Mary Bennet escrita por CuriosaRomanticreeder


Capítulo 7
Capítulo 07- Sr. Blastorn


Notas iniciais do capítulo

E ai? Como acham que ela vai agir?



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Sr. Blastorn

“Será que fizera o certo? Será que afrontá-la é realmente a melhor maneira de chamar sua atenção ao que podemos ser? Não! Acho que a perdi para sempre!

"Se ao menos eu obtivesse um controle maior quanto as minhas ações naquele momento, talvez não a teria perdido. Mas como poderia não beijá-la? Tão bela ao nascer do sol, com seus olhos azuis refletindo um céu tão límpido e uma paz que eu mesmo só poderia sonhar em ter.

Como não tocar a fonte de meus desejos e sonhos desde o dia que a ouvirá fazer comentários tão absurdos? Quem pode me recriminar diante de mulher tão magnífica, que aparenta ter vindo de tempos a frente do meu próprio?

Ela não dirigirá uma única palavra a mim desde aquela manhã, não ousou olhar em minha direção nem se quer por um breve momento. 

Talvez seja mesmo melhor partir. Não!

Siga com o planejado August! Lute! Lute e vencerá a dama! Lembre-se que ela não é como as outras, por essa razão se encontra em tal situação, por ser diferente a deseja, e como sua mãe diz: “Persevere, lute, em sua maioria é sempre o bem mais valioso o mais difícil de se ter!”

Mary Bennet deve ser instigada, mas também ver o quão é valorizada. Nisso acredito que errei, beijá-la e agora aquela pergunta...não fui honesto, não demonstrei o porque, só a provoquei como se não a tivesse ofendido!”

 

—Sr. Blastorn? Sr. Blastorn? Está aí? Darcy precisa de nossos serviços.- Diz Sr. Fitzwillian.

—Sim! O que houve? - Responde saindo ao encontro de Fitzwillian no corredor.

— Problemas no condado, vieram pedir ajuda sobre uma criança perdida nas redondezas, a temperatura cai a cada minuto, temos que ser rápidos, precisamos de todos.

— Assim seja, vamos.

Partem os dois em direção ao estábulo ao encontro dos outros cavalheiros, mas Elizabeth e Mary estão ambas implorando a Darcy para irem também em busca da criança.

— Lizzie, não o posso permitir, se algo lhes acontecer como poderia eu viver? Por favor não me coloque nessa posição. - Diz Darcy.

— Mas quanto mais ajuda obtiverem maiores são as chances de encontrar a criança. - Diz Elizabeth.

— Mas não posso ousar colocar outra tão importante para mim em risco Elizabeth! - Respondi Darcy um tanto severo.

— Estás… Oh Lizzie! Estás grávida? - Indaga Mary exuberante. Todos encaram Elizabeth no aguardo da confirmação.

— Apesar das certezas de meu marido, não o posso confirmar ou discordar.

— Mas se há possibilidade, não pode se colocar em risco. Fique tranquilo Sr. Darcy Lizzie não vai a lugar algum. - E assim Mary com uma força nunca vista, passa a puxar Lizzie para dentro de Pemberley como se fosse a própria Senhora Bennet, para o espanto e alegria de todos.

“Como não admirá-la?!” - Pensou consigo Sr. Blastorn.

—Sr. Blastorn muito obrigada pela ajuda. - Diz Darcy - Sei que isso implica no atraso de seu retorno a Londres.

—Não se desculpe. O que sabemos? Onde a criança foi vista pela última vez?

—Nas divisas das terras de Pemberley, porém ainda não a localizamos nas buscas pelos jardins e matas mais fechadas próximas a propriedade, devemos partir em direção às matas que dividem os arrendatários. - Respondi Fitzwillian.

—Todos prontos?- Indaga Darcy! - Vamos!

A noite chegou mais fria que previsto. As buscas não foram fáceis, mas conseguiram encontrar o garoto para o regozijo de todos.

Ao chegarem em Pemberlay encontraram uma Elizabeth Bennet exasperada de tanto ser paparicada por duas moças radiantes.

— Graças aos céus chegaram? Diga-me Darcy, conseguiram encontrá-lo? Mas, por favor o faça lá em cima, preciso sair de perto dessas duas.

— O que fizeram com minha Elizabeth? - Pergunta Darcy. -Nunca a vi tão assustada. 

— Nada, só garantimos que ela se cuidasse bem, precisa de repouso por conta da gravidez, orientação da Sra. Reynolds. - Diz  Georgiana.

— Mas para elas isso significa, me manter cárcere a poltrona e me fazer comer a cada um quarto de hora. Vamos Darcy! Por favor, não aguento mais olhar para essas paredes. - Diz Elizabeth.

Todos riem do desespero de Elizabeth. Mas para infelicidade de August, Mary não se dirige a ele ao perguntar:

— Como está o menino? Se feriu Sr. Fitzwilliam?

— Estava com muito frio, caiu no rio e desceu correnteza abaixo, mas agora está sendo cuidado, creio que já estará correndo novamente pelas matas na próxima semana.

— Quem o encontrou? - Indaga Georgiana.

— O Sr. Blastron. Ele é excelente em seguir rastros.  

— Ambos seguimos os rastros Fitzwilliam. - Diz Sr. Blastorn - Foi um excelente trabalho em grupo que nos trouxe tal resultado.

— Bom creio que estão cansados e com fome, assim se preferirem podem colocar vestes mais quentes e nos encontramos na sala de jantar. - Pergunta Mary olhando para o Sr. Blastorn. 

— Si..im! - Gagueja Blastorn com a surpresa de Mary olhar em seus olhos.  

Durante o jantar após as respostas às várias perguntas sobre as buscas e as esquivas de Elizabeth quanto as perguntas e esperanças citadas de sua gravidez, todos se dirigem a sala de jogos.

— Sr. Blastorn partirás amanhã ao amanhecer ou nos dará o prazer de compartilharmos o almoço com sua companhia? - Pergunta Georgiana.

— Ainda estarei aqui para o café da manhã Srta. Georgiana.  

— Retornará em breve?

— Espero que sim, se meu bom Coronel permitir.

— Com toda certeza retornaremos em algumas semanas - diz Fitzwillian - Não gostaria de perder por nada essa nova fase na vida de Darcy e faço questão de estar aqui para sua apresentação a sociedade minha cara.

— Com isso, creio que nós nos veremos muito em breve senhorita - Diz Blastorn. - Apesar de crer que a Senhorita Mary não aprecie muito minha estadia.

— Quanto a isso não precise se preocupar Senhor, retorno para casa no final do mês. - Responde Mary.

— Excelente, assim poderemos vista-lá se estivermos próximos a Longbourn. - Responde Sr. Blastorn. Mary não lhe oferece uma resposta, nem ao menos um mero sinal de que encarou o comportamento dele de alguma forma diferente, mais próxima do que realmente o é, mas seu silêncio deixa claro que ela o rejeita.

Ao se dirigir aos seus aposentos, August dá vasão a sua angústia. Como poderia reparar o mal que tem feito a si mesmo? Como mostrar que sua ação não veio de um desejo improprio, mas de um homem que a deseja? Enquanto anda pelo corredores absorto em seus pensamentos August vê uma Mary irritada indo em direção à galeria. Seria essa sua oportunidade? Seria esse o momento apropriado? Provavelmente não em vista do temperamento que ela demonstra, mas teria ele outra oportunidade antes de partir?

Ao chegar na galeria observa se Mary está á sós, mas para sua infelicidade, está com Lizzie. Assim, se mantem ao canto para não ser notado.

— Mary o que August lhe fez para tratá-lo com tal desrespeito?

— Me beijou e depois me mandou uma carta indecorosa - Diz Mary enraivecida.

— Como? Ele fez o quê?- Indaga Lizzie perplexa.

— Sim, Lizzie! Como pode? Me tratou como se eu fosse uma mulher indecorosa e desonrada. Como se ... como se...

— Mary, por favor se acalme, respire. Me conte exatamente o ocorrido devagar. 

Depois de alguns segundos, Mary continua:

— Ele havia sido descortês comigo no baile e quando me pediu desculpas, na verdade ambos pedimos desculpas, mas quando insisti que me desse uma explicação sobre suas ações ele...ele… ele me beijou ao nascer do sol, Ah Lizzie! eu.. eu.. - Diz Mary demonstrando pela primeira vez estar desarmada completamente.

— Você não sentiu desgosto ou rancor dele nesse momento, sentiu? -Pergunta Lizzie complacente. - Não minta para mim e para si mesma Mary. Todos os jogos entre vocês dois é um clamor claro do que está crescendo entre ambos.

— Lizzie sou dona de meu próprio corpo e de minhas próprias vontades e desejos. - Mary se levanta do banco com uma postura de defesa e uma certeza que Elizabeth nunca virá partir dela anteriormente, dando-lhe ciência de que sua irmã não é como Lídia e Kitty, está se tornando uma mulher.

— Não ouso negar que a sensação de ser beijada por alguém que se tem admiração foi uma experiência que nunca senti antes e que fora sim, agradável. Se o objetivo dele fora despertar algo em mim, não vou negar que poderia ter sua chance, mas o que se seguiu depois me deixou perplexa Lizzie, nunca imaginei que ele, August Blostorn, pessoa respeitada por Darcy e Fitzwillian poderia me tratar com tamanho desrespeito e levianidade. Veja, veja por si mesma o que ele mandou.

Elizabeth lê em voz alta a única coisa escrita em um papel amassado e desamassado inúmeras vezes:

Senhoritas independentes não deveriam ter ciência clara no que se refere aos seus próprios sentimentos?”.

E assim, como Mary nunca esperaria que ocorresse Elizabeth tem um grande acesso de riso, lhe faltando até mesmo o ar. Para sua própria surpresa August também ri, revelando assim sua posição para as duas mulheres na sala, uma com olhar dividido entre riso, surpresa e pena, e outra com olhar de espanto que se encontra sendo substituído por raiva.


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Notas finais do capítulo

E ai?

O que acharam?

Comentem, por favor, isso motiva.

At



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