A Nova Influência escrita por British


Capítulo 35
De volta a Nova York


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Tudo bem? Boa leitura! :D



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Sarada voltou a Nova York sem falar com Boruto. Fugiu. Sim, fugiu. Hinata havia lhe dito para lutar, mas ela não se achava digna de fazer nem isso. Boruto tinha acordado, em poucos dias sairia do hospital e ele estava com Yodo. Sim, Boruto e Yodo eram namorados oficialmente. Naruto contou a novidade para Sasuke num dos dias que eles se encontraram no bar como nos velhos tempos para falar da vida e, é claro, da família. Naruto seria padrinho de um dos gêmeos. Sai seria do outro. Era o que Sakura e Sasuke achavam justo. Enfim, tudo estava voltando ao normal.

Quando chegou ao apartamento, Sarada ouviu o som de Chouchou e Obito falando com voz de bebê um para o outro. Ela se perguntava como os dois aguentavam viver nesse eterno grude, mas resolveu não comentar nada sobre isso com eles. Afinal, ela era a vela da casa. Sarada chegou de mansinho, jogou suas coisas no quarto e seguiu para a sala de TV onde os dois estavam distraídos um com o outro.

— Voltei, pessoal. – Anunciou Sarada e os dois ficaram surpresos.

— Oiii. Por que não nos avisou para buscarmos você no aeroporto? – Peerguntou Chouchou indo abraçar a amiga.

— Não queria incomodar a noite de sexo selvagem de vocês. – Brincou Sarada.

— Seja bem-vinda prima! Essa casa não é a mesma coisa sem você reclamando pelos cantos! – Disse Obito ao dar um abraço de urso na prima.

— Eu sei. Bem, como vocês voltaram primeiro de Konoha, espero que tenham limpado o apartamento! – Disse Sarada.

— Claro que sim! Mas não foge do assunto principal, amiga... E o Boruto? – Perguntou Chouchou.

— Tá bem. Eu falei pra vocês que ele acordou por telefone não? – Disse Sarada.

— Sim, você disse... Mas não falou nada sobre vocês... – Comentou Chouchou.

— O que a Chouchouzinha quer saber é se você e ele vão reatar agora que o Shinki e o Inojin são cartas fora do baralho. – Resumiu Obito.

— Bem, Boruto namora a Yodo agora. Eu to solteira novamente e é isso. – Disse Sarada.

— Vocês nem conversaram? – Perguntou Chouchou visivelmente decepcionada.

— Conversar sobre o que? Há seis meses eu e Boruto não somos mais namorados. Natural que ele tenha conhecido outra pessoa, se apaixonado e deseje seguir em frente.

— Sarada, conta outra! O garoto tomou um tiro pra salvar a sua vida e você nem o agradeceu por isso? – Disse Obito.

— A melhor coisa que eu posso fazer pelo Boruto é deixá-lo ser feliz com a Yodo. E eu agrdeci, todos os dias, mas ele estava inconsciente... – Disse Sarada.

— Com ele inconsciente não conta! Pega o telefone e liga pra ele AGORA! – Disse Chouchou.

— Amanhã eu ligo, ok? Pode ser? Eu to cansada da viagem, amanhã eu já tenho que ir a aula.

— Você sempre adia as coisas, Sarada. – Reclamou Obito.

— É melhor assim... peguem leve comigo ok? Vou pro meu quarto! Boa noite! Se forem fazer sexo, usem camisinha! Não precisamos de mais um Uchiha nesse mundo agora, pois a minha mãe já vai trazer dois de uma vez só ao mundo. – Brincou Sarada para desconstrair.

— Boa noite! – Disse o casal.

— Eu to preocupado com ela. – Admitiu Obito.

— Ela vai ficar bem. Ela tá com essa pose de durona, mas assim que chegar no quarto vai chorar. É a cara dela fazer isso. É tudo fachada. Dentro da garota segura tem uma garotinha com medo. – Disse Chouchou.

— Não é melhor você ir atrás dela? – Questionou Obito.

— O melhor pra ela é ficar sozinha agora. Digerir a história toda. Teve o susto com a mãe e os bebês, o tiro que o Boruto levou, Inojin contou a ela que a mãe dele morreu e matou o Rei Sasori I. É muita coisa...

— Tomara que tempos de paz comecem, porque não sei se essa família aguenta mais um baque desses! – Opinou Obito.

[...]

Assim que pisou no quarto, Sarada se jogou na cama e chorou. Descarregou todo o peso que carregava em suas costas. Se chamou de fraca, de medrosa. Após dormir por uns 30 minutos, acordou toda babada e resolveu tomar um banho para relaxar. Sarada se senfiou no chuveiro e ao sentir a água quente massagear seus músculos fechou os olhos. Ao sair do banho, ela se enrolou na toalha, enxugou os cabelos e os penteou, observando o reflexo no espelho. Depois, colocou um pijama e voltou para sua cama. Sarada olhou para a foto em sua cabeceira. Nela, estava toda a sua família. Sarada pegou o porta-retrato e o abraçou.

— Vocês são o que eu tenho de mais sagrado. – Afirmou.

Parecia que finalmente tinha acordado de um pesadelo. Os últimos acontecimentos pareciam trechos de um filme de terror. Ao fechar os olhos ainda podia ver a arma de Ino apontada para si e sua mãe, ainda podia escutar as ameaças e sentir o medo de perder o que era mais precioso. Sua família quase acabou. A família que tanto demorou para construir ia se ruir diante de seus olhos. Se não fosse por Boruto, talvez não tivessem escapado.

Pensar em Boruto era algo que Sarada não gostava. A garota tinha decidido deixá-lo em paz, com Yodo, como era para ser. No entanto, a fala de Chouchou e Obito a lembrando que deveria agradecê-lo agora que ele estava consciente tomou conta de seus pensamento e, sem perceber, Sarada pegou o telefone e começou a discar o número do celular do rapaz. Se tivesse sorte, ele atenderia. Ouviu o telefone chamar e quase se arrependeu de ter ligado, mas, antes de desligar, ouviu Boruto dizer alô. Então, respirou fundo e, determinada a agradecer, começou a conversa. Aquela que teriam tido se não tivesse se acovardado e fugido.

— Boruto? – Chamou Sarada.

— Oi, Sarada. Minha mãe disse qe você voltou para Nova York. – Disse Boruto.

— É. Eu voltei. Já tinha faltado muitas aulas, não posso perder o semestre. Já teve alta? – Perguntou.

— Ainda não, mas minha mãe deixou o celular comigo para me distrair. Assim, posso falar com todo mundo que to bem. Você é a quarta pessoa que liga hoje sabia?

— Quem mais te ligou?

— O padrinho, Himawari e Shikadai.

— Você tá sozinho no hospital?

— Não, não estou. Minha mãe sempre fica, mas agora ela deu uma saidinha para fazer um pagamento no banco.

— Tá tudo bem agora? Você... Você se lembra de como foi terrível o que aconteceu? – perguntou Sarada querendo saber se Boruto ainda convivia com as mesmas lembranças que ela.

— Eu lembro. Não gostaria de lembrar, mas eu lembro bem do seu olhar desesperado e de Ino pronta para atirar. Sarada, ela ia atirar. Se eu não fizesse nada...

— Eu sei. Foi por isso mesmo que eu te liguei, Boruto. Obrigada. Se não fosse por você, eu não estaria aqui agora e nem a minha mãe ou os meus irmãos.

— Não precisa agradecer, Sarada. Eu faria isso por você e por sua família um milhão de vezes se necessário. – Admitiu Boruto e Sarada começou a chorar.

— Obrigada. Obrigada. Obrigada. Nada que eu faça paga o quanto você se importa comigo, Boruto.

— Não precisa fazer nada, está bem? Só continue viva. Eu não saberia existir em um mundo em que você não viva. Quando você pensou ter perdido Inojin e quase enlouqueceu, eu sabia que me sentiria da mesma forma se algo acontecesse a você. Então, me atirar na frente da Ino e tentar arracar a arma da mão dela pareceu natural pra mim. Sei que foi arriscado, mas eu faria de novo e de novo.

— Boruto, eu amo você. – Confessou Sarada e Boruto demorou a responder.

— Você sente pena e gratidão. Não confuda. – Disse Boruto.

— Não, eu o amo. Percebi isso no momento em que estava prestes a te perder pra sempre. Você não sabe o desespero que senti ao te ver sangrando e desacordado! Pensei que ia morrer, Boruto! 

— Sarada...

— Me deixe terminar, está bem? Sei que nós dois não existe mais, eu sei. Não to te pedindo uma chance. Não é isso. Eu quero te pedir pra ser feliz com Yodo. Ela esteve ao seu lado o tempo todo, ela não arredou o pé do hospital por nenhum dia. Ela é muito mais merecedora de todo o amor que você sempre me ofereceu e que eu não soube aceitar. Por isso, eu estou ligando... É uma despedida. Eu não tive coragem de dizer tudo isso pessoalmente. Se você me pedisse pra ficar, eu fraquejaria...

— Não se preocupe, Sarada. Eu jamais te pediria pra ficar. Já entendi que você é como um pássaro que precisa voar. Não quero ser sua gaiola. Viva. Eu serei sempre o lugar para onde você pode voltar, chamar de lar... Serei sempre seu melhor amigo.

— Obrigada, Boruto. Mais uma vez, obrigada.

— Obrigado você. Yodo me contou sobre você não sair daqui nenhum dia assim como ela. Sei que se preocupou comigo, que me quer bem...

— Me perdoa por sempre ferrar a sua vida, Boruto! Desde que nasci só trouxe problemas para a vida dos outros... Quero a partir de agora me tornar solução.

— O que tem em mente?

— Na hora certa, você saberá... Todos saberão!

— Sarada, eu vou precisar desligar. Tá na hora da minha consulta com a psicóloga. – Avisou Boruto.

— Tudo bem. Boa consulta. Se cuida. – Despediu-se Sarada.

— Você também. – Respondeu Boruto.

Sarada desligou o telefone com um vazio no peito.

[...]

Na manhã seguinte,  Sarada arrumou suas coisas na mochila e saiu de casa para a faculdade. Antes de ir para Julliard, a Uchiha deixou Chouchou e Obito em suas respectivas faculdades. Depois, seguiu para sua aula. Pisar em Julliard e não ver Shinki a esperando era estranho. Por um instante, Saarada se perguntou se ele estaria bem e a resposta não demorou ao ver Konohamaru no corredor.

— Quem é vivo sempre aparece! – Exclamou Konohamaru passou um braço por cima dos ombros de Sarada.

— Tá tudo bem por aqui? – Perguntou Sarada ao veterano.

— Tá sim. Quer dizer... Eu ainda to tentando digerir a saída do Shinki da banda, mas é a vida. – Contou Konohamaru.

— O que? Ele saiu da bada? Quando? Como? – Questionou Sarada.

— Ele não te contou? – Konohamaru coçou a cabeça.

— Não... Eu não vejo Shinki há um tempo. – Confessou.

— Ele esteve aqui ontem e me contou que vocês terminaram.

— Ele está na cidade?

— Não sei se continua, mas ontem ele estava. Veio aqui trancar a faculdade, disse que o dever chama por ele em Suna. Agora que o pai dele é o Rei, Shinki ganhou o título de Duque e passou a administrar parte dos negócios da família. – Explicou Konohamaru.

— Não imaginava que ele fosse abrir mão dos sonhos dele...

— Sarada, ele me pareceu bem sereno quanto a decisão.

— Ele te disse o por que?

— Bem, ele contou que, após a morte do tio, as coisas em Suna ficaram complicadas. Então, como o pai dele estava sendo muito cobrado, Shinki decidiu oferecê-lo apoio.

— Eu incentivei ele a apoiar o pai...

— Ei, não se culpe! Shinki sabe o que faz...

— Tudo bem... Konohamaru, acho melhor a gente acabar com a banda. Eu também não me sinto no clima de cantar e tals...

— Já imaginava... A situação com a sua mãe foi complicada também né? Obito me contou quando retornou a Nova York.

— É. Eu to ainda me organizando emocionalmente.

— Eu entendo. Vou pra aula. Depois a gente se fala, Sarada! – Despediu-se Konohamaru.

— Até! – Sarada acenou.

[...]

Quando chegou ao apartamento, Sarada deparou-se com Shinki sentado em sua sala ao lado de Obito e Chouchou.

— Hey, Sarada... Olha só quem veio te ver! – Avisou Chouchou animada.

— Acho que vocês têm muito a conversar... Eu e Chouchou vamos dar uma saidinha para deixa-los à vontade. – Disse Obito se levantado e puxando Chouchou.

— Ah, mas eu queria tanto ficar! – Reclamou Chouchou.

— Não vê que eles precisam ficar sozinhos? – Rebateu Obito.

— Por favor, Chouchou. Eu e Obito precisamos conversar. – Pediu Sarada gentilmente.

— Ok, só porque você tá pedindo. – Avisou Chouchou lançando um olhar zangado para Obito.

— Obrigada. – Agradeceu Sarada e viu os amigos de despedirem de Shinki e sair.

— Tá tudo bem Sarada? – Perguntou Shinki assim que ficaram a sós.

— Na medida do possível, sim. E você? Konohamaru me disse que as coisas ficaram complicadas em Suna e que você trancou a faculdade. – Comentou Sarada.

— Ah, ele te disse. Bem, meu pai precisa de mim por enquanto, mas não se preocupe. Não farei nada de que possa me arrepender. – Sorriu.

— E a sua carreira? Seus sonhos? – Questionou Sarada, sentando-se ao lado de Shinki.

— A morte de meu tio me ensinou lições preciosas sobre quem sou, Sarada.

— Seu tio era um maluco! Igual a Ino! Por causa dele, quase morremos! Você tem noção disso? – Exasperou-se.

— Tenho. Não vim defender meu tio. Eu e meu pai sabemos bem que ele foi o principal motivo de toda a tragédia e nos envergonhamos disso. Como disse a você, a morte dele me ensinou coisas valiosas, consegui aprender com os erros dele...

— E o que quer dizer com isso?

— Quero dizer que, se meu tio abriu mão do amor de Sakura e quis recuperá-lo quando já não existia mais, eu não vou cometer o mesmo erro. Eu amo você, Sarada. Amo de uma maneira que eu nunca amei ninguém...

— Aonde quer chegar? – Sarada não estava entendendo.

— Conversei com meu pai. Então, ele conversou com o conselho e intercedeu por nós...

— Eles permitiram que você ficasse comigo? – Estranhou.

— Não, eles não permitiram. No entanto, tive a benção de meu pai.

— Como?

Shinki se ajoelhou em frente a Sarada. Retirou de seu bolso uma caixinha e abriu. Nela, tinha um lindo anel, uma aliança.

— Case-se comigo, Sarada! Eu prometo nunca abandoná-la, fazê-la feliz e honrarei cada promessa. Não importa o conselho! Meu pai nos deu sua benção! Eu ainda perderei o título e serei deserdado, mas eu não me importo! Eu quero construir uma vida nova com você!

— Shinki, não estou entendendo! Você trancou sua faculdade, disse que seu pai precisa de você e agora vem aqui pedir minha mão e dizer que renuncia ao título de duque?

— Sarada, vou lhe explicar... Shinki fechou a caixinha ao ver que Sarada não estava inclinada a aceitar o pedido.

— Por favor, me explique, pois não faz sentido!

— Fiz um acordo com meu pai... Se você aceitar casar comigo, eu perco o título, mas ganho o direito de ser feliz. Se você disser não, eu volto pra Suna, fico com o título e caso com quem meu pai definir...

— Shinki, isso é loucura!

— Eu estou entregando minha vida em suas mãos! – Shinki colocou a caixinha nas mãos de Sarada.

— Eu... Shinki eu...

— Aceite! – Insistiu Shinki com os olhos cheios de esperanças.

— Eu não posso. – Sarada devolveu o anel.

— Por que não? Pensei que a única preocupação fosse eu virar as costas para o meu pai, mas, olha, ele continuará ao meu lado, mesmo me deserdando! – Disse Shinki.

— Shinki, eu não posso aceitar seu pedido por uma razão muito simples.

— Qual?

— Descobri que amo Boruto.

— Pensei que ele pertencia a seu passado, não?

— Você não estava lá na hora da tragédia, não sabe como foi perturbador ver Boruto caído no chão, ferido, sangrando, desacordado... Eu fiquei todos os dias no hospital com ele e lá eu percebi que o que sentia por ele não morreu, pelo contrário, aumentou!

— Você disse que me amava, Sarada! – Rebateu Shinki.

— Eu sei, mas eu confundi estar apaixonada por você com amar de verdade!

— E o que sentimos foi mentira?

— Óbvio que não foi Shinki! Só que foram sentimentos em dimensões diferentes! Eu fui completamente louca por você! A ficha que esse sentimento não passava de uma paixão caiu quando estávamos em Londres, quando fomos atrás de Inojin. Naquela época, descobri que ainda sentia algo por Boruto... No entanto, foi só quando o vi ferido que entendi. Eu, finalmente, entendi o que é amar alguém.

— Sarada...

— Espere! Me deixe explicar! Você sabe o que Boruto fez por mim? E eu não falo só dele ter se atirado na frente de uma bala por mim não. Boruto esteve comigo em todos os momentos em que eu precisei. Ele me amou durante todos esses anos e eu o amei de volta, mas a vida nos fez escolher caminhos diferentes. Aí, no momento mais difícil de toda a minha vida eu quase o perdi e o sentimento de saber que eu o perderia para sempre me arrassou... – Sarada começou a chorar.

— Vocês estão...

— Não, Shinki. Eu nunca vou ficar com Boruto, mas isso não me dá o direito de te prender a mim! Você é jovem, bonito, interessante, bom! Você merece achar uma garota fantástica!

— Você é essa garota, Sarada!

— Não sou! Eu não sou digna do seu sentimento! Eu preciso ficar sozinha Shinki! Por favor, não coloque em cima de mim o peso da decisão sobre a sua vida!

— Você está abrindo mão de nós por nada?

— Shinki, não tem mais nós! Não existe nós desde Londres! Entenda isso e procure seguir a sua vida! Eu quero muito que você seja feliz, pois sei o quão maravilhoso você é! Preste atenção! – Sarada segurou o rosto de Shinki com as duas mãos e o olhou firmemente -  Você não merece abrir mão de tudo! Se a sua vontade é se tornar duque e administrar os bens de sua família, vá em frente! Não faça isso só porque eu não quero me casar com você! Se o seu verdadeiro sonho é brilhar nos palcos, volte para Julliard! Sei que é talentoso! Só não coloque o peso da decisão que pode mudar a sua vida para sempre em minhas mãos como Sasori fez com minha mãe! Ele a culpou a vida inteira por não ser feliz e achou que só ela era capaz de tal feito! Quando, na verdade, foi ele que escolheu ser infeliz.

— Tem razão, Sarada! Eu preciso escolher sozinho...

— Então, o que escolhe?

— Não vou conseguir fazer você mudar de ideia?

— Não.

— Escolho Suna. Aprendi com a morte de meu tio que nossas raízes são reflexos importantes do que somos. Quero servir de exemplo pros meus primos e ajudar Nagato a governar no futuro! Sei que meu pai é um homem de fibra, mas ele precisa de ajuda.

— Será feliz lá?

— Eu espero que sim. Meu pai irá procurar por uma esposa pra mim.

— Procure você uma esposa! Não deixe ninguém decidir por você nunca! Sua vida, suas escolhas. Entendeu? – Sarada sorriu e piscou.

— Boruto é muito sortudo de ter o seu amor.

— Shinki, Boruto está feliz com Yodo.

— Não vai lutar por ele?

— Sei qual é o meu lugar.

— E onde é o seu lugar?

— Por enquanto, é aqui. No fim, irei para Konoha ficar com minha família.

— E o amor? Abdicou do amor?

— Talvez algum dia eu aprenda a amar alguém e faça por merecer esse sentimento. Quero me redimir...

— Sarada, você não errou.

— Errei. Eu errei com Inojin, com Boruto, com você. Eu não to pronta. Eu tenho que aprender a amar e isso inclui pensar no outro. Percebi que algumas vezes fui egoísta e me coloquei em primeiro lugar achando que era amor próprio quando não era.

— Acho que você cresceu um pouco com todas essas situações não? – Disse Shinki se levantando do sofá e se encaminhando até a porta.

— Fui obrigada a isso.

— Então, é melhor eu ir. Preciso voltar a Suna.

— Shinki, obrigada por tudo viu? Eu me sinto honrada pelo pedido de casamento.

— A honra foi minha de conhecê-la, Sarada. – Shinki a abraçou por um breve momento e partiu.

Quando ele foi embora, Sarada sorriu. Tinha tomado a decisão certa. Shinki merecia mais do que ela poderia oferecer. Rezava para que algum dia ele encontrasse a garota certa, uma nobre maravilhosa que pudesse ajudá-lo em sua caminhada.


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Notas finais do capítulo

Sim, Sarada e Shinki terminaram de vez! O que vocês acharam disso? E da conversa dela com o Boruto? O que será que vai acontecer? Quero saber de vocês! Até o próximo capítulo! ♥



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