FELIKO WAY SCHOOL escrita por agarotadoblog


Capítulo 8
A ligação de Paloma.


Notas iniciais do capítulo

Voltei!✿✿



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O silêncio no carro durante o caminho à casa de Niko começou a incomodar, Félix parecia estar distante o que fez com que o loiro não tomasse a iniciativa de quebrar aquele silêncio constrangedor, seus gestos demonstravam o quanto estava ansioso, olhava pra janela do carro, balançava os dedos nas suas pernas, brincava com os anéis entre seus dedos até que Félix toca em sua mão fazendo com que ele parasse de se mexer. Félix desviou o olhar rapidamente da estrada para observá-lo.

— Esse nervosismo todo, é por minha causa? – Começou, acariciando a mão dele, em um rápido gesto de carinho.

— Por que disse que eu sou seu amigo? – Nicolas diz despejando o que estava incomodando-o desde que saiu da Mansão.

— Niko.... -  Sussurrou, mas foi interrompido.

 - Você disse que eu era seu amigo para seus pais e depois diz que precisamos conversar...

— Sim. Precisamos, mas quando chegarmos à sua casa.  Ok? – Nicolas concordou, voltando a olhar a janela do carro, imerso aos seus pensamentos.

...

 

Então é aqui que você se esconde Carneirinho? – Félix analisava o local, com um certo receio e medo da rua, que estava deserta e pouco iluminada.

— Não precisa ficar apavorado, Félix. – Segurou na mão dele. – Logo no final da rua tem um vigia noturno, aqui é um lugar tranquilo.

— Sei. Quero ver se alguém seguiu a gente e...

— Félix. – Segurou seu rosto, fazendo com que eles se encarassem. – Eu tô aqui, qualquer coisa, te defendo. 

— Você? Me defender? – Félix riu descontraído.

— Sim. Por que o espanto? – Disse um Carneirinho cruzando os braços, querendo parecer bravo, mas só conseguiu fazer com que Félix abrisse mais a sua risada. – Qual é a graça? Posso saber?

— Niko... – Segurou o queixo dele. – Você não faz mal nem a uma mosca, imagina que ia atacar um ladrão, ou seja lá quem aparecesse pra nos atacar!
— Olha aqui, pra sua informação eu tenho faixa preta no Karate. Sou praticamente um ninja!

— Um ninja? Sei... – Félix continua sorrindo, fazendo Niko fazer uma cara emburrada.

— Boa noite, Félix! – Niko se afastou dele, indo em direção a porta de sua casa, dando de cara com Edgar, que saia do local com um saco de compras na mão.

— Edgar? – Se aproximou dando-lhe um abraço.

— Niko, eu vim aqui porque você demorou demais pra chegar. Fiquei preocupado e ainda tinha a Amarilys aqui, que ainda estava perdida em como deveria organizar as coisas na casa. Onde você se meteu?

— Edgar, me desculpa, eu...

— Ele estava comigo... – Félix aproveitou a oportunidade pra se aproximar, e se apresentar. – Niko e eu estávamos na casa dos meus pais, não percebemos o tempo passar, e ele acabou atrasando. 

— Niko, da próxima vez avisa! Fiquei preocupado, achando que você pudesse estar perdido por aí. Você ainda não conhece essa cidade direito, pode se dar mal vindo tão tarde pra casa!

Nicolas estava com a expressão triste, não gostava quando não conseguia cumprir suas responsabilidades, ainda mais com o Edgar, que era tão gentil e hospitaleiro com ele desde que chegou.

— Desculpa. Não vai mais acontecer! – Niko afirmou.

— E você? Quem é? – Edgar olha para Félix, analisando-o.

— Félix Khoury! Estudamos juntos. – Disse enquanto ajeitava a sobrancelha arqueada.

— Fico feliz em saber que você já tem amigos na escola, Niko. Mas espero que estes não lhe influencie de maneira negativa!
— Ei, o que é isso? – Félix encarou Edgar, protestando. – Eu sou uma ótima companhia pro Niko!

— Félix, calma.... – Niko segura a mão dele, apertando-a.

— Err... Edgar, não é? Seu nome. Niko, não vai mais sumir sem avisar, ok? Eu mesmo vou me encarregar disso.

— Vou dar um voto de confiança em você, Félix! Não decepcione!

— Você é o dono do aluguel ou pai do Niko? Só pra esclarecer uma coisa....

— Félix! – Niko olha para o moreno, repreendendo-o. Ele realmente não controlava a própria língua.

— Eu sou dono do aluguel sim, mas sou muito amigo do pai do Nicolas! Se você quiser continuar encontrando o Niko, é bom seguir as regras.

— Regras? Que regras? – Nicolas começa sorrir, agora entendia o que Edgar estava fazendo, era um teste com Félix. Nunca haviam existido regras, ele só queria saber como o Félix reagiria a isso. Queria saber se ele era uma boa pessoa. 

— Primeiro: Nunca chegar depois das 22h. Segundo: Nunca esquecer de avisar que vai sair com o Niko. Terceiro: Sempre que for visitar o Niko, avisar 1 dia antes. Quarto: Nunca ficar no quarto dessa casa de portas fechadas. Namorar? Só na porta de casa e sob meu olhos!

— Mas isso é o apocalipse! – Félix levanta os braços, em protesto. -  Eu nunca vim aqui antes!

— Se quiser voltar outras vezes, vai ter que seguir essas regras! – Edgar fingia estar sério, com o semblante autoritário, e com determinação.

— E você, do que tá rindo? – Félix chama a atenção do Niko, que não parava de rir, agora sendo acompanhado por Edgar. – O que tá acontecendo aqui?

— Edgar tava só te testando, Félix. É brincadeira...

— Muito engraçado, o senhor, hein? – Félix cruza os braços, dando um riso falso. - Por que não investe na carreira de comediante! Tô me contorcendo de tanto rir!  - Diz em tom irônico. 

 - Na verdade existe sim uma regra, Félix. Não decepcione, o meu garoto. – Félix engole seco, tocando na garganta, desconfortável. - E nunca chegar depois das 22h! Agora estou indo porque ainda tenho que falar com os fornecedores de carne para o restaurante! Comportem-se!

Edgar se despede dos dois, entrando em sua caminhonete e sumindo na rua em poucos segundos, deixando os dois a sós. Félix ficou pensativo, com um semblante triste e distante, Nicolas estranhou, aproximando-se do moreno, depositando um beijo em seu rosto.

— O que foi? Ficou tão serio, de repente....

— O Edgar gosta mesmo de você. – Aquelas palavras saíram quase como um peso da boca de Félix. – Eu... Não quero decepcioná-lo.

— Do que você tá falando, Félix? – Niko se afastou, e seus olhos logo mudaram de cor, agora possuía um verde escuro trevoso, como se fosse um mar revolto, agitado e turbulento. Ele sentiu medo.

— Eu não sou o cara bom que você acha que eu sou! – Disparou.

— Claro que é! Félix, você é um cara bom. – Nicolas se aproximou de Félix, tocando em seu rosto, mas ele o afastou.

— NÃO! Niko! – Se afasta dele. - PARA de ser tão ingênuo! VOCÊ NÃO VÊ O QUE ACONTECE NA SUA FRENTE? SERÁ QUE VOCÊ É TÃO BICHA BURRA ASSIM? – Gritou. Assustando Nicolas.

— Por que falando assim comigo? – Niko sentia-se perdido, não sabia como agir. – Foi alguma coisa que eu fiz? Tá com raiva por que me viu na Mansão? Eu posso explicar...

— Não me interessa o que você estava fazendo na Mansão!

— Eu só estava lá porque a Paloma insistiu. Encontrei-a numa situação decadente na rua, só a ajudei a voltar pra casa. Eu não sabia que ela era sua irmã, Félix.

— Niko. Não tenta se desculpar porque você não tem porquê fazer isso. O errado sou eu.

Eu não mereço você!

— Félix, não fala isso...- Niko tenta se aproximar do moreno de novo, que se afasta novamente.

 - Niko, o nosso namoro acabou! – Disparou.

— O que? – Niko, precisou de um tempo, para processar aquelas palavras. Preferiu acreditar que não as tinha escutado.

— Acabou, Niko... Acabou. – Félix caminha em direção ao seu carro, mas Niko o segue.

— Por que tá terminando comigo? Diz a verdade! A Patrícia sempre me diz que quando as pessoas querem terminar elas arranjam uma desculpa dizendo que o problema não somos nós, mas eles, aí e eles terminam e somem. Mas é só uma desculpa pra ir procurar outra pessoa!

— A Patrícia é louca, você deveria arranjar novas amizades. – Félix diz tirando as chaves do bolso, quando ia colocar na fechadura e abrir o carro, Niko em um movimento arranca as chaves das suas mãos e pega pra si.

— Você não vai embora! – Niko diz decidido, ele não chorava, mas seu rosto estampava a tristeza que sentia.

— Niko, deixa de ser infantil, me dá isso! – Félix tenta pegar as chaves do loiro, que fica brincando e rodopiando elas em sua mão.

— Você acha que é só dizer que acabou e pronto? Vai ir embora sem me dizer nada? – Encara o moreno. – Eu não sou esse burro que você me chamou, Félix. Nem tão ingênuo.

— Me dá essas chaves, porra! – Félix começava a se irritar, apesar de ser mais alto que ele, não era mais folgaz, Niko ficava brincando com a chaves.

 - Anda! F-É-L-I-X. Diz logo o real motivo de querer terminar comigo! – Nicolas falava de um jeito que Félix nunca tinha visto antes. Talvez fosse a adrenalina misturada com dor, que tenha causado esse efeito no loiro. – É por que você transou comigo? E agora quer cair fora? Eu não sou dispensável, Félix.

— Você merece uma pessoa melhor que eu. – Félix diz, sincero.

— Ah, me poupe, Félix! – Nicolas deixa Félix pra trás e entra em sua casa. – Toma essas chaves e nunca mais apareça aqui! – Ele joga as chaves e Félix as pega, mas revolta-se.

— Ei,  eu tô fazendo uma coisa boa! Pela primeira vez, eu tô sendo o cara bom que você acha que eu sou.

— Sendo bom? Essa foi a melhor da noite, Félix. – Dá um sorriso falso, enquanto batia palmas pra ele. - Devo te agradecer por estar sendo tão bom em terminar comigo?

— Eu estou terminando, porque eu....

— É um idiota!

— Porque eu gosto de você! – Disparou. Calando Nicolas, que até então estava nervoso, e um tanto agressivo. – É, eu gosto. Eu gosto de você Niko! – Disse abrindo a porta que Nicolas estava fechando.

— Gosta? – Perguntou, um tanto aflito, precisava ter certeza dos sentimentos dele.

— Gosto... – Segurou o rosto dele, acariciando aquela barba rala que chegava a arranhar seus dedos, mas trazia uma sensação que não sabia porquê gostava, só sentia. - Eu gosto da sua boca... – Com os dedos, acariciava aquela boca rosada, desenhando-a.

— Se gosta de mim, fica comigo! – Niko disse tirando a mão dele de sua boca, e puxando-o pra dentro de casa, fechando a porta atrás de si. – Eu não quero perder você, Félix! – Disse com os olhos desesperados, de uma intensidade absurda. – A única coisa que importa é se você gosta de mim!

— Eu gosto, Carneirinho. - Sua voz aveludada saiu de seus lábios sobejamente atraentes e eles se abriram em um riso sem som. – É claro que eu gosto.

— Então prova! – Nicolas empurra Félix no sofá ficando por cima dele. – Acha que pode fugir de mim assim, tão fácil? – Disse um Carneirinho até então  desconhecido  para Félix, com um olhar desafiador, o que deixou excitado. Quando Félix colocou as duas mãos em um aperto forte na bunda de Nicolas, apertando-as, logo foi barrado pelas mãos de Niko, que colocou suas duas mãos sob a cabeça dele. Ficando perto de sua boca rindo dele.

— Niko? – Félix olhava para o loiro que o mantinha preso com seu corpo por cima dele e suas mãos presas sob a cabeça. Félix tenta se soltar, mas Niko se manteve firme enquanto beijava o pescoço dele, esfregando sua barba rala no rosto dele.  – Me deixa tocar em você! – Sussurrou.

— Você tá querendo demais pra quem ia terminar comigo! – Nicolas disse tranquilo enquanto encarava o moreno com o rosto quase colado nele, fazendo com que eles sentissem o hálito um do outro. Nicolas começou a segurar as mãos do Félix com mais força, já que o moreno insistia em tentar se soltar. Mas ele era mais forte. Nicolas começa a mexer-se em cima de Félix, fazendo movimentos insinuantes em cima do seu membro, fazendo com que os dois sentissem a ereção um do outro.

— Criatura, eu... – Sem conseguir segurar, deixa escapar um leve gemido. – devo ter salgado a santa sepulcro pra você ... será que cobrei pedágio na via santa ceia pra você não me deixa te tocar? – Félix não fala coisa com coisa.

Nicolas aproximou seus rostos, dando um beijo voraz em Félix, calando-o e saciando a vontade dois, demonstrou naquele beijo todo o tesão que estava sentindo. No meio do beijo, Nicolas depois de chupar a língua de Félix, acaba mordendo a mesma, arrancando um grito de Félix.

— NIKO! – Protestou, arrancando uma risada maliciosa do Niko. – Desde quando você é carnívoro?

— Foi o único jeito de dar um stop nessa sua língua sem freios! – Nicolas sorria, enquanto Félix mantinha a cara fechada, mas sua ereção mostrava o contrario, estava adorando aquilo tudo. Tanto que aproveitou a distração de Nicolas, para inverter a posição dos dois, o que fez com que eles caíssem do sofá, agora Félix é quem estava por cima.

— Ai, Félix... – Nicolas, reclamou, mas Félix sorriu, aquela criatura era de um cinismo quanto se tratava de provoca-lo pensou.

— Agora você que não tem saída! – Félix diz em um sussurro perto da boca do loiro, beijando-a e mordendo seus lábios rosados.

— Quem disse que eu quero?

Félix sorri, e o beija, sentindo o gosto daquela boca, suas línguas se exploravam, enquanto as mãos brigavam para ver quem conseguia o contato mais rápido do corpo um do outro. Nicolas acariciava as costas de Félix, arranhando-as, enquanto o moreno deixava rastros de beijos, chupadas e mordidas no pescoço do loiro, mordia seu ombro, fazendo movimentos mais intensos, enfregando as suas ereções sobre o jeans que usavam arrancando gemidos de Nicolas, que se contorcia de baixo dele.

— Quem tá aí? – Pararam quando escutaram uma voz, se olharam, assustados por um momento, mas depois que Nicolas soltou um sorriso travesso, Félix relaxou.

— É a Amarilys! – Esclareceu Niko em um sussurro com Félix ainda em cima dele.

— Quem está aí? Eu tô armada, vou logo avisando! – Amarilys diz em um blefe, enquanto olhava para os cantos da casa, assustada, procurando de onde vinha o barulho.

— Sou eu, Niko! – Nicolas se manifesta, enquanto Félix deitado em cima dele. – Se levanta logo! – Ordenou em voz baixa, o moreno se levanta, numa falha tentativa de esconder sua ereção coloca um dos travesseiros que havia caído no chão, na frente de sua calça. Nicolas se levanta também, e ri de Amarilys. – Armada com um abajur?

— É o que eu tinha em mãos! – Amarilys ainda encarava os dois desconfiada. – O que vocês estavam fazendo?

— Namorando. Até você chegar e interromper tudo!

— Félix! – Nicolas dá um tapa no ombro dele. – Não liga pra ele não, tá? Acordamos você querida? Desculpe, mesmo!

— É, esse daí não se controla, geme feito um Carneiro!

— Félix, se você continuar com suas gracinhas, eu te ponho pra fora daqui agora mesmo!

— Ai... Não tá mais aqui quem falou... – Félix senta no sofá, cruzando as pernas.

— Amarilys, mais uma vez, desculpa por ter atrapalhado seu sono!

— Não precisa se preocupar com isso! Eu estava assistindo filme, só estranhei os barulhos na sala, já que Edgar já tinha ido embora, vim ver o que era.

O celular de Félix começa a tocar e ele vai para a cozinha deixando os dois a sós na sala.

 

— Oi. E aí? Como andam as coisas com o meu irmão favorito?

— O que você quer Paloma?

— Saber se você está galopando no seu ”amigo” do colégio. – Félix entende o tom irônico e podia escutar as gargalhadas de Paloma no outro lado da linha.

— Você tá brincando com fogo, Paloma. Sabe que quando eu sou bom, eu sou muito bom. Mas quando eu sou mau, sou melhor ainda!

— Calma, irmãozinho. Só liguei pra avisar que livrei a sua barra aqui em casa, papai não vai notar se você não dormir aqui em casa hoje...

— O que você tá querendo com isso, criatura?

— Simples, Félix. Eu te ajudo, você me ajuda. Estamos quites.

— Agora mais essa! Já tive que suportar a sua crise de consciência, Paloma meu doce, não me faça suportar a sua gratidão!

— Você fica me devendo essa. E cuida do Niko, ele foi muito legal comigo. Merece ser recompensado, se é que me endente. – Ri do outro lado da linha.

— Criatura, você pensa que eu sou moeda de troca? Félix diz indignado, mas ele não obteve respostas, Paloma havia terminado a ligação.

— Ainda desliga na minha cara? – Félix diz enquanto olhava para o seu celular, sem acreditar que Paloma havia desligado na sua cara, não suportava quando a irmã o deixavam falando sozinho.

 — Quem era? – Nicolas se aproxima dele na cozinha, abraçando-o pela cintura.

— Paloma... Carneirinho, posso te fazer uma pergunta?

— Claro... – Sorri, olhando para ele com o mesmo olhar de admiração de sempre. – Todas que você quiser.

— Eu posso dormir aqui hoje?

Nicolas sorri em resposta, com seus olhos brilhado, e o rosto enfeitado de felicidade. 

— Claro que pode, amor.

— Amor?

— É... O que você é... O meu amor. - Nicolas abraçava Félix, que ainda estava inquieto com suas palavras. 

— Como você pode ter tanta certeza que eu sou seu amor?

— Porque eu sinto... – Pega a mão dele e coloca em seu coração, que batia acelerado.

— Acho que sentimos em lugares diferentes. – Félix sorri, enquanto colocava a mão de Niko em seu membro.

— Félix... – Nicolas parou de abraça-lo, para encarar o moreno. – Você nunca sentiu isso antes? Amor?

— Ah, Niko... Não... – Nicolas, abaixou o olhar, retraído. – Acho que a coisa mais próxima que eu já  senti de amor, foi com a Edith, mas não dessa maneira...

— Bi... – Encara Félix, em olhar travesso.

— O que foi? – Sorri de volta.

— E nem poderia né?

Sorriram juntos, e Félix o puxa para si, fazendo o loiro ficar mais próximo do seu corpo.

— E o Anjinho?

— Ah... O Anjinho foi um oásis na minha vida. – Nicolas, sente-se incomodado com aquelas palavras. – Mas era só sexo. Era uma relação mais corporal. Eu gostava do corpo... Dele.

Nicolas sorri em falso, deixando transparecer o quanto aquelas palavras o haviam incomodado, soltando-se de Félix, que não pode evitar dar um breve sorriso. Como aquele Carneirinho era doce, pensou. Félix não gostava muito que sentissem ciúmes dele, sentia-se sufocado, já que queria estar com uns e outros. Mas ver aquela criatura com ciúmes dele, de alguma forma, mexeu com ele.

— Ei... – Félix chegou próximo a Niko, chamando sua atenção. – Mas estamos falando de outra coisa, não é? Alma, sei lá. Carneirinho, eu não vou mentir pra você, quero fazer as coisas certas dessa vez, do meu modo. Eu não vou mentir, quando me aproximei de você, eu queria... Transar, com você.

Félix omitiu a aposta, mas já sentia-se bem em contar pelo menos uma parte daquela história que começava a incomodá-lo.

— Só transar? Então por que você não vai embora? Já conseguiu o que queria! – Nicolas disse empurrando-o, com os olhos cheios de lágrimas prestes a caírem, mas elas foram amparadas por Félix, que as limpou do rosto dele em um gesto carinhoso.

— Porque quanto mais eu me aproximava de você, mais eu sentia que você é especial. Diferente. De uma pureza que eu nem sabia que existia ou poderia gostar. Mas depois que transamos, eu descobri que não bastava, não era isso o que eu queria.

— Não?

— Não, Carneirinho. Eu descobri que eu quero estar com você. Seja pra transar, ou pra ficar só te olhando, se bem que não consigo te olhar sem querer te tocar. – Félix se aproximava mais do loiro, segurando o rosto dele com as duas mãos, acariciando-o.

— Você mexe comigo de um jeito, criatura... Quando eu tô com você, eu...  Eu sinto coisas que não consigo nem explicar. – Félix diz com um semblante sereno, sorridente.

— Não, precisa explicar nada não, Félix. Sentimento é assim mesmo... Eles só existe.

Nicolassorri, apaixonado. Félix se aproxima do ouvido dele sussurrando maliciosamente:

— E seu quarto, você poderia “explicar” onde fica?


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