Incondicional escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 11
Primas


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/njHCyqExjwM-Hope.



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P.O.V. Hope.

Minha mãe morreu, ela foi assassinada. Nós fomos para o velório e demos uma lição naqueles vampiros nazistas.

—Sinto muito Hope. Eu lamento mesmo.

A Jean ficou comigo mesmo quando eu tava louca da vida.

—Me desculpe. Eu fui horrível com você.

—Você tá de luto Hope. Mas, tem um coração enorme e tudo bem deixar as pessoas verem.

Marcel, meus tios, meu pai e até o Landon tava lá. Só que os nazistas arrasaram o funeral.

—Porque a gente não sai?

—Eu não quero.

—Hope, se você ficar aqui vai se afundar. Sua mãe não iria querer que se afundasse. Não precisa ser nada elaborado. Vamos tomar um café lá no fim da rua. Estou sendo boazinha, mas Hope você tá trancada no quarto desde o enterro e isso já faz um mês.

—Não quero sair.

—Tá. Eu tentei ser boazinha e delicada.

Jean começou a me puxar, ela me colocou nas costas e começou a arrancar minha roupa.

—Ai o que tá fazendo?

—Tratamento de choque.

Minha prima doida me enfiou embaixo do chuveiro gelado.

—Ai tá fria!

—Acordou?

—Eu já tava acordada!

—Mas, tava entorpecida e eu entendo. Mas, tem que acordar, que levantar. Agora toma um bom banho que eu vou dar um jeito nessa zona de guerra que é o seu quarto.

Me vi obrigada a tomar banho. Sim, eu não tomo banho a um mês. É, estou mesmo me afundando.

Quando eu saí ela tava correndo pelo quarto que nem um furação ao contrário. E o quarto ficou brilhante.

—Coloca uma roupa legal. Que eu vou levar isso até a lavanderia.

Jean fez o meu cabelo, me maquiou.

—Você lavou o cabelo? Lavou bem lavado mesmo?

—É.

Levou uma eternidade para tirar os nós.

—Pronto. Agora é uma pessoa. Vamos.

O passeio até que foi legal. Mas, em todo lugar eu via a minha mãe, pensava nela.

—Não. Pare de pensar nisso. Já sei, vamos pra Nova York amanhã.

—Mas, sua mãe disse que não é seguro.

—Dane-se. Sei me defender. Eu sou como aqueles peixes que parecem que estão mortos, mas podem descarregar veneno suficiente para matar um time de futebol inteiro em meio segundo. Nós somos Mikaelson! Eles é quem deviam ter medo da gente. Vai lá, faz cara de má. Dá um rosnado.

Ela fez uma careta e rosnou.

Tive que rir daquilo.

—Viu? Uma risada. É um avanço.

—E como é Nova York?

—É barulhenta, mas é linda. Se você souber onde ir. O Upper East Side lá onde eu moro é demais, Upper Carnagge Hill. Tem umas festas iradas se souber procurar.

—Parece legal.

—É sim. Vamos, Hope. Pode levar o Landon. Porque se for pra você ficar aqui assim, eu até te sequestro.

—Você curou a nossa família. E eu tenho o nome de Esperança.

—Ás vezes é necessário alguém de fora e com coragem para ver o que está errado por dentro. Tive que socar a botina neles, falar na cara e sem piedade, mas deu certo. Tratamento de choque. Parece ser minha especialidade.

P.O.V. Rebekah.

Porque ela não podia ser que nem a Hope?

—Ai eu odeio ela!

—Quem você odeia?

—A sua filhinha! A menina é o capeta de saia!

—Ela é um tanto temperamental, mas...

—Ela é uma vaca.

Só porque eu falei as duas entraram pela porta dando risada.

—Quem é uma vaca? De quem estão falando?

—De mim. Olha, só tia Rebekah, se não fosse verdade, se eu não tivesse razão sobre tudo o que disse... você não taria tão... abalada. Você quer ser amada? Bom, comece a ser altruísta então. Pare de tratar as pessoas como coisas que você usa e joga fora. Vá á terapia. E tente não compelir ou matar a terapeuta. Porque são hábitos ruins. Seja gentil, pense em alguém que não seja você.

—Acha que eu não sou gentil?

—Quer mesmo que eu responda?

—Não precisa.

—Olha, tia Rebekah eu gosto de você. É por isso que estou tentando te ajudar. Você quer um namorado, mas até agora só conseguiu coisas de uma noite só. Tá fracassando, porque tá usando a estratégia errada! Ninguém gosta de gente mentirosa, manipuladora e egoísta.

—Meu irmão sempre ferrava os meus relacionamentos!

—Em parte. Não duvido. Mas, em parte era auto-sabotagem. E eu te comprei um presente.

—É mesmo?

—É. Divirta-se.

Disse me estendendo a sacola, estava tão empolgada. Mas, quando eu abri...

—Um livro de auto-ajuda?

—Eu vim pra curar mil anos de porcaria. Mas, ninguém pode te ajudar á menos que você queira se ajudar. Leia o livro. Eu li e pensei em você.

Catei aquela porcaria e atirei longe.

—Ah, eu desisto! Vou voltar pra Nova York. Vão em frente, apertem o botãozinho da auto-destruição! Mas, depois que a bomba explodir vocês não reclamem!

P.O.V. Jean.

Jesus! Dai-me forças.

Voltei para o meu quarto e fiz minhas malas.

—Hope?

—Vou com você.

—Oh, Hope se tem que pedir permissão para o seu pai. 

—Não tenho não. Sou maior de idade.

—Ao menos notifique que vai viajar.

—Posso saber o motivo de todas essas malas?

—Vou pra Nova York com a Jean.

—Não vai.

—Eu já tenho dezesseis. Legalmente, posso fumar, transar, beber e ser presa. Então, sim eu vou. Olha pai, eu tenho que sair alguma hora e se eu ficar... se eu ficar vou me afundar.

P.O.V. Klaus.

Ela estava chorando. De novo.

—Se eu ficar vou me afundar. Não vou aguentar, então... se não quiser ter que comprar outro caixão... me deixa ir. Por favor, se eu ficar em Nova Orleans... eu vou me suicidar.

—Querida...

—Ela tentou hoje de manhã. Felizmente, o fator sobrenatural de cura não deixou a sua filha sangrar até a morte.

—O que?! Hope... isso é verdade?

—É. Eu peguei uma gilete lá no banheiro e comecei a cortar. Só que cicatrizou. Foi a Jean que sentiu o cheiro de sangue e me achou. Tirou a lâmina da minha mão.

Saber que a minha filha tentou tirar a própria vida... Meu Deus.

—Ela me tirou da cama, me enfiou debaixo do chuveiro frio, depois me forçou a tomar banho e saímos para passear. Só que tudo em Nova Orleans me faz lembrar a mamãe.

—Tudo bem. Só, me ligue todos os dias sem falta. Se não me ligar, vou atrás de você.

—Eu prometo.

Quando finalmente chegamos, a cidade era linda.  Havia um motorista nos esperando.

—Oi Javier. Essa é a minha prima Hope, ela vai passar um tempo conosco.

—Mui prazer, senhora.

—É um prazer conhecê-lo também.

Ele nos levou para a parte mais nobre da cidade. E acabamos numa cobertura incrível!


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