Do acaso à superação escrita por Paty Everllark


Capítulo 31
As Coisas Boas da Vida.


Notas iniciais do capítulo

Boa noite gente linda!!!!

Eu sei que disse na última atualização que não iria demorar, e que esse seria o epílogo, mas imprevistos aconteceram e tive que demorar mais que gostaria.

Sobre eu ter dito que esse seria o epílogo, na verdade eu preferi dividir o capitulo em dois, para não quebrar a fluidez do mesmo. A boa noticia é que amanhã eu posto o último capitulo de DAAS, que já está prontinho e revisado.

Boa leitura. Obrigada a todos pela paciência comigo e amanhã eu me despeço direito de vocês.

Bjs. Espero que gostem.




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Anos depois...

 

Uma das coisas que aprendi convivendo com Peeta, nesses longos anos de casamento era que, eu sempre conseguia convence-lo de qualquer coisa após nossos momentos íntimos. A atitude era desleal, visto que eu me aproveitava da fragilidade do meu marido, mas as vezes era necessário, como no momento atual. O ambiente estava preparado do jeitinho que meu marido gostava.  Nossa noite com certeza seria especial, decerto conseguiria abrandar os instintos dele para acolher o pedido que eu iria lhe fazer.

Conferi novamente minha imagem no espelho do closet. Camisola vermelha curtíssima, lingerie da mesma cor rendada e para completar algo que deixava meu marido louco. Saltos altos negros.

Embora eu já tivesse entrado na casa dos quarenta e passado por três gestações, ao olhar minha imagem refletida, ousaria dizer – sem um pingo de modéstia – que eu estava muito sexy e que Peeta na certa aprovaria o resultado.

Respirei fundo e confiante disse a mim mesma:

— Vamos lá Katniss você consegue... e aproveita, afinal ambos merecem uma noite memorável.

Saí do closet e Peeta já me aguardava deitado na cama, sem camisa. Era incrível como os anos haviam feito bem a ele.  Seu corpo estava mais forte e bronzeado devido aos nossos constantes finais de semana no Distrito 4.  Amber, Prim, Isabel e minha caçula Sophie – que nasceu pouco mais de um ano após o nascimento de Isabel – amavam praia e se dependêssemos apenas delas, já teríamos nos mudado há muito tempo, mas além de meu marido agora ser um renomado chefe de cozinha, em breve Melissa estaria cursando a faculdade. Então, ainda não era possível abandonar o Distrito.

Uau! — falou Peeta, assim que me viu parada à porta. Em suas mãos, um livro e na mesinha de cabeceira uma taça de vinho tinto pela metade.

Escorei-me no batente e fiz uma pose atraente, ao que ele retirou os óculos de leitura e o dispensou junto com o livro sobre o móvel ao lado, em seguida fazendo menção de se levantar.

— Paradinho aí, senhor Mellark – ordenei e ele sorriu malicioso voltando a posição original.

Caminhei a passos lentos até o aparelho de som que já estava preparado sobre a poltrona. A música sensual auxiliaria meus planos de sedução. Coloquei um instrumental suave e comecei a dançar para ele no ritmo que as batidas ditavam. Na cabeceira da cama, Peeta pegou uma taça de vinho e tomou o resto do líquido.

— Você está perfeita!

Minha vontade, no instante que ele proferiu o elogio, era me jogar sobre ele e esquecer por completo as preliminares. Noites atípicas assim eram cada vez mais raras. Não por falta de desejo, mas por falta de oportunidade. No entanto, sempre que podíamos nos dávamos ao luxo.

— Você ainda não viu nada. – Comecei a dançar lentamente,  colocando em prática, tudo que havia aprendido nas aulas de danças sensuais na academia. Quando Johanna e Annie me convenceram a fazer as tais aulas, fiquei com pé atrás. Entretanto, tanto eu, quantos minhas irmãs estávamos adorando e também apimentando, e muito nossas respectivas relações.

— Está querendo enlouquecer seu marido, senhora Mellark?

 Não respondi, apenas lancei lhe um sorriso carregado de malícia e continuei a performance até que a música acabou. Ao término da mesma, caminhei vagarosamente até a cama e me ajoelhei sobre o colchão. Comecei beijando as coxas de Peeta sem tirar meus olhos dos seus. Brinquei com a barra do seu short, fingindo que o tiraria, enquanto beijava sua intimidade sobre o tecido fino.

— Ainda não loiro. – Percebi seu descontentamento, quando me levantei outra vez. – Primeiro as minhas roupas. – Fiquei de costas para ele e lentamente fui retirando cada peça que, cobria meu corpo, até ficar somente com os calçados.

— Os sapatos não... – pediu Peeta, num tom rouco, assim que me preparei para descartar as peças.

— Hum... fetiches, marido? – Virei-me e logo me aproximei de novo de nosso ninho de amor.

— Fetiches esposa.

— Onde eu estava mesmo? – questionei, chegando cada vez mais perto do meu homem. Peeta fechou os olhos, assim que toquei novamente no cós da única roupa que ele vestia. Desci a peça com cuidado até retira-la de vez e joga-la para longe.

— Você é ma-ra-vi-lho-sa – pontuou, elevando minha autoestima.

Entre mim e ele, já não tinha mais pudor algum. Adorava dar prazer ao meu marido. Amava vê-lo gemer e chamar meu nome. Especialmente em momentos que me tornava ousada, como agora, ao abocanha-lo.

— Katniss...— murmurou colocando a mão sobre meu rosto, deixando uma leve carícia ali. – Eu te amo... – gemeu outra vez, durante a declaração. Contudo, não deixou que eu continuasse e invertendo nossas posições, senti minhas costas sobre o colchão.

— Minha vez. – Sua voz exalava excitação e vontade.

Sua vez...— concordei, Peeta beijou-me de maneira voraz. Depois deixou meus lábios e a partir dali, trilhou um tortuoso e quente caminho de beijos que, passou por meu pescoço, seios e barriga até chegar, por fim, em minha intimidade. Meu marido sabia fazer aquilo como ninguém. Me levava às nuvens sem fazer esforço algum. – Ah Peeta...— resmunguei e ergui as costas do colchão, puxando seus cabelos. As sensações me faziam sair de órbita.

— Gostosa! – exclamou o loiro, e voltou a beijar  minha barriga, não demorando a chegar até minha boca novamente.

Entreguei-me totalmente.

— Eu te amo. Te amo, te amo... — dizia eu, enquanto Peeta me fazia chegar ao ápice. – Céus... como eu amo fazer amor com você.

 Ele sorriu sabendo o quanto aquela declaração era mais que verdadeira.

****

— O que tem para me dizer, diga de uma vez, Katniss – falou Peeta, assim que adentrei o banheiro. Ele me conhecia bem demais.  

Meu marido se olhava no espelho. As mãos apoiadas na pia. Dei um suspiro e busquei coragem para trazer o assunto que, há anos havia tornado um tabu entre nós.

— Você pode vir comigo?  Eu preciso lhe mostrar uma coisa.

— O que é isso, Katniss? – questionou Peeta, ao se deparar com a caixa de papelão na dispensa.

— Por favor, não surta.

— Foi por isso que, você mandou as meninas para a casa da sua irmã. E por isso que... Eu não acredito nisso Katniss.

— Já faz tanto tempo... as meninas sentem falta. Por favor, podemos ficar com eles? As meninas vão cuidar direitinho, dar banho, levar para passear...

 Ajoelhei-me no chão e peguei um dos filhotes de cachorrinhos que estavam na caixa de papel. As crianças encontraram os dois abandonados, quando vinham da escola e foi paixão à primeira vista. Até eu já estava morrendo de amor pelos bichinhos.

— Há quanto tempo, eles estão aqui?

—... Uma semana.

— Uma semana, Katniss? – Abaixei os olhos e apertei mais uma das bolinhas de pelos contra o peito. – Sabe como a Melissa ficou quando o Rufos faleceu. Não gostaria de ver nenhuma das meninas, sofrendo novamente, por causa de um bichinho que, sabemos, vive muito menos tempo que nós...

Eu entendia a angústia do meu marido, e na verdade, eu sabia que ele tinha razão. Principalmente porque Rufus – nosso primeiro pet –foi um grande companheiro não somente para Mel, mas para toda a família. Todavia, tirar os filhotes de casa agora seria uma tarefa quase impossível e  traumatizaria muito mais nossas filhas.

— Precisamos vacina-los...

Um sorriso surgiu em meus lábios ao ouvir a frase, principalmente quando ele ajoelhou-se também e pegando um dos cachorrinhos deixou-se ser lambido por ele. No entanto para minha surpresa, Alice e Soph invadiram o pequeno cômodo e se penduraram no pescoço do pai, cobrindo-o de beijos em agradecimento. Olhei para a porta de entrada e vi Melissa, Amber e Prim de pé, as expressões revelando culpa. Num movimento sutil de lábios Mel foi a primeira a se manifestar:

— Desculpa mamãe.

Apenas dei de ombros. Tinha certeza que ninguém conseguiria manter minhas pequenas por muito tempo na casa da tia, afinal a operação cachorrinhos, como nomeamos – e que mobilizou todas as mulheres da casa – tivera inicio na noite anterior e pela cena linda que se passava diante de meus olhos, não restava dúvida alguma quanto ao resultado. Thor e Loki eram os mais novos membros da família Mellark.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram? Tô muito curiosa aqui.



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