O Melhor que Podemos Fazer - Interativa escrita por blackicefox


Capítulo 3
A Separação Não Programada


Notas iniciais do capítulo

eu acabei de deixar pro meu co autor fazer alguns caps em uma outra fic, então posso dar uma focadinha nessa daqui para a alegria de vocês.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/696544/chapter/3

Por que eu estou confiando nessa garota que eu acabei de conhecer? Melhor, por que ela está confiando em alguém que a desarmou e conseguiu temporariamente o poder pra fazer o que quisesse com ela?

Honestamente, acho que os poucos sobreviventes que restam tem sorte. A Yukio teve sorte de eu não ser do tipo que vai fazer o que quiser de alguém desarmado e eu tenho sorte de ter encontrado alguém com piedade o suficiente pra salvar alguém que ela nem conhecia.

Assim que eu pensei isso, eu cheguei a comentar:

—caramba, que sorte ter te encontrado, se fosse outra pessoa, eu provavelmente estaria em maus bocados.

A Yukio percebeu esse detalhe e falou:

—realmente, foi sorte ter encontrado alguém como você. Você podia ter me acertado pelas costas mas que bom que não fez.

Muita sorte mesmo.

Agora que as coisas estavam mais calmas, eu pude olhar o visual da Yukio, ela tem cabelos curtos pretos, usa um macacão jeans com uma blusa vermelha, tem olhos azuis brilhantes, usa um laço grande vermelho em seu cabelo, ela é morena, usa um tênis vermelho com estrelinhas brancas e tem um colar com a frase "não desista".

eu dei uma varrida no local com os olhos, depois olhei pra Yukio e perguntei:

—a quanto tempo você está aqui?

Ela pensou um pouco e respondeu:

—ah uns 10 minutos, eu estava procurando coisas uteis lá atrás, mas comecei a pouco tempo, então ainda falta olhar coisas.

Eu olhei pras prateleiras, todas com coisas uteis, voltei meus olhos na Yukio e disse:

—bem, pode voltar a fazer o que estava fazendo, eu vou pegar algumas coisas aqui na frente e depois vou lá te ajudar a procurar algumas coisas. Qualquer coisa me chama ok? Tenta não gritar pra não chamar atenção de outros infectados. Eles estão calmos e por isso estão andando feito abestados, se trombando e tropeçando, por isso não queremos eles agitados né?

Visão: Foxy

—não acredito que perdemos o Ender assim do nada!!!

Era o Golden reclamando, mas realmente, somos mais mongols que os zumbis pra não pensar num ponto de encontro.

Nós acabamos em um mercado, foi bom pelo lado que mercados tem comida, mas o ruim é porque o mercado tem muitos vidros e ficamos muito visíveis.

Tinha alguns zumbis no mercado, quando eu encontre o primeiro, ele vei correndo na minha direção mas eu enfiei o machado na cabeça dele sem mais nem menos. O segundo veio, mas o Freddy foi pra cima dele, abaixou e enfiou o pé de cabra como um tiro embaixo da mandíbula do zumbi, foi tão forte que chegou a atravessar a cabeça.

Mas o terceiro estava correndo na direção do Luga, o Bonnie jogou a espada pra ele e praticamente deu uma voadora no zumbi, o Luga aproveitou pra finalizar enfiando a espada na cabeça dele pelos olhos.

Depois que matamos todos os zumbis, olhamos pra porta pra ver se tinha algum zumbi, e não tinha um, tinha um bocado batendo no vidro pra poder entrar, mas aquele vidro era blindado e os zumbis não conseguem usar a toda a força como nós humanos.

Nos dividimos em grupinhos de 3: eu, o Luga e o Freddy. O Goldem, a Mangle e o Paulo e por fim a Chica e o Bonnie.

Se o Ender ainda estivesse aqui, ele iria com aqueles dois, mas como ele sumiu, não vai dar pra fazer a divisão certa por um tempo.

Meu grupo se encarregou de buscar alimentos com a validade estando próxima do dia 17/05 (hoje), o grupo do Freddy ficou encarregado de buscar alimentos com longa validade e a Chica e o Bonnie foram buscar bebidas.

Enquanto procurávamos por suprimentos, o Luga começou a pensar sussurrando:

—assim que descemos, o sinalizador foi acionado, então partimos pra direita, viramos a esquerda, seguimos 4 quarteirões, atravessamos a rua e continuamos por mais 5 quarteirões. Como só começamos a derrubar coisas depois que atravessamos a rua, provavelmente no Ender nem percebeu. Então ele deve ter saído do prédio, pegado a direita, foi na direita de novo e seguiu até não sei aonde... então basicamente –

Eu dei um cascudo na cabeça dele, aquilo já estava me assustando.

Visão: Ender

—Ender! Eu encontrei uma coisa!

A Yukio me chamou, eu parei de pegar os medicamentos que eu estava pegando (que foram alguns pra dor de cabeça, dor de garganta, dor muscular etc.) e fui até os fundos ver o que ela queria, assim que eu cheguei, ela desceu uma caixa empoeirada e falou:

—achei essas caixas, estão bem pesadas. Podem conter alguma coisa útil.

Ela abriu a primeira e eu abri uma outra, quando abrimos, vimos garrafas de água.

Isso mesmo, água. Assim que eu olhei as garrafas, fiz uma cara de wtf e disse:

—por que diabos tem caixas com água dentro de uma farmácia?

A Yukio pegou uma, abriu e disse:

—não quero nem saber, eu estou morrendo de sede!

Eu dei um tapa na garrafa que mandou ela na parede, depois dei uma bronca na Yukio dizendo:

—Yukio! Se você bebe essa água, é capaz até de ter uma dor de barriga fodida. Ela já esta parada  e quente a muito tempo, provavelmente já venceu.

Ela lembrou disso, levantou e perguntou:

—então esse monte de água não tem uso?

Eu respondi:

—não. Não queremos morrer de desidratação, mas nos arriscar com água possivelmente estragada não é a melhor saída.

Eu tirei da minha mochila uma garrafa com água, dei pra Yukio e falei:

—pronto, assim pode matar sua cede. Agora vamos sair daqui, já peguei remédios o suficiente. Não quero encher muito minha mochila pra afetar minha mobilidade.

Nós saímos lá dos fundos, assim que passamos, a Yukio falou:

—você deve ser o primeiro garoto que fala um palavrão na minha frente. Antes de tudo isso, todos os garotos eram legais comigo e nunca falavam palavrões na minha frente.

Eu pensei um pouco, depois tive um visível frio na espinha, a Yukio se assustou, eu olhei pra ela e falei:

—isso é por causa que você é bem bonita, e também deve ter sido um saco ter de escutar aqueles malas sendo bonzinhos com você pra depois começar com a fase das cantadas. Ufa, sorte que eu não nasci garota, ter de aguentar esses pés no saco. *barulho de nojo*

A Yukio riu e falou:

—agora que você falou, eles realmente eram muitos estranhos quando eu estava perto!

Eu também dei uma risada, então saímos daquela farmácia de uma vez e fomos até uma mercearia fazer um lanche, saímos pelos fundos da farmácia e seguimos pelos becos, sempre abaixados e se escondendo.

Assim que chegamos, eu ouvi um rosnado de um zumbi preso na cadeira do balconista, sem as pernas.

Assim que eu vi aquilo, eu falei:

—quem foi que o deixou daquele jeito? Tudo bem que já estava morto, mas aquilo já foi um humano.

A Yukio concordou comigo dizendo:

—é mesmo, podiam pelo menos ter matado o coitado.

Eu fui até a porta do balcão, entrei lá, segurei o taco com força e disse:

—se quiser, pode se afastar e fechar os olhos, isso vai ser feio.

Ela fechou os olhos e se afastou um pouco, então eu dei um pulo e usei meu peso combinado com minha força pra esmagar a cabeça do zumbi. E olha... virou purê.

Logo em seguida, eu peguei a carteira dele, abri e fui falando o que tinha dentro:

—dinheiro, cartões, contas...

A Yukio abriu os olhos e viu que eu estava com a carteira dele, ela ficou meio zangada e disse:

—você falou que sentiu pena do cara e bate a carteira dele? Que tipo de piedade é essa?

Eu olhei pra ela, estendi a mão e falei:

—não é isso! Deixa eu acabar o que eu estava fazendo primeiro!

A reação dela me deu um susto cara, não imaginava que ela trocasse tudo.

Eu peguei uma foto da família do cara e a sua identidade, então li em voz alta:

—Saruyama Kisuku é o nome do homem que acabou de morrer pra valer agora pouco, ele morreu com 30 yens na carteira, com as contas de luz e de água e com a foto de sua família, uma garotinha de aparentemente 4 anos e uma mulher ruiva. Sabe o que isso muda em nossas vidas Yukio?

Ela pensou um pouco e respondeu em um tom meio triste:

—nada?

Eu coloquei a mão no ombro dela e falei:

—claro que muda! Essas eram pessoas igual a nós, preocupadas com a vida social e tudo mais, eu sempre penso que podia ser eu no lugar de qualquer um desses infectados, mas como eu fui “escolhido” pra ser um dos sobreviventes, eu vou herdar a determinação daqueles que caíram e continuar com o maior presente que podemos ganhar: a vida. Eu vou viver por aqueles que não puderam como respeito por aqueles que se foram.

Ela estava com os olhos arregalado, já eu estava com meus belos olhos laranja avermelhados ficando até mais vermelhos de tanta determinação, mas assim que eu vi os olhos dela arregalados, eu troquei tudo, fiquei com vergonha e falei gaguejando:

— a-acho que eu exagerei! Eu sei que parece meio infantil o que eu falei, e realmente parece bem besta viver por um motivo tão simples como esse mas...

As íris dos meus olhos estavam girando mais que pião do bau e minha língua se enrolando mais que lombriga, mas eu fui interrompido por uma voz masculina dizendo:

—não, é um bom motivo para viver.

Eu e a Yukio olhamos pro lado e vimos dois garotos, um garoto de pele clara, olhos pretos e os cabelos castanhos, mas era bem pouco que dava pra ver por causa do boné dos Detroit Tigers que ele tinha, usa uma camisa branca com mangas curtas pretas e calças jeans rasgadas na ponta. Usa tênis pretos e laranjas, com cadarços pretos e tinha os braços mais finos que os meus.

O outro, que estava mais a frente tinha olhos verdes, cabelos castanhos claros, uma camiseta longa preta, com o desenho de um círculo, fora desse círculo flechas penetrando, e dentro do círculo um coração, o desenho é feito da cor cinza, ele usa um casaco, uma calça jeans preta, um sapato e usa luvas de couro pretas. Além de ser o dono daquela voz.

Bem, nós ficamos nos encarando igual idiotas por uns 20 segundos, e quando alguém finalmente ameaçava dizer uma coisa, um outro ameaçava falar e os dois ficavam quietos de novo. Foi uma cena de filme aquela palhaçada toda. É por isso que eu digo “teria sido melhor buscar o trapézio descendente”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

visual da Mangle: cabelos brancos que vão até metade do pescoço e ficam meio estufados na cabeça dela, um laço de cor rosa fraco na cabeça, olhos cor amarelo queimado, uma blusa de manga comprida que lembra muito o de uma empregada, só que branca e com as mangas passando duas listras com um rosa mais claro que o do laço. Um casaco sem mangas que só fecha na região do estomago, mas abre logo em seguida quando chegar perto do coração. Ele é dividido em duas partes, a parte de cima é rosa igual o rosa das listras da manga da camisa dela e a parte de baixo é branca, dentro do casaco é preto. Ela tem um laço grande e rosa da cor do laço da cabeça do pescoço, usa uma saia preta com um babado no fim da mesma com que as listras da manga, meias que vão até um pouco abaixo da cintura brancas com listras grandes e rosas igual as listras das mangas. Ela também usa um sapato preto.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Melhor que Podemos Fazer - Interativa" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.