Qualquer um pode começar de novo

Não pelo amor, mas pela vingança

Através do fogo, nascemos de novo

A paz pela vingança

Trás o fim

Fazia algum tempo que Sasuke tinha acordado. Nem mesmo se lembrava de quando tinha apagado, mas ele permanecia com os olhos fechados como uma forma inútil de tentar escapar da realidade.

Nunca parou para pensa em como se sentiria quando finalmente acalcasse seu objetivo. Satisfeito? Não diria que aquilo que sentia era algo perto de satisfação. Felicidade? Com certeza não. Alivio? Talvez esperasse sentir aquilo, mas também não sentia isso.

Se sentia vazio. Todo aquele ódio que o motivou a acordar todos os dias em sua busca incansável por vingança agora o deixava anestesiado.

Abriu as pálpebras exibindo os olhos ônix opacos. A luz fraca fazia seus olhos arderem, mas ele não voltou a fechá-los e, em vez disso, abriu mais as pálpebras. Aceitando a dor.

Ele encarou o teto da caverna. Onde ele estava? Não se lembrava de como tinha chegado ali, a ultima coisa que se lembrava era de desmaiar ao lado de Itachi.

Respirou fundo. Era isso. Agora ele era o ultimo Uchiha, o clã que um dia foi um dos mais poderosos, se não o mais poderoso de toda historia shinobi, agora estava reduzido a um único integrante.

O que ele deveria fazer agora? Não tinha mais nada além do sobrenome amaldiçoado. Deveria reconstruí-lo ou deixar que morresse consigo? Não, não o deixaria morrer assim aquela era sua certeza. Iria reconstruí-lo, acharia uma kunoichi habilidosa que faria jus ao sobrenome. Sua mente traiçoeira agiu mais rápido do que ele pode prever.

Sakura...

“Sakura encarou o fundo dos olhos ônix e deu um pequeno sorriso, em sua pele grandes manchas roxas, quase negras apareciam.

— Eu amo você. – as palavras deixaram dos lábios da kunoichi em um sussurro ao mesmo tempo que o brilho dos olhos dela.”

Ele soltou o ar que nem tinha percebido prender, uma pontada dolorosa surgiu em seu peito ao lembrar. Sua garganta se fechou e ele trincou os dentes tentando prender suas emoções. Ainda podia sentir o perfume dela no ar.

Todo aquele tempo...

Lembrou-se de quando a encontraram em um dos esconderijos de Orochimaru, da forma vazia com que ela o tratou. Ela nunca esteve a procura dele, nunca intenção de encontrá-lo, não quando já tinha seu irmão em seu lugar no coração. A inocência e a lealdade para com Konoha da Sakura que vivia em suas memórias a tinha tornado na traidora perfeita já que nunca passaria por sua cabeça que ela poderia, no final, ser a punhalada final.

Traidora...

Talvez ele nem mesmo fosse o ultimo Uchiha. Talvez ela tenha se rendido a Itachi durante o tempo em que estiveram juntos pelas costas dele.

Ele virou o rosto para a parede, apertando os olhos com força quando sua mente projetou a imagem de uma criança de cabelos negros no colo de Sakura chamando Itachi de pai. Seu estomago embrulhou de uma forma que ele achou que iria vomitar de tão nervoso.

Sua linha de pensamentos foi interrompida quando notou uma movimentação ao seu redor. Virou o rosto na direção a tempo de ver uma figura mascarada surgir das sombras vestindo típicas roupas shinobi.

— Faz algum tempo desde que nos encontramos pela ultima vez.   

Apesar de reconhecer a figura do estranho de suas lembranças, Sasuke não fez nenhum esforço para lembrar de onde.

— O que quer?

Queria que ele fosse embora, não estava com paciência para interagir com ninguém naquele momento.

— Conversar. – o estranho disse erguendo a mão até a mão, porém, hesitou antes de levantá-la.

Sasuke arregalou os olhos ao reconhecer o brilho vermelho vivo vindo do único olho visível. Na mesma hora, seus próprios olhos começaram a arder absurdamente, como se estivessem enfiando dezenas de agulhas neles.

O estranho gritou em agonia quando chamas negras surgiram em suas roupas.

Sasuke grunhiu fechando os olhos com força, tentando parar a dor, que só passou depois de alguns minutos. Quando finalmente achou que já estava seguro, abriu os olhos a tempo de ver o mascarado retornando a parte iluminada por velas da caverna.

— Devia ter pensado que Itachi tentaria te proteger de mim.

Sasuke uniu as sobrancelhas à menção do nome do irmão, confusão e ódio em sua expressão. Com certeza não estava pronto para falar sobre o irmão ainda.

— Antes de morrer, Itachi transferiu seu Mangekyo para você como uma ultima tentativa de proteger você de mim. – explicou. – Deve ter sido programado para ser ativado quando visse meu Sharingan.

— Me proteger?! – Sasuke berrou em total fúria. – Ele matou meu clã inteiro! Minha família inteira!

O mascarado se apoiou na parede da caverna.

— Exatamente, matou um clã inteiro com alguns dos melhores shinobis do mundo e deixa um garotinho vivo?

O Uchiha mais novo grunhiu aborrecido, não queria ouvir as idéias idiotas dele.

— Ele matou minha família inteira! – Sasuke gritou entre os dentes. – Ia arrancar meus olhos pra ter o Mangekyo Sharingan Eterno! Meus olhos! – agitou a cabeça, em espasmo. – Pare, apenas pare! Itachi era mau! Um assassino procurado! Um Akatsuki! – dizia para o estranho e para si mesmo, numa espécie de oração para o proteger das idéias do outro.

— Você realmente conhecia seu irmão? – o questionou. – Pense Sasuke, ele teve tantas oportunidades e mesmo assim você continua vivo.

Ele balançava o tronco para frente e para trás, sentindo que a qualquer momento iria perder o controle.

— Não... Não...

— Itachi nunca teve intenção de matá-lo, Sasuke.

Mais espasmos passaram pelo corpo do antigo membro do time 7.

— Não! NÃO! – gritava segurando a cabeça com as mãos, puxando com força o cabelo. – Itachi era...

— Itachi estava te protegendo. – o mascarado disse calmamente enquanto via o Uchiha perder completamente o controle entrando em surto.

Não, Itachi não podia estar o protegendo. Ele... Ele matou sua família! Tentou matá-lo diversas vezes! Não... Era impossível...

Não, era impossível! Imagens de sua infância com o irmão passavam em sua cabeça. Itachi o carregando nas costas pelas ruas da aldeia, eles brincando de pique-esconde, ele o ajudando a treinar...

— Não acredito em suas mentiras! – berrou.

O estranhou pacientemente enquanto via o Uchiha se perder da realidade até finalmente sua mente entrar em colapso e ele desmaiar.

Sasuke acordou algum tempo depois, um pouco confuso sobre o que tinha acontecido.

— Espero que não se importe, achei melhor amarrá-lo. – o estranho disse chamando sua atenção.

Sasuke se manteve em silêncio.

— Agora que você se acalmou poderemos começar.  

— Quem é você? – Sasuke perguntou entre os dentes.

Queria distancia dele.

— Sou talvez o único o que pode contar a verdade. – se aproximou.

Sasuke virou o rosto na direção contrária a que ele estava. Não queria voltar a falar daquilo.

— Itachi não agiu sozinho...

— Outro traidor o ajudou, sei disso. – o cortou.

— Sim, mas a verdade é que massacre do clã nada mais foi do que uma ordem de Konoha.

As palavras do mascarado calaram os pensamentos de Sasuke.

— Você deve saber que o clã Uchiha sempre foi muito poderoso, tão poderoso que somente atraiu o respeito de alguns, mas a inveja e o medo também. Depois do ataque da Kurama, os poderosos começaram suspeitar que estavam envolvidos por sua capacidade de controlar a Nove-Caudas e a temer que clã tentasse uma rebelião. Então resolveram colocar um agente infiltrado dentro, seu irmão. – Sasuke olhou em choque para ele. – Suas suspeitas não eram infundadas, muitos Uchihas começaram a planejar realmente uma rebelião para tomar o controle da vila. – o mascarado continuou a falar, parecendo perdido em suas próprias memórias. – Seu pai, como um dos líderes, pediu para que Itachi entrasse na ANBU e assim agisse como um agente duplo.

Aos poucos, pequenos fragmentos de sua infância que ele antes julgava sem importância voltaram. As conversas privadas de Fugaku e Itachi e a forma como o irmão sempre saia tenso das conversas, a forma como algumas pessoas os olhavam quando eles passavam...

— As coisas ficaram cada vez mais tensas e a recriminação com os Uchihas só aumentou, Danzou fazia qualquer coisa em seu alcance para nos conter, o que só deixou os nervos do clã mais exaltados. O Terceiro Hokage tentou negociar, tentando evitar mortes, mas Danzou resolveu agir por conta própria e ordenou o massacre a Itachi.

— Ele traiu nosso clã... – Sasuke disse entre os dentes, ainda inconformado com a traição do irmão.

Do que tinha adiantado perder todo aquele tempo contando aquele monte de baboseiras? No final só mostrava que Itachi tinha sido mesmo um traidor.

— Você nunca esteve numa guerra, mas Itachi sim. Os horrores da Terceira Guerra Ninja ainda estavam muitos presentes na mente dele. Então ele fez sua decisão. Preferiu ele mesmo carregar o ódio dos outros.

Sasuke fechou os olhos com força, virando o rosto.

— Mesmo tem ordens de exterminar seu clã inteiro, Itachi simplesmente não conseguiu... – seu único olho encarou Sasuke. – Não conseguiu matar seu irmão mais novo.

Sasuke arregalou os olhos em choque.

Isso não... Não fazia sentido. Ele...

— Então antes de deixar a aldeia, Itachi foi até o Terceiro Hokage e implorou que protegesse você de Danzou e dos outros que podiam querer terminar o extermínio quando ele estivesse longe e ameaçou Danzou. – o mascarado cruzou os braços. – Disse que se ele ousasse chegar perto de você, ele iria expor todas as merdas e ir atrás dele. – olhou bem para o moreno, que parecia desolado. – Itachi sempre esteve preocupado com você, apesar de não poder revelar a verdade a você.

Sasuke olhava para as próprias mãos tentando organizar seus próprios pensamentos. Sentindo a culpa aos poucos o assolar.

— Por que... Por que ele não me contou? – murmurou ainda olhando para as mãos. Sentindo nojo de si mesmo. – Eu podia...

— Ele não queria que você soubesse o lado negro do clã, não queria que você culpasse a aldeia.

    Um som gutural saiu da garganta de Sasuke, quase animalesco. A mascara impediu que Sasuke visse o sorriso que tinha nascido no rosto do estranho.

— Itachi via a salvação em você por isso alimentou seu ódio contra ele, sempre esteve em seus planos morrer enquanto lutava contra você. – o mascarado suspirou. – Essa é a verdade sobre seu irmão.

Sasuke balançou a cabeça negativamente, sem querer acreditar naquilo.

Konoha tinha mandado matar sua família? Konoha?!

Balançou a cabeça negativamente.

— Ele tentou me matar! Tentou arrancar meus olhos! – repetiu ainda em negação.

— Se ele quisesse realmente te matar, já estaria morto a muito tempo. – o cortou já impaciente pela teimosia dele. – Lembre-se da ultima batalha...

Mas ele não conseguia.

“— Eu amo você. — as palavras deixaram dos lábios da kunoichi em um sussurro ao mesmo tempo que o brilho dos olhos dela.”

— Você está livre do Selo Amaldiçoado. – o mascarado disse notando que Sasuke estava para se perder nos pensamentos.

Sasuke olhou para o ombro, notando agora que estava livre da marca.

— Ainda não acredito em você.

 O mascarado suspirou.

— Se não acredita, então me diga por que continua vivo? – o questionou sem esperar por uma resposta. – Ele matou todos que conhecia, sua amada, seu pai, sua mãe, mas não conseguiu matar você porque ele amava você mais do que sua aldeia, mais do que sua família, mais do que a própria vida.

Sasuke engoliu seco, fechando os olhos com força sentindo seus olhos arderem querendo lacrimejar.

— E onde ela se encaixa nisso? – encarou o mascarado. – Onde Sakura se encaixa nessa historia toda?

Nesse momento o mascarado pareceu vacilar, virando para prateleiras cravadas nas paredes onde estavam vários frascos. Ele tocou um dos frascos com a mão.

— Há algum tempo atrás, Itachi descobriu que tinha uma doença fatal e o uso excessivo do Mangekyo só agravou sua situação. Sabia que não conseguiria sozinho então buscou por alguém que pudesse.

— Sakura. – Sasuke concluiu o pensamento.

— Exatamente.

Era lógico ele procurar pela pessoa mais capacitada e quem melhor do que a aprendiz da Hokage? Mas Sasuke sabia o quão leal Sakura era a Konoha, para ela concordar com algo daquele tipo...

— Itachi contou a ela. – afirmou.

O mascarado assentiu mais uma vez.

Sasuke a invejou. Invejou a forma como Itachi confiou nela a ponto de colocar sua vida em suas mãos. Isso se Itachi realmente estivesse doente, porque ele não tinha visto nada que indicasse fraqueza enquanto lutava contra ele.

— Apesar dos esforços e das incontáveis horas de pesquisa, Sakura não encontrou uma cura para ele então para ganhar mais tempo, ela absorveu os efeitos colaterais da doença dele e tratava em seu próprio corpo.

Sasuke franziu o cenho.

— Quando você diz efeitos colaterais...

— A pressão nos porções de chakra dele provocavam hemorragias internas e necrose em algumas partes do corpo, ela encobrir as marcas em si para que Itachi não percebesse. – Sasuke lembrou vagamente de manchas negras cobrirem a pele pálida da kunoichi depois dela apagar.

Ele engoliu seco, sentindo sua garganta se fechar pelo sentimento de culpa que se enraizava em seu peito.

— Por que... – uniu as sobrancelhas. – Por que ela chegaria a esses extremos? – engoliu seco de novo. – Eles por acaso... – deixou a frase morrer sugestivamente.

Ele não queria ouvir a resposta, não queria ouvir uma confirmação porque mesmo depois de saber tudo aquilo sobre irmão ele não queria imaginar que Itachi e... Não. Virou o rosto para a parede, sentindo um peso se formar em cima de seu peito, lhe tirando o ar.

— Ninguém sabe, eles passavam boa parte do tempo sozinhos durante as sessões de tratamento e quando estavam na junto dos outros não demonstravam nada.

Sasuke soltou um grunhido estrangulado. Aquela resposta não tinha ajudado em nada. Na verdade, só dava asas a sua imaginação por saber que os dois passavam tanto tempo juntos e de nada adiantava saber que eles não demonstravam em público, era uma característica da família dele não demonstrar.

— Não se torture tanto assim, pelo menos não sobre isso. – o mascarado disse não resistindo em dar aquela pequena alfinetada. – Acho melhor preencher as lacunas da historia que você sabe, você a encontrou pela primeira vez dentro de um dos antigos esconderijos de Orochimaru, certo?

O moreno assentiu sentindo um pouco de nostalgia. Parecia que o primeiro encontro deles tinha sido a milhares de anos atrás e não há algumas semanas.

— Ela tinha deixado o esconderijo da Akatsuki dizendo que iria procurar nas bases dele, buscando algo nas experiências de Kabuto que pudesse ajudar no tratamento. Era uma busca simples, ela já tinha saído mais vezes, em alguns dias já estaria de volta, mas só que dessa vez, bem... – ele deu de ombros. – Quando os dias passaram e ela não voltou, Deidara e Sasori se prontificaram a ir buscá-la. – ele soltou uma risada fraca. – Digamos que Sakura conseguiu conquistar um pequeno pedaço nos corações até dos assassinos mais cruéis.

Sasuke grunhiu. Não era surpresa, bastava alguns dias na presença da rosada bastavam para que ela conseguisse amolecer quem quer que fosse. Prova disso era o Time Hebi, ou melhor dizendo Suigetsu e Juugo, que se apegaram rápido a rosada.

— Quando a primeira tentativa de resgate deu errado, Itachi impediu que tentasse mais uma vez. Parecia que ele já sabia, porque apenas alguns dias depois Hidan a trouxe, desmaiada por cansaço. – o mascarado alisava um dos frascos enquanto falava. – Depois de sua batalha com o Deidara, Sakura não pensou duas vezes antes de correr ao seu encontro mesmo sabendo do risco já que Sasori jurou vingança.

O sangue do Uchiha ferveu e as mãos se fecharam em punhos com a ideia das mãos imundas de Sasori encostarem em um só fio rosado da cabeça dela para a fazer mal.

Hipocrisia achar que tinha direito de odiá-lo quando ele mesmo a machucou de uma forma irreparável.

— Sasori a encontrou logo após ela deixar você.

Sasuke paralisou com os olhos arregalados.

— Quando cheguei, a luta já estava no final e Sasori já estava morto, mas ela estava muito mal. O veneno de Sasori já estava a muito tempo no corpo dela, se eu demorasse mais um pouco ela teria morrido ai mesmo.

Não, ela morreu nas minhas mãos.

— Ela ficou nessa mesma caverna enquanto se recuperava.

Sasuke olhou ao redor da caverna, olhou para as cobertas entendendo agora que não tinha sido coisa de sua cabeça. Era realmente o cheiro dela ali.

— Acho que isso é tudo. – o mascarado finalizou recolocando o frasco no lugar e se desencostou.

Ele virou para deixar o quarto e um Sasuke paralisado pelo remorso, culpa e repulsa por si mesmo

— Lembro de você enquanto lutava com Deidara, Tobi, não é?

— Meu nome é Obito Uchiha. – respondeu sem se virar continuando a andar.

Obito já estava no portal da caverna quando Sasuke voltou a falar.

— Eu quero vê-la. – sua voz saiu estrangulada. – Quero ver o corpo dela.

— Receio que não será possível. – Sasuke o olhou, furioso com a recusa de seu pedido. – Enviei seu corpo para Konoha.

O moreno grunhiu.

— Depois de tudo que me disse, você enviou o corpo dela pra lá?! – cuspiu as palavras, parecendo mais irritado ainda.

Obito olhou para ele por cima do ombro.

— Porque apesar de tudo, lá existem pessoas que também a amavam e merecem se despedir dela.

Os rostos de Naruto e Kakashi apareceram em sua mente.

Sasuke virou o rosto para a parede, ainda inconformado pela decisão de Obito.

Durante uma semana Sasuke não deixou a caverna. Não interagiu com ninguém, mesmo que os membros de seu time vissem trazer comida e água, e não disse uma só palavra fora a vez em que pediu a Obito que trouxesse os itens pessoais de Sakura e Itachi.

— O que acha que ele vai fazer agora? – Suigetsu perguntou a Juugo quando Sasuke passou por ele.

Sua aparência estava péssima, e nisso até Karin tinha que concordar. Lhe faltavam alguns quilos, seus olhos opacos e sem vida. Sua arrogância e senso de superioridade típicas dos Uchihas tinha desaparecido.

Ele encarou o horizonte, olhando para o Sol sem medo.

— Hoje nós deixamos de ser Hebi, daqui pra frente somos Taka. – sua voz morta era o reflexo de seu interior. – Nossa nova missão destruir Konoha e vingar Itachi.

Olharam surpresos para Sasuke, mas nada na aparência dele indicava que tinham ouvido errado.

Eu vou te trazer de volta. De volta pra mim... Sakura.