Tudo Muda. escrita por Hideki4500


Capítulo 7
Gafanhoto em Loucura.


Notas iniciais do capítulo

Atualizei rapidão comparado a ultima vez.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/699303/chapter/7

—Tripa Seca? Não tinha um nome de vilão melhor não? - Perguntou o Chapolin tentando roubar a atenção do vilão e dar brecha para o Felipe ir embora. - Certo, e por que me chamou aqui? 

 

O homem não respondeu de imediato, no lugar disso ele apenas respirou fundo e puxou uma pistola de dentro do paletó, apontou lentamente para Felipe que olhou para Chapolin. 

 

—Bem, nada de gracinhas, nenhum de vocês. - Disse Tripa Seca, sua voz era rouca  e fria. - Sabe, eu tinha um filho, mas... Você não deve se lembrar dele não é? Afinal o grande Chapolin Colorado não deve se preocupar com as perdas dos outros não é? Desde que mantenha as aparências. 

 

—Seu filho? E quem era ele? - Gritou Chapolin dando um passo a frente, Tripa seca atirou próximo ao pé do herói. 

 

—NÃO SE MEXE. - Gritou o vilão. - Por acaso se lembra dos reféns no banco... há algum tempo atrás? 

 

—Seu filho era um dos reféns? - Outro passo, mais um tiro. 

 

—Já avisei pra não se mexer... Na verdade, ele era um dos assaltantes, o único que morreu, lembra? O que cometeu suicídio? - Ele falou sério antes de dar uma risada que incomodou o herói. - Ele tinha tantos sonhos... Se tornar alguém de respeito, já tinha até pensado em um nome, "Quase Nada".  

 

—Então é por isso que me invocou? Por que vai me matar pra vingar seu filho? - Mais um passo, dessa vez o tiro foi no ombro. 

 

—Matar você? Bem, ainda não, antes vou brincar com você, estragar sua vida e então você vai se arrastar até mim pra implorar pela sua morte, vai pedir pelo tiro que darei em sua testa. 

 

Ele apontou para Felipe e atirou, Chapolin jogou a marreta bionica para impedir o projétil, quando olhou para onde Tripa Seca estava, o vilão já tinha desaparecido. 

 

—Droga... Vamos pra casa Felipe... 

 

[...] 

 

—Eu não sei o que fazer... O que a marreta diz sobre ele? - Perguntou Chaves a Felipe, ambos sentados na escada do hall da mansão.  

 

—Bem, que ele está mentindo sobre o filho dele, quer dizer, quem morreu no banco foi mesmo um cara auto-intitulado Quase Nada, mas eles não tem nenhum parentesco. 

 

—Então quer dizer que ele só está fazendo isso por prazer? - Perguntou Chaves se levantando apressado.  

 

—Exatamente, bem, vou ver se descubro mais coisas... a onde você vai? - Ele disse para Chaves que já estava segurando a maçaneta pra sair. 

 

—Vou até o apartamento de Luna, não me espere... Aliás, tem dinheiro para o onibus? 

 

—Mas você é rico e tem carros. 

 

—É que eu não sei dirigir... Enfim, te vejo depois. - Disse Chaves fechando a porta, Felipe suspirou e se sentou de novo. 

 

—Não sei se devemos confiar tanto nessa Luna... 

 

[...] 

 

A moça estava ocupada lendo um livro no sofá quando ouviu as batidas na porta, lentamente ela se levantou e atendeu. Sorriu quando viu Chaves, se beijaram antes de o rapaz entrar. 

 

—O que está fazendo aqui? Achei que estaria ocupado cuidando do seu monte de empresas. - Ela riu enquanto se sentava no sofá ao lado do rapaz. 

 

—Na verdade eu jogo tudo nas costas do Felipe, então... Estava com saudades, faz uns dias que não nos vemos. - Ele falou abraçando-se a ela. 

 

—Tem razão, desculpa, é que não tive muito tempo para te visitar, sabe, meu trabalho tem exigido muito de mim, mas quer saber? Eu ia sair com a Persephany e o Rodriguez hoje, e ficaria muito feliz se pudesse vir conosco. 

 

Ele concordou com a cabeça, ela sorriu antes de se levantar e abrir a geladeira, de lá tirou uma caixa de pizza. 

 

—Sobrou um pouco de ontem, podemos dividir, a não ser que já tenha esquecido como é ser pobre. - Ele riu quando ela disse isso, juntos comeram a pizza. 

 

A noite eles já estavam prontos. Saíram e encontraram Rodriguez e Persephany no caminho e juntos foram a um bar. 

 

[...] 

 

Felipe preparava a refeição quando ouviu a campainha tocar. Calmamente ele deixou o caldo no fogo e se dirigiu a porta. Chiquinha estava ali, usava um casaco vermelho por cima do vestido verde, ela olhou em volta procurando por algum vestígio de Chaves. 

 

—Posso ajudar? - Perguntou o jovem mordomo. 

 

—Hã, na verdade pode, o Chaves está? Meu amigo Quico disse que ele morava aqui agora. - Perguntou ela, Felipe sorriu ao reconhecer alguns dos traços de que Chaves havia descrito como a garota mais perfeita que ele já perdeu. 

 

—Infelizmente não, ele saiu com a senhorita Luna. 

 

—Compreendo. - Ela disse abaixando a cabeça. - Quando ele voltar diga que estive aqui, que eu queria conversar. 

 

—Vou dizer.  

 

Ela foi embora sozinha no escuro, Felipe apenas a observou se afastar. 

 

[...] 

 (A partir daqui ouçam: https://www.youtube.com/watch?v=f1GJtqW-DAQ)

Estavam saindo do bar quando o criminoso apontou a arma para eles, todos com exceção de Chaves estavam apavorados, o bandido os guiou para o beco escuro, pediu carteiras e celulares, todos entregaram a Chaves para que ele então pudesse passar para o ladrão. Quando o criminoso se aproximou para pegar os pertences, Chaves lhe desferiu um chute nos testículos e outro na arma que voou para o canto do beco, Rodriguez apanhou-a e a apontou para o bandido enquanto Luna ligava para a policia.  

 

Não demorou muito para que uma viatura chegasse e levasse o homem para a delegacia junto com a arma, todos ficaram ali parados com exceção de Chaves que começou a caminhar em direção a saída do beco. 

 

—Onde você vai? - Perguntou  Rodriguez. 

 

—Eu estava errado quando achei que poderia levar minha vida adiante desse jeito. 

 

—Do que está falando? - Foi a vez de Luna. 

 

—Que não nos veremos de novo, tenho que ir, há algo que devo fazer.  - Ele disse, ligou para Felipe e enquanto caminhava a limousine preta parou ao seu lado para que ele pudesse entrar. - Pra mansão Felipe, tenho que vestir minha armadura. 

 

Ele havia tomado uma decisão, manteria todos a salvo mesmo que a falta de contato com o resto da sociedade o enlouquecesse a ponto de Felipe ter que mata-lo. Foi uma decisão precipitada e que precisaria ser repensada? Talvez, mas agora ele focaria todos os seus esforços em prender Tripa Seca. 

 

Assim ele espancaria cada criminoso daquela cidade em busca de quem pudesse leva-lo a quem procurava, pela primeira vez ele deu graças a deus por Chiquinha ter escolhido o filho do dono da venda, pela primeira vez ele viu utilidade no seu dinheiro. Havia ouvido falar de um ricaço nos EUA, um cara chamado Bruce Wayne, um homem que além de manter suas empresas também ajudava com doações e ele ia se espelhar em Wayne, não ia ser só o Chapolin o herói que prende criminosos e salva inocentes, mas também seria aquele que ajudaria como pudesse. 

 

[...] 

 

—DIGA ONDE ELE ESTÁ? - Gritou o polegar vermelho para o homem que ele mantinha suspenso no terraço de um dos prédios mais altos daquela cidade. 

 

—Ele quem? - Perguntou o homem que esperneava para tentar alcançar uma superfície solida. 

 

—Tripa Seca. - Respondeu o herói. 

 

—Eu não sei, eu juro. - Chapolin ameaçou deixa-lo cair. - Pergunta pro Poucas Trancas, ele vai conseguir te responder, mas me põe no chão, por favor. 

 

[...] 

 

Os sons de luta eram ouvidos de dentro do escritório do homem alto, até que o silencio tomou conta, a maçaneta da porta girou e a figura vestida de vermelho entrou. O alto homem se levantou e ambos se encararam até que ele apertasse um botão em sua mesa, a parede atrás de si se abriu e as metralhadoras saíram disparando contra o Polegar Vermelho que rapidamente tomou uma Pilula de Polegarina e encolheu. 

 

Correu para baixo da mesa e então cresceu com tudo acertando um gancho em Poucas Trancas que caiu. Chapolin o pegou pelo colarinho do terno e o ergueu até que pudesse olhar em seus olhos, a voz do herói já estava rouca de tanto que havia gritado. 

 

—Tripa Seca, onde ele está? - Perguntou direto pro homem que colocou a mão no paletó e tirou uma pistola, Chapolin praticamente esmagou a mão dele o que o fez largar a arma. - ONDE-ELE-ESTÁ? 

 

O telefone tocou, Chapolin jogou Poucas Trancas na parede, o mesmo caiu inconsciente, o herói então atendeu. 

 

—Alô? 

 

"Fala, vermelhinho, soube que está me procurando" - Ele então riu. - "Boa sorte" 

 

—Não, você vai precisar de sorte, por que quando eu te achar, você vai implorar para que eu te mate. 

 

"Olha... Plágio é crime, até eu sei disso, de qualquer forma escolha bem suas palavras." 

 

—Complete, oh e agora... 

 

"Quem poderá me defender?" 

 

—Certa resposta. 

 

O Chapolin então desapareceu dali... 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem pessoal, até mais.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Tudo Muda." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.