Incondicional escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 12
Nova York


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/r0EVEXX9kpk-Música do capítulo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/696558/chapter/12

P.O.V. Hope.

Minha prima é uma doida de pedra. Completamente porra louca.

—E quanto a essas suas novas tatuagens? Como vai explicar para a sua mãe?

—Não vou. Porque... eu faço elas sumirem.

—Como?

Ela se concentrou e as tatuagens sumiram e então, reapareceram.

—Caramba! Elas são iguais a dos caras que nos atacaram na loja.

—Eu sei. O meu padrinho me ensinou a fazê-las, a fazê-las sumir, reaparecer e funcionar. E não são tatuagens, priminha querida... são runas. Tenho algumas que eles não tem, nem sabem que existem.

Naquele dia fomos atacadas por mais daqueles malucos. Logo após o café da manhã. A Jean os matou sem piedade. 

Eles me feriram.

—Hope! Oh, Hope.

Jean me alimentou com o seu sangue e eu fiquei bem.

—Eu fiz feitiços de barreira. Entrei nas cabeças deles. Vou pegar aqueles desgraçados prima, vou fatiá-los, destruí-los sem a menor misericórdia. Vou dar á esses malditos fanáticos, a Rainha que eles merecem!

Ela pegou as espadas deles, uma ela levou... as outras, ela guardou.

P.O.V. Jace.

Vampiros que não morrem.

—Como assim eles não morrem? E estacas?

—Enfie um estaca no peito dum Original e o corpo resseca, o rosto fica acinzentado, cheio de veias... mas eles não queimam. Passa um tempo e eles respiram, levantam, arrancam a estaca do próprio coração e matam o infeliz que os matou.

—Você fala como se...

—Eu já vi.

Os monitores começaram a apitar.

—Tem alguma coisa fora do perímetro. Eu...

Ouvi a porta ser chutada. Lâminas serafim brandindo.

E quando chegamos, ela estava chacinando os shadowhunters. Tinha uma lâmina serafim com ela.

—Boa noite, Shadowhunters. Não vai ser surpresa, que as coisas não vão acabar bem pra vocês. Então, acham que podem estragar o meu dia de compras, tentar me fazer de alvo para suas flechas, invadir a minha casa! E atacar a minha prima?! Eu acho que não!

Os guardas a cercaram.

—Está cercada.

Ela riu. Aquela risada de gente doida.

—Ah, querida... você tem tanto o que aprender.

Ela esticou a mão e a guarda caiu no chão. Apertando a cabeça.

—Eu tenho problemas com confiança. Sou controladora e paranoica e... um pouco louca... mas a minha terapeuta disse...

A garota agarrou outro guerreiro e afundou os dentes no pescoço dele.

—Que está funcionando tudo... muito bem.

Os que sobraram a atacaram, mas com um aceno de suas mãos, os cérebros deles derreteram.

—Pelo Anjo!

—Eu vou... sair para ir ao spa e fazer compras. E é melhor, vocês não aparecerem lá! Meu nível de estresse está aumentando!

Mais shadowhunters vieram, os alarmes soaram e os alarmes deram pane no sistema dela.

—Não! Não! Eu vou na terapia desde antes de sair das fraldas por causa desta droga de pesadelo!

Ela começou a quebrar os equipamentos, batendo neles com os castiçais.

—Não quero saber quem é Simon! Não me importa quem seja o Simon! E eu não vou ser explodida nunca mais. E dane-se o arqueiro!

Do nada, ela começou a chorar. Simplesmente começou a chorar.

—Simon? O que você sabe do Simon?

—Nada. Não sei quem é Simon. Só tem aquela luz azul e depois... boom!

P.O.V. Izzi.

Isso é insanidade. Ela sonha com a morte da Clary.

—Ela acaba de chacinar dois contingentes inteiros de guerreiros e agora ela vai chorar?

—Eu não posso... não posso... tá doendo. Tá doendo. Eu quero a minha mãe. Preciso da minha terapeuta!

Era um drama sem tamanho, aquilo não era tristeza, era desespero.

—Que tipo de pessoa massacra um monte de gente sem piedade e depois, chora chamando a mamãe?

—Uma pessoa com sensações e emoções ampliadas de vampiro.

—Emoções ampliadas? Vampiros são tão sensíveis quanto uma pedra.

—É porque eles desligam Jace.

—Desligam?

—É. Vampiros tem a habilidade de se negar a sentir, trancar sua humanidade, desligar sua parte humana.

—Será que dá pra alguém, por favor, ligar pra minha mãe?!

—Liga logo que porque eu não aguento mais ouvir esse drama.

—Você não tem sentimentos arqueiro!

Magnus achou o celular cor de rosa cheio de glitter, mas era protegido por senha.

—Querida, tem uma senha.

—Me dá.

Ela desbloqueou a tela e discou.

—Oi querida, estou...

—Mamãe, eles invadiram a nossa casa. Atacaram a Hope, atravessaram uma daquelas lâminas na barriga dela e ela quase morreu, ai eu fiquei com muita raiva e... vim parar numa igreja, que eu invadi e matei eles. Matei todos eles!

—Você matou alguém?

—Matei. 

A mãe logo chegou e veio acudir a filha.

—O que aconteceu aqui?

—Eu tava com raiva.

—Ah, querida... nós não treinamos para quando ficar com raiva?

—A polícia não ia fazer nada mamãe. Eles iam se safar.

P.O.V. Renesmee.

O local, a sede dos Shadowhunters estava toda destruída. Haviam cacos de vidro para todos os lados, cadáveres espalhados pelo chão.

—Meu Deus! Jean Cullen Mikaelson! O que aconteceu aqui?

—Eu.

—Estou ciente. Talvez seja hora de voltar ao grupo de controle da raiva.

—Você acha?

—Cala a boca menino. Você nunca teve que lidar com sede de sangue ou emoções ampliadas, duvido até que sinta alguma coisa.

—Submundanos são escravos de suas vontades.

—Olha, você falando assim... até acharia que nos considera inferiores, animais irracionais. Criaturas inferiores á você. Mas, nós dois sabemos que assim como eu, a Hope e a Jean... você já está se afogando em sangue. Quantas vidas você já não roubou? Ai, que gentinha... hipócrita do caramba!

Jean ainda não tinha se movido. Continuava sentada no chão, cercada de cadáveres.

—Ei, ei Princesa, você está bem?

Ela balbuciou coisas incompreensíveis.

—Eu sei. Me lembro a primeira vez que eu matei, não foi agradável. Vamos. A mamãe vai ligar para a doutora Lydia e vai marcar uma sessão.

—O pesadelo.

—O que tem o pesadelo?

—Ele voltou.

—Aquele pesadelo? O do prédio?

Ela fez que sim. E eu a abracei como se aquele abraço pudesse afastar toda a maldade do mundo.

—O destino é mesmo um carinha ingrato. O tanto que eu fiz para mantê-la fora disso, longe de tudo isso... parece que o universo me passou uma bela duma rasteira. Vem, querida vamos pra casa.

Olhei bem na cara deles e falei:

—Eu avisei pra vocês ficarem longe dela! Falei pra deixarem a minha filha em paz! Mas, não cumpriram sua promessa. Mas, eu vou cumprir a minha. Sempre.

Levei a minha filha, minha pobre filha para longe daquele lugar. Daquela gente metida, egoísta e hipócrita.

—O que aconteceu, tia? Desculpe.

—Tudo bem Hope. Pode me chamar de tia. Eu te considero muito. Ela perdeu o controle, totalmente. Desceu encima da cabeça daquele povo como o espirito santo. Agora está em choque. Como se sente?

—Estou bem.

—Talvez devessem ir para Mystic Falls, ficar no Instituto.

—Mas, estamos de férias!

—Eu sei.

P.O.V. Magnus.

Agora estou preocupado.

—Jace.

—O que Magnus?

—O que ela prometeu fazer se voltassem a perseguir a filha dela?

—Espalhar corpos daqui até o horizonte. Mas, ela estava só blefando.

—Ela disse eu prometo ou eu juro?

—Disse. E dai?

—Amanhã vão haver corpos daqui até o horizonte. Pode acreditar.

E como eu previa, como eu sabia que faria, Renesmee Cullen manteve sua promessa. Nova York amanheceu atolada de cadáveres. Esfaqueados, drenados, degolados, decapitados. Havia para escolher.

—Pelo anjo!

P.O.V. Luke.

Até agora são cento e vinte mortos. Numa noite.

—Alguma ideia de quem teria feito isso?

—Uma mãe maluca.

—Com quem está falando? Oh, eles estão aqui? Oi.

—Oi Ollie.

—Oh, eu ouvi. Ah queria tanto poder ver vocês.

—Ollie, foco.

—Tá. Desculpe.

—Como assim uma mãe maluca?

—A mãe da cópia da Clary. Jean.

—O nome da pessoa que fez isso é Jean?

—Não. Jean é a filha. Renesmee é a mãe.

—E porque ela faria isso?

—Porque ela prometeu. Prometeu que se algum Shadowhunter se aproximasse da sua preciosa criança, ela espalharia cadáveres daqui até o horizonte.

—E porque vocês iriam querer fazer alguma coisa com aquela moça? Ela é uma patricinha mimada.

—Uma patricinha mimada descendente de duas das mais poderosas linhagens de bruxos do submundo, filha dum Vampiro Original e ela ainda por cima tem sangue de anjo.

—Meu Deus! Olha, precisamos voltar para a delegacia para preencher os relatórios.

Estava preenchendo os relatórios quando o capitão me pergunta o que está acontecendo.

—Alguma pista?

—Não. Não há um modus operanti, cada vítima morreu duma maneira diferente, mas todas as vítimas eram criminosos, fichados. Tráfico de drogas, de pessoas, agenciamento de prostitutas, roubo e assim vai. E o assassino pegou Angel Ruiz.

—Angel Ruiz?! O chefão do cartel espanhol?

—Sim. Morto por overdose. Acharam um coquetel dentro dele. Cocaína, heroína... todos as porcarias que ele traficava. Espera. Acho que temos um modus operante.

—Que seria?

—O Ruiz traficava drogas e morreu de overdose, o Marchetti agenciava prostitutas e uma das garotas dele foi encontrada degolada. E ele foi encontrado degolado e nu.

—Um justiceiro?

—Ou alguém que quer vingança.

P.O.V. Izzi.

Estamos no apartamento do Magnus.

—Porque ela faria isso?

—Porque ela prometeu Isabelle. Com Renesmee Cullen, uma promessa é uma dívida. Se ela promete, ela cumpre de qualquer jeito.

—Como pode a Jean se lembrar do dia em que a Clary morreu?

—Porque a Jean... é a Clary. É a alma da Clary.

—O que?!

—Ela me contou sobre o acordo que fez com Lúcifer. Ele queria criar alguma coisa e ela queria ter um filho. Então, encontraram uma brecha. Precisavam de uma alma recém desencarnada. A Clary deu sorte de morrer naquela hora.

—Deu sorte?!

—Eles invocaram a primeira alma que partiu aquele dia. A alma da Clary nunca atravessou. Reencarnou direto.

—Porque?

—Porque quis. Não se pode reencarnar uma alma sem o consentimento da mesma. É a regra.

—Quando ela chegou ao Instituto chutando a porta ela tinha runas.

—Uma das vantagens de se possuir sangue de anjo. Poder tatuar runas pelo corpo sem morrer ou enlouquecer.

Fomos chamados diante do meu pai e da Juíza.

—Membros do Ciclo?

Haviam seis corpos.

—Estavam enterrados em algum lugar antes de vir parar aqui e alguém deixou um bilhete.

—E o que diz?

—Enterrem os seus mortos.

—É claro! Foram eles que atacaram a Jean e a prima. Mas, a mãe parece não ter conhecimento de que são membros do ciclo.

—Ela viu as runas e é tudo o que importa. Agora, estamos perdidos porque Renesmee Cullen está vendo vermelho e vai pedir ajuda pro pai da filha dela. E no segundo em que o Klaus Mikaelson descobrir que filha dele também foi pega no meio do fogo cruzado... Estamos perdidos.

—São apenas vampiros senhor Bane.

—Eles não são apenas vampiros! São a porra da Família Original!

Nunca tinha visto o Magnus se alterar.

—Magnus.

—Não Alexander, isso não vai ser uma luta. Vai ser um massacre.

—Fico feliz que confie tanto em...

Magnus riu.

—Oh, eu acho que eu não me comuniquei claramente. Os seus Shadowhunters vão estar todos mortos antes do que imagina. Eles serão os massacrados. Á menos que tenha alguma estaca de carvalho branco sobrando por ai. Porque eu não vejo nenhuma.

Disse Magnus enquanto procurava comicamente pelo ambiente.

—Arranjaremos.

—Boa sorte com isso então.

Ele se virou e começou a sair.

—Magnus!

—Sinto muito Alexander, mas eu não vou ficar aqui para assistir você morrer. Dar a sua vida por uma besteira.

—Isso é considerado traição.

—Logo não haverá mais Clave para me julgar. Os Mikaelson vão esfolar vocês e se sobrar alguma coisa de vocês... Renesmee Cullen vai pessoalmente colocar fogo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Incondicional" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.