A Filha das Trevas - Marcados (LIVRO 2 - COMPLETO) escrita por Ally Faro


Capítulo 55
Capítulo Cinquenta e Cinco - Bom Conselho


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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                O N.O.M.s finalmente chegaram ao fim, contudo isso não levou embora a preocupação de Belinda com os resultados dos exames, que provavelmente já estava sendo pregado nos quadros de avisos pelo corredor principal, mas estava sem disposição nenhuma de enfrentar uma multidão para ver sua pontuação, por tanto permaneceu subindo a escada para as arquibancadas. Ela recordou de Malfoy a cumprimentando com um leve sorriso, quando se encontraram no corredor antes que ela continuasse seu caminho para a o Campo de Quadribol. Draco, desde que deixara a Ala Hospitalar, na manhã seguinte ao dia que se viram, começara a aparecer muito diante a menina, a olhava, lhe cumprimentava, mas não pressionava, isso a fazia respeitá-lo, mesmo que não admitisse, ele demonstrava querer voltar a velha amizade, contudo reconhecia a raiva dela e por isso Belinda lhe agradecia intimamente, estava tão quebrada que provavelmente desmoronaria se ele a pressionasse. Lestrange se jogou na área mais alta da arquibancada e fitou o céu, que começava a escurecer, estavam quase no fim de junho, mas ainda fazia frio.

 

               Draco deixou a aglomeração diminuir e avançou até o quadro, procurando seu nome, não foi preciso buscar muito, ele estava em segundo lugar de pontuação nos N.O.M.s, perdendo somente para Granger e ganhando Lestrange. Ele suspirou e deu de ombros, girando nos calcanhares e seguindo para o Grande Salão, Belinda ficaria contente em saber que estava no top 3 dos N.O.M.s, sempre gostara de se manter com boas médias, contudo ele a imaginou rolando os olhos e bufando quando percebesse que ficara em uma colocação a baixo dele, isso o fez dar um sorriso de canto.

—Transou pra estar feliz assim, Malfoy? –Tayner debochou, quando Draco tomou seu lugar a mesa da Sonserina.

—Faz parte da vida. –Ele respondeu dando de ombros e Douglas riu.

—Como foi a nota dos N.O.M.s? –Daniel questionou, vendo Draco se servir.

—Fiquei em segundo lugar. –Bufou tranquilamente.

—Perdeu pra Granger?

               Draco ergueu os olhos e encarou o companheiro.

—Não me faz lembrar que perdi pra Maldita Sabe-Tudo. –Ele falou tranquilamente e Daniel riu.

—Você viu a média da Bell? –Blaise quis saber, finalmente se metendo no assunto e deixando a comida de lado por um momento, ele parecia pensativo.

                O silêncio durou alguns segundo, em seguida Draco assentiu lentamente e deu um gole no suco de abóbora.

—Ela ficou em terceiro.

—Vai ficar bem irritada quando perceber que perdeu pra ti. –Douglas implicou e Draco riu baixinho.

—Isso vai ser divertido. –Ele debochou, voltando a relaxar e comer.

               Douglas já notara que Malfoy parecia mais relaxado, contudo as vezes travava quando lhe perguntavam sobre Belinda, mas ele não estava mais preocupado como antes, não demonstrava pelo menos, todavia ainda era visível que ele estava procurando uma maneira de se reconciliar com a menina.

—Ainda não sabe como fazer pra ela te desculpar, não é mesmo? –Douglas perguntou baixo, o encarando, sem despertar a curiosidade das pessoas ao redor, que mantinham conversas animadas.

               Malfoy ergueu os olhos cinza e negou com a cabeça, parecendo se perder em um ponto além de Tayner, que fez careta e se virou, vendo Belinda caminhando até a mesa da Grifinória e sentar ao lado de Lino, que lhe sorriu e passou o braço por seus ombros, falando algo para seu grupo do 6º ano e deixando seus amigos boquiabertos. Ela simplesmente passara pelo seu grupo habitual e se juntou aos sextanistas.

—Por essa ninguém esperava. –Daniel comentou, encarando a cena também, por sob o ombro.

—Eu sempre soube que ela andava com o Lino, mas não imaginava que ela fosse sentar com ele, não quando os gêmeos não estão mais por aqui. –Tayner concordou.

—Belinda é a traficante dos gêmeos, Lino é um intermediário, de certo modo. Então o que vocês esperavam? –Draco questionou, atraindo atenção dos demais.

—Como? –Blaise ficou confuso.

               Draco percebeu que além de Blaise, Daniel e Tayner, ninguém mais havia se virado pra tentar ouvir a conversa, continuando seus próprios assuntos com seus grupos, enquanto Crabbe e Goyle estavam muito atentos aos pratos. E ele havia brigado com Pansy no dia em que deixara a Ala Hospitalar, fazendo a menina manter distância, o que ele agradecia, não estava com paciência pra ela.

—Belinda sempre ajudou os gêmeos, sendo que um dos intermediários deles era o tal do Lino, não é? –Ele falava como se fosse óbvio. –Ela pode até tá fodida e afastada de todos, mas Belinda ainda vai ajudar os gêmeos a venderem os produtos deles, ela sempre prioriza os amigos. Então vai precisar da ajuda do Lino, ele fará o intermédio dela com os alunos, que estão com medo de se aproximar de uma Lestrange, uma suposta seguidora de Vocês-Sabem-Quem. A parceria dela com Lino não vai terminar, não enquanto ele estudar aqui. O que quer dizer que ela estará ignorando a todos, mas ainda irá arrumar tempo de contrabandear junto a Lino.

            Daniel encarou Malfoy por um longo tempo, ele conhecia Belinda bem demais e conseguia vê-la mesmo à distância, havia uma irmandade inegável entre eles, chegava a ser surreal, uma irmandade que Daniel demorara a compreender, mas agora entendia o porque de Belinda precisar de Draco em sua vida, ele a via melhor que qualquer outra pessoa. Embora a preocupação de Draco fosse notória, ele também parecia analisar cada detalhe de Lestrange, como se fosse de crucial importância, todo e qualquer movimento.

—Você a está analisando mais que o normal. –Douglas comentou, parecendo ter notado o mesmo que Olivier, o que fez Draco rir.

—Belinda sempre disse que se você deseja algo de alguém, deve saber interpretar cada gesto da pessoa. –Ele admitiu despreocupadamente, sorrindo para os companheiros.  –E se tratando de quem me deu o conselho, para ter o perdão dela, eu realmente preciso notar tudo o que puder, talvez assim eu chegue a uma solução.

—Isso é um bom conselho. –Daniel concordou e olhou novamente para a amiga.

               Belinda sorria com Lino, enquanto comia alguma coisa, mas parecia seca. Draco franziu o cenho e a viu dar um gole no cálice, ela demonstrava calma, porém seus gestos eram um tanto impacientes, embora ninguém percebesse.

—E então, Bell? –Lino questionou por fim, a fazendo rir.

—Posso providenciar tudo o que me pediram. –Declarou, olhando para James, o lindo garoto de olhos azuis e cabelo negro. –Contudo preciso da metade do pagamento adiantado, pelo menos.

—Mercenária! –Soltaram e ela sorriu, negando com a cabeça.

—Não é a questão. –Deu de ombros. –Mas vocês pensam que eu arrumo esses produtos com o que? Com meu charme?

—Está mais pra brutalidade. –Lino a provocou, a fazendo rolar os olhos.

—Me deem o pagamento e eu arrumo o produto. –Disse claramente. –Simples e fácil.

—Como você receberá os produtos, se Umbridge tá de olho em tudo? –Cartes quis saber.

           Bell encarou os belos olhos verdes do rapaz de pele pálida e cabelo negro. Os ossos proeminentes deixavam seu rosto bonito cheio de ângulos que seriam excelentes para desenhar.

—Você não precisa saber disso, Carter. –Ela sorriu de canto, brincando tranquilamente com o dedo indicador na borda do cálice de suco.  –Até porque é mais seguro pra todos.

—Agora sei porque os gêmeos sempre te adoraram.

             Belinda sorriu novamente, dando de ombros tranquilamente. Carter costumava andar com os gêmeos, mais do que muitos tinham coragem e menos do que muitos gostariam.

—Tenho meus charmes. –Brincou e deu um gole no suco, sentindo os olhares sobre ela, vindo de vários pontos diferentes, mas havia um que ela já se acostumara e evitava a todo custo. Ty.

—Devo perguntar por que você está evitando olhar para os seus amigos?  –Carter questionou, apoiando os cotovelos na mesa e o queixo nas mãos, olhando diretamente para Belinda.

—Não estou. –Assegurou, encarando os olhos verdes. –Só que estou fazendo negócios e isso é importante. –Ela sorriu novamente. –Como Freddie falava: “Negócios em primeiro lugar.”

—Achei que era: "pegadinhas em primeiro lugar". –Lino zombou.

—É claro que isso era o que os gêmeos pensavam e como agiam. –Ela confirmou. –Mas eles mentiam, então diziam ser negócios.

               A noite poderia realmente ser tranquila e agradável, se não fosse o fato de Belinda não conseguir alcançar esses sentimentos enquanto estava com seus amigos. Contudo foi mais divertida do que estava sendo desde que deixara de falar com Malfoy, que a encarou o jantar todo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Deixem seus comentários.
Beijos e até o próximo capítulo.

P.S.: Para aqueles que também acompanham Chapeuzinho Vermelho, sei que estou atrasada nas postagens, contudo estou em período de prova, o que quer dizer que não estou conseguindo finalizar o capítulo, porém em breve postarei.



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