A Infeliz História de uma Dragonesa Negra escrita por SpyroForever


Capítulo 8
Algo interrompendo os planos




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5 anos... 5 anos naquela tortura. Matando, Maltratando, destruindo famílias e cidades que demoraram décadas para se reconstruírem. Mesmo agora, que eu tenho uma vida comum, normal, as coisas que eu fiz sempre me perseguiram e sempre irão me perseguir.

Lá estava eu no meu quarto, conversando com minha mãe e lambendo minha pata. Malefor me fez procurar outro daquele cristal que eu falei no capítulo anterior. Ele fez também eu instalar esse cristal na prisão de Terrador.

Foi doloroso ver as forças de Terrador serem drenadas do corpo dele, mas ele sabia que não era minha culpa. Pelo menos era isso que eu esperava.

Seguindo Malefor, aqueles cristais carregados com as forças dos guardiões seriam capazes de libertar ele da prisão espiritual que ele estava. Porém, estava faltando um guardião, que algumas vezes ouvi Malefor chamar de traidor. Seu nome era Ignitus, guardião de fogo. Parecia que eles eram muito amigos antigamente.

Ignitus conseguiu escapar de ser capturado, e isso, foi oque me salvou.

—Cynder... Eu precisarei ir embora... –Minha mãe diz, me fazendo arregalar os olhos.

—Oque? Mas... Mamãe, você vai me deixar sozinha?!

—Nunca filha! Nunca! Sempre estarei com você. Nunca deixarei você. Aqui. –Ela toca meu peito.

—Todos falam isso! Vai estar no meu coração... eu coração... Mas eu não vou poder te ver!

—Desculpa. Mas seu sofrimento está perto do fim, Cynder. Você passará muito tempo em sua forma adulta de agora em diante. É por causa disso que não poderei ficar com você mais de agora em diante. Preciso seguir meu caminho.

Comecei a chorar com isso e assenti. –Eu entendo mãe. Obrigado por sempre me acompanhar e sempre me fazer companhia. Eu... Sempre vou te amar, mamãe.

Senti ela me abraçando forte. –Adeus filha. Sempre que precisar conversar comigo, me busque dentro de seu coração. Estarei lá.

—Obrigado mãe. Te amo. Boa sorte.

—Eu já tenho sorte de ter uma filha como você... –Com isso ela começou a sumir aos poucos.

—Tchau mamãe. Te amo. –Falei chorando até ela sumir.

O vazio me preencheu. A solidão retornou. Lá estava eu, sozinha, no escuro, chorando.

Com isso Malefor entrou, me olhando. Olhei para ele e logo ele falou. –Cynder, Você deve começar os preparativos para meu despertar. Vá até Volteer e pegue o cristal com suas forças. Leve até o local combinado.

—Eu não tenho escolha mesmo... Vamos... –Eu falei, me levantando e bocejando. Estou pronta para me transformar.

—Boa menina. –Ele diz e toca na minha cabeça, me transformando em adulta e novamente, perdendo o movimento de meu corpo. –Você sabe o que deve ser feito. Vá!

—Sim mestre. Voltarei logo... –Eu disse caminhando para fora do quarto e assim do vulcão. Para vocês terem uma ideia de como eu era odiada, nem mesmo os soldados do exército de Malefor chegavam perto de mim se não forem ordenados.

Enfim... Decolei direto para o inverno de Dante, que era onde ficava a prisão de Volteer. Lá é as vezes chamado de inferno de Dante devido ao frio incessante que faz lá. Se você for um dragão de fogo lá sem proteção, morrerá sem nem mesmo chegar nos territórios. Lá é o lar dos dragões de gelo e água. Fica no extremo norte de nosso gigantesco continente.

Assim que pousei, envolvi meu corpo com ar quente para me manter quente e andei para onde Volteer estava. O esconderijo era a mais fria e desolada caverna de todas.

Volteer, como eu já havia explicado no primeiro capítulo da minha história, era o guardião de eletricidade. O dragão amarelo estava preso pelas patas dianteiras, o deixando meio que de pé, marcas de lágrimas descendo de seus olhos. Era uma visão triste, principalmente pois agora sei que Volteer era o mais extrovertido e simpático dos 4 guardiões.

—Volteer... –Pensei, um pouco. –Malefor, deixa eu falar com ele? Por favor!

—Por que eu deveria?

—Por favor! Eu juro que farei oque você quiser aqui. Só... Deixa eu falar que... Não é minha culpa.

—Mhh... Tudo bem. Apenas essa vez.

—Obrigado!

Com isso eu virei filhote novamente, ainda com o ar quente me protegendo. –Volteer...

Ele abriu lentamente seus olhos, tremendo. –Terror dos cé...

—Por favor, grande guardião, não me chame assim. –Me aproximei e o envolvi com ar quente e vi ele fechando os olhos, respirando fundo. –Meu nome é...

—Acha que eu não sei seu nome?

—Me escute. Por favor. Eu... Sou uma marionete! Estou sempre sendo forçada a fazer isso.

—Oque? Cyril me falou sobre magias assim... Não pensei que fosse possíveis.

—Elas são, e você não sabe o quanto é difícil para mim ter que fazer tudo que ele me faz fazer. Eu tenho sangue inocente em minhas patas! Isso não é nada bom de se sentir, Volteer. Por favor.

—Eu acredito em você.

—Obrigada. Terrador também confiou.

—Você também falou com ele? Que bom saber que ele está bem...

—Cyril também, não se preocupe com isso... –Com isso me aproximei do cristal negro e o peguei, tirando de perto de Volteer. –Desculpe, mas se eu te libertar, ambos morreremos.

—Imaginei, por isso não pedi. Sei por que precisa desse cristal com minha energia.

—Me perdoe... –Eu olhei para o chão, fechando os olhos.

—Não chore, Cynder. Você não está louca, isso significa que você é forte. Qualquer um ficaria birutinha com tudo que você passou.

Eu ri um pouco. –Malefor diz que você é um tagalera.

—Todos dizem isso. Gosto de fazer as pessoas à minha volta sorrirem. Sinto que nasci para isso.

—Belo significado... –Eu disse e olhei para a entrada da caverna, vendo um dos soldados macacos de Malefor vestido com um grosso  casaco de pele correndo em minha direção.

—Terror dos céus! Temos notícias excelentes que irão animar e muito nosso mestre!

—O que foi? –Perguntei, sabendo que Malefor estava nos ouvindo.

—Encontramos o dragão roxo! –Ele diz.

—NÃO! –Volteer grita, se agitando muito.

Olhei para Volteer. –Volteer! Calma! Por favor!

—Não! Vocês não podem fazer nada com ele! Parem! Vão destruir o mundo inteiro!

—Volteer! Para! Por fav... –Com isso meu corpo parou e Malefor o tomou, me transformando em adulta novamente.

—Não... –Volteer diz me olhando. –Cynder, olhe dentro de você!

Eu olhei para ele e então disparei um tufão de vento esmagador, o desmaiando ele imediatamente. Voltei a olhar para o macaco. –Onde?

—No pântano das libélulas. Ele se encontrou com o outro guardião! O que faltava!

—Ignitus...

—Isso! Isso! Ele mesmo! O que deveremos fazer?!

—Nada! –Eu disse, pegando o cristal. –Deixe que ele venha até nós... –Eu então usei a magia de Malefor no gelo, levantando um grande golem. –Apenas o guiem para o lugar certo...  –Eu então saí da caverna, decolando. –Quem é esse dragão roxo? Por que Malefor não quer eu eu o mate. Muito, muito estranho...


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