A Infeliz História de uma Dragonesa Negra escrita por SpyroForever


Capítulo 10
O fim do meu sofrimento




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Durante esses próximos dias, Malefor me fez ficar seguindo o pequeno dragão, porém, nunca ser vista, sempre o vigiando pelas sombras.
Spyro, conforme lutava, ia ficando cada vez mais experiente, começando a dominar seus 4 elementos e lutar de forma tão desenvolta que nenhum dos gorilas de Malefor eram capazes de encostarem um dedo sequer. Isso me atraia nele.
Mesmo lutando de maneira tão sagaz e focada, o dragão roxo era de tamanha gentileza e bondade que os espíritos que estavam em volta dele, sorriam, felizes com sua presença. Sua linda aura era azul, da cor do céu no dia mais limpo. Sempre mantinha o bem dos outros acima do seu. Isso também me atraía.
Porém, além de tudo isso, Spyro também tinha senso de humor. Não era aqueles certinhos sérios, antissociais. Fazia piadas, ria das piadas da libélula, tirava onda com alguns de seus inimigos, porém nunca tirando sua missão como foco. Isso era outra coisa que me atraía nele.
Libertou Cyril da floresta, onde estava sendo mantido aprisionado.
Libertou Terrador das forjas de munição, onde Malefor finalmente me pediu para segui-lo até o lado de fora, pois Ignitus, o último guardião que faltava para eu pegar seu poder, estava por perto, e vendo Spyro em apuros, iria vir acudi-lo. Dito e feito. Malefor, usando meu corpo, derrubou Ignitus sem problemas, onde seus guerreiros já esperavam sua queda para o levarem ao meu esconderijo.
O pobre pequeno quis ajudar o grande dragão vermelho, mas Terrador o impediu.
Fui para meu esconderijo, finalmente deixando de seguir o dragão roxo. Segundo Malefor, eu tinha coisas mais urgentes para serem feitas. Obviamente seria pegar as energias de Ignitus.
Cheguei e precisei esperar os servos de Malefor trazerem o dragão de fogo.
Assim que ele chegou, vi ele triste. Quis falar com ele, mas Malefor não aceitou.
Prendi ele pelas 4 patas suspenso e coloquei um cristal negro maior que os outros em sua frente, que logo começou a sugar essa energia.
Ele tinha um olhar diferente do que todos. Me olhava com culpa, pesar e pedindo perdão. Por fim, quando eu fui para decolar para esperar Spyro, ouvi ele dizer: “É tudo culpa minha.”
Ele era o que cuidava dos ovos. Se sentia culpado. Eu senti pena dele ali.
Enfim. Não demorou mais de 8 horas até o dragão roxo finalmente chegar ao meu esconderijo. Meus lacaios, que no caso, eram os de Malefor, lutaram firme, mas não foram pareis para o pequeno, que estava mais motivado que nunca.
Ele abriu caminho até a minha torre, onde subiu. Eu fui até lá, onde finalmente o enfrentei, apenas até o cristal absorver o tanto que precisava.
Mesmo com aquele tamanho, Spyro era poderoso. Lutou com determinação, até que Malefor me ordenou eu recuar.
Peguei o cristal e, com todos juntos, um portal se abriu. Fiquei com medo, mas não era eu que estava controlando meu corpo, então Malefor me fez entrar.
Assim que eu atravessei o portal vi um mundo completamente diferente. Era extremamente diferente, criaturas estranhas e algumas nojentas. No meio desse lugar, um grande altar no centro de uma “ilha” flutante, onde era justamente o lugar onde eu estava indo.
Assim que pousei nessa ilha, andei para o altar e coloquei os 2 cristais nele. -Meu mestre irá retornar. -Eu disse, colocando o segundo.
–Não tão rápido! -Ouvi a voz de Spyro atrás de mim.
Me virei e lá estava ele, pousando.
–É inútil! -Falei, quero dizer... Malefor falou.
–Isso é o que veremos! -Ele disse, se preparando e disparando uma bola de fogo em minha direção, no qual desviei sem problemas. Começamos uma luta. A luta mais difícil da minha vida até aquele momento.
Conforme lutávamos, eu percebia que o altar sugava as energias dos cristais. Malefor só queria ganhar tempo. Eu era uma isca, apenas.
Depois de cerca de 10 minutos, ambos cansados, eu fraquejei e o pequeno me derrubou. Com isso, abriu suas asas, começando a emanar uma forte luz roxa.
Assim que olhei para ele, vi os espíritos dos antigos dragões roxos. Os espíritos ancestrais voaram até mim, passando pelo meu corpo. Aquilo doía. Doía muito, mas, aos poucos, comecei a sentir meu corpo novamente, até que desmaiei devido a dor.
Assim que acordei, num lugar diferente, quente, claro, aconchegante, percebi que estava em minha forma natural novamente.
Olhei em volta e vi que estava no templo dos guardiões. Spyro estava ao meu lado, me... Abraçando com sua asa, me cobrindo enquanto ele dormia. Nunca, ninguém tinha deixado eu ficar tão perto, muito menos me abraçar. Eu sorri, começando a chorar, sorrindo. Minha mãe tinha razão.
–Não chore, pequenina. Você está bem agora. Não se preocupe. -Ouvi a doce voz de Ignitus atrás de mim e o olhei. Lá estava o grande dragão, sorrindo para mim, amável.
–Obrigada!
Ele assentiu, sorrindo. -Descanse, linda. Você merece muito descanso. -Disse, se aproximando e se deitando, se enrolando e torno de mim e Spyro. Seu rosto ficou próximo do meu.
Eu lambi a ponta de seu focinho. -Finalmente livre... -Eu falei, fechando meus olhos e sentindo ele me lamber também.
E foi assim que fui resgatada do inferno. Quem me resgatou? Spyro. O dragão roxo. Meu herói, meu amigo... Meu marido.


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Notas finais do capítulo

Obrigado a todos vocês que leram minha hhistória. Tenho isso guardado dentro de mim à anos. Obrigado por me permitirem isso. Beijos para todos.



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