Do acaso à superação escrita por Paty Everllark


Capítulo 10
Resiliência


Notas iniciais do capítulo

Oi Gente boa noite! Como vocês estão? Espero que bem. Tenho que me desculpar com todos né? Muito tempo sem postar um capítulo novo, tive muitos contratempos no mês de setembro e para completar me bateu um sério bloqueio criativo, NOSSA! Vocês nem imaginam, mas espero que ainda tenha leitores na fic rsrs, e espero que gostem do capitulo que preparei como sempre com muito carinho para vocês.
Ps: Beijos a todos e já sabem erros me perdoem, por favor, eu não tenho um Beta buááá rsrs.



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Tenho sentido muita saudade de minha infância, de um tempo onde meus maiores infortúnios eram os nãos que ouvia de meus pais e meus joelhos ralados após inevitáveis quedas ao aprender andar em minha bicicleta nova.  Sinto falta de minha mãe, dona Clara era perita em proteger-me dos pesadelos que me visitavam durante a noite.  Ah! Que saudade de papai, da sua docilidade e compreensão exagerada, sua fala mansa, sinto falta da época que vivíamos no 12  onde meu único medo era dormir na penumbra do meu quarto sem minha  gigante para velar meu sono, posso afirmar que mesmo com toda a tragédia que assolou minha infância eu fui uma  criança normal e muito feliz, depois de tudo que aconteceu de ruim comigo e Johanna a vida deu um jeitinho de sorrir para nós duas.

 Nossa chegada à pensão da saudosa Mags foi um divisor de águas nas nossas vidas, minha irmã diz que foi o destino que nos ligou a ela e sua família que em pouco tempo tornou-se nossa família também; Minha avó de coração na sua infinita bondade nos acolheu e até pagou os primeiros períodos da faculdade de Joh antes que ela pudesse arrumar seu primeiro emprego, sem contar que foi na pensão que minha irmã  e Haymitch deram o ponta pé inicial na história de amor deles que sempre foi repleta de tapas e beijos, segundo Johanna não teríamos como fugir de nossa sina,  estava em nossos destinos esses encontros e tudo que nos aconteceu depois,  eu por outro lado nunca pensei desse jeito,  não gosto de pensar que foi obra do destino termos vindo morar no distrito 1 por causa do que o Woody nos fez,  sei que podia ter ficado com meus padrinhos se quisesse, eu tinha essa opção mesmo sendo uma criança de dez anos.

 Às vezes me questiono, como seria minha vida se eu tivesse continuado no meu antigo distrito com Boggs, Paylor e Rue? Será que eu teria ido para a capital estudar direito? Ou conhecido meu marido no inicio de minha carreira? Me casado e tido uma filha linda com ele? Talvez eu nunca tenha essas respostas, para dizer a verdade nem sei qual o motivo delas estarem rondando meus pensamentos agora.  Destino?  Será que Johanna tem mesmo razão e ele existe de fato? será verdade que tudo que nós acontece já estava predestinado a acontecer? será que o meu destino era ter uma família e perdê-la do mesmo jeito trágico que perdi meus pais?  Será que eu deveria ter cumprido algum tipo de missão ao lado deles por isso a dor ainda é tão forte no meu peito?  Todos esses “serás” me atormentam e eu nunca terei soluções para eles, às vezes penso que estou enlouquecendo e que meus pensamentos estão entrando em curto dentro de minha cabeça.

Eu nunca tive vontade de desistir de viver, tão pouco deixar minha casa que foi construída por mim e Gale com tanto amor e abrigou durante anos nossa pequena família, meu trabalho na BeGs onde tive que provar minha competência até me firmar como uma das sócias,  meus sonhos! Jamais pensei engavetá-los, porém achei mais fácil fugir, colocar minha casa a venda, passar minha parte na sociedade para a invejosa da Glimmer e me mudar para outro lugar deixando tudo que um dia construí,  seria mais fácil fazer isso que encarar meus fantasmas, só me dei conta que estava tentando uma fuga quando entrei na sala esta manhã com as roupas de meu marido em mãos e Peeta Mellark  me questionou se meu marido   não se importaria que ele as usasse,   foi como se tivesse tomado um soco na boca do estômago, caiu a ficha, Gale estava morto, Jennifer estava morta,   eles não precisariam mais de roupas, ele não precisariam mais de nada,  porém  eu estou viva, quebrada mas viva,    enquanto eu olhava o homem a minha frente segurando um porta retrato que me trazia muitas recordações as duras palavras que meu cunhado me disse na inauguração do Belle Mason dançavam em minha mente “ACEITE QUE GALE E JENNIFER NÃO ESTÃO MAIS AQUI, E NADA QUE FIZER VAI TRAZÊ-LOS DE VOLTA, LIDE COM ISSO, E APENAS PERMITA-SE VIVER”.

  Ao entrar comigo no estúdio esta manhã Peeta Mellark sem saber me acompanhou num momento importante para mim, um ritual silencioso, um novo divisor de águas em minha vida, inconscientemente ele me fortaleceu ao me abraçar, foi meu cúmplice, há oito meses eu evitava o estúdio, não tinha coragem de entrar lá, o cheiro de meu marido estava impregnado naquele lugar seus últimos flashes ainda estavam dispostos sobre o balcão para serem revelados, sinais claros da maneira súbita com que ele se despediu da vida, chorei ao observar os pertences que ele tanto estimava, junto com seus pertences encontrei o cordão com o símbolo da fênix que Rue me deu há alguns anos e que eu jurava estar perdido, na época minha prima era apenas uma criança mas tinha uma sabedoria que transcendia sua idade, ela me disse que eu aprenderia com minhas dores a ser como a fênix que sempre encontra forças para renascer das próprias cinzas.

 É noite, deito em minha cama hoje o dia foi atípico recheado de emoções, lembranças e revelações, um dia que guardarei na memória para sempre como o dia que eu fechei um ciclo, acaricio o cordão que coloquei novamente em meu pescoço e pela primeira vez em meses eu sinto que é a hora de me reencontrar, trilhar um novo caminho, sempre foi assim em minha vida, foi assim após a morte de meus pais,  e após a maldade que Woody fez conosco e não vai ser diferente agora, fecharei este ciclo para que outro possa em fim dar o ar da graça, sei que é isso que Jennifer e Gale iriam querer que eu fizesse.

Deles guardarei as lembranças; a primeira vez que vi Gale, o dia em que ele me pediu em casamento, a felicidade inexplicável quando descobri que dentro de mim existia uma nova vida, o exato momento em que vi o rostinho de minha 'peixinha  assim que ela nasceu,  o instante  que tive a certeza que nada seria mais forte do que o amor que eu sentiria por ela, essas lembranças são minhas cinzas, as cinzas que me farão renascer.

 A partir de agora tiro minha veste de luto, sei que nunca esquecerei meus dois grandes amores, mas é hora de deixá-los ir para que eu possa seguir em frente, amanhã será um novo dia.

 


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Notas finais do capítulo

E ai galerinha espero que tenham gostado, sei que não tivemos nosso loirinho neste capitulo mais eu tive que deixá-lo de fora, foi preciso meninas desculpe, a Katniss precisava deixar para trás seus fantasma, e temos que entender que só faz oito meses que ela esta viúva né? Mais não se preocupem o Peeta já aparece no próximo, então vamos saber de onde ele conhece a Johanna.
Beijos e mais uma vez eu peço que comentem, eu ficaria tão feliz se soubessem o que estão achando de DAAS.



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