Para Sempre escrita por Sue Niehaus


Capítulo 1
O Acidente


Notas iniciais do capítulo

Hey, perdoem os erros...
Primeira Fanfic, mas isso não é desculpa para erros, então se gostarem ou não, comentem no final... prometo que vai ficar melhor no decorrer dos capítulos, não desistem de mim.. hsusuashs



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— Adivinha!
    As mãos quentes e úmidas  de Lily apertaram minhas bochechas, e seu anel, um crânio de prata escurecido, deixa uma marca de sujeira sobre minha pele. E mesmo com os olhos fechados e coberto pelo meu capuz, eu sei que os cabelos delas, tingidos de preto, estão partidos ao meio; eu sei que o pai dela não está viajando "a trabalho", como ele mesmo disse; que o personal trainer de sua mãe, é mais "personal" do que "trainer" e que o irmão caçula quebrou um CD dela, do A7X, e agora está com medo de contar.

Mas sei de tudo isso, não porque fico bisbilhotando a vida da minha amiga, mas sei, porque eu tenho alguns poderes sobrenaturais.

— Anda logo, adivinha! Daqui a pouco o sinal vai tocar! — Sua voz ao falar, saiu rouca, Como se tivesse fumado alguns maços de cigarros, embora ela só tenha tentado fumar apenas uma vez.

   Penso na última pessoa que ela gostaria de ser confundida.

— Hilary Duff?

— Eca, tenta de novo. — Ela aperta mais forte, nem sequer desconfiado de que eu não preciso ver para saber.

— Será a Selena Gomes?

    Ela ri e desencosta as mãos, e então lambe o polegar para apagar a tatuagem de sujeira em minha bochecha, mas levanto o braço antes que ela possa me alcançar. Não que eu tenho nojo da saliva dela, mas é que não gosto muito do toque humano, ele é muito revelador, muito cansativo, então procuro evitá-lo a todo custo.

     Com um gesto rápido, ela tira o capuz de minha cabeça e aperta os olhos ao ver meus fones de ouvido.

— O que você está ouvindo?


    Levo minhas mãos ao bolsinho para iPod que costurei em todos os meus moletons (para esconder dos professores aqueles fiozinhos brancos) e entrego a ela.

— Puxa... — ela diz com os olhos arregalados. — Quer dizer, que barulheira é essa? Quem está cantando isso?

— Metálica — respondo, desligando o iPod e guardando-o de volta no esconderijo.

— Não sei como conseguiu me ouvir. — Lily disse ao mesmo tempo em que o sinal toca.

   Simplesmente dou de ombros. Não preciso escutar para ouvir. Digo que nos veremos no almoço e vou para minha aula, após atravessar o campus.

   Ao caminhar para o final da sala, desvio-me da bolsa que Rachel Duncan deixou de propósito em meu caminho e ignoro a serenata que ela diariamente sussurra ao me ver — "Per-de-do-ra". Em seguida acomodo-me na cadeira, tiro o livro, caderno, caneta da mochila, coloco os fones de ouvido, visto o capuz, jogo a mochila na carteira vazia ao meu lado e espero pela chegada do Sr. Gold.

Sr. Gold está sempre atrasado, porque gosta de tomar uns goles de seu cantil de prata entre uma aula e outra, mas ele só bebe porque a mulher grita toda vez quando o ver, sem falar que seu filho Baelfire o considera um fracassado. Descobri tudo isso no meu primeiro dia de aula, na qual acidentalmente toquei em sua mão quando entreguei o formulário de transferência.

Eu já fui uma adolescente normal, do tipo que vai a festas, que possui alguns fanatismos por celebridades e que tinha tanto orgulho dos cabelos loiros que jamais pensaria em prendê-los em um rabo de cavalo ou escondê-los sob um capuz. Eu tinha uma mãe, um pai, uma irmã caçula de 12 anos chamada Kira e um lindo cachorro chamado pongo. Morávamos em uma casa agradável, num bairro legal, em São Francisco. Era popular, feliz e mal podia esperar para chegar ao segundo ano, pois tinha acabado de se tornar líder de torcida da principal equipe da escola. Minha vida era completa e o céu era o limite. Essa história de céu pode um tanto gasta, mas, no meu caso, ironicamente, é também a mais pura verdade.

  Tive uma "experiência de quase morte" como algumas pessoas costumam dizer, ou EQM. Tudo aconteceu em um instante, lá estava Kira e eu no banco de trás do SUV do papai, Pongo com a cabeça pousada no colo da minha irmã e o rabo batendo suavemente em minha perna, e a próxima lembrança que tenho é de está do lado de fora do carro assistindo tudo, vendo o veículo todo se destruindo.

Fiquei perguntando como tudo isso poderia ter acontecido e orando para a minha família tivesse saído de lá como eu sai. De repente olho para trás e enxergo o pongo conduzindo a minha família para um caminho, enquanto abanava o rabo. De início tentei correr ao encontro deles, mas acabei por me admirar pelo lugar aonde me encontrava. Prometi a mim mesmo que ficaria ali observando a beleza do local por alguns décimos de segundos e logo retornaria ao encontro da minha família, mas quando me dei conta a minha família já tinha atravessado a ponte.
   Entrei em pânico, olhando em todas as direções sentindo- me sozinha, foi quando cai ao chão chorando.

  Foi então que ouvi alguém dizer:

— Emma? É esse seu nome? Abra os olhos e olhe para mim.


— Relutante voltei à superfície, aonde tudo era dor e sofrimento. Então olhei fixamente para a mulher que se curvava sobre mim, dentro de seus olhos escuros, e sussurrei:

— Sim, sou Emma. — Então desmaiei outra vez.


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Notas finais do capítulo

iaí? gostaram? espero que sim...
A estória tem disso, um tempo muito alinear, com algumas voltas ao passado, para um melhor intendimento do presente.
Mas sem papo furado, quem vocês acham que a Emma viu antes de desmaiar?



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