Mary Bennet escrita por CuriosaRomanticreeder


Capítulo 6
Capítulo 06 - A carta


Notas iniciais do capítulo

Dez mil ano depois, mas vamos tentar né?

Mil desculpas pra quem já não tinha mais esperanças!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/697454/chapter/6

Já se faziam quase dois meses que Mary permanecia em Pemberley, embora para Mary parecia que poucos dias haviam se passado. Sua mente não parava, não descansava um minuto, nem mesmo durante a noite sua mente parava de relembrar tudo o que ocorrera. Os olhares, o toque e o que mais a atordoava, o beijo.

Nas duas manhãs que se seguiram Mary se levantava e se dirigia a biblioteca, para que todos a deixassem em paz. Se recostava a janela e tentava entender o que havia acontecido. Mary não conseguia entender por que não conseguira recriminar ao Sr. Blastorn.    

—Mary! - Chama Georgiana.

— Sim!

— Não vais comer? Lizze está a sua procura. Não a vimos no café da manhã.

— Ah! Me desculpe, não me dei conta da hora. - Mary guarda o livro que mal abrira sobre a mesa de apoio e vai ao encontro de Georgiana.

— Ah! Aí estão vocês! - Diz Darcy. - Vamos Lizze está a nossa espera.

Ao entrar na sala, Mary percebe o olhar de sua irmã. Sabe que ela está preocupada, gostaria de se abrir com ela para entender ao menos o que deveria sentir. Sentia-se uma tola, pois apesar de saber muito bem como uma dama deveria se portar, não conseguira entender dos livros o que uma dama deveria permitir-se sentir na situação em que se encontra. A única certeza que tinha, era de que agira muito bem em resposta ao beijo.

 

— Como pode Senhor?  - Disse Mary atônita, após um belo e estalado tapa na face do Sr. Blastorn. - Como pode me tratar de tal maneira? - Mary sentiu seu rosto arder, não apenas de vergonha, o que agora lhe trouxe raiva e desespero. 

— Mary, eu… eu… 

— Srta. Mary, e por favor afaste-se. Não ouse se aproximar de mim.

—Mary!.... Srta Mary - corrigiu-se Sr. Blastorn -  Por favor me perdoe, eu...eu…imploro.

—Esperava uma atitude diferente do Senhor. Deveria saber muito bem que eu jamais poderia suportar que me trates como as outras que caem aos seus pés, se oferecendo como se não tivesse valor algum. Como pode?

 

“Como pode? Eu não deveria ter saído, ele deveria. Não fui eu a agir de maneira inapropriada. Foi ele, ele deveria se envergonhar.” Pensa consigo mesma. “ Ele deveria se envergonhar de ter me beijado, não poderia... não deveria...

Mas sentira ele também o mesmo prazer do calor? … Será que sentira a mesma satisfação?...a maneira como sua mão tocou meu rosto ...tão delicado e amável, mas ainda com urgência com sua mão quente em minha cintura… Oh céus! O que eu estou pensando?”

—Mary? - Chama Lizze - Mary?

—Sim!

—Está bem querida? mal tocou em sua comida e está vermelha?

—Na verdade, não me sinto muito bem, me desculpe, permita-me se retirar? - Pergunta Mary, agora com as bochechas ainda mais quentes de vergonha, pensando se alguém poderia ler seus pensamentos. Principalmente ele.

—Sim, claro! Vá, deite-se e vou mandar chamar o médico. - Responde Sr. Darcy.

—Não! Acredito que não será necessário. - Respondem tanto Mary como Lizze.  - Vou lhe acompanhar até seu quarto, vamos. - Diz Lizze.

As duas subiram as escadas em silêncio. Ao entrar no quarto designado a Mary, Mary se sentou na poltrona junto à janela.

—Não seria melhor se deitar Mary, já que não se sentes bem?

—Sim, mas aprecio demais a vista. Gostaria de ter uma vista assim em meu quarto, em casa. Sei que nossa vista é melhor do que as casas em Londres, que tem casas muito próximas às outras, mas nada realmente se comprara as esses jardins. -Diz Mary, divagando.

—Mary - Diz Lizze agora sentando-se na mesa de centro frente a Mary. - Sabes que a amo, e nunca jamais a quero ver sofrer. Já cometi erros no passado, e não quero que cometas o mesmo. Por favor Mary, conte-me o que está havendo? - Súplica.     

Mary não diz nada, simplesmente olha para Elizabeth, abre a boca, mas as palavras lhe faltam. Elizabeth se levanta e ao sair pela porta diz com ternura - Tudo bem! Quando estiver pronta.-

Lizze! - Diz Mary, mas suas palavras somem ao ver Georgiana aparecer a porta.

—Desculpe, gostaria saber se poderia ajudar? - Diz Georgiana. - Pensei em fazer companhia a Mary, se assim lhe agradar?

—Desculpe, mas creio que eu não estou sendo uma boa companhia neste momento Georgiana.

—Não se preocupe, não precisa nem falar comigo, mas …

—Creio que seja melhor que fique de olho caso ela piore Georgiana- Diz Elizabeth.

—Sim! Se algo acontecer lhe avisarei com urgência Lizze.

—Obrigada! - Diz Elizabeth.

Assim que se encontra a sós com Mary, Georgiana se dirige a ela com uma certa insegurança e timidez. Abre a boca mas logo se fecha. Assim na dúvida de como agir, simplesmente mostra um envelope selado a Mary, e diz:

—Ele pedira que lhe entregasse.

Sem entender ao certo as palavras de Georgiana, pega a carta e ao olhar atentamente sem precisar abri-la já sabe a quem pertence.

Georgiana espera Mary dizer algo, mas de tão atônita Mary não consegue fazer outra coisa a não ser encarar a carta. Quando se dá por si, olha para Georgiana mas a mesma já não mais se encontra ali, assim Mary às pressas abre a carta que pode sanar todas as suas dúvidas e com esperança sanar sua agonia, mas ao ler a carta não consta nas palavras um pedido de desculpas, mas há nela um única pergunta:

 

 

Senhoritas independentes não deveriam ter ciência clara no que se refere aos seus próprios sentimentos?”

Sr. Blastorn.

 

 

—Como ousa? Como pode um ser humano ser tão irritante e arrogante dessa maneira? Quão leviano se mostra ser e pensar que antes o considerava um homem honrado. Como podem os Darcy’s se relacionarem com este tipo de cavalheiro, que se mostra claramente indigno de receber tal título? -Pensa Mary alto completamente angustiada, desconsertada andando de um lado a outro do comodo,  incrédula referente a situação que se encontra.

— Qual ação deveria tomar? Deveria respondê-lo? Não, deveria ignorá-lo, pois o mesmo não se mostra digno de ter palavras dirigidas a ele após ação tão pecaminosa.

—Ou recriminá-lo? Faze-lo ver suas ações da maneira que são, sendo assim uma moça abnegada e bondosa?...

—Não! Não ouse ceder Mary Bennet!

—Ele agira com falta de decoro, se alguém os visse estaria perdida. No mais ele merece uma repreensão!

—Mas como?

—Ai!... Pelo céus como devo agir?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E assim termina este capitulo com uma Mary confusa e irada.

Até o próximo!

Comenta ai!
O que acharam?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mary Bennet" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.