In Common Dead escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 7
T1 EP 7




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Steve a envolveu com os braços em quanto ela chorava. Ele não ligou pra nada agora, nem se ela ia surtar por ele a estar tocando, porque merda, ele jurou que iria protege-la.
S: Os pesadelos?
N: É... O que está fazendo?— ela disse com a voz fraca, quase falhando.
S: Não ligo se está com raiva, eu jurei que te protegeria pra sempre. E eu odeio te ver assim. Faz meu coração apertar, você entende? Eu não vou te deixar.— Ela estava espantada, e ao mesmo tempo sentindo um nó na garganta se formar, o que a fez chorar mais ainda, e dessa vez era por Steve, pelo jeito que ela o trata e não desiste mesmo assim. E o que Steve fez vinha a sua cabeça, e a fazia voltar a ser fria. Ela se soltou de seus braços, enxugou as lágrimas e respirou fundo.
N: Você é muito fingido Rogers!
S: As vezes eu queria ser. Só pra variar, fingir que não me importo, como você faz, fingir que estou bem com você me dando patada e me ignorando, sem eu não fazer a menor ideia do porque. Só pra variar, eu queria entender. Por que você não fala logo o que eu fiz, pra eu me afastar de você? Quem sabe, assim eu consiga fingir tudo isso.
N: Sai da qui pelo amor de Deus Steve.— ela fechou os olhos.
S: Como quiser.— ele colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha, e saiu. Natasha desabou na cama, e chorou até pegar no sono. A que ponto ela deixou aquilo ir?
Steve não conseguiu dormir nem um segundo naquela noite. Ele teria sido grosso de mais? Teria sido incompreensível? Falado de mais? Insensível com seus problemas? Era o que ele se perguntava. Não, insensível era ela não ligando para o impacto de suas palavras no seu pobre coração. E isso era o que ele repetia a si mesmo.
(...)
T: Bom dia flor.— Tony disse vendo Steve descer. Ele nem olhou pra eles, e saiu pela porta. - Eita, a flor murchou. 
W: Deixa ele.— Natasha desceu também.
T: bom dia flor.— ela nem olhou pra eles, e abriu a porta também. - Seve foi praí.— Natasha fechou a porta e voltou pro quarto. - Será que a noite não foi boa?
P: Para de pensar essas merdas Antony.
T: Qual é Peps, aposto que a Wandinha e o Clintizinho tem um lance também.
W: É O QUE?
C: É O QUE?
T: Viu, menos a gente.
P: Sabe por que? Porque você não Cala essa sua boca grande.
T: Então se eu ficar quieto eu tenho uma chance?
P: quem sabe.
T: Nunca mais vou falar!
(...)
Steve estava lavando o carro que ficou todo marrom na ida pra casa de Clint. Wanda estava lendo sentada na varanda ao lado de Pepper. Tony ficou ajudando Clint a concertar a janela quebrada. Natasha apareceu, e ficou uns segundos pensando se deveria deixar seu orgulho de lado, e ir falar com o ex amigo. Não, ela não foi. A ruiva se sentou ao lado de Wanda.
W: Você tá bem migs?
N: Tô.
P: O que aconteceu?
N: Não quero falar sobre isso.— ela olhou pra Steve, e as duas perceberam.
W: Hum, saquei. Natizinha eu chamei a Pepper pra entrar no lugar de Sharon!
N: Sharon vai matar você um dia por isso...— Pepper ficou meio desconfortável. - Não que eu não tenha gostado da ideia, é só que ninguém vai substituir Sharon.
P: Não quero substituir ninguém.— ela sorriu. Natasha ficou olhando por um tempo Steve, o que não passou despercebido por elas. - Então, Tony tinha razão?
N: Que?
W: Você e Steve... Quem sabe...
N: Não! Qual parte de eu odeio o Steve vocês não entenderam? É só... É complicado.— seus olhos se encheram de lágrimas. - Nós éramos melhores amigos. Mas ele se mudou pra Nova York e quando voltou tudo estava diferente.
W: O que ele fez?— Natasha a olhou, engolindo o nó que formou em sua garganta. Ela abaixou a cabeça, o que fez as lágrimas escorrerem.
N: Dói de mais pra conseguir falar.— Ela fechou os olhos.
W: Me desculpa, eu não queria...— Ela abraçou Natasha, e Pepper fez o mesmo. Wanda levantou bruscamente, e foi na direção de Steve sem nem dar tempo de Natasha impedir. A morena pegou a mangueira no chão, e molhou Steve. Ele se virou para fita-la, com um "Ta fazendo o que?" na ponta da língua.
W: O que você fez?— ela perguntou irritada.
S: Tá falando do que?
W: Da Nat.— ela cruzou os braços. A expressão no rosto de Steve suavizou. Natasha entrou na casa correndo, despertando olhares de Tony e Clint.
S: Wanda, ouça. Não sei se você vai acreditar em mim. Eu não faço a menor ideia.
W: Han?
S: Ela nunca me disse. E eu realmente não sei o que eu fiz, e se tivesse feito, não seria de propósito nunca. Eu a amava. Ela era uma irmã pra mim. E machuca-la era a última coisa que eu faria. E se ela me dissesse, eu iria mover montanhas pra concertar. Agora eu tenho que fingir que meu coração não se parte toda vez que ela olha na minha cara.
W: Me desculpa, eu... Não sabia.
S: Tudo bem, eu também não.— Ela não entendeu, mas resolveu não perguntar. Steve pegou a mangueira e começou a molha-la.
W: Okay, eu mereci.— ela riu. - Eu fiz uma bela de uma merda.— ela disse vendo a janela de Natasha fechar.
S: Eu também. Não fui atrás dela na quela noite.— Wanda ia perguntar, mas eles ouviram um grito de Natasha. Steve saiu disparado pelas escadas seguido por todos. Natasha estava parada imóvel no canto do quarto.
P: O que foi?— Pepper foi a primeira a se aproximar dela. Natasha apontou pra uma lancheira em cima de sua cama.
W: Ah meu Deus...
T: Que isso?
N: A lancheira de Sharon de quando éramos crianças...
C: Ah meu Santo Deus...— Steve chegou perto de vagar, e a abriu. Tinham um monte de remédios.
S: São remédios. Sem etiqueta, e em pó.
W: Sharon não comia remédios no recreio.
T: Quando namoravam trazia Sharon aqui?
C: Sim. Acham que... Onde estava Nat? - ela apontou pra um buraco na parede.
N: Eu vi um brilho refletindo de lá, e fui ver o que era. Estava toda cheia de poeira e enferrujada, aí eu comecei a limpar. Quando vi o desenho do papai Smurf, eu larguei... Era o desenho preferido dela. Ela ia com essa lancheira todos os dias, mas um dia parou e começou a levar o lanche na mochila. Quando tínhamos 14 anos todos zoavam ela, mas ela não ligava. Um dia ela parou de ir com ela e disse que não gostava mais e era hora de crescer.
T: ela usou uma lancheira dos smurf pra esconder remédios pesados, e enterrou na parede oca da casa do namorado. Tem certeza que ela não era doida?
S: Tem um bilhete.— Ele abriu um papel um pouco gasto. - Quarto 140. - ele olhou pra Natasha que arregalou os olhos.
N: Oh Deus. Vamos pra lá agora.
S: Não. É perigoso....
N: Não importa, vamos estar juntos. É temos que descobrir quem matou Sharon, ou Ross vai pirar e mandar a gente pra cadeia.
W: Nat, é perigoso de mais...
T: Eu não vou pra lá nem que me paguem, eu so rico mesmo.
P: Nat, podemos achar outro jeito.— Natasha bufou. - Podemos dizer a polícia.
C: Você devia saber que isso é perigoso mais que ninguém.
N: Ta. - ela deu de ombros.
(...)
Era noite e Natasha não conseguia dormir. A lembrança de que noite passada a lancheira de Sharon estava a seu lado, a deixava com uma sensação esquisita, como se Sharon estivesse ali a observando. Ela já havia se convencido que a ideia de ir até o hospício era maluca, e que no documento que acharam havia de algum jeito no nome de Sharon, mas não havia, ela leu aquele papel milhares de vezes.
Mas não teve jeito. A curiosidade a comia por dentro e a sensação de estar sendo observada pelo espírito de uma fantasma era maior que sua vontade. Ela levantou, trocou de roupa e calçou o tênis e saiu andando carregando uma faca e uma lanterna.
Nesse momento o censor protetor de Steve disparou e ele acordou. Sentia que algo estava errado. Ele tentou se convencer de que não havia nada, mas foi em vão. Ele foi até o quarto de Natasha pra ver se ouvia ruídos ou um sinal de que ela estava tento um pesadelo, mas não ouviu nada. Ele achou aquilo estranho, já que acabou de achar a lancheira da amiga morta do lado da sua cama. Ele abriu a porta de vagar e quase teve um ataque ao ver que a cama e estava vazia.
O loiro foi andando pela casa a procurando, rezando para ela não ter ido. Ele não achou nem um sinal da ruiva: ela tinha ido. Ele foi a até o quarto de Clint.
S: Clint?— ele o sacudiu. - Clinton Barton vamos...
C: Mãe sai da qui...
S: Mãe o teu cu menino, acorda.
C: Unicórnios pulando...— ele começou a roncar de novo.
S: Valeu cara.
(...)
Natasha abriu a grande porta de ferro do lugar, e foi andando pra dentro. Ela não queria admitir mas estava morrendo de medo, e o cara mascarado vinha a sua cabeça.
N: Por Sharon. Nada vai me machucar aqui.... Nada vai me machucar aqui...— ela foi seguindo o número dos quartos, até chegar no 159. Quando notou a porta no canto do corredor ela estremeceu. Era menor e parecia mais forte que as outras. Ela ouviu passos vindos do corredor ao lado. Ela fechou os olhos com força e deixou a lanterna cair, quando os passos pararam.
S: Natasha?
N: Meu Deus Steve... Eu quase tive um ataque...
S: É? eu também. Você não podia ter feito isso.
N: Tá, mas espera.— de vagar ela abriu a porta do quarto, e entrou. Steve a seguiu, e largou a porta que foi fechando. - STEVE A PORTA!— Ele arregalou os olhos, mas era tarde. A porta que só abria por fora fechou, os deixando presos.


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Notas finais do capítulo