A Filha das Trevas - Marcados (LIVRO 2 - COMPLETO) escrita por Ally Faro


Capítulo 65
Capitulo Sessenta e Cinco - Caos Familiar


Notas iniciais do capítulo

VOLTEEEEEEEEEEEEI

A faculdade ainda me mata. Kkkkkk

Espero que gostem, mas não, hoje não tem o "Divirtam-se!"



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                Belinda se espreguiçou antes de saltar no lindo e encantador lago Jiuzhaigou, a água morna fora refrescante e fez sua mente voltar ao funcionamento normal e acalmar. Belinda aprendera a relaxar em meio as águas cristalinas ou as árvores altas do Vale, não havia como negar que aquele lugar exercia um fascínio em que o visitava. Lestrange deixou o corpo relaxar e encarou o céu noturno, vendo as milhares de estrelas brilhantes sobre ela, raramente tinha paz de espirito o suficiente para nadar, principalmente à noite, já que normalmente temia ser atacada, contudo esse medo da natureza vinha amenizando e ficando quase inexistente. Belinda puxou sua Varinha, iluminou a ponta e tomou o máximo de fôlego que conseguiu, mergulhando em seguida até o lugar mais fundo possível.

                As águas claras davam a sensação de que o fundo do lago não era distante, contudo era uma mera ilusão, aquele lago devia ter pelo menos uns seis metros de profundidade, o que fez Belinda voltar a superfície e respirar fundo, enquanto deixava a luz na ponta da Varinha desaparecer. Além das corridas noturnas, os mergulhos viraram rotina. A menina fazia por volta de dez quilômetros em forma de Animago e um quilômetro na forma humana, seguindo em direção ao Lago, em seguida mergulhava e se permitia ficar o mais relaxada possível, antes de retornar pra casa, comer qualquer coisa e, dependendo de seu humor e do de Dorian, poderiam conversar sobre diversos assuntos relacionados ao treinamento ou simplesmente fazer algo que desejavam.

                Belinda sabia que já havia passado mais tempo fora de casa que o normal, contudo saíra mais cedo, o que queria dizer que não devia ter passado das oito da noite, os dias de paz estavam chegando ao fim e ela precisava absorver aquela calmaria o máximo possível. Ela ouviu um barulho na margem do lago e olhou para o rapaz albino saindo de trás das árvores, usando uma calça de corrida e camiseta.

 -Te achei. –Ele comentou tranquilamente, mas havia algo errado.

                Bell fez careta, o olhando.

 -Por que estava me procurando? –Ela estranhou, Dorian nunca viera atrás dela.

 -Precisamos conversar. –Ele estava sério, notou ela.

                Belinda nadou até a beira e saiu do lago, o short leve e camiseta preta haviam grudado em sua pele, o que ela notou estar marcando completamente seu corpo, como se não usasse nada, a fazendo cruzar os braços em frente ao peito. Dorian notou o desconforto repentino dela e fez careta, percebendo no momento seguinte do que se tratava. O rapaz retirou a camiseta e jogou pra ela.

 -Veste e vamos conversando.

                Belinda sorriu de canto em agradecimento e vestiu a camiseta sobre suas roupas molhadas, embora Dorian fosse esbelto, ainda era alto e forte, por tanto sua camisa era larga na menina e quase cobrira seu short.

 -O que você quer? –Ela questionou, calçando os tênis de corrida.

 -Recebi um recado de Rabastan ainda a pouco. –Ele alertou assim que ela se colocou ao seu lado.

                Belinda sentiu um palpitar doloroso no peito.

 -O que ele quer? –Se obrigou a questionar.

 -Ao que parece Lucius Malfoy foi preso, depois de uma confusão...

 -Oi? –Ela meio que riu. –Lucius preso?

                Dorian não soube como interpretar a expressão meio chocada e quase divertida da menina.

 -Ao que parece a fama e a grana dele não foram o suficiente dessa vez. –Ele informou.

                Dorian ficou perplexo quando Belinda gargalhou.

 -Céus! Lucius Malfoy, o loiro platinado mais irritante que conheço está preso? Em Azkaban?

 -Sim, em Azkaban. –Ele deu de ombros. –Eu devo ficar preocupado que você perdeu completamente o juízo?

 -Por que? –Ela ainda sorria levemente.

 -Você enlouqueceu de vez, Merlin. –Ele balançou negativamente a cabeça em descrença.

 -E o que aconteceu? –Ela deu a volta em uma árvore, ainda com um leve sorriso.

 -Alguns Comensais da Morte tentaram achar uma Profecia no Departamento de Mistérios. –Ele coçou a nuca. –Você não andou lendo jornais desde que viemos pra cá, correto? –Ela assentiu. –Então, Lucius estava entre eles. Houve uma batalha, onde alguns Comensais da Morte, Harry Potter, um grupo de estudantes, mais um grupo conhecido como Ordem da Fênix e o próprio Dumbledore, travaram uma batalha. –Ele fez careta. –Não sei se você conhece, mas você tem o nome dele, então... Bem, Sirius Black morreu...

                Belinda assimilou todos os nomes ditos, embora não soubesse sobre Ordem da Fênix alguma, contudo era preocupante que seus amigos estivessem em meio a batalhas, contudo a única coisa que conseguiu questionar foi sobre o nome Black.

 -O fugitivo de Azkaban? –Ela questionou e ele assentiu.

 -Bem, acabou sendo que Lucius foi pego em flagrante e levado para Azkaban. –Resumiu o máximo possível. –A notícia já se espalhou por todo o mundo Bruxo.

                Belinda deixou o sorriso morrer de repente recordando que havia muito por trás da prisão de Lucius. Não era somente Lucius Malfoy envolvido nesse escândalo.

 -Draco. –Ela soltou.

                Dorian viu a expressão preocupada dela.

 -É.

 -A volta pra Hogwarts. –Ela suspirou.

 -Sim, essa parte será terrível, não só pra ele, mas pra vocês dois.

                Belinda respirou fundo e se abraçou, tentando se aquecer. A noite em si não estava fria, mas ela sentiu que poderia congelar naquele momento.

 -Mais um caos familiar para os Malfoy. –Ela respirou fundo. –O pior é que mesmo não sendo uma Malfoy, eu estou incluída nisso, não é mesmo?

                Dorian viu os olhos dela endurecerem, perdendo toda a diversão de antes, que ela construíra com muito trabalho no período em que estiveram no Vale.

 -Tem mais. –Ele falou baixo e a viu fechar os olhos, antes de respirar fundo e encará-lo.

 -Me diga que é uma coisa boa. –Belinda viu a sobrancelha do albino formar um arco levemente desgostoso.

 -Sinto muito. –Ele falou e ela suspirou.

 -Vá em frente.

 -Ao que parece terá um jantar na sua casa.

 -Que? –Ela ficou confusa. –Se Lucius tá preso, ninguém irá querer se misturar conosco, quer dizer, ninguém que...

                A frase morreu, deixando palavras presas em sua garganta. Dorian notou os ombros dela tremendo.

 -Belinda? –Ele chamou.

 -Não, não, não. –Ela riu de desespero. –Não pode ser. –Ela o encarou. –Por favor, Dorian, me diz que tô completamente errada, que é só idiotice da minha cabeça, que...

 -Sim, são alguns Comensais que irão para a Mansão Lestrange, não para a Malfoy.

                Dorian sabia que poderia ter tentado acalma-la para dar a notícia, contudo conviveram muito para que ele tentasse omitir algo tão importante. Levou alguns minutos para Belinda retomar o controle novamente. Em seguida olhou intensamente para o rapaz.

 -Pode me levar pra casa? Para a Mansão Malfoy, quero dizer. –Dorian foi pego de surpresa, mas assentiu.

                Dorian tocou seu ombro e aparatou com ela. Belinda sentiu o solo voltar para baixo de seus pés e olhou para o albino.

 -Obrigada pela ajuda.

 -Nos vemos em breve. –Ele disse e ela assentiu.

 -Espero que bem em breve.

                Dorian respirou fundo.

 -Deixarei meu cordão na casa do Vale Jiuzhaigou, caso precise fugir. –Informou. Em algum momento criaram uma relação boa o suficiente para tentarem se ajudar. –Então mesmo que eu não vá estar presente, você poderá ir pra lá quando isso acabar, tudo bem?

                Belinda ainda abraçava a si mesma.

 -Obrigada, de verdade.

 -Sem problema.

                Belinda o viu aparatar e respirou fundo. Estava na hora de enfrentar o que ela mais queria fugir.

                Era notório a diferença entre o aconchego da pequena casa do Vale Jiuzhaigou para a frieza da Mansão Malfoy. Tão óbvio que Belinda se sentiu vazia ao passar pelo portão de entrada.

 -Olá, Ferinha. –Rabastan estava do lado de dentro do portão, aparentemente a sua espera.

                Belinda sentiu o coração saltar uma batida, mas respirou fundo em seguida e retomou o passo, fazendo Rabastan se colocar ao seu lado.

 -Olá, Rabastan. –Ela cumprimentou, mas sem encará-lo.

                Rabastan notou a palidez doentia da menina e em como ela se abraçava, como se pudesse se proteger de algum modo com aquele gesto. Belinda raramente demonstrava seu medo, desde que se conheceram era a primeira vez que ele via seu medo transparecer tão claramente.

 -Assim que tudo isso acabar você pode retornar para onde estava.

 -Ainda terei coisas a resolver depois dessa merda toda. –Ela revidou.

                Rabastan fez careta e assentiu para o nada.

 -Entendo.

                Belinda o encarou.

 -Entende mesmo?

 -Draco. –Ele respondeu prontamente, a fazendo vacilar. –Você tem que falar com o Draco, já que o pai dele foi preso e provavelmente a cabeça dele tá perdida. –Ela arqueou a sobrancelha, retomando o passo, de forma mais lenta que antes. –Você não tem melhor amiga, mas tem o Draco. Certo?

 -Não sei do que tá falando.

                Belinda devia admitir sua surpresa pela percepção aguçada de Rabastan.

 -Rodolphus é meu irmão, por mais merda que ele faça ou as companhias que tenha escolhido...

 -Você também as escolheu, não é? –Ela o cortou e ele sorriu.

 -O que eu quero dizer, Ferinha, é que eu entendo. –Ele deu de ombros. –Não me importo de verdade, mas entendo.

                O comentário a fez bufar, mas sorrir de canto. Rabastan era a pessoa mais próxima que ela tinha dentro dos Lestrange, mesmo que não fossem amigos.

 -Bem, espero que nem todos entendam então.

 -Não se preocupa. –Ele sorriu. –Bella não entende, até porque ele não compreende o que amar significa.

 -Vou acreditar em você dessa vez.

 -E mais uma coisa, pergunte a Draco o que andou acontecendo na sua ausência. –Ele alertou, quando já estavam na porta e ela com a mão na maçaneta.

 -O que quer dizer?

 -Acho que você não vai gostar, mas tem que saber, só que não sou eu quem tem de falar, Ferinha.

                Belinda não teve a chance de perguntar mais nada, já que Rabastan colocou a mão por cima da sua e abriu a porta, a obrigando a soltar a maçanete, entrando em seguida.

 -É melhor você ir se vestir, temos que ir para a Mansão Lestrange já, já.

                Belinda recordou do jantar e sentiu o estômago embrulhar, mas correu para as escadas, sem se deixar notar e nem perceber quem estava na sala.


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Notas finais do capítulo

E ai? Curtiram?

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Beijos e até o próximo capítulo



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