FELIKO WAY SCHOOL escrita por agarotadoblog


Capítulo 7
Au revoir, Jacques.


Notas iniciais do capítulo

Espero que estejam curtindo tanto quanto eu, é o propósito disso tudo! E um bjo especial para as criaturinhas que comentam essa história ✿



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Enquanto o Táxi seguia o seu destino explicado de modo um tanto confuso por Paloma, os dois novos amigos iam conversando durante o caminho, Nicolas ainda estava dando espaço para a garota se sentir a vontade para contar o que havia acontecido, não queria que ela achasse que ele estava sendo intrometido, mas do jeito que ela foi encontrada, qualquer ficaria curioso pra saber o motivo dela ter ido parar lá. Mas Nicolas esperou, deixando Paloma pensativa, enquanto olhava a paisagem fora do carro. Até que a moça sentiu a necessidade de desabafar, chamando a atenção de Nicolas logo que começou a falar:

Eu estava com meu namorado, Ninho. Estava tudo bem e todos se divertindo em um barzinho perto daqui, mas o clima começou a ficar estranho quando chegaram alguns caras dizendo serem amigos dele. Percebi que ele ficou incomodado, mas não comentei nada.

— Eles obrigaram você a usar? – Niko perguntou, preocupado, segurando a mão dela gentilmente.

— Não. – Sorriu da ingenuidade dele, agora entendia o porquê do Félix tirar sarro da cara dela às vezes. Niko parecia ser tão inocente, como ela já havia sido. – Eu uso por vontade própria.

— Então o que aconteceu?

— Os caras que chegaram no bar, não sei como, descobriram que eu era namorada do Ninho e que eu sou rica. Ninho está devendo eles, então ele começaram a ameaça-lo no bar, querendo o dinheiro. Eles começaram a brigar, e eles não paravam de olhar pra mim. Ninho, pra me proteger, me empurrou pra uma porta suja, mas que era a nossa única saída. Corremos muito, mas conseguiram alcançar Ninho, que se entregou de propósito, para que eles se distraíssem e não pudessem me alcançar.

— Meu Deus!  – Niko começa a entender o desespero de Paloma  e teme por ela.  -  Você precisa  tomar mais cuidado agora! Eles poderiam estar  armados ...

— Eu vou fazer isso, mas não posso me afastar do Niko por isso. – Paloma  disse determinada.

— É aqui que vocês vão ficar? – O motorista interrompe a conversa dos dois, olhando para eles do retrovisor. Estavam em frente a uma mansão, o que fez com que o motorista deixasse escapar um riso esperto. Cresceria os olhos no valor da corrida, mas dinheiro não foi o problema pra Paloma, que pagou tudo antes que Niko chegasse a tocar na carteira.

— Você mora aqui? – Nicolas teve a impressão que já esteve nesse local antes, mas por ser noite, não teve certeza.

— Sim, vamos! – Paloma saiu do táxi puxando Niko pela mão, que ficou sentado no banco.

— Paloma... Eu não posso entrar  aí! – Niko disse enquanto admirava aquela mansão, tentando se lembrar de quando já tinha visto algo parecido antes.

— Claro que pode! – Insistiu, puxando-o novamente. – Você não vai me deixar sozinha pra enfrentar a fera, certo?

— Fera? – Niko assustou-se arrancando uma gargalhada de Paloma.

— Falo da minha mãe. – Paloma o puxou novamente, vencendo e conseguindo arrancá-lo do táxi.

— Isso não  vai dar certo, Paloma. – Niko estava nervoso por ter que entrar na casa de alguém que nem conhecia, mas não tinha coragem de ir embora e deixar Paloma sozinha do jeito que estava. Os pais dela poderiam até fazer algo pior com a menina se soubessem que ela estava envolvida com drogas.

...

— Félix, desde que você chegou ainda não vi você fazendo as honras da casa. – Jacques dizia sorrindo pra ele.

— É que até agora não vi ninguém interessante. – Félix justificou-se, pegando mais uma taça de vinho que havia no balcão.

— Sabe Félix, depois que você começou com esse namoro de fachada, ficou muito mole!

— Mole? – Félix encara  Jacques, indignado com o que ele havia dito.

— É.. Tá demorando muito pra comer o Niko, não tá pegando ninguém, tá paradão. Quer saber de uma coisa? Cancela essa aposta, vou passar pra outra pessoa, que com certeza vai pegar ele o mais rápido possível.

— E quem seria essa pessoa? – Félix riu. Como se alguém pudesse ser melhor que ele. Pensou.

— Eu. – Jacques concluiu.

 

 

...

 

 

Eles entraram na mansão, Paloma se divertia com tudo, ainda estava sob o efeito do que havia usado no bar. Nicolas, por vezes, chegava a levanta-la dos móveis que ela caia no corredor da casa.

— Onde é o seu quarto? – Nicolas, perguntou preocupado olhando para a sala enorme, tinha medo que alguém aparecesse e visse Paloma naquele estado. E quanto mais olhava aquele lugar, mais a impressão que conhecia o ambiente crescia, mas não se lembrava da onde.

— Ui. – Riu, divertida. – Quer me levar pro quarto logo no primeiro encontro?

Antes que Niko pudesse responder Paloma, vê que duas pessoas entraram na sala.

— Paloma Khoury, onde você estava ? - Um senhor de cabelos grisalhos, entra na sala, autoritário e sério. Acompanhado de uma mulher loira, que analisou Nicolas da cabeça aos pés deixando-o constrangido.

Khoury? Mas esse sobrenome é do Félix.

Niko, em um estalo, consegue finalmente se lembrar do porquê de achar que já conhecia aquele lugar. Estava certo, já conhecia aquela mansão. Foi pra lá que Félix o levou no dia em que ofereceu carona pra ele e acabou dormindo no seu carro. Mas não havia ficado só no quarto dele, indo embora rapidamente.

  

....

 

— Pirou Jacques? – A expressão de Félix denunciava seus nervos naquele momento. – Que obsessão é essa com essa aposta, com o Niko? Eu devo ter Salgado a Santa Ceia pra ser tão pressionado por isso.

— Você tá gostando dele? – Perguntou Jacques, encarando-o.

— Claro que não, Jacques! Você me conhece, sabe que ele nem faz o meu tipo.

— Ainda bem... Porque eu não quero mais essa aposta. Você tá livre, Félix. – Jacques sorri para o amigo, enquanto tomava seu drink.

— Por que, criatura?

— Porque eu sou apaixonado pelo Niko. – Jacques disparou, fazendo quase Félix se engasgar com a bebida em suas mãos.

— Apaixo...O que?  - Félix, perguntou em quase um berro.

— Eu gosto do Niko! – Jacques repetiu, determinado, deixando Félix ainda mais confuso.

— Jacques, por favor, você já foi melhor com essas piadas. – Félix riu, voltando a colocar vinho em seu copo.

— É sério, Félix.  Eu gostei dele desde a primeira vez que eu o vi. Você nem sabia que ele existia até eu desafiar  você naquela aposta. Quando ele chegou no WaySchool, fui o primeiro a nota-lo.

— Que história é essa?  - Félix arqueou sua sobrancelha, surpreso e curioso com  as palavras de Jacques.

— Nesse dia meus pais estavam lá, eu tinha sido suspenso mais uma vez, eles surtaram. Meu pai chegou a querer me bater aqui na escola, no meio do corredor, mas não tinha ninguém lá pra minha sorte, só ele.

— Niko? – Félix presumiu. 

— Sim. E ele impediu que o meu pai me socasse a porrada aqui na escola, se metendo da frente dele, dando uma lição de moral no coroa. -  Riu, lembrando-se da cena. -  E ele falou umas coisas , essas coisas que pessoas românticas falam, não sei te dizer, mas ele conseguiu sensibilizar meus pais. Que naquele dia, chegaram a conversar comigo, perguntando qual era o problema, porque eu agia daquela forma, o que eles poderiam fazer pra me ajudar... Nós nunca tínhamos conversado antes.

 

Flashback

 

— Ei, cara...

Jacques se aproximou de Nicolas, em um toque gentil, chamando sua atenção.

— Oi... Jacques!

— Obrigado por ontem... Os coroas não arrancaram a minha pele por tua causa.

Jacques riu divertindo, sendo acompanhado pelo loiro.

— Não precisa agradecer. Vocês só precisavam ter uma conversa de pais e filho.

— Você é novo aqui, não é?

— Sim, eu cheguei ontem, hoje é meu segundo dia aqui na WaySchool...

— Vem comigo, cara! Vou te apresentar esse inferno!

E assim Jacques e Nicolas se conheceram, ele apresentou os lugares daquela escola pra ele, deu um perfil rápido de todos os grupos que haviam ali, falando mal de todos um pouco pra Niko, que apenas ria do jeito dele, achava que era a forma dele de se expressar.

— Jacques, está com uma presa nova?

Uma garota de cabelos castanhos e curtos se aproximou deles. Sorrindo pra Niko e jogando um olhar de interrogação pra Jacques que entendeu.

— Esse é o Nicolas. Novo aqui na WaySchool. Nicolas, esse é a mais puta da escola. Apelidada gentilmente de Paty.

— Você é um idiota mesmo! Vem Nicolas, ele não é uma boa companhia pra você, deixa que eu termino de apresentar a escola. Aliás, Nicolas é um nome muito sério, precisamos arranjar um apelido pra você...Que tal, Niko?

— Niko? Gostei! Pode ser.... – Sorriu divertido, em poucos segundos, havia sentido uma conexão imediata com Patrícia.

 

...

 

— Agora tudo faz sentido. Por isso você sumiu aquela semana... E você dizendo que estava cumprindo o castigo. Mas, isso não explica o porquê de você ter feito essa aposta.

— É aí que você entra na história....

...

 

 

Durante uma semana, Nicolas e Jacques se tornaram colegas, mas o que o loiro não sabia, era das segundas intenções dele. Até que um dia, quando estavam no pátio interno conversando, Niko sorria com as insinuações de Jacques, mas não as levava a sério. Quando toda a atenção de Nicolas é roubada pela a entrada de um moreno, alto, de cabelos lisos e negros, entra pelo portão principal, acompanhado de garotos ao seu redor, que o bajulavam o tempo todo. Nicolas não conseguiu disfarçar, sua expressão denunciava tudo o que sentiu desde o primeiro contato com ele.

— E ele? Quem é? – Nicolas sussurrou, com os olhos fixados nele.

— Félix Khoury. O garoto mais popular da escola. Todos as bichas aqui são loucas por ele. E ele dá chance pra algumas, mas relacionamentos não são o seu forte. Ele gosta de pegar todos, já que todos o querem, como ele mesmo diz. - Patrícia, com seu ar divertido, comentava sobre o moreno para o loiro que ficou imediatamente encantado. Riu daquilo.

— É, mas não se anima muito não. Você não faz o tipo dele. – Jacques dispara, arrancando Nicolas das fantasias que ele começou a criar naquele curto período.

— Você me acha feio? – Niko pergunta, inocentemente, encarando Jacques.

— Não... Você é gostoso!

Disse malicioso, enquanto olhava para Nicolas, que corou envergonhado.

— Jacques! – Patrícia o repreendeu.

— Ah, quer que eu recite Shakespeare pra ele? É o que eu acho.

Nicolas começou a rir dos dois. Mas a sua atenção ainda estava nele, que em nenhum momento pareceu notar a sua existência naquele lugar.

 

FlashBack off

 

 

— Criatura, que história mais louca! – Félix, pegou mais um copo de vinho e tomou de uma vez em um gole rápido, aquela história tinha o deixado muito surpreso.

— É, mas agora você não precisa mais fingir que gosta dele. Eu vou me declarar pra ele amanhã, mesmo que ele me dê um fora de novo.

— De novo?

— É, eu tentei beijá-lo várias vezes nessa semana, mas ele nunca deixou. Quando eu perguntei pra ele porque não me dava uma chance. Ele disse que estava gostando de outro, esse era você.

 

"- Félix?

O moreno o encarou.

— Preciso te contar uma coisa.

— Diga, Carneirinho.

— Eeu sempre gostei de você!

Félix sorriu.

EEu sempre gostei de você, Félix."

 

Lembrou-se e ficou arrepiado.

— Fiquei com muita raiva. Eu queria pegar ele, mas ele só tinha olhos pra você. Enquanto você nem sabia que ele existia, ele inocentemente, se guardava pra você. Até que eu fiquei de saco cheio, puto, e resolvi fazer aquela aposta aquele dia. Quem sabe desse jeito ele via o cara que tu é, e desistiria, me daria uma chance.

— O cara que eu sou? Somos iguais, Jacques. – Félix diz rindo irônico.

— Exato. Mas ele não vê assim, acha que... – Riu sarcasticamente. – Você é um cara bom.

Félix engoliu seco.  Sentindo um aperto em seu coração, sem saber o porquê.

— Quero ver a cara dele quando descobrir da aposta! – Riu, tomando a sua bebida azul.

— Ele não precisa saber disso! Porque a aposta acabou! Eu to caindo fora .

— Só porque não conseguiu transar com ele, não significa que não teve aposta. Você ainda o enganou pedindo em namoro.  – Diz Jacques, em um tom ríspido.

— Pense o que quiser, criatura. Eu tô fora!  - Félix deu de ombros, indiferente. - E esse seu discurso não me convenceu Jacques.! Você não gosta dele, só está querendo ele porque levou um fora.

— Não é o que você pensa. Mas e se for? Estamos na mesma. Você não conseguiu pegar ele!

— Estamos namorando! – Félix diz confiante, olhando para Jacques.

— De mentira, fachada. Ele não sabe disso. – Jacques dispara, enquanto Félix deu de ombros, enquanto olhava suas unhas.

— Ele é louco por mim, Jacques. Desiste. – Sorriu olhando para ele, enquanto ajeitava a sobrancelha. -  Você  nunca vai ser melhor que eu. No fundo eu sempre soube que você não era meu amigo, mas alguém que tem inveja de mim.

— Inveja? – Disse quase cuspindo as palavras. – Você é um viado de merda, tão escroto como qualquer um. Não é melhor que ninguém.

— Não sou? Então porque o Niko prefere a mim que a você?

— Porque ele está cego!

— Cego? Há, há. Ele tá é enxergando melhor do que nunca! Se bem que a criatura que tem a visão do meu membro, fica cego, mesmo, mas de tesão.

— Então, vocês transaram?

— Sim, Jacques. Transamos. Tenho até que te agradecer por ter feito essa aposta, se não fosse por você, eu não teria feito ele gemer feito como um Carneirinho no cio. Foi, bom. Me senti bem em fazer bem a alguém, já que não é o meu hábito!

— Valeu a aposta, então?

— Claro que valeu, criatura. Quem diria que aquele Carneirinho, é um tarado na hora do vamos ver! – Sorriu. -  Foi a melhor coisa que você fez nessa sua vida de merda Jacques, me aproximar do Niko. Mas pode deixar, que daqui pra frente, eu sigo sozinho com ele, e quanto a aposta.... Quem liga pra isso mesmo? Ah, sim: Você! E ninguém se importa.

— Você é desprezível, Félix Khoury. – Jacques encara Félix, furioso.

— Olha.... Eu sou eu! E melhor do que eu: Não há!  – Sorriu. – Agora deu, né? Será que eu dancei tango com Jonas no ventre da baleia pra você não entender o que eu tô falando? Jacques, você já desabafou  com essa historinha cafona de ser apaixonado pelo meu namorado. Mas agora tenho mais o que fazer. Au revoir, criatura!

 

Félix sai sorrindo da casa de Jacques, sentindo-se mais leve, era como se tivesse arrancado um peso de suas costas que não sabia que lhe incomodava tanto. Quando o moreno se distanciou da casa, entrando em seu carro, dando partida, Jacques que continuava a observá-lo de longe, dá um sinal de “ok” com as mãos, e atrás do balcão, surge Edith que estava com os cabelos bagunçados, e com a maquiagem um tanto quanto borrada.

— Ele já foi? – A loira perguntou balbuciando.

— Já. Conseguiu gravar  tudo? – Jacques pergunta entusiasmado.

— Tudo e um pouco mais! – Ela entrega o celular nas mãos de Jacques, que o pega rapidamente, sorrindo. – Ele se acha esperto, mas não é palio pra nós dois juntos.

— O Félix vai se fuder, Edith. Cansei de ser rebaixado por ele.  Agora eu quero ver Niko continuar dizendo que ele é um cara bom.

— Ai... Niko, Niko... O que vocês viram nesse cara? Ele é tão sem sal.

— Algo que você não tem e nunca terá, Edith. – Jacques diz pegando no queixo dela, que se solta rapidamente.

 

 

....

 

 

— Paloma, é bom você ter uma boa explicação pra ter sumido o dia todo sem avisar a ninguém onde estava. Será que você não cansa de bancar a adolescente rebelde? Já tá ficando cansativo. – Pilar falava em tom ríspido com a garota que parecia estar se divertindo com a situação.

— E você rapaz? Quem é? – César olhou para Nicolas, que por um momento sentiu medo do senhor que carregava um semblante sério.

— Sou Nicolas  Corona! – Estendeu a mão pra cumprimentar César que o ignorou.

— O que você é pra minha filha? É por causa dele que você tá agindo desse jeito, Paloma? – César falava seriamente com a garota, que se aproximou do pai abraçando-o.

— Pai, esse é o Niko! Um amigo, que me ajudou muito hoje. Eu estava num bar com umas amigas e quando voltava pra casa, uns caras me seguiram querendo me assaltar, eu sai correndo e fiquei escondida em um prédio. Niko, apareceu lá me oferecendo ajuda pra voltar pra casa. – Paloma dizia aquelas palavras com a maior naturalidade do mundo fazendo seu pai acreditar em tudo que havia dito.

— Isso é verdade, rapaz? – César perguntou a Niko que ainda estava surpreso com a naturalidade da garota em mentir tão descaradamente, mas resolveu não comentar nada.

— Sim, foi isso que aconteceu. – Niko, disse olhando para os lados, não conseguia mentir, não era seu forte. Sempre acabavam descobrindo, pois ele era um péssimo mentiroso, por mais bobo que pudesse ser a mentira.

— E seu irmão onde estava que não pode socorrê-la?  - César disse olhando para a Pilar, buscando respostas.

— Falando de mim? – Félix entra na mansão, quando chega na sala, encontra todos em um ar tenso até que vê Nicolas no local. E muito surpreso, não consegue disfarçar:

— Niko? – Félix diz com um tom de voz, surpreso e um tanto quanto assustado.

— Félix! – Nicolas dá um sorriso surpreso, porém contente com a surpresa de vê-lo.

— Vocês se conhecem? – César olha desconfiado para os dois.

— Sim! O Félix é meu....

— AMIGO DO COLÉGIO. – Félix interrompe, rapidamente Niko, que fica sem entender o porquê daquilo, sem conseguir esconder a tristeza de ser chamado de “amigo”, mas suspeitava  a razão de Félix.

— Amigos? – Paloma pergunta olhando para Félix com um sorriso travesso.  – Desde quando você tem amigos?

— Cala a boca, fugitiva . – Encara Paloma, furioso. – Onde você estava afinal? E por que você tá aqui Car...NIKO?

— É uma longa história, Félix. – Pilar finalmente tem fala.- Mas, vamos, vou pedir pra Adriana preparar um lanche pra vocês e Paloma conta como tudo aconteceu.

— Obrigado, mas eu não vou poder ficar. – Nicolas diz olhando para todos, levantando-se. – Eu tenho que ir, moro longe da escola, tenho que acordar cedo.

— Você pode dormir aqui se quiser, rapaz. – César diz, arrancando um olhar de surpresa de todos, principalmente Félix. – Fico grato por ter ajudado minha filha, Paloma. Você me parece um cara responsável. Tudo que Paloma tá precisando no momento: Responsabilidade!  – Diz olhando para a Paloma.

— Agradeço o convite, doutor César. Mas realmente preciso ir. Boa noite! – Nicolas se despede de todos, mas quando estava saindo,  é interrompido por Pilar.

— Você não pode voltar pra casa assim tão tarde! Vou pedir para que o Maciel deixe você na sua casa, mocinho. -  Pilar sorria agradecida, enquanto apertava a bochecha de Niko.

— Não precisa, dona Pilar, eu não quero incomodar.

— Dona, não! Assim você me ofende! – Sorri. – Me chame de, Pilar.  E deixa de ser teimoso, o Maciel vai deixa-lo em casa e ponto final.

— Pai, por que o senhor não empresta um dos carros pro Félix levar Niko em casa? – Paloma diz, sorrindo de Félix para  Niko. A menina não era boba, nem nada, logo de cara, observou o clima entre os dois.

— Félix, leva esse rapaz em casa! – César não gostou muito da ideia, mas acabou cedendo dando a chave de um dos carro da mansão ao filho. - Faz alguma coisa, já que você não pode cuidar da sua irmã quando necessário, faça alguma coisa agora pelo menos.

Paloma sorriu, e entrou com os pais, enquanto Félix e Niko andavam em silêncio até onde o carro estava.

— Precisamos conversar. – Félix diz quebrando o silêncio entre os dois. O loiro concorda, entrando no carro conversível preto, sendo acompanhado por Félix, que liga o veículo seguindo a viagem. Os dois tinham muito o que falar um para o outro. Aquele dia tinha sido cheio.


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