Do acaso à superação escrita por Paty Everllark


Capítulo 4
A viagem


Notas iniciais do capítulo

Gente desculpa a demora, mas a semana foi muito difícil. Quero agradecer as lindas que tem comentado nos capítulos, vocês não sabem como é bom pra gente saber a opinião de quem esta acompanhando a fic, tenho tido mais de 50 visualizações por capítulos e poucos comentam, fico pensando que a história não esta agradando, ai quando LINDAS como DM, Gabi Gama e BelRapunzel comentam, sinto motivação para continuar, então meninas esse novo capitulo é dedicado a Vocês, só peço que tenha paciência, com esses primeiros capítulos, já, já as coisas melhoram para as meninas ok? Bjs a todos que chegaram até aqui e tenham um ótimo fim de semana.



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Fazia duas semanas que estávamos curtindo nossas merecidas férias no distrito 1,  acordamos cedo para conhecer a UTG (Universidade Tecnológica de Gastronomia) onde Johanna estudaria nos próximos anos.

 – Bom Dia Sr. e Sr.ª Everdeen me chamo Alma Coin  sou a vice reitora da UTG, Nos falamos por telefone há alguns dias. É um prazer finalmente conhecê-los.

— O prazer é todo nosso – respondeu meu pai, em seguida nos apresentou – Clara minha esposa e essas são nossas filhas Johanna e Katniss. 

Passamos a manhã conhecendo as instalações da universidade, o lugar realmente era incrível e a expectativa que tínhamos havia superado a realidade com certeza.

 – Chegou à hora de vocês conhecerem os dormitórios – exclamou a vice-reitora.

— Alguns alunos ainda não retornaram das férias,  Esnobaria Golding a moça que dividirá o quarto com sua filha retornou há  dois dias, sendo assim, vocês terão a oportunidade de conhecê-la.

Ao chegarmos ao corredor que dava acesso para a área dos quartos escutamos  sons altos, e quase fomos atropelados por alguns uns cinco alunos que corriam em nossa direção.

 – Queiram me desculpar, como ainda estamos em recesso resolvemos dar um pouco mais de liberdade para os alunos é bom para que possam se preparar para a dureza que vem pela frente não é verdade?   – ela falava ainda virada para nós enquanto abria a porta.

— Estou vendo, que durezas terão pela frente e quanta liberdade vocês estão dispensando aos seus alunos – papai dizia de forma divertida, inclinando o corpo para olhar para dentro do quarto, já que Coin encobria a nossa visão com seu próprio corpo.  A situação era hilária, uma moça que supus ser Enobaria estava no chão seminua sob um rapaz que trajava apenas um cueca, as mão de minha mãe tiveram destino certo,  uma automaticamente cobriu meus olhos, enquanto  a outra foi usada para dar tapas nas costa de meu pai, que junto com minha irmã apenas ria da situação.                    

                                     [...]

Assim que deixamos a área dos dormitórios, meus pais visivelmente abalados  se desculparam com Coin dizendo a ela que não seria possível para eles deixar Joh morar ali, a mulher ainda tentou argumentar  dizendo que remanejaria  minha irmã para outro dormitório, mas não teve muito sucesso, para alivio de Johanna que durante o tempo que estávamos ali me confessou que entraria em pânico se tivesse que dividir o quarto com a tal Golding.

No mesmo dia fomos conhecer uma pensão indicada por Charles, porteiro do hotel em que estávamos hospedados, o lugar ficava a duas quadras do campus e do hotel onde estamos dava para fazer o percurso a pé, mamãe passou todo o trajeto falando sem parar e com uma rapidez impressionante sobre a “experiência traumática” como ela resumiu nossa manhã.  

 – Aquela menina parecia que ia nos morder quando a Sr.ª  Coin nos apresentou a ela,  assim que conseguiu tirá-la de cima daquele rapaz.  Vocês viram os dentes dela?  E as roupas? E o dormitório?  Meu Deus!  Será que ela nunca ouviu falar em maquina de lavar roupas ou vassoura?  Aquele quarto parecia ter sido bombardeado por um míssil, daqui um tempo a coitada será dada como desaparecida na reitoria, é bem capaz de se perder em meio a tanta bagunça, imagina quantos rapazes frequentam aquele quarto, eu não estaria no meu juízo perfeito se deixasse meu bebê naquele lugar.

— Clara você sempre exagerando tudo, à moça até que pareceu ser boazinha – papai exclamou num tom tranquilo, nós três caímos na gargalhada e ele nos dirigiu um olhar sério para em seguida começar a rir, na verdade acho que nem ele estava acreditando no que dizia.  

Meus pais eram assim, mamãe aquela que dramatizava e papai o apaziguador, era uma dupla dinâmica como costumávamos dizer em casa. Ficavam perfeitos juntos, um completava o outro, os dois se conheceram ainda crianças e começaram a namorar quando minha mãe tinha treze anos e papai quinze, desde então não se desgrudaram mais.

O lugar que Charles havia indicado era aconchegante e bem familiar como frisou papai, e o melhor cabia no orçamento deles. De cara nos identificamos com a dona, Mags era o nome dela, tinha uns setenta anos e era muito simpática,  além da dona do lugar havia mais quatro moradores, Camille de vinte anos estudante de administração, John de vinte e dois que estava cursando medicina,  e ainda outros dois hospedes,  pai e filha que não tivemos a oportunidade de conhecer porque estavam viajando no momento de nossa visita.

                                            [...]

— Filha você entendeu tudo direitinho?  – estávamos nos despedindo de Johanna e aquela era a quinta vez que mamãe fazia a mesma pergunta, já estava ficando até cômico ouvi-la falando e joh revirando os olhos.

 – Então repete tudo que eu acabei de falar para você.

— Ah mãe! Por favor, não tenho mais cinco anos.

— Mas é a primeira vez que terá que lidar com certas burocracias, como conta corrente, cheques, cartões, vamos estou esperando, repita.

— Não acredito que a senhora esta mesmo falando sério? Quer que eu repita tudinho outra vez?

 – Meu amor deixe a menina–meu pai reclamou já cansado daquela conversa.

 – Temos que pegar a estrada esta ficando tarde e o tempo esta mudando, deveria usar esse tempo para se despedir da sua filha ao invés de ficar atazanando-a desse jeito – ele a repreendeu, mamãe  concordou e começou se despedir.

— Eu já estou morrendo de saudades filha, não deixa de ligar todas as noites tá? Qualquer coisa que precisar não se acanhe de contar com a ajuda de Mags, já combinei tudo com ela ok?  Ela cuidará de você na minha ausência.

— Mãe eu não estou em outro país, qualquer coisa pego um trem e estou no 12 num piscar de olhos , vai dar tudo certo eu sei me cuidar.

— Eu sei meu amor, mais esse zelo todo é coisa de mãe, quando tiver seus filhos vai me entender.

— Eu nunca vou casar, e nem ter filhos – a expressão no olhar de Johanna era triste, talvez estivesse pensando no idiota do Woody que nem se despediu dela quando viajamos.

— Vai sim meu anjo, e será muito feliz, mas,  não sem antes se formar na Universidade tecnológica de gastronomia e ser uma famosa chef num luxuoso restaurante, tão cheio de estrelas quanto é o céu, o que deixará seus velhos  aqui muito orgulhosos. – dona Clara disse de um jeito solene arrancando um sorriso sincero de minha irmã.

— Mãe eu te amo muito, vou sentir muita falta de vocês, de tudo.

— Eu sei meu anjo, agora vem cá me dá um abraço, – minha mãe abraçou Johanna e esticou os braços para que eu e meu pai nos juntássemos a elas.

                                                             [...]

— George você não acha melhor pararmos e esperarmos a chuva dar uma trégua?

— Não Clara, se pararmos agora vamos ficar ilhados no meio do nada melhor seguirmos a diante talvez dê tempo de chegarmos ao posto mais próximo.

Eu estava com muito sono, estávamos na estrada a mais ou menos três horas, a chuva começou cair assim que saímos do distrito 1,   minha mãe não parava de reclamar  o quanto tinha sido uma péssima ideia fazer a viagem de carro. Tirei o cinto de segurança e deitei-me no banco traseiro, comecei a ouvir cada vez mais longe a conversa deles.

 Tudo foi muito rápido, de repente senti meu corpo ser arremessado de encontro a algo cortante e um barulho ensurdecedor atingiu meus ouvidos, senti-me presa a alguma coisa mas não conseguia definir o que era, tentava gritar, chamar por meus pais porém não conseguia nem ver onde eles estavam.

— Tem algum sobrevivente? – comecei ouvir vozes ao longe, sem reconhecer nenhuma delas, eu podia sentir o cheiro forte de gasolina e a chuva molhando minha pele.

— Precisamos retirá-los daqui o carro vai pegar fogo, não podemos esperar mais – senti braços me puxando e em seguida minha visão começou escurecer.

                                                            [...]

  Tic-tac, Tic-tac, abri os olhos lentamente procurando acostumar minha visão com a claridade, notei que estava numa sala branca e sozinha.

— Mãe, pai, Johanna. – não obtive nenhuma resposta, resolvi levantar ignorando a dor que sentia por todo o corpo, minha atenção fixou-se no fundo da sala onde havia uma porta azul caminhei até ela com dificuldades, minhas ideias estavam confusas, só conseguia pensar que antes de adormecer estava no carro com meus pais voltando para casa, agora não fazia a menor ideia de onde estava.

Segui até a porta e ela prontamente se abriu revelando-me um extenso corredor repleto de portas igualmente azuis. Caminhei pelo corredor tentando achar alguém que me desse alguma resposta, de costas para mim havia um casal que estava observando algo por detrás de um vidro ao final do corredor, aproximei-me deles e para minha surpresa se tratava de meus pais só que mais jovens.

— Pai, mãe, o que estão fazendo aqui? – meu pai colocou o dedo indicador nos lábios sinalizando que eu fizesse silêncio, foi o que fiz,olhei para a direção em que estavam olhando, e identifiquei minha irmã segurando a mão de alguém que estava num leito ligada a vários aparelhos. Fiquei perplexa, era minha mão que Joh estava segurando enquanto chorava copiosamente.

— Ela precisa de você Katniss.

— Não mamãe ela precisa da gente, de nós três. – no momento que proferi as palavras comecei a sentir grossas lágrimas descendo pelo meu rosto, minha mãe se abaixou para ficar da minha altura e me deu um forte abraço.

—Filha não podemos mais voltar, eu e seu pai temos que ir estão nos esperando, porém você terá que voltar para casa,  ainda tem muito que viver e sua irmã lhe aguarda.   – senti uma dor insuportável no peito e em seguida tudo ficou escuro outra vez.

                                       [...]

— Woody eu quero estar aqui quando ela acordar, não vou deixá-la sozinha.

—  Johanna já faz três dias,  você precisa ir reconhecê-los  meu amor, não posso fazer isso nem da  família eu sou,  a não ser que você me passe  uma procuração assinada de próprio punho, foi o que o homem do IML explicou.

— Johanna o que ele faz aqui?  Onde estamos?  Cadê o papai e mamãe? 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo, temos gente nova chegando na história hehehe, alguém chuta quem são os moradores da pensão que as meninas não tiveram a oportunidade de conhecer ? e a Enobaria em louquinha né? Não esqueçam de comentar, e me avisem se tiver algum erro ortográfico, tá legal. bjokas