Puzzles escrita por CandleLove


Capítulo 5
Capítulo 5




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Capitulo 5: Començando

Uma semana depois do Mello me apresentar o seu plano eu decedi que já era seguro avançar com ele. Já tinha dado bastante tempo para as pessoas se acalmarem em relação ao incidente com as duas raparigas e possivelmente tê-lo esquecido.

Desde que não parecesse uma possibilidade ele ficar na cidade por algum tempo ninguém na Wammy's tentaria encontrá-lo na esperança de o trazer de volta.

Tenho que admitir que ele realmente planeou bem isto.

Ainda assim odeio a ideia de ele ter que fazer isso apenas para que nós possamos ficar juntos. No inicio eu ainda pensei que podiamos nos encontrar todas as noites enquanto ele ainda aqui vivesse. Mas descartei essa ideia assim que ela entrou nos meus pensamentos; enquanto que ele aqui vivesse o risco de sermos apanhados seria muito maior.

Mas se o Mello não estivesse aqui, e se as pessoas aceitassem a sua falta, depois de algum tempo tudo ficaria normal. Ninguém iria esperar ele voltar.

Ninguém o havia visto da mesma forma que eu o tinha nas ultimas duas semanas; ninguém sabia que o Mello já não era tão previsivel. Agora, se alguém previsse algo que ele normalmente faria, ele faria o contrário.

Desnecessário é dizer que uma semana depois do plano me ter sido contado, ele estava uma vez mais no meu quarto. Desta vez com uma mala no seu ombro e um silêncio instalado entre nós, apenas quebrado por um momento pelo chocolate dele quando este lhe deu uma dentada.

Era dificil para mim ter que viver aqui com ele, sem que este pudesse sequer olhar para mim pelo risco de ser exposto. Mas a ideia de não o ter perto de mim durante o dia parecia mais dificil de se lidar.

No fim apenas tive que tentar e confiar que o Mello sabia o que estava a fazer.

Os olhos dele moveram-se até mim, a luz da lua ao atingilos parecia derreter toda a maldade deles; tentei evitá-los ao máximo.

“Estás a ser um idiota, Near.” Ele afirmou, dando depois mais uma dentada do seu precioso chocolate.

Fiquei quieto, em silêncio, contra a parede perto da janela à qual estava encostado, mas permiti que os meus olhos fossem de encontro aos dele.

“Estás a agir como que se esta fosse a ultima vez que nos vamos ver.” isso era o que eu sentia, embora não tenha a certeza do porquê. “Eu volto amanhã à noite, talvez na noite depois da de amanhã em caso do Roger aumentar a segurança ou algo assim.”

Já tinhamos tudo planejado, ele viria todas as noites usando a janela do meu quarto. Haviam videiras e tijolos irregulares na parede o suficiente para que ele conseguisse escalar.

Por causa da forma de como a nossa relação era vista ao olhos dos outros, ninguém iria suspeitar que se o Mello voltasse seria pela minha janela. Para isso suspeitariam do Matt. Ou de qualquer outra pessoa que não fosse eu.

“Como é que vais saber se é seguro ou não entrar no quarto?” Perguntei.

Ele afastou o seu olhar pensativo por um pouco. Eu tinha uma ideia, mas eu achei que este era o plano dele então devo deixar que ele pense em algo.

Ele olhou para cima e depois de novo para mim. “A luz. Se não for seguro então deixa as luzes ligadas, se for deixa-as desligadas.”

Acenei; ainda bem que pensamos da mesma forma.

Então ele suspirou e deu um passo em frente, “Ok.” Havia algo naquela palavra, como que se ele não quisesse dizer que tinha que ir embora. Era esse o caso? Estava ele tão hesitante em relação a ir como eu estava em relação a deixá-lo ir?

Olhei para baixo de novo, os meus dedos entretidos com uma mecha dos meus cabelos.

Ele avançou até estar à minha frente, a mão dele pegou o meu queixo e obrigou-me a olhar para cima.

Ele inclinou-se para a frente e captorou os meus lábios, sussurrando tudo aquilo que eu precisava ouvir numa unica acção. O meu coração doia; não o queria deixar ir.

“Quero ir contigo.” Eu disse, o meu coração a falar em vez da minha mente.

O polegar dele passou levemente pela minha cara, “Não, tu tens que ficar aqui. Pensa bem, Near, se nós os dois desaparecermos na mesma altura o Roger irá provavelmente pensar que eu finalmente te matei ou algo assim. No minimo eles irão saber que fugimos juntos.” ele parou, sabendo que eu não precisava ouvir o resto. Haviam tantas mais razões óbvias pelas quais eu não podia ir com ele mas eu já as conhecia.

Nunca pensei que pudesse ficar tão apegado a algo... a alguém, tão depressa que perderia a capacidade de os deixar ir. Não o podia deixar ir.

Ele afastou-se de mim, deixando que a sua mão fizesse o mesmo e passasse a abrir a janela.

Ele estava prestes a sair pela janela, para depois começar a descer pela parede, quando a minha mão de repente saiu disparada e agarrou o rosário que estava em volta do seu pescoço; antes que ele pudesse dizer algo eu puxei-o e fiz com que os nossos lábios se encontrassem de novo.

Sentia como que se já não conseguisse controlar as minhas acções; perdias ao tentar tão desesperadamente que ele não fosse embora. Embora eu, no fundo, soubesse que era uma causa perdida; quando o Mello está determinado a fazer algo tentar pará-lo era algo inutil.

Agarrei com mais força o frágil colar e tentei puxá-lo para ainda mais perto de mim. Mas já começava a perceber como era uma causa perdida então a força das minhas acções baixou consideravelmente.

Em vez de tentar convencê-lo a ficar eu estava agora a tentar mostrar-lhe o quão iria sentir a sua falta.

Ele notou isso e as suas mãos abraçaram-me junto a ele por um momento que pareceu acabar depressa demais; depois afastou-se.

“É apenas até amanhã, idiota, vai passar mais depressa do que pensas.” ele afirmou depois de separar os nossos lábios apenas o suficiente para que pudesse falar. Os lábios dele passavam de leve contra os meus enquanto ele falava; pergunto-me o quão seguro daquelas palavras ele realmente estava.

Usando o meu silêncio como vantagem ele afastou a minha mão do seu colar e depois recomeçou a sair pela janela.

Antes de ele começar a descer os nossos olhos encontraram-se novamente, “Amo-te.” Ele disse.

Ao olhar para ele ali, prestes a deixar o único sitio que alguma vez esteve perto de ser considerado uma casa para ele, e deixar o Matt, e a mim, e todas as outras pessoas com as quais ele não se importava tanto, eu percebi que ele falava a sério.

Não havia duvida alguma na minha cabeça nesse momento. Se o Mello estava a mentir seria impossivel ele fazer algo tão drástico como isto.

Silenciosamente deixei a minha respiração sair, “Também te amo.” disse alto o suficiente para que ele pudesse me ouvir.

Depois virei-me para a direção oposta à janela, de volta para o meu quarto escuro e que parecia tão vazio e com um silêncio não natural. Tentei dizer a mim mesmo que tudo correria bem e que nada iria estragar este plano – que ele iria funcionar.

Caminhei até à minha cama para depois me deitar nela, olhei pela janela aberta e ouvi a brisa fresca que vinha do lado de fora e que parecia anunciar a chegada do Inverno.

Sim, este plano tinha que funcionar. Não vou deixar que nada o estrague.

N/A: Então este foi visivelmente mais pequeno que os outros capítulos. Originalmente eu iria acabar este capitulo na manhã seguinte mas decidi fazer esse dia ser um capitulo. Embora ainda não tenha a certeza do que é que vai acontecer entre o Mello e o Near nessa noite...

Não consigo ler as vossas mentes, por favor digam-me os vossos pensamentos. Perguntas que tiveram enquanto liam, comentários, sugestões, elogios, tudo será bem vindo.

Eu sei que este capitulo tem alguns erros mas a culpa é do meu Microsoft Word que bloqueou... Então tenho que usar o OpenOffice que ironicamente não tem corretor ortográfico... Alem disso não tenho nenhuma beta.


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