Do acaso à superação escrita por Paty Everllark


Capítulo 27
Discernir


Notas iniciais do capítulo

Boa noite Galerinha, eu aqui postando novamente no domingão.

Quero agradecer mais uma vez o carinho de vocês com a fanfic, as meninas lindas que deixaram comentário no capitulo passado. deboraduarte, Edwiges Potter, Belrapunzel, Deborah, DM, Laris, Fabi, MoonGlobetOUAT. Muito obrigada de coração, me deixaram super alegre.

Quero deixar um agradecimento especial à leitora nova Lari, que inundou meu dia de felicidade com o recadinho motivador que deixou na semana passada em DAAS. Querida, dedico esse capítulo a ti. Espero de verdade que goste dele.

Boa leitura, espero que gostem.



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POV Peeta

...Brilha, brilha Panelinha...

— Papai, não é assim que canta a música! ‘Tá errado!

 Mesmo vendo minhas pequenas aborrecidas por, não conseguirem me ensinar a cantar, a bendita música, constatar a alegria estampada nas faces de Prim e Amber não tinha preço. Embora, meu desejo fosse que Melissa compartilhasse da mesma felicidade que as irmãs. No entanto, como Katniss havia me dito antes, talvez seja eu que tenha que ter paciência com minha filha e dar tempo para ela acostumar-se as mudanças.  

— Vamos ensina-lo de novo, Prim. – O pedido de Amber não ficou muito tempo sem resposta e as duas reiniciaram a cantoria.

“Brilha, brilha estrelinha... Quero ver você brilhar... Lá em cima flutuar... Com diamantes a brilhar... Brilha, brilha Estrelinha... Quero ver você brilhar...”.

— Ah, tá! Agora entendi, mas também tenho as melhores professoras do Distrito.  Minha vez de tentar – cocei a garganta, estufei o peito e olhei-as de soslaio antes de começar pela terceira vez o refrão.

Brilha, brilha estrelinha... Quero ver você brilhar... Lá em cima flutuar... Com diamantes a brilhar... Brilha, brilha Estrelinha... Quero ver você brilhar...”.

— ‘Ebaaa! O papai conseguiu. – Primrose bateu palminhas e jogou-se no meu colo fazendo-me desiquilibrar e cair de bunda no chão, visto que já me encontrava agachado diante das meninas há mais tempo que minhas pernas podiam aguentar. Amber juntou-se a nós e começamos a gargalhar, os três jogados no chão do terraço.

— Desculpe-me acabar com alegria do trio, contudo tem um bolo de cenoura com cobertura de chocolate e nozes esperando pelos três na cozinha.

— ‘Uhulll! — como se tivessem combinado a interjeição animada das loirinhas ecoou pelo ar, e como um relâmpago as duas abandonaram-me  no chão e correram em direção a Lavínia que se mantinha parada na entrada.

— Ei, ei, ei, as duas irão me trocar por um mero pedaço de bolo de cenoura? – fiz minha melhor cara magoada e Prim voltou correndo pulando em meu pescoço.

— Não papaizinho, você vai com a gente também! – disse autoritária após deixar um beijo estalado em minha bochecha. Levantei-me com ela nos braços. – Lavínia, a Mel já saiu do quarto?

— Saiu sim Peeta, ela está na cozinha com a Niss. É...  Desculpa-me falar, sei que é sua filha...

— O que foi? Aconteceu alguma coisa.

— Na verdade não, é só que a sua menina mais velha... Ela está diferente, nem se compara a criança que conheci na última vez que passou o fim de semana aqui... – respirei fundo, mesmo não querendo aceitar o óbvio, sei que tinha algo de errado com Melissa, porém deixaria para resolver mais tarde. No momento, só queria acompanhar o canto  gostoso de minhas baixinhas quer recomeçava com  força total.

...Brilha, brilha Estrelinha... Eu queria ser você... Lá no alto, cintilante... Uma estrela eu quero ser... Brilha, brilha Estrelinha... Eu queria ser você

Brilha, brilha Estrelinha... Quero ver você brilhar... Faz de conta que é só minha... Só pra ti irei cantar... Brilha, brilha Estrelinha... Brilha, brilha lá no céu... Vou ficar aqui dormindo... Pra esperar Papai Noel.

Acompanhei minhas miniaturas de cantoras escada abaixo, assim que nos aproximamos da porta da cozinha escutamos os grito de Katniss e Melissa dentro do cômodo, Amber e Prim calaram-se de imediato assim que as ouviram.

— Para Melissa... Par... Fique quieta.

— Me larga... Sua bruxa, me larga, está me machucando!

A cena ao adentrar a porta, fez meu peito gelar. Minha filha aos prantos, se debatia no chão, ao mesmo tempo em que chamava minha noiva de bruxa.  A mais velha tentava para-la sem sucesso. A primeira ideia em minha mente era que Niss estivesse surtando.

Mesmo com as crises de ansiedade sob controle, por conta dos ansiolíticos, que voltou a fazer uso após meses sem recorrer à medicação pesada, sua psiquiatra nos informou em sua última consulta – a qual fui seu acompanhante - que elas poderiam reincidir numa situação de estresse. E, um final de semana tenso como estava sendo o nosso certamente poderia ser um estopim.

— O que está acontecendo aqui? – inquiri num tom grave, Primrose encolheu-se em meu colo e sua fisionomia demonstrava pavor, de relance olhei Amber, que estava de mão dada à diarista não se achava muito diferente.  Katniss soltou minha filha. Melissa rapidamente colou-se as minhas costas gritando que a morena tinha lhe batido.  Encarei a mulher que amo ajoelhada próximo a pia. 

— O que? – disse fitando a criança a quem eu protegia de modo descrente. 

— Pai ela é uma bruxa! – Mel acusou – Não quero nunca mais chegar perto dela, eu quero voltar para casa do vovô.  Minha cabeça começou a rodar. Avô? Como Melissa podia querer voltar para a casa do Snow, o que Katniss fizera a ela para minha filha querer voltar para um lugar que odeia.

“Céus! Algo estava fora do contexto.”

 Apertei Prim, olhei mais uma vez para Amber e trouxe minha mais velha para mais perto do meu corpo.  Sem condições alguma de discernir o que acabara de presenciar.

 – Peeta? Meu amor... – olhei naquela imensidão cinza que há meses tem sido meu porto seguro e titubeei.  – Peeta não faz isso...

 “Katniss, a mulher que eu amo não seria capaz de maltratar minha princesinha! Seria?”

— Lavínia, liga para a doutora Elizabeth e peça para ela vir até aqui.    Ligue também para Annie e Finnick. Diga que é urgente. – coloquei minha caçula no chão e abaixei-me para ficar diante de minha prole. Melissa parecia péssima, física e emocionalmente. Chorava como jamais vira fazer antes, todavia eu precisava resolver meu problema com a doutora Everdeen, antes de acalentar minha filhinha.

— Vão com a tia Lavínia, daqui a pouco irei vê-las.

♠♡♠♡♠

Escorei-me ao batente da porta e lentamente deslizei o corpo até estar sentado no chão, pernas encolhidas abraçando os joelhos. Não consegui encarar Katniss, que continuava a chorar compulsivamente, seu choro sentido me fez voltar no tempo, mais precisamente ao dia que entrei nesta casa pela primeira vez e constatei através de suas palavras tristes, a devoção admirável que ela sentia por sua menina.

“Essa foto foi tirada na praia, minha 'peixinha amava o mar. Dizia que quando crescesse, queria ser uma sereia como a Ariel só para viver no mar para sempre... Neste dia ela insistiu demais, queria porque queria que a levássemos à praia. Mesmo sabendo que depois do réveillon iríamos para o Distrito 4, passar as férias na nossa casa de veraneio, eu não tinha a menor condição de ir naquele dia... Mas sempre atendia seus pedidos... Minha irmã mais velha dizia que eu era uma péssima mãe justamente por esse motivo.”

 Abaixei a cabeça e cerrei os olhos, talvez quando os abrisse novamente acordasse desse maldito do pesadelo. Devagar Katniss foi emudecendo. Minutos se passaram e não ousei me mexer. A mente em completa penumbra, até que senti uma carícia tímida em minha nuca. Inclinei meu corpo para o lado até estar  com a cabeça, sobre as coxas de minha noiva no chão  frio da cozinha. Seu polegar passeou em minha face limpando os vestígios das lágrimas que não percebi cair até aquele instante.

— O que fizeram com minha filha naquela casa, Katniss? – desabei num pranto repleto de angústia e dor.  Minha noiva se lançou sobre meu corpo e pude ouvir um suspiro sôfrego vindo da parte dela, seguido de um choro emocionado e uma declaração embargada.

— Aí meu senhor!— beijou meus lábios descontroladamente como se me agradecesse por ter crido nela, sem que fosse necessária uma única palavra para se explicar. “Não era preciso” eu a amava.  E, durante todos os meses passados ao seu lado, a conhecia o suficiente para saber que, Katniss jamais faria mal a Melissa, tampouco a Primrose e Amber.  – Aí meu Pai do céu!  Como eu te amo Peeta Mellark!

 


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Notas finais do capítulo

Meninas é isso, capitulo curtinho, POV do Peeta só para acalmar o coraçãozinho de vocês por conta do capitulo anterior.

A fanfic 'tá chegando pertinho do fim e o próximo que já esta sendo preparado com muito carinho, adianto que estará repleto de emoções.

Bjs e tenham uma semana abençoada.