Não sei mais o que aconteceu depois, a única coisa que eu fiz foi correr para a sala de aula e graças a deus ele não era da classe 2A que era minha classe. Quando entrei na sala havia várias pessoas legais, mas tem uma menina a Molly Stifen que parece ser super legal, ela me ajudou na tarefa de matématica que eu estava completamente chocada com o assunto.

Quando tocou pro intervalo eu desci as escadas rezando para não encontrar John de novo.

Vi Molly correndo em minha direção.

–Ei, me espera. Vamos comer juntas!

Olhei para ela, e fiz que sim com a cabeça. Eu estava até feliz por ter achado alguém legal porque com certeza não é legal ficar sozinha em uma escola dessas.

Sentamos na mesa e eu pude ver muitas pessoas, cada uma de diferentes tipos; Patricinhas, nerds, os meninos bonitinhos e um grupo que na verdade não parecia grupo porque so havia duas pessoas nele e claro que uma delas era o John que me encarava sem parar não importa onde eu olhava.

–Molly, quem é aquele do lado do John?

Molly olhou para trás e não foi nada discretamente.

–Ah, é o Sebastian Manson. O melhor amigo e fiel escudeiro de John.

Eu de novo olhei para John que continua me encarando, esse menino não tem mais para onde olhar não?

Falei para Molly que iria pro banheiro e me levantei desesperadamente.

Antes mesmo que eu chegar na porta do banheiro John apareceu na minha frente, ele tinha um corpo exemplar, cada musculo que exibia-se em seus braços eram de tirar o folego. Mas eu não o encarava, eu odiava ter que olhar nos olhos dele.

– Da pra olhar para min, quero conversar.

E veio tudo á tona, as imagens dele quando criança falando coisas horriveis e aqueles olhos azuis me encarando enquanto eu chorava

– Pierce, olha para mim.

Eu olhei para ele fervendo de raiva.

– Como sabe meu nome?

Ele deu uma risada

– Eu podia brincar muito com você quando pequena mas eu sabia seu nome

E foi aí que eu fiquei louca.

– Brincar? Você acha que aquilo era brincar? Você é mesmo um idiota, não mudou nada!
Eu sai de lá, ele não correu atrás de min mas eu podia sentir ele olhando para mim enquanto voltava para mesa onde Molly estava.

– Nossa, menina. Você parece que correu uma maratona de tão vermelha que está.
Antes mesmo que eu falar qualquer coisa o barulho do microfone que vinha do pátio me atrapalhou.

–Atenção! Alunos e novatos, Bem-Vindos a Winston Clode - A escola fazia muito barulho, e alguns professores pediam silêncio - Sou a diretora Francesca Clode, meus pais me deixaram de herança esse colégio e eu realmente quero que todos se comportem. - Antes dela ir embora, ela voltou com um papel na mão - E peço que John Lisen e Pierce Homp venham para minha sala agora mesmo.

Quando escutei o meu nome junto com o dele só pensei não que eu havia feito, passei a imaginar tudo o que eu havia feito hoje. Eu tremi enquanto levantava da cadeira, e fui até a sala dela que tinha uma placa com o nome dela.

– Licença, me chamou?

A diretora e John me olharam da cabeça aos pés e claro que aquilo me encomodou.
– Pierce, sente- se.

Me sentei na cadeira ao lado de John e começei a suar, não só por estar do lado dele mas também por que eu estava com medo.

–Bom, como eu vi em sua ficha percebi que é uma aluna exemplar. Passou com as melhores notas no colégio anterior e conseguiu fazer uma boa prova aqui.

Ela virou os olhos para John que não estava nem a encarando.

– Já esse aqui, mata aula e não presta atenção em nada mas mesmo assim consegue perfeitas notas.

Ele olhou para ela com uma cara horrivel, e eu dei uma risadinha que ele escutou.

– Bom, com isso eu irei passar o John para sua sala de aula. - Eu vi os olhos de John ficarem escuros, acho que ele queria bater muito nela - Mas como não sou tão chata, passarei seu amigo Sebastian também.

Quando pensei que não podia piorar mais.

– Pierce, quero que fique de olho nele.
John buffou
–Acha mesmo que ela pode ficar de olho em mim? Pelo menos mande alguém melhor - ele tinha falado aquilo gritando.
– Sr. Lisen não quero que grite de novo assim - Ela se levantou - Agora vocês dois para fora, agora.
Eu sai da sala dela, e vi que já havia acabado as aulas. Finalmente, não aguentava mais ficar ali, quando eu estava dando um passo, John me pegou pelo braço.
– Olha, não me leve a mal mas você não vai me dizer o que fazer, ou quando fazer.

Já viu uma pessoa de 1,62 ficar brava com alguem que tinha 1,70, então era eu nesse momento

– Então da proxima vez preste atenção nas aulas que eu não vou precisar ficar olhando para você toda hora.

E eu fui embora, quase chorando e caindo no chão. Eu nunca ficava brava com coisas assim, mas toda vez que eu estava com ele, toda vez que eu olhava nos olhos dele eu queria o abraçar, sentir ele. Igual quando eu era apaxionada por ele aos 7 anos de idade.