Do acaso à superação escrita por Paty Everllark


Capítulo 15
Assassino?


Notas iniciais do capítulo

BOA NOITE GALERINHA!!!!! Espero que tenham curtido bastante a Noite de Natal. Quero agradecer as meninas que sempre deixam seus comentários por aqui e dizer novamente que vocês são incríveis e tem me ajudado muito, mas hoje em especial eu quero deixar meu agradecimento a Anny Evellark, e a DM. DM você mora no meu coração se DAAS chegou até aqui em grande parte foi por você ter me dado muita força viu sua linda. E quero agradecer também a Belrapunzel que tem se mostrado uma pessoinha muito especial e gentilmente se ofereceu para revisar DAAS para mim, Belzita valeu pela força e desculpa mais uma vez te dar trabalho.
Espero que gostem do capítulo de hoje, como sempre foi escrito com muito carinho. Bjs.



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Ao sair da mansão praguejei mentalmente por não ter ido ao local em meu próprio carro. A residência do governador ficava situada em uma área arborizada, afastada do centro tendo poucas casas em seus arredores. Pollux fez bem, quando se ofereceu para acompanhar-me durante a visita, já eu, fui negligente com a minha segurança quando me recusei a aceitar sua oferta. Tive certeza disso quando fui gentilmente convidada a sair da mansão por Coriolanus e conduzida por um segurança mau encarado até o portão principal da casa. Sozinha no meio do nada e sem nenhuma opção de locomoção a minha disposição naquele momento, obriguei-me a andar de salto alto cerca de quinze minutos por uma estrada de paralelepípedos totalmente deserta até encontrar um lugar onde houvesse sinal de celular. Tentava completar a ligação para a central de táxi quando um Livina prata parou aproximadamente dez metros à minha frente. O carro deu a ré até onde eu me encontrava e parou ao meu lado. Os vidros escuros dificultavam a visão e impedia-me de ver quem estava ao volante. A porta traseira do veículo foi aberta e a mesma senhora que estava servindo café mais cedo na casa de Snow surgiu diante de meus olhos.

            – Dra. Everdeen, a senhora poderia entrar no carro, por favor? – Ponderei se deveria ou não entrar no veículo, mas mesmo insegura entrei no Livina que, sem demora seguiu em direção ao Centro do Distrito.

            – Meu nome é Magda. Como a senhora já sabe eu trabalho para o governador, sou cozinheira na mansão. Este ao volante é meu filho Otto, ele é motorista particular da família. – Observei a mulher enquanto falava, ela não me pareceu ter mais que quarenta e cinco anos, possuía cabelos grisalhos, pele negra, e uma aparência muito abatida. O filho deveria ter uns vinte dois anos e diferente dela tinha a pele clara e olhos verdes, porém, tinha muitos traços em seu rosto que lembrava a mulher sentada ao meu lado. Quem os olhasse juntos não teria dúvidas que eram mãe e filho.

            – O que a senhora deseja comigo, dona Magda? Se a senhora veio a mando do governador.

            – Eu não vim a mando do governador, pelo contrário, inventei uma desculpa para vir até o centro fazer compras apenas para que pudesse falar a sós com a doutora. Sei o quanto é perigoso tanto pra mim quanto para o meu filho essa minha atitude um tanto impensada, entretanto, resolvi me arriscar. – A mulher encontrava-se visivelmente nervosa, e enquanto ela falava olhei para o retrovisor e Otto nos observa com um ar preocupado e estava igualmente apreensivo.

            – Mãe, a senhora está bem? – O rapaz perguntou.

— Sim meu filho, não precisa se preocupar.  – A tensão era nítida entre os dois, o motorista não tirava os olhos do espelho retrovisor parecia temer estar sendo seguido e Magda por sua vez começou a apertar as mãos num gesto que demostrava toda sua ansiedade, seja lá qual fosse o assunto que a trouxe até mim, devia ser algo realmente muito sério para deixá-la naquele estado.

            – Sei que neste exato momento, a doutora deve estar se perguntando o que uma simples cozinheira pode querer com alguém como a senhora, não é?  

— Confesso que isso me ocorreu sim, não pelo fato da senhora ser uma simples cozinheira, que fique bem claro, mas o que a senhora pode querer comigo sendo que trabalha para o governador – Em resposta a mulher sorriu fracamente.

— Estou certa de que, Peeta Mellark é um bom homem e certamente ama as filhas, e é evidente que o sentimento é recíproco pelo jeito como elas se referem ao pai, já para o meu patrão aquelas meninas são apenas uma mina de ouro, um investimento como tantos que ele tem ...Aquele homem é um bandido, um assassino frio e calculista doutora Everdeen. – Sua fala saiu um pouco alterada ao término da frase.

— Mãe, por favor. – Otto a repreendeu.

— Filho, nós precisamos dividir isso com alguém, já não basta o que aconteceu com o seu pai, eu não suportaria que acontecesse a algo a você também? 

— Assassino frio e calculista? Dona Magda, essa é uma acusação muito séria. O que a senhora está tentando me dizer?  – Peeta já havia me alertado sobre o caráter pouco confiável do governador, porém, nunca havia dito nada sobre ele ser um assassino, se o que aquela mulher estava dizendo fosse verdade, as meninas corriam perigo estando sob os cuidados do avô.  

— A senhora pode não acreditar em mim, afinal ele é um homem influente e eu sou uma reles cozinheira. Não tenho como provar o que estou lhe revelando, mas continuarei naquela casa até conseguir reunir as provas necessárias para provar que estou falando a verdade. Um dia vou fazê-lo pagar por todos os crimes que ele cometeu. Dra. Everdeen quando o Sr. James Cartwright morreu, não deixou um testamento por escrito. Suas netas são os seus únicos parentes vivos e por direito herdarão tudo que foi do avô, Snow não hesitará em passar por cima de quem, quer que seja para colocar as mãos nesta herança. Ele sabe que só existe uma pessoa que pode impedi-lo de colocar as mãos nela.

— O Peeta? Mas ele nunca quis saber do dinheiro que era da família da esposa.

— Sim, Peeta Mellark. Independente de ter interesse ou não no dinheiro que é das filhas, o Sr. Mellark representa uma ameaça aos planos do governador. A senhora não faz ideia de quanto em dinheiro estamos falando, não é mesmo?

— Sinceramente não, mas sei que é muito.

— Essa fortuna está parada, e até as meninas terem idade suficiente para decidir o que fazer com todo esse dinheiro, ele precisará ser administrado por alguém.   Doutora tudo que aconteceu com seu cliente nos últimos meses. A perda do emprego, da moradia que vivia com as filhas e até a moça que tomava conta das crianças ter pedido demissão. Tudo que contribuiu para que o Sr. Mellark perdesse a guarda das crianças foi orquestrado pelo governador. 

— Como a senhora sabe disso tudo?

— Darius Leonard, pai do meu filho, ele me contou.

— O padrinho do Peeta?

— O próprio.  Darius foi motorista particular do Snow durante anos, se tem alguém que sabia de todos os podres daquele canalha esse alguém era ele. – Peeta havia me contado muitas coisas sobre o tempo que a mãe dele trabalhou para Coriolanus. Coisas ruins, mas também muitas lembranças bonitas vividas por ele e seu padrinho, entretanto ele nunca havia mencionado que Darius tivesse esposa e filho.  

— Peeta nunca me falou sobre a senhora, ou Otto.

— Peeta não chegou a nos conhecer.

— Mas, a senhora não é casada com o padrinho dele?

— Não, eu nunca fui casada com Darius, embora eu e ele tivéssemos tido um filho. Engravidei quando éramos jovens e por uma situação que não vem ao caso agora, nós nos separamos. Ele só ficou sabendo do Otto há três anos quando eu vim para o Distrito 1 e por uma feliz coincidência comecei a trabalhar na casa de Coriolanus Snow, então voltamos a nos relacionar após esse reencontro.

— Entendo, mas a senhora ainda não me revelou o que de fato quer de mim.

— Eu quero sua ajuda Katniss, nos últimos meses Darius andava estranho e muito nervoso.  Eu sabia que ele estava me escondendo algo e que era relacionado ao Snow e a doença do Sr. James Cartwright. Meu companheiro estava apavorado. Não parava de dizer que se algo de mal acontecesse com ele, eu deveria sair imediatamente do emprego e ir para bem longe com nosso filho, mas jamais me informou o que estava de fato tirando-lhe a paz. Na noite que os assistentes sociais trouxeram as meninas para a mansão ele e o governador tiveram um grande discursão, e acho que tinha haver com a morte do Sr. Cartwright, porém, é só uma suposição. Eu não consegui descobrir o teor da conversa. Naquela mesma noite Darius me disse que, Snow estava aprontando mais uma das suas para o Peeta e que, ele não permitiria que nada de ruim acontecesse com o afilhado dele novamente. Quando Peeta foi preso por agredir o governador, Darius foi até à delegacia, ele pretendia pagar a fiança do Mellark e contar tudo que havia descoberto sobre a morte do Sr. James Cartwright ao rapaz, mas Leonard nunca chegou à delegacia, tão pouco voltou para a mansão. – Eram muitas informações para assimilar ao mesmo tempo, comecei a me dar conta de que Snow podia ser mais perigoso que eu supus e se, ele fosse mesmo um assassino, eu teria que agir bem rápido para retirar as crianças da tutela dele.

— Mas, como eu posso ajudar a senhora?

— Dra. Everdeen, eu tenho quase certeza que Snow tem alguma coisa a ver com o desaparecimento do Darius. No dia seguinte ao sumiço dele, eu fui à delegacia prestar queixa, no entanto ao chegar lá eu reconheci o delegado Seneca Crane como um dos amigos íntimos do meu patrão. Aquele homem vive nesta casa, certamente é cúmplice do governador, eu sei que a senhora deve ter seus contatos, e que poderiam investigar sobre tudo que lhe contei.

— Dona Magda, eu realmente tenho contatos, e posso lhe ajudar, no entanto, se suas suspeitas tiverem fundamentos e o governador realmente for um assassino, vocês dois e as meninas estão correndo risco de vida naquele lugar. Vocês precisam sair de lá o mais rápido possível, o governador sabe do seu envolvimento com o Darius e que Otto é filho dele?

— Darius nunca quis que Snow soubesse, dizia que era mais seguro dessa forma, e eu não posso sair daquela casa agora, primeiro por que eu tenho que saber o que aconteceu com o meu companheiro, depois porque aquelas crianças precisam de alguém naquela casa que verdadeiramente se importe com elas. – Tive que dar razão a Magda, as meninas estariam mais seguras se ela continuasse na mansão.

— Coriolanus não pode nem sonhar da sua ligação com Darius e principalmente que a senhora está o investigando, se ele descobrir vai haver represarias da parte dele.  – Continuamos a conversa o resto do caminho, Magda e Otto me prometeram que não fariam nada que colocasse a vida deles em risco, e também que iriam reunir as provas que me ajudassem no processo para reaver a guarda das meninas.   

                                     (...)

Assim que cheguei em minha residência fui recepcionada pela moça que me ajudava com a limpeza da mesma, ela gostaria de saber o que eu ia querer para o jantar. Meu dia havia sido péssimo, fome é o que eu menos tinha naquele instante. A conversa pela manhã na casa da Annie, a visita à casa do governador e para finalizar a conversa que tive com dona Magda. Eu estava querendo um banho e cama, nada além disso.

— Katniss, o que quer que eu prepare para o jantar?

— Lavinia, não precisa se preocupar comigo não irei jantar, só deixe algo pronto, talvez Peeta quando chegar queira comer alguma coisa, tudo bem?

— E, por falar nele, não me deixou nenhuma recomendação do que eu devo fazer com as roupas que não couberem nas mochilas.

— Mochilas? Roupas? Do que está falando Lavinia?

— Das coisas que o Peeta levará para o loft amanhã à tarde. – Loft? Roupas? Mochilas? Que conversa mais sem sentido eu estava tendo com minha empregada?

— Lavinia, eu não estou entendendo nada que você está me dizendo.

 – O que, você não está sabendo? O Peeta vai embora daqui amanhã.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram? Espero que sim. Quero desejar a todos que acompanham a fanfic um 2017 cheio de realizações, aos fantasminhas também e espero sinceramente que vocês apareçam para mim em 2017. Bjs a todos muita luz e paz para vocês e todos seus familiares.



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