POV EMMA

Não acredito que tudo que eu e ele vivemos acabou. Todos os nossos momentos estão passando pela minha cabeça agora. São 9 da noite, acabei de encontrar Killian na rua, o tratei mal, mas ele mereceu! Em um dia me diz pra esquecer ele e no outro tenta me ajudar! Será que ele não sabe que eu tenho sentimentos?

Estou carregando muitas sacolas porquê depois que eu acordei resolvi fazer umas compras para a minha filha. Comprei umas roupinhas, mamadeiras, bicos e outras coisas que bebês precisam. Tudo rosa é claro!

Também pensei no Killian me disse a um tempo, não posso morar com meus pais pro resto da minha vida. Ainda mais agora que tem mais uma pessoa chegando na família.
Irei passar na imobiliária pra encontrar uma casa ou apartamento, com pelo menos 3 quartos: um pra mim, um pro Henry porque ainda tenho esperança de recuperar meu filho e um da Olivia. Amanhã faço isso, melhor voltar pra casa.

– Olá pai, mãe.

– Minha filha, você carregou todas essas sacolas de compras sozinha? - meu pai pergunta preocupado.

– Sim, por quê?

– Você está grávida mocinha! Não pode.

– Estou grávida, não doente.

– Já vi que não vai mudar seu pensamento né? Então deixa pra lá.

– Obrigada! Então.... Andei pensando e eu acho que vou me mudar daqui.

– O QUÊ? - os dois perguntaram juntos.

– Eu acho que preciso de um lugarzinho só pra mim e meus filhos.

– Nós te entendemos, filha, mas... Não pode esperar até a Olivia nascer não?

– Mãe, quando ela nascer, vai ser muito complicado cuidar dela, de uma mudança, do caso do Henry e arrumar tudo em uma nova casa ao mesmo tempo! Melhor por agora mesmo. Vai ser melhor pra mim.

– Se vai ser melhor pra você, nós te apoiamos. - meu pai diz.

– Obrigada! Que tal irmos jantar em um restaurante hoje?

– Ótima ideia! - meu pai diz.

– Mas por favor! Granny's não. - quase implorei.

– Pode deixar, filha! Vamos para aquele restaurante que levei sua mãe semana passada. - meu pai fala.

– Sim! Amei aquele restaurante. - minha mãe responde.

– Vou me arrumar e nós vamos.

POV KILLIAN

Chegamos á boate. É uma diferente daquela que levei Emma. É mais agitada, mais cheia de pessoa e consequentemente mais cheia de mulheres bonitas, ainda bem!

– Que tal? - Ruby pergunta

– Ela parece ser bem legal.

– Sim e é. Amor vamos pegar umas bebidas? - Ruby fala com Whale de um jeito sexy.

– Vamos. - ele responde dando um beijo no pescoço dela, que nojo!

– Ei! Estou bem aqui.

– Desculpe. Por quê não volta sozinho pra casa hoje? Ou acompanhado de alguém se me entende. Vou dormir na casa do Whale hoje. Beijos.

– Entendi e não precisa dizer de novo, beijos e obrigado por me deixar aqui, sozinho!

– De nada.

Começo a andar pela pista de dança e sinto alguém sarrando em mim.

– Oi bonitão! Meu nome é Tinker, está acompanhado?

Me viro e olho pra ela com meu olhar sedutor, porquê ela é linda.

– Não. Bom, agora estou. Quer me acompanhar até a minha casa? E durante a noite toda?

– Com certeza!

Ela me beija e saímos da boate assim, agarradinhos. Pedi meu carro ao cara que o estaciona (não sei o nome dele), e enquanto esperamos o carro, ficamos alí nos beijando. O carro chega, abro a porta para ela e logo depois entro no carro e vamos para a minha casa.

POV EMMA

Estamos á caminho do restaurante que meu disse sugeriu, vamos á pé mesmo, para aproveitarmos a noite toda juntos.

Até que vi ele. Ele na porta de uma boate, agarrado com uma loira. Nem sei descrever como me sinto.

Meus olhos começam a sair lágrimas, deu vontade de cavar um buraco no chão e me enterrar viva.

– Que foi, filha? - meu pai me pergunta, e como eu não respondi, ele segue meu olhar e vê o mesmo que eu - ah, não liga minha linda, você merece alguém melhor.

– Eu to bem, pai. Vamos andando?

– Tem certeza? - respondi sim com a cabeça e um sorriso falso - então vamos.

Vou atrás dos dois, olho pra trás e vejo Killian saindo com essa loira no carro dele. É, ele me esqueceu. E também nem me notou aqui, ótimo, pelo menos ele não me viu chorando por ele.

Sigo andando, tentando me esquecer do que vi e me focando apenas na minha mudança e nos meus filhos.

POV NARRADORA

Emma e seus pais jantam normalmente, menos para Emma, que está muito triste mas está tentando não demonstrar. Ela não desabar em público, quer ser forte para desabar em casa, sozinha.

E foi isso que aconteceu. Quando Emma chegou em sua casa, tomou uma breve ducha, deitou em sua casa e parece que seu mundo desabou. A imagem de Killian beijando uma qualquer não saía de sua cabeça. Pensando que ele iria transar com uma mulher, que não era ela.

Ela não queria admitir, é uma mulher muito orgulhosa, ela ama Killian e o quer sempre com ela e só com ela. Emma dormiu após tanto chorar por seu amor.

Já Killian passou a noite com Tinker, tentou ao máximo não lembrar de Emma durante a noite, pois queria muita esquecê-la, mas não deu muito certo. Dormiu de conchinha com Tinker, mas seus pensamentos estavam sob Emma.

Ele passou praticamente a noite em claro pensando se iria conseguir deixar de amar uma mulher, dormindo com outra. E ele sabia que não conseguiria, mas tentaria assim mesmo.

Assim quando o sol surgiu, Tinker acordou e Killian já estava acordado. Eles se beijaram e tiveram um café da manhã maravilhoso, eles se conheceram melhor e ele percebeu que ela era uma pessoa maravilhosa. Mas ele estava enganado, Tinker é uma mulher ambiciosa e não suporta perder, principalmente Killian, porquê ela realmente gostou dele. Quando Tinker souber que o coração de Killian pertence á outra...

Quando Emma acordou, ficou um tempinho á mais na cama para ter coragem de levantar e ir trabalhar, sabendo que Killian estaria lá, ou não.

Killian não se sentia diferente. Deixou Tinker em sua casa e seguiu para a delegacia, chegou lá e não tinha ninguém, resolveu esperar por Emma e David.

POV EMMA

Ai meu Deus! Não quero vê-lo, mas preciso trabalhar. Ainda bem que meu pai vai comigo. Desço as escadas e vejo meu pai acariciando a barriga da minha mãe. Que estranho!

– Olá. Aconteceu algo aqui?

– Emma! - meu pai gritou assustado - oi, minha filha. Não aconteceu nada não.

– Então porquê estava com as duas mãos na barriga da minha mãe, rindo? - penso um pouquinho - AI MEU DEUS? VOCÊ TÁ GRÁVIDA?

– Então, estava esperando em te contar isso daqui a um tempinho, mas você descobriu sozinha.

– Mas você não tá muito velha pra isso?

– Olha o respeito! - minha mãe retruca.

– E por isso, não irei á delegacia com você hoje, filha. Irei acompanhar sua mãe ao médico para ver o bebê pela primeira vez.

– O QUÊ? - quase gritei. - não posso ficar lá sozinha com o Killian!

– Desculpe filha. Você vai ter que ir sozinha hoje.

Não acredito nisso. Não quero ficar lá sozinha com ele, okay, eu quero mas não posso. Chego na delegacia rezando para ele não estar lá, mas me decepcionei:

– Bom dia - disse sem demonstrar nenhum sentimento.

– Bom dia. Cadê seu pai? - ele me pergunta.

– Não irá vir hoje.

– Por quê?

– Não interessa.

– Não precisa ser rude comigo, Swan.

– Nem você.

– Não estou sendo rude com você.

– E o que aconteceu com o "esquece que eu existo"?

– Eu estava nervoso, me desculpe.

– E o que aconteceu com o "eu te amo"?

– Não sumiu. Eu ainda te amo. Mas você não sente o mesmo que eu, então estou superando você. Conheci uma mulher ontem e ela é maravilhosa.

– É, eu vi não precisa me lembrar.

– Lembrar? Você estava lá?

– Do outro lado da rua. Eu vi você agarrando outra.

Minha cabeça começa a doer só de lembrar na cena. Coloco as mãos na minha cabeça porquê a dor fica cada vez maior. Killian percebe minha dor, chega perto de mim e pergunta:

– Emma! Tá tudo bem?

– Não. Eu acho que...