A história de Malu escrita por Ariela Blanche


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Espero que estejam gostando dos personagens ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/697795/chapter/2

Após uma manhã repleta de aulas legais, chatas e um punhado de exercícios copiados para casa, era a tão esperada hora do almoço. Desci para a cantina, puxei minha bandejinha, peguei as coisas que gostava e procurei com os olhos algum conhecido.

Não demorou muito para avistar uma pessoa que se destacava bastante no refeitório com seus longos cabelos brancos, me aproximei. Ele notou minha presença e me deu espaço para me sentar ao seu lado.

— Oi Toch, bela tiara. – sorri.

Antes de qualquer coisa me deixa explicar, Toch na verdade se chamava Eduardo, mas nunca gostou muito de seu nome e achava o apelido “Cadu” muito sem estilo. Ele era gay, mas isso nunca me incomodou de verdade, eu gostava muito dele e era albino, por isso sempre se destacava onde quer que esteja. Por ele ser fã incondicional do “Tocha humana” ( mais do ator que do personagem, creio eu), eu comecei a chama-lo de Toch e ele gostou.

— Oi! Que bom que gostou, fiz uma igual para você, toma. – Olhei para ele que mantinha um sorriso na cara e não pude dizer não.

— Obrigada, Toch ela é linda! Vou vir com ela amanhã, ok? – Peguei a tiara e já coloquei na minha mochila. - Mas e aí como foi seu dia?

— O meu dia foi uma perfeita chatice! Mas não vamos desviar do assunto, garota o que foi aquilo de manhã cedo? Jean Evans salva garota de morte eminente vinda uma bola jogada por ninguém mais, ninguém menos que T.J. -  dizia isso enquanto formava com a mão algo como um letreiro luminoso no ar.

— Para com isso, não foi algo tão legal assim! – disse-lhe dando uma empurradinha de leve com o cotovelo.

Ele me encarou e começamos a rir, me senti mais leve e comentei tudo o que recordava.

— ... Mas acho que no fim, não vou assistir ao jogo. Annelise vai estar lá e com certeza toda a atenção dele será nela. -  dei de ombros, Annelise era a garota perfeita, muito bonita, educada e tinha um mini grupo de líder de torcida. Jean e Anne já haviam ficado, mas estão meio estranhos tem uns dois meses.

— Ah, nada disso. Se Jean te convidou pessoalmente, mesmo que seja por sorte do destino, significa que você tem que ir! Você vai para minha casa de tarde e irei te arrumar melhor. -  me inspecionou como se avalia-se a situação – Mas lembra que só santo faz milagre. – e deu um risinho.

— Ainda bem que não precisamos de santo, quando temos Toch por perto. Porque eu posso estar enganada, mas ouvi um boato de que “não há nada que Toch não possa fazer, pois tudo sai perfeito”. -  e lhe lancei um olhar afiado.

— Espertinha! – e riu.

  ♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥

Cheguei ao grande portão preto, a casa era bem escondida. As poucas vezes que fui ali sempre me encantavam com o jardim perfeito e a construção de metal que era enfeitada pela uveira.

Toquei a campainha e em alguns segundos surgiu um rapaz alto, magro e com os cabelos bagunçados e as roupas sujas de comida. Hesitei por um instante.

— Ahn... Oi! Boa tarde, desculpa acho que me enganei de casa. Queria falar com o Toch! -  e ri.

— Há Há! Estou achando muita graça dona Malu, entre.

— O que aconteceu para você...

— Estar horrivelmente parecendo o abominável homem das cavernas?

Assenti.

— Um nome para você: Ana!

Ana é a irmãzinha mais nova de Toch, não fala muitas palavras, mas é super fofa. Embora sempre que ele toma conta dela parece um caos completo.

— Bom, quer algo para beber? Vou pegar um café para mim, porque se não eu piro!

— Uma água estaria bom, obrigada.

Com um olhar de já volto ele sumiu, me largando na sala. Não demorou muito e ele surgiu com um copo e uma xícara. Parecia cansada e não culpo, Ana é bem danadinha quando está com ele.

— Me deixa ver, vestido preto básico e uma sandália preta básica... Você está realmente emanando uma aura “dark”. – e sorriu.

— Ah, eu achei que estava legal e discreto. Sabe que não sou boa com “chamar atenção”. – e olhei para meu copo.

— Aff, Malu, Malu! Quantas vezes vou ter que repetir até que entre na sua cabecinha? Você é linda e inteligente! Só tem que deixar um pouco essa timidez de lado e ter mais confiança em si. – dizia isso enquanto me forçava a encarar seus olhos. Droga! Odeio quando ele diz essas coisas assim, na lata.

— Mas, não viemos conversar sobre moda ou sobre sua personalidade. Já estou vendo aqui muitas coisas que posso fazer e SAI DAI AGORA OU EU VOU TE MATAR!

Tomei um susto tão grande que joguei agua na minha cara. Toch saiu enfurecido da sala em direção as escadas, Ana estava pendurada pelas pernas no corrimão e ria muito.

Quando Toch ia pegá-la a danadinha se soltou e correu pela escada a baixo e veio em minha direção.

— Galinha -  disse apontando o dedo para mim. Me surpreendi e olhei para Toch que entrou com o rosto um pouco envergonhando.

— Quantas vezes já disse que não deve dizer isso menina?

Olhei para Ana que ainda mantinha os dedos firmes na minha direção e fiz a coisa mais idiota que se pode esperar.

Comecei a imitar uma galinha.

Toch olhou para mim com a boca aberta e não demorou muito ele caiu na risada mais tão alto que até Ana reclamou.

— Pode para de rir, por favor? Eu só queria ajudar... -  disse com raiva e vergonha.

— Foi... perfeito... HAHAHAHAHA.

— Se não vai parar de rir vou para casa. Não devia ir nessa droga de jogo! -  comecei a me levantar.

— Espera... Desculpa é que foi muito esquisito e hilário.

— Eu percebi!

Ana ainda estava sem compreender o que tinha acontecido, mas começou a se alinhar nos braços do irmão.

— Hum, acho que a monstrinha está com sono, vou leva-la para cama. Já volto, ok?

Não demorou muito ele voltou, trazia consigo uma caixa de maquiagem e várias presilhas de cabelo.

— Mãos a obra!

Quando eu menos esperava ele já havia terminado.

— Ok! Minha mais nova obra prima, hora de ver o resultado. – Me virou em direção ao espelho.

Fiquei algum tempo olhando a figura que refletia e pensando “essa não sou eu, sou?”, meus cabelos estavam encaracolados nas pontas e uma pequena trancinha saindo da base da minha testa e prendendo atrás com uma borboleta de prata. A maquiagem era leve e eu me sentia diferente, como se pudesse ser como a cinderela, e com certeza os efeitos só durariam até amanhã, quando tivesse que tomar banho.

— Toch... Está incrível! Obrigada -  e abri um largo sorriso. Por um instante ele ficou surpreso e depois sorriu também.

— De nada, mas você já está atrasada para o jogo. Corre!

E disse me empurrando para fora, chegou na porta ele berrou:

— EU VOU QUERER SABER TUDO, CADA DETALHE! O QUE VOCÊ ESTÁ ESPERANDO? CORRE!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Me digam o que estão achando da história, obrigada!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A história de Malu" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.