A Filha das Trevas - Marcados (LIVRO 2 - COMPLETO) escrita por Ally Faro


Capítulo 37
Capítulo Trinta e Sete - Proteção de Voldemort


Notas iniciais do capítulo

Divirtam-se!



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          Belinda voltou quase de manhã para Hogwarts e não conseguiu dormir nenhum segundo se quer, a cada vez que fechava os olhos, o nome surgia em sua mente, fazendo as letras brilharem diante de suas pálpebras fechadas.

—Inferno! –Ela soltou, se sentando em seguida e assustando as amigas.

—Alguém acordou com o pé esquerdo. –Gina brincou.

           Belinda sabia que Kátia saia cedo e voltava somente quando tinha certeza que ela não estaria no dormitório ou estava dormindo, a evitando para se poupar de ouvir piadas por associação a “Filha dos Comensais da Morte”, como Bell vinha sendo chamada pelos corredores, o contrário de Gina e Hermione, que ignoravam a todos e entravam em uma ou outra discussão por conta disso.

—Que bom que está acordada. –Hermione comentou, organizando sua bolsa.

—Por que? –Bell arqueou a sobrancelha, encarando a castanha.

—Porque se você acordasse mais tarde, provavelmente iria acabar se atrasando de novo para a aula.

—E?

—Você vai se atrasar de novo para a aula. –Repetiu e Belinda bufou.

—Grande merda. –Hermione a encarou severamente.

—Belinda...

—Merlin! É aula do Binns! –Se exasperou. –Você acha que eu realmente estou com saco de aturar as chatices daquele entediante fantasma?

—Ainda é aula, não é? –Gina sorria, sentada na cama ao lado e prendendo o cabelo cor de fogo, dizendo isso somente para perturbar Belinda e tranquilizar Hermione.

—Não finja ser pacificadora, Weasley. –Belinda acusou e a ruiva riu.

—Vamos logo, ainda temos que comer.

—O que diabos eu fiz para merecer vocês na minha vida? –Belinda fingia indignação.

—Algo muito bom, provavelmente. –A ruiva brincou.

—Cada dia eu duvido mais disso. –Bell comentou enquanto se erguia da cama, mas concordava que ter Hermione e Gina em sua vida era um grande presente.

—Vamos tomar café, te esperamos lá no Salão Principal. –Hermione alertou.

—Sim senhora. –Belinda resmungou, andando preguiçosamente para o banheiro.

 

          Belinda não sabia se iria de fato para o Grande Salão, após ter se arrumado, contudo acabou decidindo que sua fome era mais importante de ser saciada do que a ignorar por conta dos comentários idiotas que os demais alunos faziam.

          Os olhares e comentários deram início de repente, fazendo Draco erguer os olhos para a porta, a tempo de ver Belinda caminhar para seu lugar com uma tranquilidade surpreendente, ela o encarou e deu uma piscadela, como se não fosse o alvo de todos os cochichos maldosos.

—Ela vai ficar bem. –Blaise comentou, não somente para acalmar Draco, mas Tayner e Daniel, que estavam sentados em frente a ele.

—Sei que vai. –Draco retrucou e voltou sua atenção para o próprio prato.

—Quem não parece muito bem é tu, Malfoy. –Daniel acusou, recebendo um olhar apático de Draco e um sorriso sem humor.

—Não sei o porquê de você achar isso, Olivier.

—Porque você tá mais pálido que o normal. –Douglas soltou e Draco riu baixinho.

—Deve ser falta de sexo. –Zabini zombou.

—Eu não sou você. –Revidou e os olhos procuraram a mesa da Grifinória, passando rapidamente por Belinda e acabando presos em Hermione.

—O problema do Malfoy não é com mulheres, é apenas uma dessa vez. –Daniel brincou, assustando Draco e o fazendo lhe encarar. –Bell vai ficar bem, você a conhece melhor do que todo mundo, cara.

          Draco relaxou imediatamente.

—Sim, sim. –Ele suspirou. –Bell ficará bem.

          Belinda foi puxada por George assim que se aproximou deles, se vendo sentada entre os gêmeos, que lhe sorriram abertamente.

—Achávamos que você estava fazendo greve de fome. –Freddie zombou.

—Até parece que tenho força de vontade pra isso. –Ela sorriu.

          Lestrange precisou de todo seu empenho e energia para se manter calma durante o café da manhã. Conseguiu sorrir, brincar e debochar com os amigos, mesmo que não sentisse emoção alguma.

—Agora eu tô cheio. –George falou, enquanto passava o braço pelos ombros da amiga e se dirigiam para os corredores.

—Depois do tanto que você comeu, seria estranho se não estivesse. –Hermione brincou.

—Você parece não conhecer a capacidade dos gêmeos para comer, Mi. –Belinda falou dando um leve sorriso.

—Bell! –Dino pulou em sua frente, a pegando desprevenida e a fazendo se assustar levemente.

—Pelas cuecas de Merlin, Thomas! –Ela soltou, o fazendo rir.

—É tão estranho quando você me chama de Thomas. –Ele brincou.

          Belinda sorriu, uma das poucas pessoas que mantinham a amizade imutável com ela, mesmo depois da fuga declarada de Bellatrix, era Dino e ela somente podia agradecer por isso, pois sempre se dera muito bem com o rapaz.

—Vamos pra aula? –Ele chamou e a menina paralisou no meio do corredor.

—Acho que não tô me sentindo muito bem, talvez eu deva ir para a Ala Hospitalar e...

—Sem desculpas, Belinda. –Dino esclareceu, a segurando pela cintura e George a soltou, rindo. –Se eu vou ter que assistir a aula do Binns, você também vai.

—Mas...

—Nada de ‘mas’, você é minha parceira nas aulas dele.

—Parceira de soneca. –Ela brincou, se dando por vencida.

A garotinha dos Comensais. –Belinda ouviu alguém que passava ali perto falar.

          O comentário fez seu sangue ferver e ela se virou para encarar uma plateia segurando os risinhos.

—Se sou a garotinha dos Comensais da Morte, significa que estou sob a proteção de Voldemort, não é? –O nome fez todos pararem de rir, arregalarem os olhos e darem passos pra trás. –E se sou tão perigosa assim, vocês não deveriam me temer um pouco mais? –Ela deu um sorriso perigoso. –Vocês não acham que eu posso começar a me irritar com vocês?

—Bell. –Hermione a chamou.

—Não, Granger. –Ela cortou a amiga. –Se todos me julgam desse modo, está na hora deles começaram a levar a sério os próprios julgamentos, porque se eu pareço uma coisa, gosto de atender as expectativas do meu público. –O sorriso era feroz. –Quem sabe eu não comece a retaliar?

—Desde quando você atende as expectativas de alguém, Lestrange? –Foi Freddie a zombar.

          Belinda riu da pergunta do amigo, o que fez os espectadores arregalarem os olhos mais ainda, se é que aquilo era possível, e começarem a se afastar.

—Fazendo novas amizades, Bell? –Ty brincou, se esquivando dos alunos que se afastavam rapidamente e se juntando ao grupo.

—Você sabe como sou amigável. –Ela deu um sorrisinho cínico.

—Desde quando? –George fingiu choque.

—Vai se foder, Weasley!

—Você vai fazer alguns pirralhos molharem a cama. –Daniel zombou, se aproximando com Douglas e fazendo o grupo aumentar.

—Minha especialidade. –Ela sorriu.

—Você tá convivendo muito com o Draco. –Douglas provocou.

—E você também, se sabe como ele é realmente.

         O loiro riu.

—Me considere culpado.

—Eu sempre considero, não se preocupe, Tayner.

—Vai te foder, porra!

—Vocês sempre mandam, mas se eu decidir ir, vocês surtam. –Ela entrou no jogo, tentando sentir a diversão, mas o sentimento não lhe alcançava.

—Tenho certeza que tem gente a disposição se você quiser. –Daniel debochou e pelo menos metade do grupo encarou Ty, que arqueou uma sobrancelha e deu um sorriso maroto.

          Belinda notou as bochechas de Hermione corando e Gina rindo.

—Vocês estão constrangendo a Mi.

—Você não precisa ficar sem graça, Mione. –Daniel assegurou, tocando gentilmente o ombro da menina, o que fez Belinda pular entre os dois e abraçar a amiga.

—Tire suas patas, Olivier! –Belinda mandou, fazendo o grupo rir. –Você não vale porra nenhuma, que nem o Marcos, e minha garota é boa demais pra ti.

         Daniel colocou a mão direita sobre o peito e se fez de ofendido.

—Nunca ouvi ultraje maior.

—Ele quis dizer que nunca ouviu verdade maior. –Belinda explicou para os amigos, que riram da piada.

—Eu te odeio.

—Mentira. –Ela sorriu. –Você me ama e essa é uma das poucas certezas que tenho na vida.

—Como alguém pode ser tão convencida? –Daniel bufou.

—Vocês me criaram assim. –Ela informou e ele bufou. –A culpa é de vocês dois, do Coren e do Murilo.

         Belinda sabia que Marcos e Murilo estavam pagando detenção com a Professora Trelawney, depois que explodiram várias bombinhas e pintaram a entrada da Sonserina. Tiveram sorte de não terem sido pegos por Umbridge, sim por Minerva, que amenizou o castigo, mas ainda assim os deixou de detenção porque eles se recusaram a informar os outros culpados.

—Criamos um monstro. –Tayner falou, suspirando em seguida.

—Sim, agora vão ter que aturar.

—Seria bom se eles tivessem que aturar sozinhos. –Ty debochou e ela lhe mostrou o dedo médio.

—Tomar no seu cu, Parker.

—Chega de enrolação. –Dino decretou. –Temos que ir pra aula.

—Vamos, se não chegaremos atrasados. –Hermione decretou.

—Tenho alternativa? –Belinda questionou.

—Não. –Responderam em coro e ela fez careta.

          Belinda, como esperado, dormiu na aula de Binns logo nos primeiros minutos, apoiada em Dino, que rabiscava algo ritmadamente em seu pergaminho. 


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Notas finais do capítulo

Demorei, mas voltei :D

Deixem seus comentários.

Beijos e até o próximo capítulo.



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