Do acaso à superação escrita por Paty Everllark


Capítulo 12
Você ainda não me conhece moço!


Notas iniciais do capítulo

Boa noite galerinha, não deu tempo para revisar o capitulo então me desculpem se tiver erros ok ? Boa leitura.



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— katniss você esta maluca? Só pode estar; comprar briga com Coriolanus Snow é suicídio profissional, quiçá burrice.   E por que vai fazer isso? Ou melhor, por quem quer fazer isso? Não precisa responder, eu mesma respondo, por causa de um Zé ninguém que nem pode pagar seus honorários.

— Calma amor, deixe a Everdeen Falar, ela não é nenhuma irresponsável, e com certeza  deve ter bom motivos para aceitar a causa deste homem.

—Bons motivos Brutus?  Não me importa quais os motivos que a Doutora Katniss Everdeen tem para defender este cara, eu não permitirei que ela envolva o nome da minha empresa nesta ação contra o governador, é um caso perdido, se você quiser compactuar com esse disparate azar o seu, mas eu preciso zelar pelo prestigio da empresa que nós dois e o Gale fundamos. – no quesito personalidade, meus sócios Brutus whitaker  e Glimmer Rambin eram duas pessoas completamente distintas, nem sei como conseguiam manter um casamento de mais de quinze anos.  Brutus aparentava um daqueles lutadores de boxe peso pesado, alto, careca, branco como a neve, embora tivesse uma aparência de homem malvado o advogado era um doce de pessoa, Já sua esposa a Loira siliconada que berrava a minha frente era uma força da natureza assim como meu marido, nos tribunais ninguém a segurava, Glimmer a implacável era como a chamavam, os três se conheceram enquanto cursavam direito na capital, se tornaram amigos inseparáveis e depois que terminaram a faculdade fundaram a B&Gs que alguns anos depois se  tornou uma das mais conceituadas  empresas de advocacia do país.

— Glimmer eu posso até não ter participado da fundação da B&Gs, mas eu não ganhei o titulo de sócia de mão beijada, batalhei pelo meu espaço aqui dentro, contribui e muito na construção do nome e do prestigio da empresa, sou tão dona quanto você, sabe disso melhor que ninguém; Sei que temos nossas diferenças e que sempre soubemos lidar muito bem com elas, não estou te pedindo aprovação para pegar ou não essa causa, estou apenas te pedindo um parecer profissional, pois essa não é a minha área, porém se não quer me ajudar eu posso entender. – não gostava de bater de frente com ela, a respeitava como profissional e como mulher, mas precisava colocá-la no seu devido lugar, sou sócia da B&Gs por mérito, batalhei muito para chegar aonde cheguei, sabia que o que ela não conseguia engolir era o fato de eu ser a sócia majoritária, titulo adquirido após a morte de meu marido, para seu total desespero.

— Você quer saber mesmo minha opinião profissional sobre esse caso? Peeta Mellark não tem a menor chance de reaver a guarda das filhas, esta desempregado, não tem endereço fixo, tem dívidas significativas com o banco e sabe-se lá com mais quem, levou as três filhas pequenas para dormir em um abrigo e se não fosse por você a boa Samaritana da B&Gs estaria até este momento apodrecendo naquela delegacia porque teve a infeliz ideia de agredir o governador diante de diversas testemunhas. É uma causa fadada ao fracasso, nenhum juiz em sã consciência ira tirar aquelas crianças do avô, que até que se prove o contrário é a pessoa ideal para ficar com a tutela das netas.  Eu te aconselharia a pular fora dessa furada enquanto a tempo. Satisfeita? Já tem o meu parecer. – talvez eu realmente estivesse decretando meu suicídio profissional conforme minha sócia estava dizendo, mas para quem a menos de 48hs havia desistido de advogar se isso acontecesse não seria de todo mal; não dava mais para voltar atrás, principalmente  depois de ter conhecido o passado de Petta e de suas meninas. Era questão de honra, meu cliente teria as filhas de volta nem que para isso eu tivesse que decretar meu suicídio profissional.

— Eu vou defender o s.r Peeta Mellark  e vou ganhar essa causa, com ou sem a sua ajuda Doutora Rambin,  e só mais uma coisinha, como sócia majoritária da B&Gs eu é que dou a ultima palavra aqui dentro.

— Tem meses que você mal aparece neste escritório nem dá a menor importância para o que acontece aqui, só fica em casa recebendo os lucros sob nossos esforços com essa desculpa fajuta de depressão,  agora chega aqui como se nada tivesse acontecido e diz que ira defender uma causa como esta, ainda por cima jogando na minha cara que é a sócia majoritária, eu não acredito no que acabei de ouvir...

— Glimmer você sabe porque eu mal ponho os pés aqui, não tem sido fácil para mim– vociferei contra a loira.

— E acha que para mim e para o Brutus é fácil estar aqui neste escritório todos os dias? Nós também perdemos um grande amigo, um irmão para dizer a verdade.

— Ei, ei, já chega as duas, vocês estão nervosas e vão acabar dizendo coisas que acabarão se arrependendo mais tarde, Katniss, por favor, releve as coisas que a Glimmer acabou de dizer, vai para a sua sala e quando estiverem mais calmas poderão conversar melhor. – não conseguia olhar mais para o rosto da loira a minha frente, a discussão já havia passado dos limites, sabia que não estava vivendo minha melhor fase profissional, mas ela não tinha o direito de falar comigo daquele jeito.

— Não sei como eu um dia eu pude pensar em vender minha parte da empresa para você. – olhei para Glimmer com desprezo e virei minhas costas saindo rapidamente de sua sala para logo a seguir entrar na minha.

  – Você deveria aceitar o conselho de sua sócia Katniss, meu caso é um caso perdido – havia esquecido que Peeta estava me aguardando em minha sala, com certeza ele tinha ouvido toda a discussão, sua aparência deixava claro como ele estava se sentindo naquele momento, seus olhos estavam marejados e fitavam o chão, me abaixei em frente à cadeira em que ele estava sentado e tomei suas mãos tentando passar a ele uma segurança que nem eu tinha naquele momento.

— Peeta olha para mim – falei autoritária, ele levantou o rosto para me encarar, mais seu semblante era de uma pessoa completamente derrotada.

— Você vai conseguir a guarda de suas filhas novamente, não desista.

—Como vai conseguir isso Katniss? Eu sou apenas um Zé ninguém como sua sócia falou, quem em sã consciência me daria algum crédito?  –Peeta começou a chorar feito um menino, passei as mãos em seu rosto tentando enxugar as teimosas lágrimas que rolavam em sua face.

— Eu Peeta, fiz isso desde que te vi lutando por elas no Belle Maison, não me pergunte por que mas eu acreditei em você? E acredito que temos chance, compreende o que estou te dizendo?

— Doutora você não é alguém que pode ser considerado “alguém em sã consciência”.

— Eu sei! – nós dois rimos e ele me abraçou.

— Obrigado Katniss... Por tudo que tem feito por mim, um dia eu pagarei seus honorários. – ri mais um pouco e me afastei um pouco dele.

— E eu com certeza cobrarei pelos meus serviços moço.

                                                         (...)

— E aquela vaca leiteira disse isso para você Katniss?

— Disse, você sabe como a Glimmer é Joh, eu frustrei os planos dela, por ela eu já estaria bem longe curtindo meu ano sabático no 4... Não entendo por que aquela mulher me odeia tanto.

— Eu acho que isso é paixão reprimida que ela sentia por seu falecido marido.

— Johanna Por favor...  Mas por outro lado acho que a Rambin esta certa,  não sei como posso reverter essa situação a favor dele – resolvi dar uma passada no  Belle Maison antes de voltar para casa, enquanto conversava com minha irmã na cozinha,  Peeta estava como uma criança entre os funcionários ajudando na  preparação do jantar, por alguns segundos foquei no que ele estava fazendo, o homem  parecia estar no paraíso em meio aqueles legumes e panelas, de repente como se soubesse que estava sendo observado ele parou e olhou em minha  direção, em seguida ele abriu  um de seus  belos sorrisos tímidos, me senti estranha ao ser notada enquanto o encarava, mas por instinto  lhe sorri de volta.    

— Ele é lindo não é?  

— A-ah o que? O que disse Joh?

— Que ele é lindo

— Ele o que?  Quem, de quem você esta falando? 

— Do Peeta, de quem mais, eu estava falando com a senhora e de repente Puf, a senhorita parou e ficou admirando o bonitão ali.

— E-eu não estava admirando ninguém.

— Não?   sei.

— Cala a boca Johanna! Agora me diz, por que você nunca falou conosco sobre ele?

— Sei lá, vocês estavam na capital estudando, e o Haymitch... A Niss,  nunca  tive oportunidade – minha irmã deu de ombros e desviou do assunto gritando e indo em direção  a um dos funcionários que estava limpando alguns camarões.

— Paulo não é assim que se faz, olha para esse loirinho lindo ao seu lado que ele irá te explicar como é. – achei muito suspeita a reação de Johanna quando lhe perguntei sobre Peeta, ela pareceu estar me escondendo algo, passei o resto da tarde no restaurante, observando os funcionários trabalhando e preparando o jantar, entre eles um loiro que aparentava estar em casa no meio daquela confusão toda, e pela primeira vez desde que o conheci pude percebê-lo como um homem tranquilo e feliz, um pensamento engraçado surgiu em minha mente, a senhora Abernathy tinha razão, ele era lindo, um dos homens mais bonitos que eu já havia conhecido.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo de hoje, como sempre foi escrito com muito carinho, Bjs e tenham uma ótima semana.



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