Após levar o cristal para o meu covil, que o exercito de Malefor havia construído, eu voltei para o inverno de Dante.
O meu covil consistia em uma área tempestuosa, cristais magnéticos que atraiam raios e tudo quanto eletricidade. No centro dessa área estava um gigantesca torre feita de materiais achados lá mesmo, assim, ela era um grande para raios. No topo estava um local para armazenar as forças dos guardiões. A força dos 3 já estava em um único cristal especial. Só faltava um para o plano de Malefor dar certo.
Enfim... Chegando no inverno de Dante, sobrevoei a área um pouco, procurando ele.
Por algum motivo, Malefor não queria que eu o atacasse. Só queria que eu o... observasse.
Voei por quilômetros naquele maldito frio até ver um pequeno ponto roxo no gelo. Dei um rasante, olhando bem.
O ponto roxo era, de fato, oque eu estava procurando. O dragão roxo. Ele tinha a minha idade. Devia ter nascido na mesma época. Tinha asas, chifres e as placas em seu peito amarelas. Assim que ele me olhou, percebi um olhar diferente do que todos me olhavam. Aquilo foi bom de se ver.
Voei para longe, começando a observar escondida enquanto ele avançava pelas forças de Malefor.
Lutava melhor que muitos adultos dos quais eu matei. Usava apenas fogo, oque eu achei estranho, mas isso logo passa assim que vi ele ser atingido por um raio de uma das defesas de Malefor e o usar contra a própria defesa.
Quanto mais eu o olhava, mais algo crescia dentro de mim e mais Malefor ficava furioso. Não era minha culpa. A garra daquele dragão, a coragem, ele lutava por algo bom, para defender os outros. Isso era lindo. Ele... era lindo.
–Pare de pensar nisso! -Malefor diz, rosnando.
–Você não manda em mim quanto a isso, grandão. Ele... Ele é muito mais dragão que você!
–Você está perdida quando voltar.
–Eu já estava desde que nasci nas suas patas, seu monstro!
Ele ficou quieto enquanto eu continuava imóvel, ali, observando o pequeno dragão roxo.
Conforme ele conversava com aquela... Libélula, descobri que ele se chamava Spyro.
Huhu... Mal eu sabia, que aquele pequenino dragão iria ser o meu maior amor. Minha mãe estava certa. Meu destino... minha vida iria melhorar...
–Você nunca irá ficar com ele. Você é minha.
–Você acha que eu não sei isso? Você é um demônio na vida de todos! Eu te odeio! Mas infelizmente não posso fazer nada para mudar isso...
Decolei, seguindo o dragão para a caverna que Volteer estava. Malefor não queria que eu fizesse nada.
–Por que não me faz o atacar?
–Não importa, arma.
–Acha que isso me machuca? Você não é nada para mim. Sua ofensa é um mero mosquito me irritando.
Spyro lutou com o gigante que Malefor havia me feito fazer e libertou o dragão amarelo. Conversaram um pouco e então eu me mostrei para Volteer e fiz sinal de silêncio para ele, que sorriu.
Porém, eu estava em forma adulta, controlada. Malefor tinha feito aquilo. Por que?!
Nada fazia sentido. Malefor parecia... gostar de Spyro. Era muito estranho. Afinal, quem era Spyro?!