Destination Works escrita por Strife, Milky


Capítulo 14
XIV. Encontro com o V


Notas iniciais do capítulo

Cá estou eu, 84 anos depois...
Depois de receber o comentário da Noah chan uns dias atrás, me senti na obrigação de escrever mais capitulos kkkkk
Se bem que já era minha obrigação... Mas enfim.
Boa leitura, pessoinhas que ainda acompanham *----------*



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(...)

Enquanto os garotos tentavam descobrir o paradeiro de Annie, a mesma se encontrava amarrada à uma cadeira, sendo interrogada pelos estranhos.

— Eu já disse que não tenho nada com aqueles lá. -respondeu a garota, apreensiva com a reação dos sequestradores.

— Como se atreve a falar assim? -uma pessoa encapuzada se aproximou e desferiu um tapa estalado no rosto pálido da garota.

— Ei, deixe-me tentar. -Annie encolheu-se na cadeira com medo.

— O que querem... comigo? -ela mordia os lábios, segurando o choro.

(...)

Antes que pudesse reagir, J-Hope segurou-o pela camisa e o levantou, socando-o no rosto e jogando-o no chão. Depois segurou-o de novo, para repetir a "dose".

— Pare! Por favor! - gritou o homem.

J-Hope pareceu hesitar por um momento, mas logo um sorriso brotou nos seus lábios.

— Deveria ter pensado melhor antes de sequestrar a Annie. - e socou-o novamente, deixando-o desacordado.

(...)

— Jin hyung, não devíamos desamarrar a Annie pelo menos? Todos estão ocupados, então não vão nos notar... Provavelmente...

— Calma V, estou pensando em uma estratégia.

— Ok, mas enquanto você pensa ai, eu estou indo!

(...)

— Vamos, eu lhes dou cobertura. - o mais velho tinha um olhar destemido.

E assim Kookie fez. Nos braços dele, Annie acomodou-se e respirou fundo, sentindo o cheirinho do Jungkook, misturado com suor e terra, como se aquilo tranquilizasse-a, e fossem só eles, sem sequestro, brigas ou coisas que a deixassem com medo. Por hora, para ela o melhor era deixar-se levar pelo seu "herói". Não aqueles de roupa chique e cavalo branco, mas um real, e que a partir de agora ela iria gostar muito.

— Obrigada... -foi a ultima coisa que a garota conseguiu murmurar antes de apagar.

(...)

— Está errada. Não somos meros vizinhos ou conhecidos. -ele fechou os olhos lentamente e eu inconscientemente fiz o mesmo- Você é importante para mim, não podia deixá-la... -começou a sussurrar.

— Ahrram Ahrram. Terminaram? Se queriam um momento a sós era só pedir. -Kookie nos interrompeu e o Suga afastou-se rapidamente.

— Cala a boca biscoitinho.

— Cale você docinho. -debochou o mais novo.

— Tem certeza que você não é light? É tão sem gosto...

— Melhor eu parar de olhar para sua cara, vai que eu pego diabetes. -riu debochado.

— Maknae irritante!

— Velho sem cor!

(...)

Em plena segunda-feira de manhã, alguém bateu à porta. Era o Taehyung. Ele estava todo sem jeito, o que não era típico dele, e depois de algum tempo pensando, ele finalmente disse  que queria:

— Quer sair comigo?

(...)

XIV. Encontro com o V

Meu queixo alcançou o chão de tão caído que estava. Na cara de pau, sem muitos rodeios, ele havia me chamado para sair! Meu Deus! Mas até que sendo desse alienígenazinho eu poderia esperar de tudo.

Todo o sangue do meu corpo concentrou-se no meu rosto. Eu não sabia que expressão fazia, muito pouco o que diria. É tão estranho alguém me chamar para sair, ainda mais um ídolo famoso, estranho, e que é meu vizinho. Minha cara deveria estar muito mal, já que ele perguntou se eu queria me sentar ou beber um copo de água.

— Olha, é bom você aceitar. Eu não fiz isso tudo por nada.

— Hm... Er... - olhei para o teto, tentando refletir. - Tá bom então...

Ele mostrou aquele sorriso que só ele sabia fazer e estendeu o braço.

— Então vamos.

— Não.

— Não? - ele pareceu se surpreender com a resposta, então fui explicar melhor.

— Caso não tenha percebido, ainda estou de roupa de dormir.

— Ah, ok, então te espero aqui na porta. - V sentou-se no chão bem ao lado da porta do meu apartamento e ficou olhando para o nada, parecendo um cachorrinho obediente a espera do dono. Respirei fundo.

— Volto já. - e fechei a porta.

Ai. Meu. Deus. Isso é estranho, muito estranho. Logo o V? Embora eu desconfiasse de algo, arrumei-me rapidamente sem conseguir esconder o ânimo que sentia. Seria uma quebra de rotina legal e não perigosa -perigo era a coisa que mais me rodeava desde que encontrei com o grupo-, além de divertida. Vesti um vestido lilás de alcinha meio curto, justo até a cintura com uma listra roxa e rodado na parte de baixo, de forma que parecesse um botão de flor, só que de cabeça para baixo, o decote era reto e no canto direito, quase em cima da alça, havia uma flor roxa. Puxei meu cabelo para o lado e trancei-o até a metade, amarrando-o com uma liga, e em cima da liga encaixei uma presilha prata em forma de pássaro. Calcei uma sapatilha branca com bolinhas azuis e a única maquiagem que passei fora um gloss rosado. Quando abri a porta, ele continuava lá, na mesma posição, parecia mais uma escultura do que uma pessoa.

— Oi...

— Até que está bonita. - riu do próprio comentário - e demorou bastante. Típico de mulher, certo? O Kookie havia me dito.

— Ah, maldito maknae! Como se homens também não demorassem a se arrumar!

— Concordo, ele é um dos que mais demora.

— Sério?

— Não.

Fiz cara de decepcionada, porém ri.

— Então vamos? Já estou ficando com fome.

Não tive tempo de respirar fundo novamente, pois ele agarrou minha mão e foi me puxando. A emoção do momento foi tão forte que eu nem havia lembrado no quão bom em direção ele era -ironicamente falando-. Eu estava frita, isso sim. Não consigo parar de me imaginar daqui a alguns anos, perambulando pelas ruas a procura do caminho de casa... Que triste.

— Aonde estamos indo? -perguntei ainda me deixando ser levada por aí.

— Você vai ver. -falou sem olhar para mim ou parar de andar.

— Não gosto de surpresas. -ele parou de andar e me encarou.

— Não? -arqueou uma das sobrancelhas.

— Não.

— Não? -repetiu a pergunta.

— Aish! Por que está tão tenso de repente? Vamos logo. -e dessa vez eu o levei, até ele voltar ao normal e começar a me guiar novamente.

(...)

— Aqui é lindo! - exclamei exaltada.

Ele havia me levado à uma pracinha, num lugar bem estranho, por sinal, fiquei até com medo de termos nos perdido, mas, enfim... Haviam árvores espalhadas por todos os lugares e a pracinha era contornada por flores de cor amarela e roxa, num canto havia um pequeno playground e bem ao centro havia algo que parecia um restaurante. Contemplamos um pouco aquele lugar, V ficou insistindo até que eu topei balançar no balanço e depois ele tentou descer no escorregador, mas não conseguiu, porque ele era grande de mais e ficou entalado, porém graças a um ser de bom coração que o ajudou, ele conseguiu sair.

Tae me guiou até uma das mesas, a que ficava mais próxima dos canteiros, e nos sentamos. Ele limitou-se a pedir um suco e sanduíche, alegando estar com pouco dinheiro, para mim, ele pediu um refrigerante de cola e uma fatia de torta de chocolate. Foi divertido vê-lo fazendo caras e gestos engraçados.

— Annie, tem algo no seu cabelo.

— O que? - fui passar a mão, mas ele me censurou.

— Espere! Deixa que eu tiro.

Inclinei um pouco a cabeça e ele aproximou-se, passando as mãos em meu cabelo.

— Saiu! - V se ajeitou na cadeira em um pulo e ficou rindo que nem um bobalhão.

Logo um barulho atraiu-lhe a atenção.

— O carrinho de sorvetes! - levantou e deu alguns passos, depois pareceu ter lembrado algo e disse: - Quer sorvete também?

Assenti com a cabeça e ele saiu correndo na direção do carrinho de sorvetes do outro lado da pracinha, quase não dava para vê-lo por conta das árvores, imagina escutar o barulho com um som abafado desses... É como dizem, ele é mesmo um alienígena

Eu estava sem saber o que fazer, apenas observando o movimento de minhas pernas enquanto eu as balançava, mas logo um som -dessa vez audível para mim- chamou minha atenção.

— Ai... -reclamou a pessoa.

— JUNGKOOK! -me levantei afobada e apontei o dedo em sua direção.

Logo alguns curiosos pararam de perambular e observavam a cena com olhares curiosos.

— Fala um pouco mais alto, esperta. -revirou os olhos e me encarou.

— O que está fazendo aqui? -me aproximei dele- E por que está aí no chão?

— Só estava admirando a vista daqui de baixo. -ele continuava me olhando.

— Pervertido! -recuei alguns passos, puxando a saia do vestido contra meu corpo.

— N- Não foi isso que eu quis dizer! -o garoto começou a ficar vermelho.

— Eu nunca pensei que você fosse assim tão... Jimin...

— Mas eu não... Jimin? O que o hyung tem a ver?

— Ele que é um tarado. -dei de ombros- Anda, levanta daí, você está chamando atenção.

Ele me olhou por mais uns instantes antes de suspirar e se levantar, como eu estava um pouco longe dele, ele teve que vir mancando até mim.

— O que você tem? -olhei seu corpo- Meu Deus! Você está sangrando! -me ajoelhei perto dele.

— Yah... Levante, o que as pessoas vão pensar disso? -ele passou uma das mãos por baixo do meu braço e me levantou.

— Temos que ir ao hospital.

— Não vamos não.

— Mas Jungkook... -suspirei- Tudo bem, mas temos que cuidar desse machucado.

Sem esperar por seus resmungos de contragosto, segurei em seu pulso e o levei até uma farmácia ali perto.

Tá, não tão perto.

Comprei um remédio antibacteriano, lenços umedecidos e curativos. Obriguei o resmungão a se sentar e, com os lenços, comecei a limpar a terra e o sangue daquele corte, depois coloquei o remédio e o garoto urrou de dor.

— Deixa de ser mole. -dei um tapa em sua perna.

— Doeu. -fez bico e cruzou os braços emburrado.

— Ok garanhão. -terminei o curativo e dei um fraco tapa em cima.

— YAH! -reclamou.

— Está tudo certo. -espreguicei-me- Por que está tão vermelho? -aproximei meu rosto do seu.

— Sai, sua irritante. -virou o rosto para o lado.

— Ownt, você é irritante, mas também é um fofo. - apertei suas bochechas estranhas.

Ele se livrou de minhas mãos e me empurrou para trás, só que sem usar muita força, a surpresa foi tão grande que eu recuei alguns passos e bati as costas na parede. Enquanto eu estava ali, imóvel, o maknae veio até mim colocando os braços de cada lado da minha cabeça, depois aproximou sua boca da minha orelha.

— Não me provoque. -falou.

Abaixei minha cabeça em uma tentativa de esconder minha surpresa e vergonha. Quem diabos era aquele e o que tinha acontecido com o maknae fofo e irritante de sempre?

 


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Alguém ainda ai?



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