A Filha das Trevas - Marcados (LIVRO 2 - COMPLETO) escrita por Ally Faro


Capítulo 61
Capítulo Sessenta e Um - Recepção Diferente e Amistosa


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novinho. Acabou de sair do forno. Hahahaha

Espero que vocês gostem, é mais um capítulo leve, já que tudo andava tão obscuro.

Divirtam-se! (Fazia tempo que eu não dizia isso sem preocupação, né? Kkkk)



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                Belinda se suspirou e encarou o portão da Mansão Malfoy, os olhos negros atentos captando qualquer movimento interno e mesmo externo. Todos sabiam que o retorno para casa seria desagradável e irritante, contudo era obrigatório. A menina suspirou novamente e ajustou Rúnda em seus braços, dando o primeiro passo e empurrando a grade, seguindo até a porta de entrada da Mansão, sem nem mesmo olhar se Narcisa e Draco a acompanhavam, todavia ainda escutava os passos deles a seguindo. Como se pressentindo algum tipo de perigo, Rúnda eriçou todos os pelos e rosnou, fazendo com que Belinda o soltasse e o bicho caiu de pé, antes de correr para a lateral da casa.

—As coisas parece que serão animadas. –Ela sussurrou, empurrando a grande porta de entrada.

                  Draco tentou alcançar o pulso da menina, mas ela foi mais rápida e logo entrava na casa. Seja o que ela estivesse imaginando, parecia querer tornar realidade o mais rápido possível, mesmo que fosse algo ruim.

                       Belinda entrou na sala e viu Rabastan brincando com a bolinha de gude verde, a qual Bell já o vira tantas vezes, e bebendo whisky na companhia de Rodolphus e de Lucius, que parecia bem desconfortável, enquanto os irmãos Lestrange riam de alguma coisa. Bell ainda achava surreal ver Rodolphus sorrir.

—Ferinha! –Rabastan pareceu animado ao vê-la.

—Rabastan. –Ela cumprimentou como se fossem velhos amigos, indo se jogar ao lado do homem.

—Como foi o N.O.M.s? –Ele pareceu curioso e ela deu de ombros.

—Bom.

—Esperava uma reação mais animada. –Ele admitiu e ela sorriu de canto.

                       Belinda podia não gostar de Rabastan, mas com o passar do tempo deixou de temê-lo e desgostar. Seus treinos eram cheios de vida e emoção, nada monótono e mesmo que agressivo, o mais indolor possível. Por querer tão fervorosamente matar Bellatrix, Rabastan evitava machucar realmente Belinda e a ensinava da melhor e mais eficiente forma possível.

—Fiquei no top 3 das maiores notas, satisfeito? –Ela arqueou a sobrancelha e ele sorriu.

                       Draco encarou a cena preocupadamente, Belinda parecia extremamente relaxada ao lado de Rabastan. Mas ele não tinha certeza se era real.

—Não muito. –Rodolphus interrompeu. –Estávamos esperando o primeiro lugar pra você.

                        Belinda franziu a testa e estalou a língua, encarando o homem.

—Então da próxima vez você vai e faz a prova por mim.

—É pra você ser um pouco menos idiota, não mandar quem sabe pra fazer por você.

                        Bell riu baixinho diante a provocação, mesmo que não sentisse animação real.

—Não seja assim. –Rabastan brincou e rolou a bolinha verde entre os dedos.

—Já que Rabastan está pedindo, serei gentil. –Bell debochou, fazendo Rodolphus bufar e beber seu whisky, ignorando a provocação da menina.

—Me sinto lisonjeado. –Rabastan entrou na brincadeira.

—Que seja. –Ela bufou, mudando sua posição no sofá. –Posso saber o que essa recepção diferente e amistosa significa? –Ela encarou Rabastan. –Você não vem até aqui só para visitas casuais. Muito menos acompanhado por Rodolphus, até porque ele é antissocial e não gosto de ninguém.

                       Belinda, por alguma razão, tinha prazer em provocar Rodolphus, que como de praxe só bufou para a menina.

—Você irá sair comigo hoje e provavelmente passará uns dias, antes de encontrar com a Bella. –Rabastan informou.

—Pela primeira vez você me oferece uma proposta irrecusável, Rabastan. –Ela sorriu de canto mais uma vez.

—Então não demore a arrumar sua bagagem, sim? –Ele brindou de longe com ela. –Tenho algumas lições divertidas pra você.

—Sendo assim, serei breve. –Prometeu, já se erguendo e caminhando para sair da sala.

                       Draco a seguiu até seu quarto. Mais por costume do que qualquer motivo.

—Você passará esses dias com eles? –Ele se preocupou.

                  Belinda bufou e puxou o malão que trouxera de Hogwarts, que o Elfo Doméstico já havia deixado em seu quarto.

—Não é como se Rabastan me quisesse morta, não ainda. –Confidenciou. –Até porque se esse fosse o desejo dele, eu já não estaria aqui.

—Belinda.

—Draco. –Ela se virou para o rapaz. –Nesse momento eu sei pra onde e com que estou indo. Agora eu tenho confiança de sair sem o pânico de ir encontrar com o Maldito Voldemort, o contrário de quando eu estava vindo pra casa ou mesmo do meu retorno após o tempo que irei passar com os Lestrange. –Ela foi firme. –Enquanto estiver com Rabastan, estarei viva. Enquanto Bellatrix viver, eu tenho um aliado que irá me manter a salvo. –Ela pareceu altiva como nunca antes. –Meu problema não é com os homens da família Lestrange, sim a vadia que casou com um deles. –Draco não sabia o que pensar e dizer. –Somente cuide do Rúnda por mim.

                    Malfoy a viu sair do quarto e ir embora para um destino desconhecido. Ele achou, após a conversa no trem, que poderia ajuda-la e cuidar da menina, mas estava enganado, mal voltaram a se falar e ela já estava indo embora com pessoas que Draco não confiava nem um pouco.

—Pronto. –Ela anunciou, deixando o malão próximo a porta.

—Mais rápida do que imaginei. –Rabastan assumiu.

—O contrário de você, eu não costumo perder tempo. –Provocou e o homem deu um sorriso divertido, mas que também poderia significar sua vontade de cometer homicídios.

—Você é terrível, Ferinha. –Ele brincou, se erguendo.

—Aprendi com você.

—Se cuide, querida. –Narcisa pediu.

                   Belinda assentiu, não tinha mais disposição para manter uma conversa, por mais curta que fosse, com Narcisa.

—Vamos aproveitar pra comer algo antes de seu treinamento, você parece horrível. –Rabastan estava animado com algo. Bell e ele podiam não ser amigos, mas ela aprendera a reconhecer as constantes mudanças no humor dele. –Até porque precisamos de força e incentivo para treinamentos.

—Claro. –Ela concordou, empurrando o malão em direção ao homem.

                    Rabastan encarou o malão da menina e suspirou.

—Irmão, você cuida disso. –Rabastan avisou. –Já que nunca se junta a nós.

                       Rodolphus respirou fundo antes de se juntar aos dois.

—Não tenho paciência para vocês dois juntos.

                     Belinda o viu arrastar seu malão para fora, sem nem mesmo olhar para os outros dois.

—Vamos? –Rabastan a chamou e ela o seguiu.

                     Rabastan a levara para um lugar extravagante e que ela nunca vira antes.

—Que lugar é esse? –Ela o seguiu até uma mesa.

              A parede de fundo de tijolinhos negros era coberta de rabiscos, pequenos castiçais flutuavam sobre as mesas, as cadeiras eram estofadas e na cor vermelho sangue. Havia algo, no meio de toda a estranheza do lugar, aconchegante e bonito.

—Você encontrou a beleza em meio ao caos, Ferinha? –Rabastan brincou e ela sorriu.

—O caos sempre tem beleza, Rabastan. –Ela disse com tranquilidade. –Só é difícil perceber quando é na nossa desordem, mas fora isso, sempre me atraí pela confusão.

—É curioso. –Ele a avaliou.

—O que é curioso? –Ela o encarou de sobrancelha arqueada e ele sorriu.

—Como você tem tanta coisa parecida com sua mãe e ainda é tão diferente dela.

                 Belinda foi pega de surpresa, jamais imaginou que Rabastan conhecera sua mãe ao ponto de poder falar como ela era. Lestrange sentiu um turbilhão de emoções. Era a primeira pessoa que lhe falava tão francamente sobre sua mãe ou qualquer coisa que a ligasse ao passado.

—Minha mãe?

—Acho que tá na hora de você saber um pouquinho do seu passado, Ferinha.


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Notas finais do capítulo

E ai? Curtiram?

O que vocês esperam disso?

No que acham que irá levar essa conversa?

Deixem seus comentários.

Beijos e até o próximo capítulo.



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