Callie e Arizona: O Retorno ideal escrita por Olivia Lassance


Capítulo 5
O telefonema Inconveniente


Notas iniciais do capítulo

Capitulo revisado por Mel Schocair



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Eram 6h da manhã e depois de uma noite completamente mal dormida, Callie resolve  finalmente se levantar. Havia sido uma noite horrível, ela tinha rolado na cama a noite inteira pensando em tudo que havia escutado e todos os pensamentos que haviam passado pela sua cabeça. Era tanta informação que ela acreditava que não conseguiria processar tudo.

Andou pela casa, foi ao quarto de Sofia e observou a menina dormir. Ela estava tão tranquila, parecia tão feliz em sua cama que isso fez Callie pensar... ”Daqui a poucos dias ela vai estar em outra casa, em outra cama, com outros amigos e outra pessoa” Isso fez com que ela repensasse ainda mais se deveria ir ou não. Algo nela realmente não estava no lugar.

Foi à cozinha, fez café e resolveu voltar para o quarto de Sofia, observar a sua filha na cama, dormindo um sono tranquilo. Era certamente um ótimo lugar para refletir.

Sentou- se em uma cadeira - que ficava pouco depois dos pés da cama de Sofia - pegou um puff e pôs nos pés, acomodou-se, voltou a olhar Sofia e, em seguida, os pensamentos voltaram e imediatamente  a levaram à Arizona, pois ela lembrou de um dia em que chegaram juntas de um plantão exaustivo no hospital e encontraram Sofia desmaiada no sofá, pagaram a babá e a puseram na cama. Pela exaustão acabaram por se sentar no chão do quarto da menina e começaram a conversar... Falaram do quanto ela estava enorme e de como o tempo passava rápido. Callie lembrou que embora estivessem muito cansadas, estavam também muito felizes, este era o 3º dia que viviam a noticia que Arizona estava grávida e elas estavam em estado de plenitude.

(RELEMBRANDO)

A: Viu, é por isso que não podíamos esperar muito mais.

C: Sim e você estava certíssima, senhora.

A: Imagina, daqui a pouco teremos uma adolescente em casa!

C: Ok, não vamos exagerar.

A: Ta bem, é verdade, estou exagerando, mas tomar esta decisão logo foi a melhor coisa que fizemos, assim elas terão pouca diferença de idade e crescerão juntas.

C: Então você tem convicção de que é menina?

A: Ah, a verdade é que não sei ao certo, mas eu acho que sim.

C: Mas e se for menino?

A: Ué, será...rs... Vou amá-lo do mesmo jeito, mesmo que seja o nome seja Agamenon.

As duas caíram na gargalhada.

C: Shiiiiiiiii, vamos rir baixo, daqui a pouco a gente acorda a Sofia e ai já viu, né? Não iremos dormir hoje.

A: É verdade... Ainda mais... Que antes de dormir...

Callie olha curiosa e surpresa para Arizona

C: Antes de dormir...?

Arizona se aproxima um pouco mais de Callie.

A: Nós poderíamos...(continua a se aproximar)...

Callie se aproxima também.

C: Poderíamos...

A: Re...(beijo na bochecha direita)...La...(beijo na bochecha esquerda)...xar....(beijo na boca).

As duas se beijam carinhosamente. Arizona segura o rosto de Callie com as mãos.

Callie interrompe o beijo e fala baixinho.

C: Mas nós estávamos exaustas?

Arizona responde baixinho, porém provocativamente.

A: E estamos... Mas isso é justamente para termos um sono melhor...

As duas riem, dão mais um beijinho e se levantam sem fazer barulho.

Ao sair do quarto de Sofia, as coisas começam a esquentar um pouco mais. Callie segura Arizona pela mão direita e a encosta na parece, depois começa a desabotoar sua blusa e Arizona corresponde beijando-a intensamente e a puxando mais para si. Elas, então, encontram a maçaneta de seu quarto e então, as duas caem na cama e continuam a se beijar. Callie retira a blusa de Arizona, porém Arizona dá uma pausa, olha para a Callie e diz entre sorrisos irônicos:

A: Acho melhor dormirmos... Você está muito cansada.

Callie sorri e responde voltando a fazer o que fazia.

C: Mas de jeito nenhum...!

As duas voltam a se beijar.

(VOLTA A REALIDADE)

Repentinamente o telefone de Callie começa a vibrar, insistentemente, retirando-a do “semi estado” de transe em que estava. Ela agarra-o e sai do quarto de Sofia, tentando fazer o mínimo de barulho possível, não lhe dando tempo de verificar quem era na chamada. Ao chegar ao corredor, atende falando em um tom de voz mais baixa:

C: Alô!

E para sua surpresa e também certo desconforto, a pessoa do outro lado da lado da linha era Penny.

P: Callie?! Está tudo bem? Você me ligou algumas vezes e eu... Eu achei que pudesse ter acontecido algo.

Callie fica em silencio alguns segundo em completo choque.

P: Callie, você está aí?

C: O..oi.. Desculpe, é que esta cedo e eu estava com Sofia no quarto, e não queria acordá-la!

P: Sofia???? Sofia esta com você? Mas hoje não é o seu... Desculpe, eu não tenho que me meter mais nisso.

C: Não, tudo bem, eu... Eu troquei com Arizona.

P: Ah entendi, e está tudo bem? Por que me ligou?

Neste momento Callie se viu sem saber o que responder. Na sua cabeça vinham as palavras: “Eu vou para Nova Iorque, Penny, nós vamos ficar juntas.” Porém seu coração abriu um buraco e não permitiu que ela respondesse o que sua cabeça mandava.

C: Está sim, desculpa ter te ligado inúmeras vezes, eu só queria saber se você tinha chegado bem, nós mal nos falamos. Eu sei que não tenho nem direito de saber disso depois do que eu fiz, mas eu me preocupo com você.

Penny responde meio desapontada.

P: Não, tudo bem, eu agradeço a preocupação. Foi tudo bem, cheguei e fui dormir, eu não estava me sentindo muito bem.

C: Ahh (sem graça), eu entendo. Penny, eu queria muito me desculpar, eu não espero que você entenda, mas... Eu não poderia ir embora sem a Sofia.

P: Callie, eu sei disso, mas eu não pedi para que viesse comigo.

C: Eu sei, eu sei, mas eu acredito que mais cedo ou mais tarde poderíamos nos magoar por causa desta situação. Eu... Eu quero muito que fique bem e seja feliz.

Penny não está se sentindo nada bem em relação ao telefonema de Callie, mas prossegue.

P: Callie, você nos levou ao fim baseando-se em algo futuro, nem nos deu a chance de tentar. Eu ainda te amo.

Callie definitivamente não sabe o que dizer, há alguns dias, responder a isso seria simples; na verdade até um pouco antes da conversa com Sofia, a resposta seria “Eu também te amo, Penny e vamos ficar juntas.” Porém tudo que ela conseguia pensar é que não era capaz de responder verdadeiramente aquilo, há segundos estava lembrando de momentos felizes com Arizona e estes momentos ainda estavam em seu coração e cabeça.

C: Penny, eu realmente espero e desejo que você me perdoe um dia, eu não sou capaz de  explicar nada agora. Desculpe, eu não deveria ter ligado... Sinto muito... (e desligou o telefone)

Callie ficou parada no corredor olhando para o celular sem entender absolutamente nada do que ela mesmo havia feito naquele momento. Tudo era tão simples antes. O que ela tinha acabado de fazer? Sofia estava com ela, ela tinha a autorização de Arizona para ir com sua filha, sua ex namorada disse que a ama e ela simplesmente não conseguiu fazer nada.

Callie resolveu entrar novamente no quarto de Sofia e, desta vez, como estava se sentindo perdida e não compreendia a si, resolver se deitar ao lado da filha. Deitou e abraçou em forma de conchinha o mais próximo do seu corpo possível. Ela estava com medo e sem saber onde se encontrava, qual era o seu lugar em sua própria vida. Por alguns segundos lembrou do telefonema com Penny e do quanto se sentiu desconfortável ao falar com ela ao invés de feliz;  de como não foi capaz de dizer que iria para Nova Iorque. Em seguida, lembrou de si mesma sentada há alguns minutos, relembrando um momento tão bom com Arizona e do quanto aquela lembrança a levou - sentimentalmente falando - de volta para CASA. Só havia uma resposta para aquilo tudo e, por mais que Callie estivesse morrendo de medo de admitir para si própria, ela sabia que o seu lugar não era com Penny em Nova Iorque e sim, definitivamente, em Seattle com Sofia e Arizona... Mas... Como fazer isso acontecer depois de tudo?


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Notas finais do capítulo

Por favor continuem a me falar se estao gostando. :)



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