A Filha das Trevas - Marcados (LIVRO 2 - COMPLETO) escrita por Ally Faro


Capítulo 23
Capítulo Vinte e Três - Visita de Cortesia?!


Notas iniciais do capítulo

Sei que desapareci por um tempo com a Bell, mas estamos de volta.
Espero que gostem do capítulo.
Divirtam-se!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/698185/chapter/23

  Draco entrou na enfermaria, estava um tanto ofegante, já que viera correndo o mais rápido que pode do Salão Comunal da Sonserina até a Ala Hospitalar assim que soube que Belinda fora, novamente, levada até lá. Contudo parou assim que viu quem estava lá.
            Belinda ainda sentia o corpo dolorido e a cabeça doer levemente, mas estava bem melhor desde que tomara o remédio.
—O que diabos ele veio fazer aqui? –Coren questionou, os olhos verde-azulados fuzilando o loiro, que estava parado no meio da enfermaria.
—O que parece, Marcos? –Belinda revidou seriamente, então encarou Draco e deu um leve sorriso.
—Não acredito que você...
—Para de idiotice, Marcos! –Foi Hermione quem falou, pegando a todos de surpresa.
—Oi? –Marcos a encarou de olhos arregalados e furiosos.
—Olha, você pode não gostar. –Disse a castanha. –Assim como todo mundo aqui, mas apesar de tudo o Malfoy é da família da Belinda e você querendo ou não eles se dão muito bem.
            Draco quase deixa o queixo cair diante daquele comentário da castanha, mas manteve a pose indiferente, assim como expressão.
—Tá ai algo que você precisava ouvir, camarada. –Douglas disse sorrindo levemente e Daniel concordou com um aceno de cabeça, dando uma palmadinha na costa de Marcos, que se esquivou irritado.
—Mas ele precisa vir quando a gente tá aqui? –Murilo quis saber.
—Olha, –Daniel chamou. –algo me diz que o Malfoy não tá ligando se a gente tá aqui ou não, na verdade a gente deve ser o mesmo que merda nesse momento. –Deu de ombros. –Eu acho que ele tá aqui só querendo saber se a Bell tá bem. –Belinda deu um sorriu diante o comentário.
—Quer saber? –Marcos puxou a mochila para o ombro. –Então eu vou embora.
—Tchau. –Belinda falou calmamente, dando um aceno irônico e recebeu um olhar mais que zangado de Marcos, que saiu pisando duro.
            Draco se afastou para não causar mais confusão, contudo Marcos deu um passo pra perto de onde o loiro estava e lhe deu um escorão com o ombro, fazendo Malfoy ir junto ao impacto e se controlar pra não revidar, todos viram as mãos do rapaz abrir e fechar.
—Coren seu desgraçado! –Belinda praticamente gritou e se colocou de pé, mas foi impedida de ir atrás de Marcos, por Douglas e Hermione.
—Você não vai bater em ninguém agora, Lestrange. –Freddie disse, sentado tranquilamente ao lado da cama da menina.
           Murilo respirou fundo e puxou a própria mochila.
—Vou ver o que posso fazer pra acalmar a fera. –Falou, mas era evidente sua irritação diante a presença de Draco.
—Não me importo se ele tá calmo ou não. –Belinda falou, os olhos escuros brilhando de irritação. –Quem tá puta sou eu.
—Bell... –Ginny ia falar algo, mas foi cortada.
—Não tentem aliviar as coisas pra ele. –Belinda disse. –Ele não foi homem suficiente para agir dessa forma? Então ele que aguente as consequências agora.
—Acho melhor você deitar. –Hermione avisou, mas ela não lhe deu ouvidos.
—Se eu continuar deitada vou surtar.
—Você já é surtada. –A ruiva brincou.
—Você não tá na Ala Hospitalar nem há uma hora e já tá arrumando confusão? –George questionou, sentado no chão e brincando com uma caixinha que cabia na palma de sua mão, mas que Belinda não queria descobrir o que tinha dentro, não ali na enfermaria.
           Todos viram que a menina não estava disposta a sentar. E Douglas chamou Malfoy com um aceno de cabeça.
            Draco respirou fundo, tanto pra controlar a raiva quanto pra criar disposição de seguir até onde estava aquele grupo. Contudo seguiu e tocou de leve o braço de Belinda.
—Deita de uma vez, beleza? –Ele praticamente sussurrou, para que somente ela escutasse, mas Hermione estava ao lado da menina e escutou, assim como ele tinha certeza que outros tinham ouvido.
—Fala sério. –Ela bufou o encarando.
          Draco suspirou e se inclinou para falar no ouvido dela.
—Não sei por que merda tá aqui, o que ainda vai me explicar, mas a não ser que pretenda ficar o resto do dia e noite, talvez até uns dias, aconselho a me ouvir e deitar na porra dessa cama agora, Black. –Alertou. –Ou será que vou precisar te forçar? Talvez eu chame o Nerd e...
—Tá! –Ela disse um pouco mais alto, mas com um leve sorriso. –Pra que toda essa agressão?
—Idiota. –Ele revidou, enquanto ela deitava novamente.
—Tá bom assim? –Questionou e ele rolou os olhos.
—Venho mais tarde. –Alertou e ela assentiu.
—Divirta-se com o Binns.
—A diversão dos mortos, grande merda. –Falou já saindo e a fazendo rir.
            O silêncio durou um pouco mais de dez segundos após a saída de Draco.
—Agora eu entendi. –George comentou como se tivesse feito uma grande descoberta.
—O que? –Ela quis saber, encarando o ruivo.
—Ele é tão idiota quanto você. –Freddie concluiu, atraindo atenção da amiga. –Por isso se dão tão bem.
—Provavelmente. –Ela riu. –Até que horas vou ter que ficar por aqui, em? Já tô melhor...
—Ninguém liga pro que tu quer, Lestrange. –Daniel informou. –A gente quer saber o que a madame Pomfrey acha.
—Minha opinião não é valida? –Se fez de ofendida.
—Não! –Disseram os amigos, em um coro alto demais para a enfermaria.
—Vocês não sabem ficar em silêncio por cinco minutos? –Madame Pomfrey questionou, surgindo em frente a cama de Belinda e a encarando. –Como se sente, Lestrange?
—Bem. –Ela sorriu.
—Você ficará por mais algumas horas em observação.
—E as aulas? –Bell questionou, não querendo ir para as aulas, mas sem nem um pouco de vontade de permanecer na Ala Hospitalar.
—Os professores não irão lhe dar detenção por uma falta, a qual passará aqui.
           Belinda fez um muxoxo.
—Ela ficou ressentida, madame Pomfrey. –Freddie disse.
—A senhora acabou com a ilusão dela de que os professores sentirão saudades. –George concluiu e Belinda riu.
—Vocês não deviam estar nas salas de aula, não? –Ela questionou o grupo.
—Estamos acompanhando a Belinda e... –Douglas começou.
—Sem desculpas. –A mulher o cortou. –Todos para as suas salas, vamos.
—Mas madame Pomfrey...
—Lestrange não irá morrer por ficar algumas horinhas sozinha. –Disse ela. –Vão, vão, vão. Daqui a pouco a Inquisidora aparece pra saber o motivo desse tumulto e não tenho paciência pra ela hoje. –A mulher corou pelo comentário, notando que o fizera em voz alta e os alunos riram.
—Guardaremos seu segredo, não se preocupe. –George falou animadamente, enquanto se colocava de pé.
—Ninguém gosta daquela mulher, madame Pomfrey, não tem que se preocupar em dizer verdades. –Freddie concordou.
—Vão logo, vamos. –Ela mandou.
—Sim senhora. –Os gêmeos bateram continência e Bell sorriu. Os ruivos se inclinaram para perto dela. –Voltamos mais tarde. –E beijaram suas bochechas.
—Esperarei ansiosamente. –Ela brincou.
          Duas horas, duas longas horas haviam passado desde que seus amigos foram embora e o silêncio se fez presente, a fazendo chegar perto da loucura por simplesmente ter que ficar encarando o teto branco.
—Como odeio hospitais. –Ela resmungou.
—Todos odiamos, não é? –Belinda encarou de olhos arregalados o homem que estava caminhando até sua cama.
—Diretor Dumbledore. –Ela cumprimentou, ainda confusa.
—Oh, vejo que não esperava minha visita, não é senhorita Lestrange? –Ele sorriu, parando ao pé de sua cama e a encarando.
—Na verdade não... Senhor. –Se apressou em acrescentar.
—Você não imagina por que estou aqui?
           Belinda se apressou em pensar todas as coisas que viera fazendo, se questionando em seguida de qual dos motivos levara Alvo Dumbledore a ir lhe ver.
—Não senhor. –Disse ela, se sentando na cama, para ficar mais confortável em uma conversa.
—Estou muito curioso sobre sua faixa, senhorita Lestrange. –Ele disse de repente, os olhos fixos na faixa em seu braço.
—Perdão? –Ela fez careta, encarando o homem.
—Oh, ela não parece com as faixas comuns. –Ele sorriu amigavelmente e Belinda desconfiou que havia muito por trás daquele sorriso.
—Faixas comuns são simples e as pessoas questionam imediatamente o que você tem a baixo delas, faixas negras aparentam mais uma luva, por tanto parecem ser um adereço apenas. –Explicou, contudo estava atenta até o último fio de cabelo.
—Interessante. –Disse ele. –Aliás, posso perguntar o que a senhorita tem de baixo dessa faixa?
           Belinda sentiu muitas emoções de uma única vez, mas somente travou a mandíbula e respirou fundo.
—Por que o senhor se interessaria? –A voz saiu seca.
—Somente curiosidade de um velho.
—E o que motivou sua curiosidade, diretor?
—Ouvi boatos pelos corredores e...
—Os boatos que dizem respeito a família Malfoy, senhor? –Dumbledore a encarou curiosamente.
—Então sabe dos boatos?
—Não é como se eles chamassem de Cria de Comensal da Morte tão as escondidas assim. –Ela deu de ombros. –Pelo menos os que acreditam no Harry.
—E você, acredita?
—Não vejo porque de ele criar uma história dessas, diretor Dumbledore. –A menina estava com o olhar indecifrável. –Acredito em Harry, acredito que Você-Sabe-Quem retornou e que matou Cedrico, acredito que ele quer destruí nosso mundo, mas não tenho nada com isso, assim como Draco, já que ouvi tantas idiotices sobre isso e ao que parece o senhor decidiu acreditar.
—Oh, não, não, senhorita Lestrange. –Ele sorriu. –Só estava curioso pra saber o que você pensa sobre tudo isso. –Ele sorriu novamente. –Bom descanso.
           Belinda o viu começar a caminhar para a saída e tinha certeza que aquela visita não era meramente cortesia ou só uma remota curiosidade.
—É uma queimadura de terceiro grau! –Ela falou em voz alta e o diretor a encarou por sob o ombro. –Foi assim que minha magia se mostrou. –Disse ela, a expressão séria. –Estava brincando próximo à lareira, então meu brinquedo quebrou e eu me irritei, quando vi o fogo já tinha engolido meu braço. –Deu de ombros. –Narcisa correu para apagar, mas já era tarde demais. –Ela ergueu o braço enfaixado. –Então ela me mostrou um Feitiço para colocar nas faixas, para que mesmo batendo, não machuque mais ou comece a doer. –Deu de ombros e baixou o braço. –Mas quando vim para Hogwarts eu não queria que todos perguntassem, foi ai que tive a ideia de deixa-la negra e então é essa a história, diretor.
—Por que ela não sai quando tentam tirar? –Ele quis saber.
          Belinda suspirou.
—Porque é um Feitiço pessoal, o senhor deve saber melhor que eu como isso funciona. –Ela deu de ombros. –Nunca me explicaram bem como é e eu não achei necessário, contando que eu mantenha isso longe de olhos curiosos e que ninguém olhe com repulsa por eu ter uma queimadura de fogo mágico que até hoje é bem viva.
—Sinto muito, senhorita Lestrange. –Ele disse. –Vejo que isso não a deixa contente.
—Não, não deixa, senhor.
           Dumbledore foi embora e Belinda suspirou, tocando levemente na faixa e sentiu o estômago revirar. Ela já sabia que provavelmente eles tentaram tirar a faixa de seu braço, porém era mais difícil ser confrontada por isso do que ela gostaria.
Bela maneira de começar o dia.—Resmungou.
           Lestrange olhou em volta e suspirou, se colocando de pé em seguida e saindo da Ala Hospitalar, queria ficar sozinha e sem mais ninguém lhe questionando a respeito de nada, principalmente perguntas tão pessoais e as quais ela preferia manter bem longe de pauta.
           A Torre de Astronomia estava silenciosa e fria, mas ela se encostou a grade de proteção e olhou para o Lago Negro e para os pássaros que sobrevoava ali. Era uma bonita imagem a ser guardada na mente e a ser desenhada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai? Curtiram?
Deixem seus comentários.
Beijos e até o próximo capítulo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Filha das Trevas - Marcados (LIVRO 2 - COMPLETO)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.