Astronaut: ReFlying escrita por Kaline Bogard


Capítulo 14
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Estamos quase no meio de setembro '-' isso é a prova de que agosto demora um ano pra acabar! E eu ainda to nas piadinhas de agosto... só Deus pode me julgar.

Sou tão amor: não atraso capítulos hohoho bem que eu podia ganhar uns chocolates por isso, não? Depois me peçam o endereço pra envio... ( ͡° ͜ʖ ͡°)

Boa leitura e boa semana!



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Capítulo 13

 

— Alguém quer duas moléculas de hidrogênio e uma de oxigênio? — Bruce perguntou, saindo no gramado pela porta da frente, trazia uma garrafa de água e uns copos de plástico nas mãos.

Peter e Loki pararam de juntar o lixo caído no chão e aceitaram a oferta. O sol ia alto no céu, passava um pouco do meio-dia e os jovens estavam longe de terminar a limpeza.

Haviam se dividido em times: Bruce e Tony preparavam o almoço. Thor, Niat e Clint cuidavam da área dos fundos, Natasha e Tarika limpavam a parte de dentro da casa.

Wade estava escalado no time de Peter, todavia, dissera que os remédios o deixavam indisposto e acomodara-se na varanda apenas assistindo enquanto os outros dois trabalhavam. Peter desconfiava que era apenas uma desculpa para ficar a toa. Como não conseguiria comprovar, não reclamou.

— Estamos preparando macarronada pro almoço. Se o Tony não me atrapalhar muito fica pronto em meia hora.

— Beleza — Peter animou-se ao ouvir aquilo. Estava apenas com café e aspirina na barriga, a fome indicava que seu estomago melhorara um pouco, embora a cabeça ainda latejasse dando a impressão de ser um balão que se enchera demais.

— Beleza? — Loki resmungou — Quando provar, você muda de ideia.

— O problema é que o Tony encarna o mestre cuca — Bruce se defendeu do comentário maldoso sem perder a compostura. Já se acostumara com as personalidades atípicas dos amigos.

Assim que o rapaz voltou pra dentro, Loki e Peter retomaram o trabalho de pegar os copos sujos do chão e jogá-los em um grande saco de lixo preto. E não estavam nem na metade.

— Petey, vem descansar um pouco — Wade chamou dando tapinhas nas pernas, indicando que ele deveria sentar-se ali.

— Não enche.

— Petey, ontem a noite você estava bem mais carinhoso — Wade falou simplista, paralisando Peter por um segundo, só até ele ouvir a próxima frase — Você pediu a gente em casamento...

— Sem chance! — Parker riu. Nem se estivesse morto de bêbado faria algo assim.

— Disse que ama a gente e fez carinho no cangote... — afirmou como quem não quer nada, olhando distraído de um lado para o outro.

— Só nos seus sonhos. Eu não lembro o que aconteceu, mas me conheço bem.

— Tem um jeito de descobrir... — a voz de Wade saiu perigosamente macia.

Peter parou de pegar copos no chão e virou-se para o outro, o bom senso lutando contra a curiosidade. E perdendo feio. Ele não resistiu:

— Que jeito, Wade?

Até Loki parou o serviço e prestou atenção, disfarçadamente, com toda a finesse e elegância de seu porte principesco.

— Isso é uma fanfic, tolinho. Se a autora quiser pode enfiar um flashback a qualquer momento. Se bem que eu preferia que outra coisa fosse enfiada.

— De novo com essa historia? — Peter suspirou — Eu não posso ser azarado assim até em uma história ficcional. Quem me dera fugir da realidade.

— Que apostar?! Ei, Leitor, deixe de ser inútil e vote na nova Wadenquete: se você quiser um flashback com o baby boy se declarando, diga nos reviews: “Wade Wilson mete gostoso”. Se você quiser algum tipo de saliência, escreva: “Wade Wilson merece um boquete”. Ultima opção: quem quiser declaração e saliência deixe um review com: “Wade Wilson tem a pica grande”.

— Não acredito que estou ouvindo isso. Cara, é hora de trocar os remédios por uns mais fortes.

O rapaz deixou-se cair no chão da varanda e cruzou as mãos atrás da nuca.

— Nah. A gente fez enquete alguns capítulos atrás, mas nem sei se eu certo. O capitulo 13 está sendo digitado antes da autora postar perguntando. Espero que os leitores tenham participado. Se não vou ter que ir de casa em casa enfiando cenouras em certos rabos...

— Parabéns, Parker. Você tem muita paciência. Recomendo que se forme em psiquiatria e inaugure uma clínica para casos perdidos— Loki soou tão mal humorado quanto parecia. Também não acreditava que parara o serviço pra ouvir abobrinhas.

— As pessoas se acostumam com tudo — Peter deu de ombros.

E era um pensamento surpreendente. Wade entrara em sua vida há poucos dias, era chato, inconveniente, grudento, não respeitava seu espaço pessoal, nem se preocupava com conveniências. Era stalker, esquizofrênico (que acreditava cegamente ser personagem de ‘fanfic’) e membro de um projeto para ajudar alunos problemáticos. E, mesmo com esse surpreendente historio negativo, Peter não sentia vontade de tirá-lo de sua vida de verdade. Com uma pessoa ruim, como Flash Thompson por exemplo, jamais conseguiria conviver tanto tempo, em termos até que “pacíficos”.

Wade era... diferente.

— Será que terminaram de limpar o banheiro? — o alvo dos pensamentos de Peter soou distraído — Preciso deixar um pedacinho da gente na privada. AKA dar uma cagada.

Okay, na verdade ele era muito diferente.

—--

O almoço acabou demorando mais do que meia hora. Tony queria espaguetti, mas só acharam macarrão tipo parafuso e conchinha, fato que o deixou surpreendentemente frustrado. Também brigaram pelo tipo de molho. Bruce defendeu que deveriam pegar um dos prontos pra facilitar a vida. Tony insistiu em uma receita da internet de molho branco e venceu pelo cansaço.

Contudo, depois de três caixinhas de creme de leite perdidas e nenhum resultado sequer próximo ao esperado, o playboy cedeu e concordou que “Bruce fizesse o que bem entendesse”.

E, por fim, houve a guerra civil, quando Stark decretou que deviam misturar o resto do patê de sardinha no molho. E Bruce não gostava de sardinhas. O impasse só foi decidido por Natasha, sempre lógica, que entrou na cozinha pra ver se os dois ainda estavam vivos, e deu a sugestão mais obvia: dividir o molho e misturar sardinha em uma das metades. Óbvio.

Uma hora e meia depois do prometido, os garotos sentaram-se à mesa, sem poder acreditar que iam comer algo! A mesa da cozinha tinha seis lugares, completaram os demais com cadeiras de montar.

Natasha e Loki arrumaram as louças sobre a mesa, Niat e Clint apareceram com refrigerantes em ambas as mãos, encontraram aquilo no freezer. Os outros foram se acomodando para começar a refeição.

A principio o único som que se ouviu foi o de talheres e pratos. Nem mesmo Wade, que tinha mais dificuldade em calar a boca, queria falar alguma coisa. A fome era tanta que só o cheiro de comida fazia geral salivar.

— Pela ponta da flecha que me deu o segundo lugar no campeonato — Clint falou de boca cheia, ao mesmo tempo em que levava a mão ao peito — Isso tá gostoso pra caralho, caras.

— Evidente, Clinton — Tony ergueu o queixo — Tudo o que eu faço é perfeito.

Bruce apenas girou os olhos, suspirando. Ninguém mais falou nada, principalmente porque Thor e Wade pareciam ter entrado em uma competição estilo quem come mais. Os dois enfiavam garfadas na boca e engoliam dando a impressão de que nem mastigavam o macarrão.

O acordo foi mudo e coletivo: comer primeiro, conversar depois!!

—--

Era quase sete horas da noite quando Peter Parker colocou o pé na própria casa. Morto de cansaço, esperando levar uma bronca monumental da tia May, por ter ficado tanto tempo fora.

E lá estava a velha senhora a porta, com uma expressão insondável na face.

— Tia May... — o menino começou o pedido de desculpas, mas foi cortado.

— Voce se divertiu, Peter?

Ele parou para pensar na frase. Chegara a casa de Tarika com expectativas diferentes, se surpreendera, tivera uma entrada triunfal e fizera parte de um ritual. Tomara seu primeiro porre, sofrera a primeira amnésia alcoólica que, de acordo com seu amigo esquizofrênico, poderia voltar em um flashback. Dois amigos tinham lhe dado um banho, porque se vomitara todo de tanto beber, amigos que agora riam se auto-intitulando Papai e Mamãe (bem, pelo menos um deles). Dormira com o moletom de seu stalker (o já referido esquizofrênico), passara pela ressaca com litros de café e aspirina. Trabalhara para limpar a casa da nova amiga. Comera macarrão feito pelo Papai e pelo Mamãe (uma delicia culinária) e depois, mais trabalho de limpeza.

Resumindo:

— Sim! Me diverti muito!

A mulher deu um passo a frente e o abraçou. Surpreendentemente, era um abraço tão quentinho quanto os de Wade costumavam ser (apenas menos abrutalhado).

— Fico feliz, menino — e ela era sincera. Pela primeira vez, via o sobrinho agindo como um típico adolescente, saindo da bolha em que se prendera.

Vivendo.


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Notas finais do capítulo

Vejo vocês na semana que vem!! Ou nos reviews. Deixem reviews pra falarem comigo antes hohoho aceito elogios, abraços virtuais e chocolate. Reclamações mandem A/C Wade Wilson AKA The Cagão.

Sabiam que eu tomo remédios também? To zoando. Hohohohoho ou não?

Até segunda e beijo na... palma da mão ( ͡° ͜ʖ ͡°)