A Nova Influência escrita por British


Capítulo 37
Ser rainha


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Tudo bem? Boa leitura! *-*



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Yodo estava na pensão estudando os conteúdos de suas aulas do dia, quando seu olhar repousou sobre o chaveiro em forma de coroa. De repente, sua mente voou para Suna. Yodo lembrou-se de seus pais, de eu irmão mais velho e, é claro, do velho desejo deles de que ela fosse Rainha. Quantas brigas mesmo tiveram sobre o assunto? Como um título poderia ter tanto peso na vida de uma pessoa? Quando Yodo virou as costas para tudo, sabia que tinha tomado uma decisão séria, sem volta. Aquele chaveiro em forma de coroa havia sido um presente de seu irmão, Deidara, que em seu último aniversário havia lhe dado dizendo que não importava que decisão fosse tomar, pois sempre seria sua rainha.

Yodo sentia falta de seu irmão. Talvez, ele fosse a melhor pessoa de sua família, o que tinha menos interesses escusos. Deidara chegou a defendê-la perante o pai algumas vezes, mas, em nenhuma delas, conseguiu convencê-lo a deixar a caçula trilhar seus caminhos sem ter que cortar laços com aqueles que amava. O olhar de Yodo ainda estava triste com a lembrança, quando Boruto chegou a seu quarto.

— Oi, amor. – Disse Boruto, após selar os lábios de Boruto.

— Oi, amor. – Respondeu.

— Ei, que olhar triste é esse? Você tava chorando? – Perguntou preocupado.

— Estava lembrando da minha família. – Yodo pega o chaveiro em forma de coroa e mostra a Boruto – Isso é tudo que me restou deles.

— Uma coroa. – Disse Boruto, analisando o objeto com cuidado.

— Meu irmão me deu isso antes que eu partisse.

— Ele também queria que você se tornasse rainha? – Boruto devolveu o objeto.

— Só se essa fosse minha vontade. Meu irmão era meu melhor amigo, meu cúmplice. Sinto falta dele. – Confessou.

— Não podem se falar?

— Não é a mesma coisa. Além disso, se papai descobre que ele não cortou laços comigo, pode brigar com ele. Não seria bom.

— Ser nobre me parece muito chato. Vocês têm muitas regras, muitas funções. Eu pensava que era diferente. – Admitiu Boruto.

— O glamour das revistas existe, Boruto. Eu cresci envolta da riqueza, do luxo, da fartura. Não digo pra você que é horrível ser de uma família nobre, mas a verdade é que se paga um preço alto se os seus desejos vão além do que é permitido.

— Você teve que virar as costas para a sua família por não querer ser rainha?

— Eu sou idealista, Boruto. Desde criança, queria ser médica. No entanto, desde criança também, minha mãe virava pra mim e dizia que eu poderia ser médica desde que meu marido permitisse. Aos oito anos, eu não entendia muito bem o que isso queria dizer. Quando achei que me casaria com Shinki, pensei que essa norma não afetaria minha vida, pois Shinki era bom e me deixaria ser médica. Quando Shinki virou as costas pra mim e meu pai me contou sobre o noivado com Nagato, eu soube que meus sonhos estavam prestes a serem descartados. Como rainha, eu nunca seria médica. – Contou.

— Mas por que?

— Uma rainha em Suna tem outras funções. Eu poderia estudar, mas jamais poderia exercer. Fora que eu nunca amei, Nagato. Casar-me com ele, traía um dos meus princípios mais fortes, o da busca do amor verdadeiro.

— E aí você arrumou as malas e partiu?

— Não tive outra opção. Com ajuda de Deidara, fugi no meio da noite, deixando apenas uma carta. Meu irmão me deu dinheiro e disse que ajeitaria tudo para que eu cursasse a faculdade em um lugar distante. Quando cheguei a Konoha, pensei que era o paraíso. Aqui eu sou livre, Boruto. Conheci Mirai, Shikadai e os dois me falaram de você, do quão era justo. Eles me contaram do seu coração partido e da sua idealização de amor, então eu achei que a gente combinava e fui atrás. Nunca fui de não ir à luta pelo que quero.

— E me conquistou.

— Ainda bem. Pensei que Sarada seria um obstáculo...

— Ela poderia ter sido...

— Você, realmente, a esqueceu?

— Sarada faz parte de mim, Yodo. Você consegue compreender?

— Acho que sim... Sabe, quando vi Shinki percebi que me sinto da mesma forma que você pela Sarada. Há um laço que, por mais que tentemos cortar, continua atado.

— Yodo, você me ama?

— Você sabe que sim – Yodo acariciou o rosto de Boruto – Eu fiquei todos os dias e noites ao seu lado enquanto estava ferido, rezando para que quando acordasse fosse comigo que quisesse ficar, mesmo que Sarada estivesse lá, agarrada como um carrapato em você.

— Ficou com ciúme?

— Como não ficar? Minha rival ali, arrependida, com os olhos transbordando de amor...

— Yodo, ela não me ama. Devia estar sentindo pena, gratidão... Mas Sarada não é capaz de me amar.

— Está enganado, Boruto. Ela o ama e talvez seja isso que mais me doa, porque, embora você me adore, você nunca olhou pra mim com o mesmo afeto que olha para ela. Sarada te perturba.

— Mas eu escolhi você.

— Que bom! Porque eu não vou entregar os pontos! Eu te amo! – Yodo beijou Boruto, que correspondeu e a sentiu. O gosto de Yodo era diferente e bom, o confortava.

— Posso dormir aqui hoje? – Pediu Boruto.

— Tava esperando esse dia chegar... – Confessou Yodo, já emaranhando seus dedos nos cabelos do amado e o puxando para um novo beijo, enquanto caminhavam lentamente para a cama onde se amariam pela primeira vez como amantes.

 

[...]

 

Após devidamente instalada em seu aposento real, Hanabi convocou Shinki para passear com ela nos jardins do palácio. Apesar de ir contrariado, ele foi. Gaara havia dado essa missão para ele.

— Você me olha com uma cara tão feia. O que eu te feliz? – Perguntou Hanabi.

— Você já esqueceu de todas as vezes que me acusou de coisas que eu não fiz? – Reclamou Shinki.

— Era coisa de criança. Olha, eu cresci. – Avisou.

Shinki então passou seus olhos por todo o corpo de Hanabi e, sim, ela tinha crescido. Hanabi estava mais bonita, muito diferente, mas algo lhe dizia que ele não podia confiar nela. Desde que a conhecera, Shinki sabia que era traiçoeira.

— Você não me engana. Uma vez uma peste, sempre uma peste. Que Deus proteja Nagato de você! Hanabi Hyuuga é sinônimo de problema. – Disse Shinki.

— Eu não sou tão ruim assim. Acha que serei uma má rainha?

— Não sei, mas eu não confiaria uma posição tão alta a você. Por acaso, Hanabi, você se lembra de Nagato?

— Lembro. Cabelos vermelhos, olhos tristes e um tanto indiferente a garotas. Como ele é agora?

— Cabelos ainda vermelhos, olhos igualmente tristes, não tão indiferente a garotas, mas com o coração partido pela perda do pai. Você seria capaz de amá-lo? – Questionou Shinki.

— Bem, sou capaz de conquistá-lo. – Sorriu convencida.

— Como pode ter tanta certeza? – Arqueou a sobrancelha.

— Intuição feminina. Aliás, se eu quisesse, você também cairia aos meus pés.

— Não to interessado nisso.

— Ainda apaixonado por Yodo?

— Na verdade, ainda apaixonado por outra garota que você não conheceu.

— Quem é?

— Sarada Uchiha, mas acabou. Meu pai vai procurar uma nova esposa pra mim.

— Se eu não fosse me tornar rainha, casava com você. Sou caridosa.

— Hanabi, nem que você fosse a última garota na face da Terra eu casava com você.

— Tem certeza?

— Tenho.

— O que não gosta em mim?

— Não gosto do seu jeito despachado, não gosto das brincadeiras de mau gosto, não gosto da sua intuição feminina. – Listou Shinki.

— Bem, são muitas coisas... – Hanabi parou para pensar.

— Bem, pense em como ser agradável com Nagato. Ele está passando por uma fase difícil e tudo que ele não precisa é de uma esposa chata e frívola. – Afirmou Shinki.

 

[...]

 

Sarada debruçou-se sobre os estudos. Se sua vida amorosa estava um desastre, ela não ia deixar que a vida profissional se tornasse também. Focada, virava noites e mais noites estudando. Não demorou e havia se tornado a primeira aluna da classe. Além disso, Sarada voltou com o espetáculo na Broadway. Se tonar uma violinista muito conhecida era seu sonho e, em parte, havia sido conquistado. No entanto, para se focar de uma vez na música, Sarada resolveu se afastar do site La Haruno.

— Tem certeza disso, querida? – Perguntou Sakura por telefone a filha.

— Tenho, mãe. Agradeço a confiança em me dar um espaço no seu blog, mas eu quero focar em outras coisas no momento. – Afirmou a Uchiha.

— Não deseja mais ser uma digital influencer? – Questionou Sakura.

— Talvez, isso não seja pra mim. Eu admiro muito seu trabalho, suas conquistas e foi uma honra fazer parte desse mundo de influenciadores, mas meu caminho é outro mãe. Meu caminho é a música e a ele vou me dedicar. – Disse Sarada.

— Tenho certeza que vai brilhar ainda mais, querida. Como andam as coisas aí? E Chouchou com Obito?

— Andam bem. Tenho pegado todo meu tempo livre para estudar. Já Chouchou e Obito estão bem, apaixonados, curtindo a vida. Realmente, para uma pessoa que perdeu os três pretendentes de uma só vez não é nada animador.

— Filha, você perdeu seus pretendentes porque quis.

— Eu sei, mãe. Com Inojin não tinha mais jeito, Boruto merece coisa melhor e Shinki é complicado demais.

— Você não se acha mesmo merecedora do amor de Boruto?

— Ele está feliz com a tal da Yodo, não? Que permaneça assim.

— Bem, eles estão namorando. Isso é verdade. Não vai tentar conquistá-lo?

— Não, a senhora sabe como eu me sinto não é mesmo? Ele é bom demais pra mim e pelo que ouvi dizer a tal Yodo é tão incrível quanto ele. Nasceram um para o outro. Quem sou eu para atrapalhar isso?

— E o que pretende fazer para matar esse sentimento?

— Não sei. To tentando ocupar a cabeça com outra coisa, com música. Bem, e meu pai como esta?

— Está bem. Sasuke arrumou um segundo emprego, sabia? O escritório de engenhara do tio Madara vai se instalar em Konoha e Sasuke vai prestar serviço para ele. Seu avô está animado também.

— Claro que está! Vovô nunca se conformou que papai não seguiu a carreira brilhante que ele planejava.

— Ser professor dá muito orgulho a seu pai, mas pode ocupar uma posição como engenheiro também o agrada. Enfim, seu pai está muito satisfeito.

— Fico feliz pelo papai. E os meus irmãos?

— Crescendo lindos e fortes em minha barriga. Mal vejo a hora de vê-los nascer. Você vem para o parto, não?

— Sim, mamãe. Quero muito ver Indra e Ashura.

— Bem, eu preciso desligar porque tenho que escrever alguns posts, mas não deixe de dar noticias está bem?

— Claro, mamãe.

— Coma bem e durma bem também! Sei que está estudando bastante, mas não extrapole! – Ordenou.

— Seguirei seus conselhos, mãe! Não se preocupe! Eu te amo!

— Também te amo! Beijos!

— Beijo!

 

[...]

 

Sasuke chegou em casa e estranhou as luzes estarem todas apagadas. Preocupado, foi correndo até o quarto e achou Sakura dormindo profundamente. Ele suspirou aliviado. Desde que Ino raptara sua esposa, Sasuke ia trabalhar todos os dias pensando se alguma coisa a mais poderia acontecer com ela e seus filhos. No entanto, com a morte tanto de Ino quanto de Sasori,  Sasuke estava começando a acreditar que tempos de paz viriam.

Após trocar de roupa, Sasuke observou Sakura dormir por um longo tempo. Vê-la dormindo como um anjo, o fazia sorrir. Finalmente, tinha a família que tanto sonhou ter. De repente, Sakura se mexeu e levemente despertou.

— Já chegou? – Perguntou Sakura, ainda meio grogue de sono.

— Sim, você estava dormindo tão profundamente que fiquei com pena de te acordar. Precisa repousar, meu amor. – Disse Sasuke beijando a testa da esposa.

— Sasuke, eu estou grávida e não doente. – Chiou, já se ajeitando nos braços do marido, que a aconchegou.

— Eu sei, mas quero zelar por você e por nossos filhos. – Admitiu.

— Nós ficaremos bem. O que me preocupa é Sarada. – Confessou Sakura.

— Falou com ela hoje?

— Sim, ela não quer mais ser uma digital influencer.

— E que mal tem nisso? Desculpe, meu amor, mas nunca simpatizei com essa escolha de Sarada, Talvez, ela tenha visto que sua vida é muito exposta e tenha avaliado melhor depois dos últimos sustos.

— Sasuke, sei que minha carreira sacrifica algumas coisas. O que me preocupa não é a decisão de optar por outro caminho, mas o que a levou a isso.

— Não entendi.

— Acho que Sarada está se preparando para se isolar.

— Como assim?

— Outro dia Obito me ligou igualmente preocupado e disse que Sarada teve uma conversa com Chouchou sobre abandonar Julliard.

— Por que ela abandonaria algo que lutou tanto para conquistar?

— Então, eu não sei! É isso que está me agoniando. Ela só diz que o caminho é a música, mas que caminho seria esse? Atuamente, ela é a primeira aluna da classe, seu espetáculo é o mais visto em Nova York. Sarada é uma estrela que decidiu que não quer mais ser uma. Entende a gravidade disso?

— Querida, se está preocupada, fale com ela.

— Eu já falei e ela afirma que tá tudo bem.

— Então, não se preocupe. Sarada nunca mentiria para nós ou nos esconderia algo grave. – Sasuke a tranquilizou.

— Como tem tanta certeza?

— Ela é minha filha. Eu a conheço como a palma da minha mão. Sei dos truques de Sarada. Ela não está escondendo nada.

— Mesmo assim, devemos ficar atentos.

— Ok, mas se preocupe mais com a gravidez. Você precisa de repouso. De estressante já basta a carreira que você arrumou. Nem na sua pausa você para de trabalhar.

— Eu falei que ia dar uma pausa nos eventos, mas nada disse sobre meus posts no blog ou sobre as coleções que preciso desenvolver.

— Ok. Não vou reclamar. Agora, volte a dormir.

— Tudo bem, mandão!


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo? O que acham da história da Yodo e sua família? Acham que o Deidara vai aparecer ainda nessa temporada ou só na próxima? E o que Sarada está pretendendo fazer? E será que a gravidez da Sakura será boa ou vai ter algum problema? Algum palpite? Bjs e até o próximo capítulo! ♥



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