Do acaso à superação escrita por Paty Everllark


Capítulo 26
Pesadelo Anunciado


Notas iniciais do capítulo

Oieee, boa noite amados!!!! Cheguei mais cedo que o previsto...

Quero agradecer as lindas. DM, Laris, Deborah e Belrapunzel pelos comentários no capitulo anterior, sei que foi um capítulo tenso e a opinião e o incentivo de vocês me ajudaram muito, visto que foram poucos comentando o que acharam. Meninas obrigada, eu estava super ansiosa pelo retorno dos leitores quanto ao capitulo, e as quatro me acalmaram bastante.

Agora quero fazer um pedido aos leitores. CONFIEM EM MIM!!! Rsrsrs os vilões dessa história estão com os dias contados...

Boa leitura.



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— Eu posso me acostumar facilmente em ser recebido, todas as noites com surpresas como essas, doutora Everdeen. – enquanto afrouxava a gravata eu podia sentir todo entusiasmo do meu noivo ao pronunciar a frase e aproximar-se a passos vagarosos de nossa cama. Mesmo me achando um tanto ridícula sentada de uma forma convidativa tendo em mãos um cacho de uvas italianas – as preferidas de Peeta -  adorei ouvir a confissão, afinal mais uma vez havia caprichado na produção quando vesti o conjunto de micro camisola e fio dental de renda vermelha.

— Adorei a camisola, é nova? – chegando mais perto o Mellark sussurrou em meu ouvido e depois usou a boca para roubar uma uva de minha mão.

— S-sim – gaguejei ao sentir os lábios de Peeta roçando propositalmente em meus dedos de um jeito sensual, enquanto seus olhos não saiam dos meus, numa silenciosa provocação. Era sempre assim, mesmo que eu quisesse surpreende-lo, proporcionando uma noite diferente, ele sempre me desestruturava com seu sex appeal. 

— Hummm... Doce! – cerrou os olhos e após mastigar lentamente a fruta me beijou com voracidade e no processo colando minhas costas no colchão. Nem prestei a atenção onde foram parar as uvas. Me encontrava louca de saudade do loiro, nossos horários mais que nunca, estavam uma confusão extrema. Ele chegando tarde por conta da licença de Johanna no Belle Mason, ocasionada pelo final da gravidez e eu por causa da audiência do caso das meninas chegando. Noites quentes como esta estavam sendo raras no ultimo mês.

— Eu te amo morena. – De repente cessou o beijo, e por segundos me encarou acariciando meu rosto.

— Idem. – Sorri feito boba. A cada dia me enxergava mais apaixonada por ele.  Peeta afastou-se para tirar a camisa atrapalhando-se com os botões devido à excitação, me ergui para admira-lo colocando o peso do meu corpo nos cotovelos, pensava no quanto seu corpo mexia com minha libido despertando em mim vontades que nunca senti antes dele entrar em minha vida. Inclusive fantasias proibidas para menores de idade.  

— Vai ficar só olhando doutora, ou virá me dar uma ajudinha? Prometo te recompensar mais tarde.

 Engatinhei até ele e o beijei de novo, dessa vez mais calma tentando lhe mostrar reciprocidade do meu sentimento, aos poucos comecei a retirar sua camisa. O empurrei para que se deitasse e o torturei beijando suavemente todo seu peitoral ao que minhas mãos brincavam com o cós de sua calça.

— Está querendo me enlouquecer, doutora? – Não respondi. Desafivelei seu cinto, logo o loiro levantou o quadril dando-me chance para sumir com sua calça atirando-a para longe.  Fitei Peeta e me preparei para lhe dar o prazer que ainda não tinha tido coragem durante meses de relacionamento, por vergonha e timidez. Seria a minha primeira vez, visto que nunca o tinha feito a ninguém.

— Katniss não precisa fazer i-isso...  – lancei lhe um olhar malicioso e tirei suas mãos que seguravam firmes meu ombro tentado me impedir de continuar, coloquei-as sobre meus cabelos. Peeta deslizou as mãos por meus fios e arfou quando minha boca o tocou em sua parte mais sensível. – Eu não acredito! – urrou.  Com a visão privilegiada do meu homem, vi quando ele começou a gemer cada vez mais alto como jamais havia feito antes.

  “Nenhuma outra visão poderia ser melhor do que aquela.”  

♡♠♡♠♡

— Mas se a filha dela foi para o céu... E minha mamãe também está lá, agora ela podia ser minha mamãe e eu ser a filhinha dela, não é papai?

— Sim, minha princesinha podia, mas não toca neste assunto com a Katniss okay, meu amor?

— Por quê?

— Porque não oras! De novo esse assunto Primrose? Ela não pode ficar no lugar da nossa mãe.

— Melissa, não fale desse jeito com a sua irmã.

— Agora essas duas só fazem brigar por causa da Katniss, pai.

— Cala a boca você também, Amber.

— Mel! Fale baixo, e não trate suas irmãs dessa forma.

— Por que, tenho que falar baixo? É por causa dela? Da sua namoradinha... É por que estamos na casa dela?

— Não! Não é por causa da minha noiva. É porque essa, não foi a educação que te dei. Filha, o que está acontecendo? Por que, está agindo assim?

— Eu não gosto da Katniss, não quero que se case com ela...

— Melissa o que está dizendo? Sempre gostou da Niss? Achava até legal a possibilidade de morarmos todos juntos. Foi o que me confidenciou, na última vez que veio para o fim de semana, o que mudou? Diz filha.  Somente para que eu compreenda.

— Eu estou cansada... Queria que nossa vida fosse como era no passado, quando éramos só nós quatro, a mamãe e a vovó. Quando trabalhava na casa do tio Cinna e nada de mal podia nos acontecer... 

— Minha pequena, o que está havendo, por que está chorando dessa maneira? Nada de mal irá acontecer a nenhum de nós. Eu prometo, agora vem cá.

Estando no corredor tão perto, mesmo que quisesse, seria impossível não escutar a discursão proveniente do quarto das meninas. Contudo não queria invadir a privacidade deles, silenciosamente desci as escadas levando de volta para a cozinha à bandeja que tinha levado até o cômodo.  

Durante alguns minutos encarei em cima do balcão da pia, a bandeja, bem arrumada. Na jarra de vidro o leite achocolatado morninho do jeito que Peeta dissera que as meninas apreciavam.  Sorri ao ver as três canecas de bichinhos compradas por meu noivo especificamente para as filhas em uma liquidação de departamento. Mesmo me sentindo tocada pela fala de Prim e por todo carinho que a baixinha não escondia ter pela minha pessoa, era complicado lidar com o gênio da filha mais velha de Peeta.   A garota andava arredia e a todo o momento não fazia questão de esconder seu descontentamento com o nosso novo status.

 No início do namoro ela parecia feliz, mas foi só Peeta anunciar o passo maior que pretendemos dar que tudo desandou. Amber e Primrose vibraram com a possibilidade de formarmos uma família, porém Melissa, me destratou sendo bruscamente repreendida por Peeta. O fim de semana estava sendo péssimo desde então.

Eu me sentia tão incomodada ao lado da menina que evitava ficar sozinha com ela no mesmo espaço, o incrível era que em alguns instantes ela parecia estar sofrendo devido suas atitudes, embora continuasse as cometendo.  

Pai... Dai-me sabedoria para saber como lidar com essa situação. – clamei num tom baixo.

— Niss? O que está fazendo aqui? Por que ainda não foi se deitar?

— Vim tomar um copo d’água, e aproveitei para preparar um leitinho para as meninas. Já ia levar – menti. O semblante de Peeta era cansado. Como se tivesse carregando um peso enorme em seus ombros.  Cabisbaixo, andou até mim e abraçou-me com força. Retribuí o gesto e mantive-me calada acariciando seus cabelos.

 – O que foi? Suas filhas estão bem? – ele soltou o ar com dificuldade e me afastou apenas alguns centímetros se encostando à mesa e colocando-me entre suas pernas. 

— Imaginei que Melissa ficaria feliz com minha felicidade, por estar comigo outra vez, mesmo que isso seja algo restrito há um ou dois fins de semanas no mês. Não sei o que está entristecendo minha filha, quase não interage conosco e quando o faz parece sempre, ter cinco pedras em suas mãos, pronta para atirar em alguém.

— Em mim, você quer dizer... Peeta eu entendo, ela passou por muita coisa nos últimos anos tente ao menos entender. A morte da mãe, a doença da avó, ter sido arrancada dos seus braços quando perdeu tudo. Amor, Mel é apenas uma criança, nós  é que temos que ter paciência.  

  – Ela me disse que está cansada Niss... Minha filha só tem oito anos, sabe o que é isso? E pior, não posso fazer nada a respeito. Pensei que nosso casamento fosse deixa-la feliz...

— Peeta, você me disse uma vez que a Melissa, é a única que ainda se lembra da Delly. Tente imaginar como ela deve estar se sentindo em relação a isso, sabendo que está apaixonado por outra mulher e que vai se casar. Ela só está enciumada. – Num selinho encostei nossos lábios de maneira terna. – É tudo muito novo. As coisas mudaram drasticamente  em pouco tempo na vidinha de sua filha, dê um tempo para que ao menos possa se acostumar com a novidade.

— Sinto que não é ciúme Katniss, tem algo que ela não quer me contar... As atitudes, o comportamento, o jeito dela falar... Brigamos novamente agora antes de vir até aqui.  Não sei o que fazer. Está sendo tão difícil discernir. – prendi seu rosto entre minhas mãos. Sabia o quanto lhe era complicado chamar a atenção de sua prole e sentia-me péssima em saber que, em parte o nosso relacionamento foi o motivo principal por tal conjuntura.

— Eu te amo, Peeta... – colei meu corpo ao dele e lhe dei um beijo terno e demorado após me declarar. – É só uma fase, vai passar e juntos vamos superar.

— Eu também amo você, já não sei o que seria da minha vida se não estivesse nela... importa se eu dormir com elas, essa noite?

            – É claro que não, meu amor.

♡♠♡♠♡

— Nossa que cheiro bom! – da pia logo senti quando Lavínia retirou o doce do forno. Minha boca enchia-se de água e a vontade que eu tinha era de comê-lo ainda quente. – Tira um pedacinho dele e deixa no forno, quero saboreá-lo bem quentinho com sorvete de morango. – passei a língua nos lábios.

— Quente? ‘Tá ficando louca? Vai ter dor de barriga. Já se entupiu de pão de queijo com ketchup de manhã e agora mais essa...? 

— Vira essa boca para lá mulher e só faz o que eu disse. – Ri de sua preocupação exagerada.

— Hummm... bolo quente com sorvete, Pão de queijo com ketchup. Loiro gostoso e cheio de disposição... Sei não. – não podia ser mais clara a sua insinuação.

— Lavínia sem chances, okay? Impossível, eu e Peeta somos bem cuidadosos.   

— Então ‘tá, amanhã não diga que não avisei! – disse com uma pontinha de sarcasmo presente na voz. – Agora me diga, acha mesmo que as meninas vão gostar do bolo de cenoura? Ai... é tão bom ver essa casa cheia de crianças novamente Niss. Prim e Amber são uns encantos, entretanto a mais velha... Aquela criança é estranha.

— Claro que as crianças vão gostar do bolo, Lavínia.  Ninguém faz um bolo de cenoura, com cobertura de chocolate como você. E quanto à filha mais velha do Peeta...

— Onde está meu pai? – senti uma pontada em meu peito ao ouvir a pergunta dirigida a mim de maneira tão brusca.

Falando nela. – Lavínia segredou em meu ouvido e saiu da cozinha. – Vou chama-los para lanchar.

— Seu pai está no terraço, mostrando as luzes do Distrito para suas irmãs. Quer um pedaço de bolo? Está uma delícia. – no escorredor deixei a bandeja que estava lavando enquanto conversava com minha diarista e caminhei em direção à mesa para buscar um pedaço de bolo, em seguida o peguei e com um sorriso no rosto a ofereci, contudo me assustei ao ver seus olhos azuis tão parecidos com os do pai enchendo-se de lágrimas.

— Por favor, me perdoe. – as lágrimas começaram a sair descontroladamente de seus olhos ao mesmo tempo em que seu diminuto corpinho começava a tremer.  

— O que foi Mel, te perdoar pelo quê? O que você fez? – dispensei a fatia sobre a mesa e me aproximei dela já angustiada. Melissa encolheu-se no canto da cozinha e começou a chorar copiosamente. Pensei que talvez a menina tivesse quebrado algo em seu quarto.

— Melissa o que houve? Por que esse desespero? – comecei a ouvir a cantoria de Peeta e as filhas descendo as escadas, abaixei diante da menina e tentei segura-la.   

— Me perdoe, por favor, me perdoe. Eu não queria... – dito isso, Mel começou a gritar e se aranhar descontroladamente, chegando a tirar sangue dos próprios bracinhos como se estivesse num surto.   Segurei suas mãos com certa força tentando sem sucesso para-la. A loirinha começou a me chutar e se debater jogando-se no chão.

— Para Melissa... par... fique quieta.

— Me larga... sua bruxa, me larga, está me machucando!

— O que está acontecendo aqui? – Da porta, com Primrose no colo, Peeta questionou aos berros. Atrás dele apavoradas, encontravam-se Lavínia e Amber de mãos dadas. Soltei Melissa que se levantou tão rápido como se jogou no chão. A garota se escondeu às costas do pai e gritou a plenos pulmões apontando para mim, ainda de joelhos no piso branco da cozinha.    

— Pai, a Katniss me bateu.

— O que? – inquiri a olhando de modo descrente. Por que ela estava mentindo daquela maneira tão descarada?

— Pai ela é uma bruxa! – exclamou em prantos e visivelmente transtornada.  – Não quero nunca mais chegar perto dela, eu quero voltar para casa do vovô.  

 Meu noivo apertou mais a caçula nos braços e trouxe a mais velha para junto de si, tinha algo diferente em seu olhar. Arregalei os olhos. Peeta não podia acreditar que eu seria capaz de fazer alguma coisa contra uma de suas filhas.

 – Peeta? Meu amor... – olhei em seus olhos e vi decepção, comecei a chorar.  – Peeta não faz isso...

— Lavínia, liga para a doutora Elizabeth e peça para ela vir até aqui.    Ligue também para Annie e Finnick, diga que é urgente. – colocou Primrose no chão e agachou-se diante das três.

— Vão com a tia Lavínia, daqui a pouco irei vê-las. – Não, não, não. Eu queria acordar, a cena à minha frente, só podia ser um pesadelo. Peeta não podia estar acreditando nela. Olhei nos olhos de Melissa, e novamente ela disse entre lágrimas, somente para que eu pudesse a ouvir.

— Me Perdoe! – foi embora de mãos dadas com Primrose e  Amber, deixando-me jogada no chão da cozinha e sob o olhar desesperançado de seu pai.   


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Notas finais do capítulo

Queridos (Pausa para desviar das pedras) e aí o que acharam do capitulo?

Espero que tenham gostado, e mais uma vez peço que confiem em mim.

A fanfic está entrando em sua reta final, muita coisa ainda para acontecer, porém esta chegando perto de sua conclusão. Então peço que comentem, principalmente me
dando opiniões e dicas, serão todas muito bem vindas.

Bjs e bom fim de semana.