A filha de Alvo Dumbledore escrita por Nessa Hoff


Capítulo 2
Caldeirão Furado




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— Já falei com o sr. Weasley e ele disse que havia espaço de sobra na casa dele.

— Obrigada Minerva.

— Você tem certeza disto querida?

Eu estava arrumando meus pertences para fazer uma visita aos Weasley.

Eu ficaria por duas semanas e nestas semanas mostraria o resto das lembranças que meu pai não conseguiu mostrar, ensinaria alguns feitiços pouco conhecidos pelos bruxos e falaria sobre minha existência.

— Tenho sim... Minerva você pediu para ele não contar aos seus filhos?

Ela deu uma risada.

— Não sei por que você insiste tanto que os filhos deles não saibam... E sim eu pedi.

— É que eu não quero que eles fiquem imaginando como eu sou. - Resmunguei baixinho olhando para o chão.

— Entendo, querida. Mas fique sabendo que eles não iam se decepcionar. Você é fantástica!

Dei uma risadinha e a abracei.

— Obrigada Minerva. Não sei o que eu faria sem você. Você é como uma segunda mãe para mim.

— Assim eu fico constrangida.

Rimos e então nos despedimos.

Peguei um pouco de pó de Flu, joguei na lareira e gritei ''Beco Diagonal'' e em seguida pulei. Me senti com se fosse um pião, rodando e rodando, até que sai na Floreios e Borrões.

Limpei as cinzas de minha roupa e procurei alguns livros interessantes e acabei não encontrando nenhum. Sai da Floreios e Borrões e fui para Gringotes pegar uns galeões. Chegando lá fui a um duende.

—Quero abrir o cofre de Alvo Dumbledore.

Entreguei a chave ao duende que sorriu para mim.

— Por aqui Senhorita Dumbledore.

Segui o duende pelos corredores de Gringotes. Claro que os duendes de Gringotes sabiam de minha existência, pois quando eu precisava comprar algo, eu precisava vir aqui porque meu pai não gostava de ficar carregando dinheiro.

Chegando na área mais segura do banco o duende abriu o cofre e me deixou entrar. Peguei alguns galeões e sai. O duende trancou o cofre e voltamos para a recepção do banco. Deixei Gringotes e fui ao Caldeirão Furado.

— Olá Tom.

— Olá sabidinha. O que vai querer hoje?

— Ir para Londres e na volta uma cerveja amanteigada.

— Muito bem. Se cuide! - Ele deu uma risada e se virou para atender outro cliente.

Sai nas ruas de Londres e fui até uma livraria. Peguei alguns livros que me interessavam, paguei e sai. Voltei ao Caldeirão Furado e Tom já tinha colocado um copo de cerveja amanteigada no balcão.

— Obrigada Tom.

Enquanto tomava minha cerveja alguém se aproximou de minhas costas e falou em meu ouvido.

— Por que uma garota andaria sozinha?

— Talvez para evitar não andar com pessoas como você.- Respondi com tédio.

— Mas eu sou muito bom... Em todos os sentidos.

Eu estava no lugar mais afastado das pessoas, ninguém nos ouvia e talvez nem nos visse.

— Não estou interessada.

Eu não estava com medo, pelo contrário, se ele me tocasse eu iria a azarar tanto que talvez ele nunca falasse com alguém do sexo feminino.

— Vamos lá querida... - Ele falou me puxando para si.

Quando eu iria começar a azara-lo outro homem falou:

— Acho que ela disse que não estava interessada.- O homem segurava a varinha em direção ao outro homem que me segurava, por conta da iluminação não consegui vê-lo.

— E eu acho que ninguém lhe perguntou nada.

— Você que pediu...

Ele começou a lançar várias azarações no outro. No meio disto tudo ele acabou me largando. Fui para o lado do outro e comecei a ajudar a azara-lo.

— Ok, acho que já chega. - Falei passando o braço na frente do homem que me ajudou.

— Mas ele... - Ele começou falando com fúria.

— Ele está desmaiado de tantos feitiços que lançamos.

Ele andou até o homem e o chutou na barriga.

— Só para ter certeza.

Dei uma boa gargalhada com isto.

— Você não me agradeceu.

— Eu teria conseguido me virar sozinha. Quando você chegou eu estava prestes a azara-lo.

— Eu te livro de um problema e é assim que você me agradece?

Ele caminhou até mim e então consegui vê-lo. Olhos castanhos, sardas, cabelo vermelho e um sorriso brincalhão. Cabelo vermelho... O cabelo de um Weasley.

— Oh, muito obrigada meu salvador... Sem você, a esta hora este dragão teria me matado! - Falei fazendo uma reverencia exagerada.

— Me sinto honrado em ter salvado sua vida. - Falou entrando na brincadeira.

— Será que eu poderia saber o nome de meu herói?

—Fred Weasley, ao seu dispor... - Disse fazendo uma reverência exagerada.

 Um Weasley... Acertei!

— Serei eternamente grata Senhor Weasley. Pena que não trouxa meu lenço para lhe dar de lembrança.

— Isto não será necessário... Se você ao menos me dizer seu nome.

Dei um sorriso.

—Você vai saber em breve.

— OK... Bom vou indo. Meu pai exigi que hoje eu chegue cedo em casa. Queria saber o por quê. Adeus donzela.

—Adeus meu herói.

Ele saiu do Caldeirão Furado rindo e eu me sentei e terminei de beber minha cerveja. Quando eu estava saindo Tom gritou:

— Corram! Comensais da Morte!

Agora deu merda...


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