Aprendendo a Mentir escrita por Starsky


Capítulo 39
Capítulo 38 — A morte de “Grindelrose”.


Notas iniciais do capítulo

Eu sou a pessoa que desaparece, mas sempre volta kkkkk tipo um gato vira-lata. Posso sumir? Posso, mas eu volto! kkkkkkk
OLÁ, MEUS AMORES! HÁ QUANTO TEMPO?! (esquiva das pedras) Eu não sei se um dia vocês vão me perdoar por deixar meses com o final do último capítulo como ele estava e sem notícias de vida. Esse foi um semestre bem difícil pra mim, escrever acabou sendo uma das últimas coisas que consegui voltar direito e concretamente. PORÉM, eu voltei! E voltei sem saber muito o que fazer se não fugir das pedras kkkk. Conversamos mais no final. Agora, só quero desejar um BOM RETORNO A TODOS! SEJAM BEM-VINDO DE VOLTA! E não desistam de AaM.

Esse capítulo é dedicado à linda e maravilhosa Angie (u/213272/) que sempre fez reviews que mexeram com meu coração e que fez uma recomendação que me apertou o peito de tanto amor. Cara, você é incrível! Obrigada por existir!
E também é dedicado à Sofia (u/813423/) que mandou uma recomendação quando eu mais estava precisando ler! Sério, você não tem noção do quanto foi importante!

Boa leituraaaa!



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 Capítulo 38: A morte de "Grindelrose".

Rose

— Você o quê?

Roxanne não gritou como Rose esperava. Não bateu nela. Não saiu sem dizer nada e nem mesmo procurou por qualquer objeto pontudo para matá-la. Não, foi pior. Ela a encarou com o olhar frio e claramente decepcionado.

Doeu. Tudo doeu, e por isso Rose se encolheu mais ainda, sentada no seu banco da cabine do Expresso Hogwarts. Deixou a cabeça recostada na janela e fechou os olhos. Não queria chorar, não mais.

— Eu não consegui voltar, Roxanne — argumentou com um suspiro pesado. Se abrisse os olhos, veria novamente a cara da prima. — Eu sei que deveria ter voltado, mas não deu. Agora ele não quer olhar mais na minha cara. Tentei falar hoje de manhã, na hora do café, mas ele se levantou e foi embora. Depois fiquei esperando na saída, mas passou direto por mim com o Albus. Até fui atrás da cabine dele! Bastou me ver, para Scorpius bater a porta na minha cara.

— Não, não. — Ela sacudiu a mão na frente do rosto. — Eu quero entender como Jasper Wood te convenceu a isso. Porque você disse que estava apaixonada pelo Scorpius e…

Roxanne não terminou de falar. Ela viu o rosto de Rose se retorcer e o peito estufar em mais nervosismo ainda. Simplesmente não conseguia respirar. 

Mesmo assim, Rose perguntou:

— Você me odeia, não odeia?

Se havia algo que Rose tinha medo de verdade era de Roxanne a deixar. Mesmo vendo seus piores lados, sempre esteve com ela; sempre cuidou para que não se sentisse sozinha. Porém, ali, sabendo o quanto a prima também gostava de Scorpius, Rose temeu a rejeição da única pessoa que poderia ficar ao seu lado, ainda que a achasse errada.

No entanto, Roxanne apenas se levantou do seu lugar e se sentou no banco de Rose, passando a mão por cima do seu ombro.

— Eu nunca seria capaz de te odiar, Grindy. — Abraçou-a meio de lado, ainda que suspirasse. — Ter raiva de você? Pfff, isso é fácil. Querer te esganar porque me acordou cedo demais ou porque magoou meu amigo Scorp? Normal. Mas eu nunca te odiaria. Quero saber o que houve porque, se você tiver vacilado, eu também quero te ajudar a consertar as coisas. Saiba que independente do que acontecer com Scorpius, eu sempre estarei aqui para te ajudar. Não existe isso de escolher ou você ou ele.

Rose a encarou por um momento e soltou:

— Mesmo que eu seja a errada da história?

— Ah, querida… Se você matar alguém, eu te ajudo a esconder o corpo.

As duas assentiram uma para a outra, como se fosse um acordo de damas. Se Rose não tivesse se apaixonado por Scorpius, ela ia querer que Roxanne e ele se aproximassem como um casal. Eram as melhores pessoas que conhecia. Ele merecia alguém incrível como Roxie Weasley.

E foi assim que começou a contar…

 

Algumas horas antes.

 

Malfoy? — Jasper deu um meio riso desacreditado. — O “Sombra do Albus”?

Rose pressionou os olhos e cruzou os braços, respondendo num tom nada amigável:

— Ninguém chama mais ele assim. Mas, é. É Scorpius. Há algum tempo, vem sendo o Scorpius.

Tinha saído de perto dele com o coração quase saindo pela boca para encontrar Jasper. Ele pediu que o acompanhasse até perto da saída porque precisava lhe dizer algo importante. Por mais que Rose só olhasse para trás e enrolasse os cabelos soltos na lateral do corpo, inquieta, ela ainda o seguiu. Scorpius a esperava, tinha que ser rápida, então não tinha tempo de discutir.

Foram de volta ao salão, onde Jasper se despediu de dois amigos e de Slughorn, mas não direcionou nenhuma outra palavra a Rose. Então, saíram e subiram um pouco as escadas.

Foi quando ele perguntou se ela estava com Scorpius.

A pergunta a pegou de surpresa. Rose engoliu a seco. Foi seu cabelo solto que a denunciou? A boca estava inchada pelos beijos? O perfume dele certamente havia ficado em sua roupa. 

Sim, ela respondeu. Foi aí que Jasper apareceu com aquela velha cara de quem não acreditava no que estava ouvindo, mas já imaginava que aquilo estivesse acontecendo bem na sua frente; a mesma cara que fez quando contou a ele que queria ser escritora, três anos atrás. Sorriu de lado e balançou a cabeça. Parecia estar escutando uma piada sem graça.

— Ele não te merece, Rose. — A voz de Jasper soou quase como uma brisa fria de Outono. Mas a estação já havia terminado, e ele tentou segurá-la com uma mão em sua cintura para que Rose não fugisse dali. — Olha para você. É a pessoa mais inteligente que conheço, mais divertida e bem resolvida. Por que enrolar um pobre coitado como ele? Vocês estão namorando?

Ela entreabriu a boca, mas não conseguiu dizer nada. Ainda não havia dado sua resposta. Mas sabia exatamente qual seria.

— É complicado e vem sendo complicado há meses — disse, tentando segurar um sorriso tímido. — Ainda que eu ache que minha família não gostaria de me ver namorando com um Malfoy, ele é… Ele é o Scorpius. E eu estou apaixonada por ele.

— Então, eu não tenho mais chance?

Os olhos de Jasper encontraram os seus um pouco mais sérios e um pouco mais sofridos também. Parecia um cachorro sem dono, alguém que tinha perdido parte do seu chão.

— Jasper, eu…

— Você acabou de me dizer que sua família não iria gostar — argumentou antes que Rose pudesse responder. — Lembra do que me falou da sua mãe na época que a gente namorava? Da cicatriz? Ele é um Malfoy, a fruta não cai tão longe da árvore. Como acha que sua mãe vai reagir quando souber que está gostando de alguém como ele?

Ela mordeu o próprio lábio inferior. Jasper nunca falou daquela forma com ela. Nunca tentou manipulá-la antes. Por isso, Rose deu dois passos para trás, soltando-se dele.

— Olha, é melhor parar de falar isso agora, senão você vai dizer coisas que não deveria.

— Mas é a realidade, Rose. — Os mesmos dois passos que a moça fugiu, ele a seguiu, desta vez segurando a cintura e a sua mão. — Se bem que, talvez não seja esse o problema real.

Foi quando ele a fisgou pela curiosidade. Rose franziu as sobrancelhas, encarando o rosto dele.

— O que quer dizer?

— Você pode até achar que está apaixonada por Scorpius Malfoy, mas a verdade é que tem vergonha dele — disse com a voz rouca. Foi como se duas facas entrassem em Rose, uma no peito e outra na barriga. — Não estou certo? É por isso que não estão juntos. De alguma forma, ele entrou na sua cabeça e no seu coração, mas, se parar para pensar bem, não é por medo da reação da sua família que você não faz nada. Há meses que está sendo complicado, não é? É porque você tem vergonha que ele é tão desengonçado e sem graça. Ele é filho de um Comensal da Morte.

— Não, não é por isso. — Os olhos de Rose arregalaram em conflito consigo mesma. Ela recusava aquilo com todas as forças. Até mesmo apontou o dedo da mão livre na direção do rosto de Jasper, sentindo o rosto pegar fogo. — E é melhor parar de falar do Scorpius. Eu te avisei que ele está sob a minha proteção.

— Eu estou tentando abrir seus olhos para o fato de que ele não deveria se meter entre nós! — Rose tentou recuar, mas ele continuou a segurá-la. — Rose, você nem mesmo dá moral a ele. Passou a festa toda o evitando! Você não quer Scorpius Malfoy de verdade, você só quer atenção. Sempre quis. E olha eu aqui, toda minha atenção, todo meu amor é seu!

Rose se sentiu traída por si mesma naquele instante. Nunca havia pensado em si mesma daquela forma que Jasper colocava: que ela só queria atenção, que não queria estar mesmo com Scorpius. Lembrou-se quase inevitavelmente de James Sirius a chamando de megera, do apelido que Roxanne lhe deu a comparando a Grindelwald, do medo que causava e da repulsa que seu nome trazia a tanta gente.

Por muito tempo, foi melhor ser temida do que amada. Era, afinal, admirada por sua cabeça, por sua postura e por sua responsabilidade, mas, quando parava e pensava sobre si mesma, conseguia apenas se comparar à bondade de Scorpius. Sentia-se mesmo a megera. Sentia muito mais seus próprios espinhos do que seu nome de rosa.

Por isso, ela parou. Não era ela quem deveria sentir vergonha de estar com Scorpius.

Scorpius logo iria ver o quão incrível era. Ele sentiria vergonha de andar com alguém como ela que precisava se esforçar para ser uma boa pessoa. Por Merlim, onde já se viu isso? Rose mordeu o próprio lábio na angústia que aquilo lhe causava. Quando Scorpius percebesse, seria ela quem ficaria sozinha.

Jasper aproveitou aquele instante de realização e autoconsciência silenciosa.

Ele a puxou de uma vez, segurando-a com os lábios sobre os dela. Rose ficou parada, abrindo os olhos furiosamente por um longo instante. Longo demais, enquanto os olhos de Jasper se fechavam graciosos e ele grunhia como se estivessem realmente se beijando, não apenas encostando os lábios de um jeito tão estranho!

Rose sabia que não era o que queria, mas não foi bruta ao se afastar. Não, ela sabia que podia ser melhor. Scorpius lhe ensinou isso. Por isso, soltou-se com calma dos braços de Jasper, afastando o rosto para o lado e livrando-se do beijo dele.

— Entendo — sussurrou Jasper, dando um passo para trás e erguendo as mãos, como se isso o declarasse inocente. — Não vou tentar te beijar outra vez.

— Agradeço. — Ela engoliu a seco, tornando a encará-lo. — Eu preciso voltar, Scorpius está me esperando.

— Vai contar a ele?

Estava prestes a girar os calcanhares e correr todos os degraus e corredores para voltar aos braços de Scorpius quando ouviu aquilo. Foi como se um trovão rompesse seus sentidos e a paralisasse.

— O que? — A pergunta quase engasgou.

— Que nos beijamos — falou Jasper com um meio sorriso de lado. — E que ele não deveria alimentar as esperanças porque você e eu fomos feitos um para o outro.

Algo embrulhou no estômago de Rose. Foram as mesmas palavras que ele usou quando se despediram em Hogwarts e terminaram o namoro, logo após a formatura dele. “Fomos feitos um para o outro”.

— Acho que não deveria contar — continuou ele em tom condescendente — que tem vergonha dele. Logo ele vai se dar conta disso, e você vai despedaçar ainda mais o coração do rap-

Não terminou de falar, foi interrompido com o surto de Rose, que o socou diretamente no nariz! Jasper cambaleou nas próprias pernas e caiu no chão pelo sobressalto e pelo encontro do seu rosto com o punho fechado de Rose Granger-Weasley.

— Rose?!

— Eu não suporto que falem comigo nesse tom, nem mesmo você — rosnou com os olhos prensados. — Boa noite.

Ela virou o corpo de uma vez e segurou-se até dobrar o corredor e sair de vista. Só então começou a sacudir a mão freneticamente! Argh! Ninguém nunca lhe avisou como socar a cara de alguém doía tanto!

Saiu gemendo de dor escadaria abaixo, voltando entre xingamentos e resmungos sobre a situação, sobre o beijo, sobre a mão doendo e principalmente sobre a porcaria da ideia que Jasper enfiou na sua cabeça. Scorpius não deveria gostar dela, não tinha motivos para isso.

“Rose é como fogo” disse ele. Isso não era suficiente, não depois de tudo que fez com ele. Achava que tinha se redimido com tudo que fez por ele também, mas não tinha, de verdade. Ele estava passando de si, estava crescendo. E ela? E Rose Weasley? Rose foi beijada por Jasper. Estremeceu por isso, lembrando do toque dele sobre os lábios que Scorpius havia beijado minutos antes. Não podia lhe contar isso, nunca!

Lentamente, os passos de Rose foram diminuindo.

Parou e deixou as costas colarem à parede fria do corredor com os dedos sobre a boca. Era egoísta demais em querer aquilo para si, em tomar um pedaço de Scorpius e transformá-lo em uma criatura tão mesquinha, maldosa e enganadora quanto ela mesma.

Devia ser Rose a pessoa a entrar na Sonserina.

Ou melhor, estaria Rose enganada sobre a Sonserina no final das contas? O Chapéu Seletor era mais velho e mais sábio, se ele não errou… Rose era que havia se enganado em tudo que tinha como certeza até então.

E ela não permitiria a si mesma infectar Scorpius, seu precioso Scorpius, com o horror.

 

Atualmente.

 

— Por isso eu fui embora — falou depois de toda explicação, suspirando. — Jasper estava só meio certo. Eu era a pessoa errada da relação com Scorpius esse tempo todo, e agora o próprio Scorp vê isso. Talvez Jasper e eu realmente tenhamos sido feitos um para o outro.

Roxanne escutou tudo, quieta. Não retrucou, não respondeu, não fez piada e nem se levantou com raiva. E quando finalmente a Weasley ruiva terminou de falar, Roxie massageou as têmporas e encarou a prima. Seus braços abriram, e ela surpreendentemente… abraçou Rose.

— Eu nunca mais vou te chamar de Grindelrose.

Foi o que disse num tom calmo, apertando a outra, que não retribuiu o abraço, mas também não se moveu.

— Roxanne, eu…

— Eu sei que você age com o nariz empinado para se proteger das próprias inseguranças — continuou Roxanne, afundando o rosto no ombro dela. Rose fez o mesmo. — É uma couraça. Você não precisa dela, Rose. Não precisa ter medo de ser feliz.

Ela sentiu o corpo estremecer. Odiava a sensação de impotência. Parecia que tinha diminuído de tamanho, perdido alguns centímetros nas pernas, que estariam bambas se estivesse de pé.

— Eu não sou uma pessoa medrosa, Roxie. Eu nunca fui — murmurou baixinho, apertando-a de volta finalmente. — Eu sou a filha forte dos Granger-Weasley, a prima chata que todo mundo se compara, a primeira da turma, a…

— Você é só uma garota. — Roxanne soou como quem sorria, mesmo que Rose não pudesse ver. — E está tudo bem não ser a melhor ou a mais assustadora, você pode ser só uma adolescente e já vai ser muita coisa. — Então, ela afastou o rosto para que as duas pudessem se encarar. — Não é a pessoa terrível que se prega. Poxa, não é nem mesmo tão ruim quanto eu falo! Tem seus defeitos, claro, mas quem não tem? Você é, na verdade, incrivelmente esforçada e impressionantemente brava. Brava de bravura mesmo. E Scorpius enxerga isso, eu enxergo isso, por que você só vê o pior? Ou melhor, por que só quer ser a pior? Que graça há nisso?

Os lábios de Rose afinaram lentamente, e ela ficou inquieta no banco. Queria que aquilo fincasse na sua cabeça como prego forte e a fizesse entender cada palavra. Mas as evidências eram contrárias, isso Roxanne não entenderia.

— Eu queria que você estivesse correta nisso. — Balançou a cabeça e não conseguiu mais olhar nos olhos dela. — Mas eu traio, eu brigo, eu xingo, eu assusto. Droga, Roxie, eu sou perversa! Enganei não só ele, mas você, todos da nossa turma e nossos professores e até mesmo Jasper para pensarem que posso ter um lado bom. Eu quero ser melhor pelo Scorpius e-

Roxanne ergueu uma mão na frente do nariz de Rose, parando-a quase instantaneamente.

— Vamos começar do começo? Você nunca me enganou, Rose. De onde tirou isso?

— Eu…

— Nós nos conhecemos desde que eu nasci — interrompeu-a novamente, desta vez com um erguer de sobrancelhas incisivo. — Seja honesta comigo, superespiã. Acha mesmo que é capaz de me enganar vinte e quatro horas por dia durante dezesseis anos? Ou vamos diminuir o tempo, você se tornou amiga de Scorpius há meses, acha mesmo que tem habilidades mentirosas o suficiente para fazê-lo gostar de você quando nem estava nos seus planos? Totalmente sem querer?

Rose odiava quando Roxanne era irônica assim, ia bem fundo nas suas convicções e ainda fazia isso com toda a razão. Só seguiu negar com a cabeça em resposta.

— Não sou tão habilidosa assim, você tem razão.

— Ótimo. Em segundo lugar, se você quer melhorar como pessoa, faça isso por si mesma. Scorpius é meu cristalzinho, meu melhor amigo homem, mas, se você quer mudar, se quer ser uma pessoa melhor, comece enxergando que você não precisa mudar por ninguém, só por você mesma. — Ela balançou a cabeça ligeiramente, suspirando. — Parece a mesma coisa que eu vi o Scorp passar no início com a ideia de querer ser popular para agradar aos pais.

Rose ameaçou abrir a boca. Só ameaçou. A mão de Roxanne lhe impediu novamente de fazer qualquer som.

— Em terceiro lugar, você e Scorpius são muito burros — continuou a garota, revirando os olhos. — Por que você deu cabimento ao que Jasper falou?! Se desde o início tivesse dito ao nosso Malfoy que estava apaixonada por ele, as coisas seriam completamente diferentes. Mas não! Você tinha que deixar seu ex-namorado falar besteira e enfiar minhocas na sua cabeça.

— Ele não enfiou minhoca na minha cabeça, Roxie — retrucou a ruiva. — Se eu já não pensasse qualquer coisa parecida, ele nunca teria…

— Cala a boca, Rose. Pelas barbas de Merlin! — Roxanne bufou, balançando a cabeça com indignação. — Foi o idiota do Scorpius que insistiu que você fosse com Jasper. Então me diz, se você não tivesse escutado o que ele disse, se não tivesse pensado o que pensou naquela hora. O que ia dizer ao Scorpius? Ia pedir um tempo para pensar? Ia dizer não? Ou ia beijar ele e dizer para todo mundo que está apaixonada por Scorpius Hyperon Malfoy e que o mundo se foda?!

Os olhos não desviaram do rosto da prima. Não saíram dali. Porém, Rose sentiu todo o ar sumir de dentro de si. A delicadeza havia parado assim como o momento para se lamentar.

— Teria dito que precisava falar com meus pais para prepará-los. — Rose respirou fundo. Não era brincadeira nem exagero. Ela balançou a cabeça de leve para a prima muito certa das próprias palavras. — Eu ia chamá-lo para passar o Natal conosco nA Toca. 

Roxanne começou a sorrir, exclamando:

— Isso!

— Ia dar a ele um livro de presente de Natal. Algum de Transfiguração ou de Poções, eu sei como ele gosta.

— Isso! — continuou Roxie, sacudindo as mãos. — Mas por que não algo mais romântico?

Rose começou a rir. Era inevitável!

— Como sentar com a vovó Weasley para tricotar um cachecol? — A risada saiu anasalada, e ela fungou, passando a mão no nariz e no rosto. Não ia chorar, queria apenas fazer as pazes. Precisava resolver aquilo! — Ele ficaria muito bem com um preto com seu nome no finalzinho em dourado. E tricotar não deve ser tão difícil.

Roxanne fez uma careta. É, aquilo era brega. Mas como não ser? Ela era uma Weasley.

— Consegue imaginá-lo no Natal da família? Com toda aquela energia caótica?

— Ia ver ele ser babado pela tia Ginny — completou, ainda se divertindo com a ideia. — Mas o que realmente quero é convencer o papai de que ele será um namorado incrível.

Com um grito, Roxanne se levantou de uma vez!

— Isso! Isso!

— Vou beijá-lo debaixo do visco, igual na sua visão. — Rose se ergueu também, pulando para fora do banco. — E para isso acontecer, preciso de um plano para ele me desculpar!

Roxanne assentiu. Abraçaram-se outra vez. Se Scorpius não a deixava se aproximar na escola, precisava encontrar uma brecha para conversarem, e Albus era a pessoa certa para abrir esse caminho. Rose Weasley não acreditou em seu próprio plano, mas ele era perfeito.

Estava na hora de visitar a casa dos Malfoy.


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Notas finais do capítulo

Eu voltei, e eu vou tentar pegar essa noite para responder todos os reviews que ficaram pendentes (com vários pedidos de desculpa pela demora, sim kkkk). Eu sei, eu sei, tá todo mundo muuuito indignado com a Rose (eu inclusive kkk). Porém, eu realmente gosto desse plot dela entendendo seus próprios defeitos e se esforçando para melhorar. Personagens perfeitinhos me estressam hahahaha com exceção do Scorpius. Fora que é ótimo para o plot mais e mais problemas... O que nos leva à casa dos Malfoy! Sim, Rose vai visitar os sogrinhos hohohoho. Estou animada com isso, espero que vocês também não tenham desistido do nosso ship perfeitinho e que ainda gostem de Aprendendo a Mentir!
Um beijo imensoooooo! Até os reviews, em breveeee!



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