tirar a mão de Chesperito de seu ombro. - Não? Então tudo bem, como quiser. - Ele disse voltando para o lado do Dr. Hofstadter para olhar novamente para a tela. 

 

—Você me disse que a marreta não permite que outros além de você a utilize seus poderes, certo? - Perguntou o cientista. - Talvez tenhamos respostas mais claras caso encontremos mais alguém que consiga usar os poderes dela. Eu sou apenas físico, acho que devia procurar outro tipo de cientista para esses testes. -Ele se levantou de sua cadeira e caminhou até a marreta biônica, ele mal encostou na arma e caiu de costas segurando a mão enquanto se contorcia.  

 

Chaves correu até o cientista e o ajudou a se levantar. 

 

—Você está bem Leonard? - Perguntou, Hofstadter concordou com a cabeça. 

 

—Levei uma descarga elétrica. - Falou olhando para a mão e em seguida para a Marreta. 

 

—Desculpe, eu devia ter avisado antes, mas não achei que fosse encostar nela. É a primeira vez que vejo alguém levar um choque, geralmente o efeito é outro. - Pegou a marreta e a balançou no ar como se a estivesse testando e em seguida a colocou de volta. - Vem, vamos procurar ajuda médica pra ver se o choque não te afetou em nada. - E assim ambos saíram da sala deixando Felipe sozinho. 

 

O mordomo caminhou até a marreta, era a primeira vez que via algo daquele tipo, ela não brilhava, não emitia som mas ele sentia que algo o chamava ali. Ele encostou nela. Não sentiu dor, não levou choque. Ele a levantou e olhou pra ela, seu rosto se refletia na superfície vermelha.  

 

—Felipe, o que está fazendo? - Chaves entrou correndo na sala e segurou a marreta para puxa-la, porem Felipe não a soltou. - Solte a marreta, eu estou mandando. - Um brilho vermelho começou a partir da arma e então uma explosão destruiu a sala e arremessou os dois para longem em direções opostas, a marreta flutuou e então caiu. 

 

Chaves se levantou, sentia dor em todo o corpo, olhou para a direção de onde tinha vindo, tinha que recuperar a marreta, ele então começou a caminhar. 

 
(...) 

Felipe abriu os olhos, se sentia diferente. Se levantou, olhou em volta e apesar de nunca ter estado ali, sentiu como se já soubesse tudo sobre aquele lugar, começou a caminhar em direção a universidade, caiu de joelhos, sua cabeça estava doendo mais do que em toda sua vida. Várias informações começaram a invadir sua mente, sabia exatamente o que era a marreta, sabia o que eram os chapolins, vários heróis que nunca ouviu falar antes haviam ganhado um banco de dados em seu cérebro e o mais importante, ele sabia o por que de ter essas informações. 

(...) 

O cientista estava parado em seu laboratório destruído, olhou para os dois buracos abertos e então para a Marreta caída no chão, do buraco a sua direita entrou Chaves, a marreta se moveu um pouco em sua direção e então subitamente voou para sua mão. Do outro buraco chegou Felipe, os três homens se olharam antes de todos sentarem encostados na mesma parede. 

 

—A marreta não pode ser explicada pela ciência. - Falou o mordomo ajeitando o que restou do terno. - É algo que humanos jamais conhecerão a fundo. 

 

—Como sabe disso? - Perguntou Chaves olhando para o empregado. - Quer dizer, eu sou o Chapolin e eu não sei de nada dessas coisas. 

 

—A Marreta me contou... Só o portador dela tem acesso a essas informações, ela armazena dados sobre a luta entre o bem e o mal e as associa com as memórias que os Chapolins acumularam nela.  - A voz do mordomo pareceu um pouco distante.  

 

—Eu sou o portador. - Chaves disse, seu tom era confuso e um pouco grosseiro. 

 

—Você só pode usar a marreta por que sua mãe morreu e seu pai te abandonou, aqueles que cresceram sem o amor dos pais são os mais propensos a serem portadores, isso por que eles alimentam uma enorme vontade de mudar o mundo. - A cada frase ele parecia cada vez mais distante e Chaves cada vez mais confuso. - Você pode ter essas qualidades que a Marreta aprecia, mas mesmo sem tê-lo conhecido você ainda mantinha um pai e sua vontade de mudar o mundo era só a segunda mais forte. Enquanto isso os meus pais foram assassinados, eu queria criar um mundo onde isso não fosse possível... Por isso eu era o escolhido, por isso seu pai matou sua mãe e te abandonou, por que ele tinha medo de eu me tornar maligno. O Martelo me contou tudo isso. Mas você o tocou no momento em que eu devia ganhar os poderes... Então pela primeira vez, haverá dois Chapolins, a mente e o conhecimento que sou eu, e a ação e o poder... que é você. 

 

Um silencio desconfortável tomou conta da sala, Leonardo Hofstadter estava calado há um bom tempo, ele apenas se levantou e saiu deixando patrão e empregado sozinhos, mente e corpo, conhecimento e ação.  

 

—Você disse que meu pai assassinou minha mãe... Como a Marreta sabe disso? - Perguntou Chaves ao mordomo. 

 

—Eu já disse, a Marreta acumula memórias dos chapolins. Ela cede o conhecimento necessário... porem dessa vez foi diferente... Dessa vez ela me contou tudo que sabe. Me contou sobre os planetas, sobre os números, sobre a magia. Me contou as identidades dos heróis, eu sei tudo que ela sabe. Eu sei que a Marreta não é um objeto, nem uma arma, é uma fonte de conhecimento, é um ser vivo... É quase uma divindade. - O tom de Felipe parecia ter voltado ao normal. - O conhecimento parece estar me deixando... Eu só vou conseguir acessa-lo quando necessário.  

 

A marreta começou a brilhar e os dois que há poucos instantes estavam em um laboratório se viram em um prédio abandonado. Ambos olharam em volta, Chaves olhou para o próprio corpo, estava usando sua armadura.  

 

—Essa é a armadura que eu fiz, por que eu não tenho uma roupa tradicional dos chapolins? 

 

—Você tem, mas a marreta considera que com essa armadura você deve se sentir melhor em sair na rua, considerando as mudanças na moda atual. - Respondeu, ele olhou em volta. - Tem um vilão por aqui, se não ela não teria nos teleportado. 

 

Ambos ouviram uma risada, e então uma figura pálida e magra saiu da escuridão caminhando lentamente, batendo palmas.  

 

—Quem é você? - Perguntou o Chapolin olhando para aquela figura. 

 

—Ora Chapolin, sou um grande fã, pode me chamar de Tripa Seca. 


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Notas finais do capítulo

Então pessoal, comentem aí, flw.



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