O Melhor que Podemos Fazer - Interativa escrita por blackicefox


Capítulo 2
Como Isso Foi Acabar Assim?


Notas iniciais do capítulo

aqui, finalmente o primeiro cap dessa historia. de todas as fichas que eu recebi até agora, eu consegui colocar todas em um cap só.



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“mas... isso é tudo o que podemos fazer?”

Eu acordei suado com essa frase, e logo em seguida, um relampago me pegou de surpresa dando um clarão na janela do prédio, e logo em seguida, aquele barulho de trovão que só relâmpago faz. Aquilo foi tão alto que acordou todo mundo e fez o prédio tremer até as bases.

Eu, como o membro mais bobo do time, falei pra quebrar aquela sensação de medo:

—eita pohaaaa, tá saindo da jaula o monstro!

O Bokutou (ou bonnie pro mais íntimos), meu fiel parceiro na zueira, complementou:

—sai de casa cumi pra caralho poha!

O Felipe (ou Foxy, que é como gosta de ser chamado) olhou feio pra gente e disse:

—a primeira coisa que eu ouço quando acordo é essa palhaçada?

Eu e o Bonnie ficamos quietos, com a boca encolhida. Até que o Foxy entrou na zueira dizendo:

—teria sido melhor ir buscar o trapézio descendente

Eu e o Bonnie caímos de tanto rir por causa que somos retardados mesmo, o Foxy não ficou de fora e caiu na gargalhada com a gente.

Mas acabamos parando de rir quando mais um daqueles relâmpagos deu um baita trovão. O Golden até falou com a maior ironia:

—ficar zoando logo de madrugada dá nisso ó.

A Catarina, (ou Chica, que foi um nome inspirado em um personagem de um jogo que ela gosta muito) como a garota de personalidade madura que ela tem, deu bronca em nós 4 dizendo:

—seus paspalhos, parem de rir e se arrumem logo.

A Mangle fez uma pequena correção dizendo:

—Chica, está chovendo e com relâmpagos, se sairmos lá fora, ainda corremos o risco de ser atingidos por raios. Fora os infectados que podem estar perambulando por ai por causa dos barulhos dos raios.

A Chica percebeu a linha de raciocino da Mangle, mas como ela é muito orgulhosa, apenas olhou pro lado e disse:

—tanto faz, apenas parem de agir como crianças.

O Frederico, ou Freddy, falou de uma forma irônica pra Chica:

—Chica, você é a mais nova aqui. Eu que sou o mais velho.

A Chica ficou nervosa e falou:

—nós apenas temos 2 anos de diferença, não vá se achando muito.

A Chica é muito orgulhosa, eu geralmente não gosto de pessoas assim, mas a Chica está mais puxada pra uma tsundere.

Eu dei um joia pra ela e falei:

—ótimo Chica, igualzinho uma tsundere.

Os olhos dela chegaram a bilhar na ora, ela colocou as duas mãos fechadas nas bocas e perguntou:

—sério?

Eu dei risada da reação dela, depois respondi:

—claro!

Ela ficou com os olhos brilhando e sussurrando coisas como: “finalmente alguém reconheceu meus esforços pra ser uma tsundere!”.

Eu abri a janela e vi que ainda estava chovendo, mas estava começando a amanhecer. O irmão do Freddy, o Golden, botou a cabeça na janela também e falou:

—está quase amanhecendo, será que vamos assim que a chuva parar ou esperamos até aquele monte de zumbis se dispersar?

Eu respondi:

—vamos esperar até a chuva passar, e com os zumbis eu tenho um plano: eu vou atirar com um sinalizador pra esquerda, ai corremos pra direita.

O Bonnie escutou e sugeriu:

—não acha melhor pularmos de prédio em prédio? Os prédios daqui são bem colados, os riscos de cair são menores do que os riscos de encontrarmos zumbis no caminho.

Realmente, os prédios dessa região eram bem colados, mas o Freddy disse um fato importante:

—melhor não, podemos acabar ficando presos entre um prédio e outro por causa da altura, e também, como acabou de chover, corremos o risco de escorregar e cair. Melhor irmos pela rua mesmo, mas contornado os becos, como fizemos antes.

O Foxy concordou com o plano do Freddy dizendo:

—sim, como nós temos 14 anos, passar por becos é bem mais fácil pra nós, os zumbis não conseguem andar com facilidade por eles já que são grandes e totalmente mongols, vão acabar trombando nas latas de lixo pelo caminho.

A chuva começou a parar, mas eu estava distraído dizendo:

—realmente parece um bom plano, mas também precisamos pensar em outras possibilidades. Alguém ai tem alguma ideia com menos riscos?

A Mangle levantou a mão e falou:

—acho que ninguém vai ter algo melhor, e como a chuva já acabou, melhor nos apressarmos e sairmos daqui antes que os zumbis comecem a entrar.

O Bonnie caminhou até minha mochila do reino unido, uma toda preta com o símbolo da bandeira da Inglaterra estampada na mochila toda, ele me trouxe a mochila dizendo:

—vamos sair pelos fundos, lá na rua está cheio de bicho.

Todos pegaram suas mochilas e suas armas, eu peguei meu taco de baseball de madeira, o Freddy pegou o pé de cabra dele, a Mangle pegou aquela chave de fenda estupidamente enorme que ela tem, a Chica pegou aquele facão dela, o Foxy pegou o machado que ele guarda e o Golden pegou o taco de golfe dele. Nós colocamos as mochilas e nos preparamos para sair quando ouvimos a porta abrindo, todos nós olhamos juntos pra ela e vimos duas figuras: um cara de Casaco preto com um par de asas de um anjo dourado desenhado nas costas, camisa dourada com detalhes em preto, calça preta, meias douradas, sapatenis, cabelos pretos meio em cobertos pelo capuz do casaco, olhos pretos, cachecol dourado e preto cobrindo a boca e um outro de pele branca, olhos vermelhos e cabelos pretos bagunçados, um moletom branco e um jeans longo que chega até os tênis pretos de cadarços brancos.

Assim que eles abriram a porta e nos viram, ficaram de olhos arregalados, igual ao meu grupo. E como sempre, eu que sou o mais bobo, disse com uma voz grossa:

—holy shit.

Os dois tinham armas melhores que as nossas, um tinha uma espada e o outro uma katana. Então resumindo: fodeu!

Mas eu sou esperto nessas horas, eu coloquei a mão atrás das costas e saquei uma pistola (cá entre nós, é de brinquedo), apontei pra eles e falei:

—coloquem as armas no chão!

Eles obedeceram, colocaram as espadas no chão com cuidado, então eu continuei:

—venham andando até aqui devagar e com calma.

O cara de moletom branco disse:

—calma cara, não queremos nada com vocês. Pensamos que esse prédio estava vazio.

Depois que eles andaram mais um pouco, eu falei para pararem, depois perguntei:

—nomes?

O de moletom branco disse:

—Luga

E o cara dourado falou:

—Paulo.

Eu abaixei a pistola e falei:

—ok, Luga e Paulo. O que a suas mães faziam antes do apocalipse?

Eles não entenderam a pergunta, o Paulo olhou pra trás e viu o Bonnie ajuntando as espadas, quando ele pegou a Katana, o Paulo reclamou:

—ei! Não pegue de qualquer jeito nessa katana!

Aquilo me despertou um interesse, por isso fiz uma outra pergunta:

—Paulo, por que a katana é importante pra você?

Ele respondeu:

—ela era do meu irmão, por isso é uma das únicas memorias que eu tenho dele.

O Bonnie se lembrou de uma coisa e comentou:

—eu vou tomar cuidado quando pegar suas espadas a partir de agora.

Já eu disse:

—são suas lembranças né? Meus pêsames por seu irmão. Bom, acho que é só por hoje. Não vou mais apontar esse acumulado de plástico pra cabeça de vocês.

O Luga pareceu não entender mais nada já que ele perguntou:

—por que está nos contando que sua pistola é de plástico e sendo tão gente boa conosco?

O Foxy respondeu:

—em um mundo acabado, aonde os restos da humanidade está lutando entre si, arrumar inimigos provavelmente não é a melhor saia.

E pra completar a frase do Foxy, eu falei:

—nós, humanos, só evoluímos por causa da cooperação da humanidade. Por que não fazer isso de novo? Além do mas...

Eu terminei minha fala com uma frase de efeito:

—é o melhor que podemos fazer por enquanto.

Como eu e meu grupo já estávamos começando a ficar com pressa, eu peguei o sinalizador e disse:

—ok, depois que eu atirar com esse sinalizador, vão correr até a luz como loucos, nisso saímos pelos fundos e contornando os becos.

O Luga e o Paulo já tinham se levantado, mas o Bonnie não queria devolver as espadas dele dizendo:

—mal acabamos de nos conhecer, é o mínimo de cuidado que precisamos ter.

Mas o Luga pareceu com um pouco de duvidas, o Freddy percebeu e perguntou:

—Luga, quais as duvidas?

O Luga respondeu:

—não, é que esses sinalizadores baratos costumam apagar em 10 minutos, então o tempo que iria nos restar pra fugir seria bem curto.

Acho que ele conseguiu deixar todo o meu grupo no chinelo, eu iria atirar com o sinalizador e depois iriamos fugir todos juntos. Assim que eu percebi o erro, eu admiti meus erros dizendo:

—porcaria, eu não pensei no tempo de duração. Vamos ter que fazer uma pequena correção nisso.

Acho que todos já tinham uma ideia do que eu iria falar, mas mesmo assim, eu falei:

—eu vou ficar aqui pra atirar o sinalizador enquanto vocês descem, eu tenho as pernas mais rápidas, então vou ficar bem.

Advinha se alguém contrariou algo? Pois é, ninguém. aqueles vacilões só desejaram boa sorte e foram todos pra porta.

Eu fiquei puto e falei:

—ei! Esse é aquele momento que um de vocês se oferece no meu lugar ou coisa parecida!

A Mangle olhou pra mim e disse:

—mas do jeito que eu conheço você, isso não vai mudar nada. sempre que você fala que vai fazer alguma coisa, pode cair um trator do céu que você vai fazer, por isso nem vamos teimar.

Eu agarrei o meu peito e disse:

—que coração frio...

Todos eles saíram, e depois de uns 7 minutos, eu atirei com o sinalizador e sai correndo dali, abri a porta, corri pelo corredor, cheguei nas escadas e dei um pulo que me levou até a curva da escadaria, o próximo lance eu desci pulando dois degraus em cada passo e cheguei no andar 0 (ou a recepção), eu vi que tinha dois zumbis entrando pela porta, assim que eles me viram, começaram a correr na minha direção.

Eu andei pra trás e arrastei uma mesa pra fechar o caminho, depois dei dois pulos pra trás, enquanto isso, os dois zumbis bateram as cinturas na mesa. O impacto fez com que eles batessem as cabeças na mesa, e pra ter certeza que eles não iriam pular por cima e vir me pegar, eu segurei meu taco com força e bati com tudo na cabeça do zumbi do lado esquerdo. Aquilo me lembrou aquele jogo do martelo que fica naqueles parques no shopping, do lado da praça de alimentação.

Mas voltando aos zumbis, depois da primeira tacada, eu bati mais duas vezes pra ter certeza que morreu, enquanto isso, o outro zumbi foi um pouco pra trás e tentou pular em cima da mesa, mas eu já tinha matado o primeiro, subi na mesa com um pulo e dei um golpe no queixo do zumbi como se eu estivesse jogando golfe.

A mandíbula do zumbi voou pra longe e ele caiu todo retardado no chão, e como que não queria mais confusão, eu desci da mesa e corri até a saída dos fundos.

Assim que eu abri a porta, eu me toquei de uma coisa: nós não tínhamos combinado aonde nos encontrar.

Eu coloquei a mão no rosto e disse:

—não acredito que esquecemos de algo tão básico!

Mas acho que eu reclamei um pouco alto demais, dois zumbis apareceram no final do beco que leva até a rua, eles gritaram e correram atrás de mim. Eu também corri, só que na direção contraria dos dois e fui derrubando tudo pela frente.

Eu devo ter corrido por uns 10 minutos, eu fui parar dentro de uma farmácia, eu percebi um barulho vindo dos fundos, provavelmente um zumbi, eu peguei meu taco e fui andando no maior silencio até lá. Pode não parecer, mas eu sou o mais silencioso do meu grupo graças á minha maneira de pisar no chão.

A porta estava aberta, eu fiquei perto dela e me preparei pra acertar o que tivesse lá dento, assim que eu entrei, eu só vi uma garota da minha altura abaixada com uma espada do lado.

É incrível como eles conseguem achar espadas assim do nada.

A garota me percebeu, mas como eu não sou nenhum babaca, eu pisei em cima da espada dela antes que ela fizesse qualquer coisa e a afastei.

Deu um silencio na hora depois daquilo, só que para nossa desgraça, o silencio foi quebrado por um zumbi que chegou assim do nada e me atacou. Como eu estava meio distraído, não deu pra defender, eu só consegui virar e colocar o taco na boca dele, mas aquele zumbi pesado que só me derrubou e começou a tentar me arranhar.

Eu tinha pego o taco sem jeito, era só questão de tempo até minha mão escorregar e ele dar uma beliscada em mim.

Aquela garota nunca que iria me ajudar, eu joguei a espada dela pro lado e também não iria ter beneficio nenhum, mas todas as minhas expectativas foram negadas quando ela pegou a espada dela de volta e enfiou na cabeça do zumbi.

Sorte que eu fui rápido e virei o rosto pra não cair sangue na minha boca, aquilo caiu no meu pescoço e na minha roupa, eu finalmente consegui encaixar o pé no estomago dele e o tirar de cima de mim mandando o maldito pro outro lado da sala.

Eu estava até suado de tanto medo que deu na hora, aquela garota estendeu a mão pra mim, eu segurei e levantei.

Enquanto tirava aquele moletom todo zuado de sangue ela disse:

—meu nome é Yukio.

Assim que eu tirei, eu joguei o moletom de lado, fiquei só com a camisa de manga comprida preta que estava por baixo e respondi:

—Ender, prazer em conhece-la.


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Notas finais do capítulo

visual do Bonnie: cabelos roxos, olhos castanhos, pele clara, uma camisa social roxa bem clara, uma gravata borboleta vermelha, um colete de botões preto, uma calça jeans preta e sapatos azuis.



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