A Filha das Trevas - Marcados (LIVRO 2 - COMPLETO) escrita por Ally Faro


Capítulo 13
Capítulo Treze - Vadia do Ministério, Lucius e Ameaças...


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.
Divirtam-se!



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          Draco vira Belinda encarar a todos de cima, com uma superioridade maior até do que a do próprio Ministro da Magia.
–Ô, queridinho —Dolores disse pra Draco. —você não foi convocado, então está dispensado.
           Draco olhou para Belinda, que havia arqueado a sobrancelha de leve, quase não sendo perceptível, em seguida olhou seu pai.
–Espere lá fora, Draco. —O loiro assentiu.
           Draco deu um último olhar para Belinda, que olhava fixamente para Umbridge. Ele fechou a porta atrás de si e se encostou na parede ao lado. Se Dolores soubesse a raiva que Belinda estava, jamais pediria para ele se retirar.
–Sente-se. —A mulher mandou.
            Belinda caminhou com elegância e sentou na cadeira ao lado de Lucius, os ombros alinhados de modo sútil, mas que impunha um controle absoluto.
–Bem senhor Malfoy, sinto tê-lo chamado aqui hoje...
–Se sentisse não teria chamado, Dolores. —Lucius foi direto. —Diga o que tem a dizer, não tenho tempo a perder.
           Belinda poderia odiar Lucius, mas naquele momento quase lhe lançou um sorriso. Qualquer pessoa que tratasse Umbridge de modo petulante, ganharia determinada consideração dela.
–Que seja, Lucius. —Disse a mulher. —Você foi convocado porque sua sobrinha cometeu um grave ato de rebeldia.
–Nunca imaginei que os professores chamassem os responsáveis dos alunos somente por um deslize, achava que cuidavam disso diretamente.
–Você é amigo de Cornélio, achei melhor chama-lo aqui para evitarmos um escândalo, considerando tudo.
–Então me explique o que ela fez dessa vez.
           Belinda quase rola os olhos, mas estava tendo que se controlar ao extremo para não bufar por conta do que via na sala de Umbridge. Tudo era rosa demais e os quadros cheios de gatos eram tão absurdos que a menina nem sabia o que pensar.
           Lestrange ouvira, sem falar uma única vez, a versão exagerada de Umbridge, de quanto ela fora agressiva e desrespeitosa, que não desejava que alguém de uma família tão renomada quanto a Malfoy, fosse motivo de problemas, nem pra ela e nem para a própria família. Sem falar do quanto citara se sobrenome.
–Belinda, aguarde lá fora, quero falar um momento com Umbridge. —Lucius falou por fim.
           Bell se ergueu e começou a caminhar para a porta, assim que girou a maçaneta, ouviu a irritante voz de Dolores a chamar.
–Não vá esquecer de sua detenção, senhorita Lestrange.
            Belinda voltou os olhos negros para a mulher, por um momento curto, se contendo para não voar em sua jugular, contudo deu somente um sorriso pequeno, mas contendo tanto deboche, que viu o rosto da mulher ficar mais rosa que sua sala e saiu em seguida.
–E aí? —Draco chamou, assim que a viu.
–Acho que a Vaca considera meu nome musical, nunca ouvi ninguém repeti-lo tantas vezes. —Ironizou, começando a caminhar pra longe da sala.
–E o que papai disse?
–Mandou eu esperar aqui fora. —Deu e ombros, dobrando em um corredor.
–Então pra onde você tá indo? —Bell sorriu ao ver a sobrancelha loira arquear.
–Pra longe, provavelmente pra aula... —Ponderou. —Ou simplesmente me jogar em algum canto e ler, ainda não decidi.
–Papai vai ficar furioso.
–O problema é dele. —Sorriu e viu Draco bufar.
–Vai ser pior pra você, tá sabendo né?
–Mais uma ou duas confusões, grande diferença. —Bufou e o viu quase sorrir. —Nos falamos depois, Doninha.
–Vai se foder.
–Quem sabe?! —Ele riu, começando a voltar pelo caminho do qual vieram.
          Belinda não estava disposta a ouvir um sermão de Lucius, provavelmente o pouco de paciência que fingira enquanto estavam na sala de Umbridge, iria desaparecer e ela explodir.
–Olha só, se não é a Leoazinha. —Bell sentiu um sorriso involuntário surgir, enquanto erguia os olhos e encarava duas petecas verdes.
–E aí? —Ele sorriu.
–Indo a algum lugar?
–Pra longe de Lucius Malfoy. —Disse simplesmente e ele abriu mais o sorriso.
–Problema com companhia? —Ela fingiu pensar.
–Depende. —Ele riu.
–De que?
–Do que essa pessoa pode me oferecer.
–Chocolate, o que acha? —Disse ele, batendo levemente no bolso e ela riu.
–Sem dúvida alguma você pode me acompanhar, Parker.
–Sua interesseira.
–Só quando me subornam com chocolate. —Ele sorriu, bagunçando o cabelo tranquilamente.
           Os dois começaram a caminhar para fora do castelo, onde ainda haviam vários alunos, o horário do almoço ainda não chegara ao fim.
–Diz o que você quer dizer, Ty. —Ela falou por fim, vendo o rapaz olhar para o grupo de Sonserinos e Grifinórios a distância.
–Fiquei sabendo que vocês brigaram... De novo. —Ele a encarou. —Só fiquei preocupado, sei que você os adora.
          Belinda sorriu levemente, o olhar distante dizia muito e nada ao mesmo tempo, sobre o que passava em sua cabeça.
–A impossibilidade de Marcos aceitar Draco na minha vida, sendo que a vida é minha, me irrita. —Ela deu de ombros. —Ele age como se Draco fosse foder minha vida a cada instante... E mesmo que esse fosse o caso, ainda é uma decisão minha. —Bufou e se encostou em uma árvore, distante do grupo de amigos. —Só gostaria que ele compreendesse ou simplesmente guardasse a raiva dele pra ele.
–Acho que ele tá preocupado com você e por isso age assim. —Comentou ele, encarando a menina.
–Pode ser, mas Draco é a única família que eu tenho, Ty. —Falou com a simplicidade de quem dizia querer pudim ao invés de chá. —E já disse isso pro Marcos, mas parece que ele, quando se trata do Draco, só tá disposto a ouvir o que ele tem a dizer.
–E seus outros amigos? —Ofereceu um pedaço de chocolate, enquanto pegava um pra si.
–Douglas e Dan não esquentam muito com isso, até falam com Malfoy as vezes. —Ela sorriu. —Os gêmeos o xingam com uma constância absurda, mas jamais tiraria a razão deles odiarem o Draco, isso é válido para o Trio Dourado... —Bell o viu franzir o cenho e riu. —Você sabe, Potter, Weasley e Granger.
–Já ouvi algo do tipo por aí. —Falou rindo.
–Mas Marcos só o odeia por odiar. Antes ele dizia que era porque Draco e eu vivíamos em guerra, mas já faz muito tempo que estamos em paz e nem por isso ele dá trégua. —Suspirou. —E o Murilo, embora moderado, concorda com o Marcos. E isso me irrita profundamente.
–Não vejo todo esse monstro que dizem que o Malfoy é. —Ele comentou por fim. —Já o vi sendo arrogante, é verdade...
–Arrogância é um dos pontos principais dele. —Ty riu da expressão dela.
–Mas vejo como ele é com você. —Ele a encarou. —Draco se preocupa com você e com seu bem estar, isso é o suficiente pra mim.
            Belinda sorriu em agradecimento, era nessas horas que Ty a conquistava, sendo sútil e companheiro, estando presente nos momentos menos esperados.
           Lestrange notou que o jardim estava quase vazio, mas seus amigos ainda permaneciam lá perto.
–Que coisa fofa. —Ela sorriu de modo provocativo e ele rolou os olhos. —Você se preocupa tanto assim comigo, Ty? Cuidado, vou começar a pensar que tá apaixonado. —Zombou e o viu se inclinar, ficando com os lábios a alguns poucos centímetros dos lábios dela.
            Belinda sentiu o coração dar saltos triplos antes de voltar ao normal e ela deu um sorriso brincalhão, passando a língua nos próprios lábios com total tranquilidade.
–Ah, Lestrange, se você soubesse. —Ele brincou de volta.
–E o que eu não sei, Parker?
–Será que eu já não cai nessa sua rede e me apaixonei?
           Por um momento o sorriso brincalhão dela quase vacila, aqueles malditos olhos verdes não a desestabilizaram por pouco.
–Você seria um cara muito azarado, caso tivesse. —Ele sorriu.
–Nunca fui muito sortudo, Bell.
–Mas não é burro também.
           Ty riu, mas não se afastou, pelo contrário, se aproximou, uma das mãos apoiada no tronco da árvore, onde Bell se encostava.
–Belinda. —Bell escutou a voz firme que Lucius usava para lhe chamar atenção e quase bufou, só não o fez porque Ty se afastou rapidamente, tornando a cena um tanto quanto cômica.
           Bell ainda sentia o maldito frio no estômago por causa das palavras de Taylor. Como odiava aquela sensação.
–Lucius. —Devolveu ela.
           Draco poderia rir da situação, se soubesse que não iria irritar mais seu pai. Já tivera que ouvir sua raiva durante todo o percurso até ali.
–Draco, me deixa falar a sós com ela.
           Draco notou a expressão de Taylor e achou melhor intervir, sabia que se Belinda estourasse ali, a merda seria grande demais. Então colocou as mãos nos bolsos e fez um sinal para Ty o acompanhar, após um instante o moreno se junto a ele.
–Relaxa, Belinda sabe lhe dar com papai melhor que qualquer outra pessoa. —Draco informou.
–Ela parece que vai voar no pescoço dele.
–Idiota do jeito que ela é, não duvido.
          Ty teve que sorrir.
          Não se afastaram muito, Draco queria ficar próximo para tentar evitar qualquer confusão maior, conhecia o pai que tinha e principalmente a amiga e o relacionamento dela com Lucius. Ao fundo Draco conseguia ver Daniel, Coren, Murilo, Douglas e os gêmeos pobretões.
–O que você quer? —Belinda cruzou os braços em frente ao peito, encarando Lucius.
–Você sabe que não deve chamar a atenção e faz um escândalo justo com o braço direito do Ministro? —Ele bufou. —Sempre soube que você é burra, mas isso é demais até para os teus padrões.
–Devo ter passado tempo demais com você e acabei absorvendo isso. —Os olhos dele estreitaram.
–Não vou perder meu tempo com você. —Apontou o indicador pra ela. —Mas é bom que eu não seja chamado aqui de novo por uma estupidez.
–Então é bom que a Vadia do Ministério não fale merda.
         Lucius sorriu de forma perversa e ela ergueu mais ainda o queixo.
–Então vamos colocar assim, Belinda. —Ela o viu brincar com o polegar na bengala. —Dolores pode conseguir te expulsar de Hogwarts e você volta direto para a Mansão, de onde tenho certeza que Bellatrix vai adorar te levar.
          Bell sentiu um calafrio percorrer sua coluna, mas manteve a pose.
–Bellatrix e sua trupe de loucos ou a Vadia do Ministério que é louca e estúpida?! —Suspirou teatralmente. —Você realmente não tá facilitando pra mim, Lucius.
           A troca de olhares irritados durou pouco mais de cinco segundos, mas foi o suficiente para tirar ambos do sério.
–Faça o que Umbridge manda, porque se eu for chamado aqui por conta de suas criancices, eu mesmo irei tirá-la de Hogwarts. —Dito isso se virou e começou a andar.
–Você não é nem louco de cogitar isso! —Disse ela, furiosa e o seguindo.
           Draco escutou a raiva de Belinda da distância onde estava, vendo o pai se afastar e ela o seguir, segurando o braço do homem.
–Ah merda. —Draco começou a caminhar pra perto.
–O que foi?
–Eles. —Disse o loiro com conhecimento do que viria a seguir.
–Parece que eles vão se matar.
–Não chega a isso, mas é perto.
             Ty o encarou, tentando decifrar se ele brincava, mas a expressão era extremamente séria e concentrada. Eles estavam a pouco mais de cinco metros de onde Belinda e Lucius se encaravam ferozmente, agora em uma discussão tão baixa e furiosa que Bell parecia mais selvagem que o normal, mas com uma elegância assustadora.


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Notas finais do capítulo

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