A Nova Influência escrita por British


Capítulo 36
A vida normal


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Tudo bem? Espero que estejam apreciando os novos capítulos! Boa leitura! :D



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Boruto finalmente havia tido alta. Voltar para casa lhe deu uma enorme satisfação. Ainda não estava cem por cento, mas sua recuperação ia bem. Hinata tratou de cuidar do filho com carinho. Naruto tagarelou o tempo todo sobre o quanto estava feliz de ver Boruto em casa, junto de sua família. Enquanto Himawari prometeu não aborrecer o irmão com o seu jeito. Após instalado em seu próprio quarto, a família Uzumaki deixou Boruto a sós com Yodo.

— Eles te enchem muito falando de mim? – Perguntou Boruto após roubar um beijo da namorada.

— Eles só me pediram pra cuidar de você. – Respondeu Yodo.

— Você cuida muito bem de mim. Obrigado por ter ficado o tempo todo no hospital. Não era uma obrigação sua ficar lá.

— Boruto, eu amo você. Ficar ao seu lado é um prazer. Além disso, eu estava preocupada. Os médicos não sabiam se você ia ficar com alguma sequela e por sorte você não ficou. Isso me deixou muito feliz.

— Agora, chegou a minha hora de recomeçar Yodo. Eu havia prometido pra você, não?

— Sim. Nada de Sarada?

— Nada de Sarada.

— Você jura?

— Juro.

— Vocês conversaram?

— Sim, ela me ligou outro dia. Antes que você me pergunte se ela pediu pra gente reatar, fique tranquila pois ela não me seduziu. Ela ligou só pra agradecer e desejar boa sorte pra nós dois.

— Ela havia me dito que ia abrir mão de você.

— Ela abriu mão de mim quando foi para Nova York. Eu pedi uma prova de amor e tudo que ela me deu foi um ‘Tchau, Boruto’.

—Bem, agora você achou uma garota bem mais legal não?

— Achei. Mais bonita também. – Sorriu Boruto.

— Você acha?

— Acho. Olha que eu sempre preferi as morenas, mas tem algo no azul do teu olhar que me ganhou.

— Talvez seja porque meus olhos refletem os seus.

— Pode ser. Eu me enxergo em você. Somos parecidos, Yodo.

— Somos. Ei, eu te amo. – Yodo então surpreendeu Boruto com um longo beijo.

— Eu também. – Sussurrou Boruto no ouvido da namorada.

 

[...]

 

De volta a faculdade, Boruto tentava retomar sua vida de onde tinha parado. Conseguiu ajuda de alguns colegas para pegar o conteúdo das matérias que tinha perdido, entregou o atestado médico para os professores e assim pode fazer as avaliações que perdera. Após o fim do primeiro dia, Boruto se encontrou com Shikadai no campus.

— Boruto de volta na área! Que maravilha! – Vibrou Shikadai ao cumprimentar o amigo.

— Bom te ver também Shika! Como estão as coisas? E a Mirai? – Perguntou Boruto.

— Mirai tá bem. E você?

— Bem também. Descobri que minha mãe é uma excelente enfermeira e lá em casa tá todo mundo bonzinho comigo. Até Himawari tem me respeitado mais. – Contou.

— E com a Yodo? Ela parece animada com o namoro de vocês.

— Eu também estou animado com o nosso namoro. Ela é maravilhosa, gentil, fofa, linda.

— E não é a Sarada. – Comentou Shikadai.

— Eu sei que ela não é a Sarada.

— Cara, pode falar a verdade pra mim... Você tomou um tiro por causa dela. Você ainda sente algo ou não?

— É difícil explicar, Shika. Sarada sempre vai ser importante pra mim, mas a gente tentou e não deu certo. Agora, eu to com a Yodo e eu a amo. É diferente do que era com a Sarada, mas isso pode ser bom não? Pela primeira vez, eu vejo alguém se esforçando pra me ver sorrir. – Confessou Boruto.

— Eu entendo. Você conversou com a Sarada?

— Sim e ela mesma pensa da mesma forma. Ela deu força pra mim e pra Yodo.

— Bem, eu adoro a Yodo também. Se ela te faz feliz, que bom! Tava mais do que na hora de deixar a Sarada pra lá. Eu só fiquei meio assim por causa do que você fez. Você foi um herói cara.

— Qualquer pessoa no meu lugar faria o mesmo.

— Não seja modesto! Você sabe que não! Tinham outras pessoas na sala e só você se atracou com a Ino para desarmá-la.

— Bem, meu ato foi impensado. Talvez, meu ato pudesse ter matado uma delas.

— Ei, mas não matou! Você salvou todo mundo se colocando em risco. É um verdadeiro herói! Teu pai deve estar morrendo de orgulho não?

— Ele está. Meu pai disse que tem muito orgulho de mim.

— Precisamos comemorar que você está de volta, cara!

— Vamos sim!

 

[...]

 

Inojin chegou a Suna sozinho. Sai e Kiba pediram para acompanhá-lo, mas o rapaz gostaria de ter esse momento a sós com o padrasto. Por três anos, Gaara foi uma espécie de figura paterna, embora distante. Inojin sabia que, apesar dele não admitir, a morte de Ino o fazia sofrer. Talvez, o novo Rei de Suna fosse o único que compartilhasse da mesma dor que ele.

No entanto, nos olhos de Inojin só havia amor por Ino. O filho da vilã já havia perdoado a mãe por todos os seus erros, até os mais graves. Entretanto, a carta de Gaara deixou bem claro para Inojin que ele não conseguia perdoar Ino. Embora dissesse que não estava ali para julgá-la, Gaara havia condenado sua mãe por seus pecados quando virou as costas para ela quando Ino mais precisava.

Quando pisou no palácio, Inojin teve lembranças das vezes que passou por ali. Não eram exatamente momentos felizes, mas eram momentos que havia compartilhado com sua mãe, então um tanto de saudade invadiu seu coração. Apesar de um ser um monstro, Ino era sua mãe. E, algumas vezes, ela despia a máscara de rancor e era amorosa. Talvez, apenas ele e Gaara tinham sido capazes de receber amor de Ino. Assim que adentrou o salão, Shinki o recebeu.

— Olá, Jin. Como vai? – Perguntou Shinki.

— Tentando compreender os últimos acontecimentos. E você? – Questionou Inojin.

— Virei Duque. Não sei se conversou com Sarada, mas ela rompeu definitivamente tudo que tinha comigo. Agora, me dedicarei a minha família que precisa de mim.

— Ah, eu entendo. Não falei com ela, mas entendo as razões de Sarada.

— Como é capaz de entendê-la depois de tantos anos sem contato?

— Sarada não mudou. O trauma endureceu seu coração, mas a essência dela é a mesma. Sarada ama Boruto, Shinki. Ela o amava quando aceitou namorar comigo e ainda o amava quando namorou você. Ela só estava confusa. – Resumiu.

— Como pode saber?

— Sarada é muito fácil de se ler. Ela esconde o que sente, renega, chuta, mas o sentimento tá lá intacto. Certamente, ver nós três juntos fez com que ela juntasse as peças do quebra-cabeça e entendesse como realmente se sente.

— Talvez tenha razão.

— Shinki, eu conheço Sarada desde criança. Sei do que estou falando.

— Está dizendo que ela não me amou?

— Não é isso. Eu estou dizendo que ela foi apaixonada por você, só que é por Boruto que ela sente algo mais poderoso. Eu também passei pela mesma frustração. Bem, mudando de assunto, seu pai está me esperando?

— Vou acompanhá-lo até a sala do trono. – Informou Shinki e Inojin o seguiu.

Quando as portas de madeira se abriram, Inojin avistou Gaara em seu trono, aquele que antes pertencia a Sasori I. Certamente, estar sentado ali afetava Gaara emocionalmente. Em muitos aspectos, Sasori havia sido o herói de Gaara. O irmão caçula do antigo Rei viu Sasori atravessar o inferno em sua vida pessoal para colocar em primeiro lugar sua coroa e, consequentemente, o povo que precisava de sábias decisões.

— Alteza... – Disse Inojin após fazer a referência.

— Não precisamos dessas formalidades, Jin. – Disse Gaara se levantado do trono e abraçando Inojin.

— Eu sinto muito pela sua perda. – Disse Inojin e Gaara deu um mínimo sorriso.

— E eu sinto pela sua. Como ficou ao saber de Ino? – Questionou Gaara ao se afastar de Inojin.

— Sinceramente, sinto como se tivesse perdido minha mãe há muitos anos. Chorei, pois sei que nunca mais irei vê-la, ouví-la, tocá-la. Apesar de tudo, sentirei falta de coisas pequenas. Mamãe nunca fez nada grandioso por mim. No entanto, vim aqui para pedir perdão por ela...

— Jin, sua mãe já conseguiu um feito só de conseguir o seu perdão... Não implore pelo meu. Ela não merece. – Alegou Gaara retornando ao trono.

— Gaara, sei que minha mãe errou. Erros que não são dignos de perdão, concordo com vossa alteza. No entanto, peço que olhe com clemência para ela. Aqueles que menos merecem são os que mais precisam de perdão. Minha mãe o amava, alteza! Tenho certeza que cada atitude desesperada era fruto do medo de perdê-lo!  - Rogou Inojin.

— Sabe, você tem muito de sua mãe... Seus olhos, seu cabelo, seu tom de pele. De certa forma, você é um pedacinho dela na Terra. E, olhá-lo Jin me dá a certeza que Ino não cometeu apenas erros.

— Consegue perdoá-la?

— Como pode me pedir algo assim? Ela tirou meu irmão de mim!

— Peço para que ela descanse em paz... Mais ódio só trará tormento para sua alma. Tenho pena de minha mãe, tenho pena de todas as dores que sentiu. Sei da sua dor, da sua perda. Certamente Sasori muito importante para você...

— Sasori era o alicerce desse reino, Jin! Não houve ninguém na história de Suna que se sacrificasse tanto em nome dos outros. Meu irmão errou em pensar que poderia recuperar o tempo perdido com Sakura, mas ele não era um completo monstro. – Defendeu.

— Pense bem... Não sobrou nada do amor que você sentia por minha mãe? É tudo ódio?

— Jin, o amor que eu sentia pela sua mãe morreu junto com meu irmão. O que a sua mãe fez não tem perdão! Como você acha que eu posso me perdoar de ter inserido-a no seio da minha família para meus dois sobrinhos órfão?

— Seus sobrinhos odeiam minha mãe?

— Claro, Jin. Ela matou o pai deles. Você tem seu pai e eles?

— Eles têm você, Gaara!

— Nagato me culpa pela morte de Sasori. Meu sobrinho diz que, se não fosse por causa de meu casamento com Ino, Sasori não estaria morto. O mais novo ainda não compreende bem a situação, mas Nagato me culpa.

— Você não tem culpa Gaara.

— Entende agora por que não posso perdoar a sua mãe?

— Entendo. Bem, se um dia puder perdoá-la, ficarei feliz. Onde você guardou as cinzas dela?

— Estão na fazenda. Você quer levar as cinzas?

— Não, eu prefiro que as cinzas dela fiquem com você.

— Você veio até aqui só para me consolar, Jin?

— Achei que você precisava de uma palavra amiga.

— Obrigado pelo apoio. Tenho certeza que a melhor coisa que Ino fez na vida foi ter dado à luz a você, Jin. Você é tudo que ela não conseguiu ser.

Inojin foi embora do palácio aliviado por ter dado um pouco de conforto a Gaara. O filho de Ino não sabia que os sobrinhos de Gaara culpavam o tio pela tragédia que aconteceu com o pai. De forma indireta, Gaara acabou contribuindo para o triste fim do próprio irmão ao colocar Ino em sua família. No entanto, o atual rei jamais poderia imaginar que a mulher sedutora e frágil que conheceu em um museu seria como uma bomba armada para destruir sua família.

Após a partida de Inojin, Gaara se reuniu com Shinki. Ele precisava conversar com o filho sobre os planos para que a família Sabaku no Akasuna firmasse uma aliança com a família Hyuuga. Dentro de alguns anos, Nagato se casaria com Hanabi. Por isso, Shinki foi instruído por seu pai para ser o responsável por Hanabi enquanto ela estivesse visitando Suna. Por tradição do país, a garota não poderia ter contato com o noivo até que a cerimônia oficial de noivado fosse realizada. Até lá, Shinki a guiaria como membro da família real.

 

[...]

 

Shinki chegou ao aeroporto com Kankuro irritado. O rapaz não estava a fim de bancar a babá para a jovem filha do Conde Hyuuga. Fazia muitos anos que Shinki não via Hanabi. Lembrava-se pouco dela e do que lembrava não gostava. A Hanabi que vinha a sua mente era totalmente desagradável, sempre carente por atenção, sempre armando para que ele parecesse o malvado da história.

— Que cara é essa Shinki? – Perguntou Kankuro, enquanto esperavam Hanabi aparecer pelo desembarque.

— A cara de quem vai ver o diabo em forma de gente. – Comentou Shinki.

— Ah, ela deve estar crescida, Shinki! Não é como se a senhorita Hyuuga fosse acusá-lo de ter batido nela sendo que você não enconstou sequer um dedo. – Comentou Kankuro.

— Nem me lembre desse episódio! Ela fazia coisas piores!

— Tipo o que?

— Tipo me arranhar por dizer que era malvado por não dar a atenção que ela queria.

— Quando foi a última vez que vocês se viram mesmo?

— Foi antes de meu pai se casar com Ino Yamanaka. – Lembrou-se.

— Bem, é como se tivesse sido em outra vida. Vai ver ela amadureceu! Quantos anos a senhorita Hyuuga tem agora?

— 16 anos assim como Nagato.

— Então, quando você a viu pela última vez ela tinha 12?

— É. Acho que era isso.

— Bem, pelo que eu me lembro ela tinha uma queda por você! Tanto que Sasori I tentou casá-la com você quando pensou que Yodo ocupasse melhor o posto de Rainha. – Lembrou Kankuro.

— Kankuro, eu preferia morrer sozinho a ser casado com aquela peste! – Disse Shinki.

— Bem, acho melhor você avaliar isso a partir de agora...

Quando Shinki se virou, viu uma linda menina de longos cabelos castanhos vindo em sua direção e acenando. Por um momento teve dúvida se era mesmo Hanabi, pois estava muito diferente, mais encorpada. No entanto, os olhos travessos e perolados continuavam os mesmo assim como sorriso faceiro. Não demorou muito para Hanabi se dependurar no pescoço de Shinki e dar-lhe um beijo estalado na bochecha.

— Pode confessa, Shinki! Sentiu minha falta, não? – Disse se afastando.

— Tão sutil quanto uma criança malcriada de três anos. – retrucou Shinki.

— Ah, esse é o seu jeito de admitir que sentiu minha falta! Olá, Kankuro! Como estão as coisas? – Disse Hanabi.

— As coisas estão voltando a seu lugar, senhorita Hyuuga. Fez boa viagem? – Perguntou Kankuro.

— Que bom que perguntou, Kankuro! Fiz sim! Sabe, eu estou feliz de ter vindo conhecer meu noivo! Achei durante muito tempo que me casaria com o Shinki, mas, realmente, Nagato é um partido mil vezes melhor. – Disse Hanabi.

— Será rainha, Hanabi! Espero que tenha aprendido a se comportar como uma. – Alfinetou Shinki.

— Te trato com mais intimidade, pois fomos criados juntos, meu caro Shinki! No entanto, serei a melhor Rainha que Suna poderia ter! Verás! – Jurou Hanabi.

— Bem, melhor deixarem para por a conversa em dia no palácio. Temos um longo caminho pela frente. – Avisou Kankuro, pegando a bagagem de Hanabi.


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Notas finais do capítulo

Hanabi chegou na história para ser a esposa de Nagato, mas pelo visto ela tem algumas histórias no passado com Shinki... O que será que ela vai aprontar? Ela será uma boa rainha? Que opinião vocês tem sobre ela e sobre o capítulo? Bjs e até o próximo!



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