Sugartown escrita por brgscarolina, Kazuya De Su


Capítulo 2
Brandon


Notas iniciais do capítulo

Hieeee ♥
Voltamos com o segundo capítulos de Sugartown, essa fanfic fofa, meiga, cheia de drama familiar, irmãos mais novos que são mais maduros do que todos os outros personagens da fic, ônibus escolar amarelão e jaquetas esportivas ♥
Esse capítulo fui eu que escrevi, e espero que gostem, mesmo... y'know, sendo só o começo da fic ♥


Yay, Kazuya aqui de novo, de volta com o segundo capitulo de Sugartown pra vcs!! Nunca sei o que dizer aqui, e a gente tá só no segundo capitulo ainda ashuahus. Whaterver, espero que gostem e se divirtam!! ♥



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A garota tinha ficado me encarando parecendo perdida enquanto eu ria, até franzir o cenho e bater a porta de novo, gritando pela mãe. Parei de rir, procurando nas malas uma muda de roupa limpa para levar ao banheiro. A mãe dela seria minha madrasta agora. A segunda em muito pouco tempo.

Meu pai e a mulher que vai se casar com ele estavam nos fundos da casa, no quintal grande gramado, fazendo planos e mais planos, enquanto Rich corria atrás da cadelinha dela. Ouvi uma porta bater lá em baixo e fui até a janela olhar. Sorri de novo. Pelo menos eu tinha ficado com o quarto com uma vista panorâmica da cena lá embaixo. A filha dela andando apressada em direção à mãe e ao noivo, gesticulando, apontando pra casa, nem se ligando de que o cara que vai casar com a mãe dela é o dono do lugar onde ela trabalha e é só eu dizer a coisa certa para a demitirem.

Quando cansei de ficar olhando, fui até o banheiro para poder tomar banho.

Não fazia nem um ano que eu tinha saído da Bolton High School, quando meu pai se divorciou do segundo casamento dele, que era com uma das modelos dele e ele resolveu se mudar para uma cidade maior, e eu já estou de volta, e meu pai vai se casar pela terceira vez, dessa vez com essa viúva com uma filha da minha idade. Bem, papai também é viúvo. Mamãe morreu quando Rich tinha só cinco anos. Foi uma merda. Ele se casar com a modelo só um ano após a morte dela também foi uma merda. Ele se casar de novo agora continua uma merda.

—Brad! – Ouvi meu pai gritar enquanto eu secava o cabelo com a toalha. – Brad!

—Já vai! – Gritei de volta, largando a toalha no chão mesmo e descendo as escadas correndo. Ele estava sentado na mesa da sala de jantar, Rich continuava com aquela cachorra e a garota estava emburrada, com os braços cruzados sobre o peito, com os cabelos cacheados caindo compridos sobre os ombros e os olhos castanhos queimando quando me viram.

—Brad, pode escolher um lugar à mesa. – Disse Jane, sorrindo pra mim. Ela não era ruim, era até legal.

—Quando você ia me contar, mãe? – A garota suspirou, ainda parecendo indignada. Sorri, me sentando bem na frente dela, que me encarou franzindo o cenho antes de voltar a olhar pra mãe.

—Helena... Não fale assim. Você sabia sim.

—Não que eles iriam morar aqui. E não sobre ele. E porque ele tem que ficar no meu quarto?! – Helena apontou pra mim e eu ainda sorria a encarando.

—Filha, seu novo quarto é ótimo também. – Sorriu Jane, olhando pro meu pai. – Agora...

—Agora, vamos resolver as coisas. – Disse meu pai. Parei de sorrir, o encarando, percebendo que Helena fizera o mesmo. Os olhos azuis dele iam direto para Jane, e ele sorria enquanto falava. Olhei pra mesa, como se a madeira escura fosse a coisa mais interessante naquele lugar. Talvez fosse mesmo.

—Eu queria me mudar para a Flórida. – Disse ele, e eu fechei minhas mãos em punho. Helena arfou em surpresa, ficando inquieta na cadeira. – Mas Jane é mais sensata. Disse para esperarmos vocês dois se formarem na escola primeiro.

Pelo menos ela tinha sensibilidade.

—Isso significa que vamos continuar por aqui. – Disse Jane. – E vocês vão se mudar pra cá.

—E porque eu tenho que mudar de quarto? – Perguntou Helena.

—Rich quer ficar perto do irmão, então achei melhor colocar o Brad no seu quarto, que fica ao lado do quarto de hóspedes, que agora é o quarto do Rich. Você vai ficar no quarto ao lado da sala de estar.

—Você quer dizer no escritório?!

—Não. Quis dizer seu quarto. É bem grande, maior que seu quarto atual, querida. E assim você deixa o Rich perto do irmão.

—Não é justo. E o meu direito de opinião?

—Helena...

—E você não disse toda a verdade. Tinha me dito que eram só ele e uma criança de nove anos. Não disse nada sobre... – Ela olhou pra mim pelo canto dos olhos, logo os voltando a mãe. – Um cara de dezessete anos.

—Eu devo ter dito sim, Helena. Você e Brad têm a mesma idade, e na semana que vem vão pra mesma classe na escola.

—O que? – Acabamos falando em uníssono. Eu sabia que voltaria pra Bolton High School, mas não na mesma sala que ela.

—Quer saber, eu vou pro meu quarto. – Disse Helena, se levantando, e Jane foi atrás dela.

Depois do shopping, eu, Rich e nosso pai viemos direto pra cá. Eu ainda pensava em como seria horrível ter que me mudar de novo pra cá, aguentar esse casamento do meu pai e agora, como percebi, a filha da nova mulher do meu pai. Ela parecia gostar disso – e de mim – menos ainda, o que de algum modo era reconfortante.

—Brad? – Disse meu pai e eu o encarei. – Mais tarde devia ir conversar com Helena.

—Por que? – Franzi o cenho, o ouvindo pigarrear e franzindo o cenho também.

—Vocês vão passar muito tempo juntos agora. Na escola, e em casa... Quero que você tente se dar bem.

Segurei o riso. Ele só podia estar brincando comigo, não era possível que ele estivesse falando sério.

—Vai sonhando.

—Brad, é um pedido meu. Por favor.

—Pedido? Você nunca ouve os meus pedidos ou mesmo os do Rich. Você só liga pra você.

Eu não tinha conseguido evitar. Mas que diferença faz? Essa é a verdade e uma hora eu acabaria falando mesmo. São tantos anos sendo arrastado pra todo lado atrás dos caprichos do meu pai. Eu não fico com raiva por mim, mais um ano e eu vou me formar na escola e poder ir morar sozinho pra fazer faculdade. Eu fico com raiva pelo Rich. Ele ainda tem anos e anos pra aguentar essas merdas.

Vi quando os nós dos dedos do meu pai ficaram brancos, devido ao fato de ele os apertar com força.

—Okay, Brandon, o que você quer? Qual seu preço?

—Eu não tenho preço. Só acho que tenho pelo menos o direito de escolher meus amigos.

Também me levantei da cadeira. A cachorra, Pink, passou a minha frente e vi Rich correndo atrás dela. Pelo menos até parar e me encarar.

—Não devia falar desse jeito com o pai, sabia?

—Você não sabe de nada, Rich.

Ele deu de ombros, fazendo aquela expressão tranquila, como se soubesse que estava certo.

—Você que sabe. Eu gosto da Jane. – E voltou a correr atrás da Pink.

Olhei para as escadas e subi devagar, encontrando Jane no alto da escada, que sorriu e passou por mim. Fui até meu novo quarto, que estava com a porta escancarada. Helena estava no chão, colocando várias coisas dentro de uma caixa, para poder levar pro seu novo quarto. Cruzei os braços, me escorando no batente e a encarando, e quando ela me notou ali, sorri.

—Acho que esse é o meu quarto agora, não é?

A única coisa que eu ganhei dela foi um olhar nada amigável e eu quase dei risada.

—Calma! – Ergui os braços. – Não precisa ficar nervosa.

Helena suspirou, voltando a fazer o que estava fazendo antes, de costas pra mim.

—Ei, eu... Não me lembro de você antes na Bolton. Sempre estudou lá?

—Em uma sala diferente da sua, graças aos céus. – Ela disse, enfiando um monte de roupas na caixa grande de papelão. Eu tinha certeza de que eu teria que ajudar a carregar várias caixas lá pra baixo.

—Olha, relaxa. Eu não gosto de você do mesmo modo que você não gosta de mim.

—Essa foi a melhor coisa que eu ouvi o dia todo. – Disse, se virando de novo e me encarando. Fiz o mesmo, sondando-a para ver se conseguia descobrir se ela estava falando sério ou não. Seus olhos castanho estavam bem firmes nos meus, até ela piscar, olhando pra baixo.

—Brad? – Olhei e vi que Rich estava atrás de mim, e ele entrou no quarto, indo até Helena. – Não achei que fosse te ver aqui.

—Vim dar uma olhada no meu novo quarto. – Sorri pra ele, que sorriu, parecendo feliz, até olhar pra Helena.

—Desculpe pelo seu quarto, Helena. Quando eu disse que queria ficar perto do Brad não achei que isso significasse te tirar daqui.

Nesse momento, ela sorriu, tipo, sorriu mesmo. Toda a carranca se foi enquanto ela olhava para o Rich.

—Sem problemas, Rich. Nunca tive um irmão mais novo, mas acho que entendo.

—Tecnicamente agora somos meio irmãos.

Eu e Helena nos encaramos na hora. Quero dizer, meio irmãos? Eu sabia que compartilhávamos da ideia de que nunca nos consideraríamos irmãos.

—É, acho que sim. – Ela disse.

Pink entrou correndo no quarto, pulando nas pernas do Rich, e então os dois saíram correndo de novo, me deixando sozinho com Helena.

—Eu...

—Precisa de alguma coisa? – Ela perguntou.

—Não preciso de nada. Só sai logo daqui, esse é o meu quarto agora.

 

Já tinha passado uma semana desde aquele dia, em que todos descobrimos que agora seríamos uma grande família feliz, e a situação não melhorou muito. Pelo menos entre Helena e eu. Ou nos ignorávamos, ou discutíamos. Rich gostava cada vez mais dela, e estava sempre me contando como ela era incrível e como era boa como irmã mais velha.

Acontece, que hoje é o primeiro dia de aula, e eu vou estudar na mesma classe que ela. Como se isso já não bastasse, ainda teríamos que ir de ônibus pra escola.

—Quanto tempo mais vai demorar aí dentro? – Eu ouvia a voz abafada, doo outro lado da porta, esmurrando a madeira, e dei risada. Talvez eu estivesse enrolando um pouco no banheiro. E também, talvez eu soubesse que o cabelo todo cacheado e comprido da Helena demorava um tempo pra ficar como ela queria.

Enxaguei a boca, secando com uma toalha e finalmente destrancando a porta, sorrindo para o cabelo armado da Helena.

—Bom dia, maninha.

—Vai se ferrar. – Disse, passando pelo espaço entre eu e a porta e batendo, enquanto eu voltava pro quarto pra terminar de me arrumar.

Eu tinha perdido um ano inteiro desde que meu pai se mudou depois de terminar com Sasha, a modelo com quem ele tinha se casado. Na época eu insisti pra ficar, mas ele não tinha deixado. Eu perdi minha vaga como quarterback do time de futebol da Bolton, e fiquei muito tempo sem ver ou falar com meus amigos sem ser por mensagens.

—Bom dia. – Disse  Rich, mastigando seu cereal assim que entrei na cozinha.

—Bom dia. Cadê papai? Ou Jane?

—Saíram. Trabalho, eles entram cedo, esqueceu?

Assenti, me sentando e colocando leite e cereal na vasilha, olhando pro relógio. Ainda tinha quinze minutos até o ônibus passar, por isso comi tranquilo. Rich iria à pé para a escola dele, já que era mais perto.

Terminei o cereal e peguei minha bolsa, olhando pra porta do banheiro fechada.

—Helena, tá na hora! – Gritei e ouvi um porta bater.

Ela apareceu no topo da escada e sorriu.

—Eu sei. Estou pronta.

—Parece que conseguiu arrumar o seu cabelo. – Falei, a seguindo até a cozinha onde ela guardou o leite na geladeira e pegou uma maça.

—Eu sei o que você está fazendo e não vai conseguir.

A encarei, enquanto ela mordia a fruta e arqueava as sobrancelhas pra mim.

—Não faço ideia do que está falando.

—Vamos logo.

A segui até a frente de casa, onde o ônibus não demorou mais do que dois minutos pra chegar.

—Bom dia, Helena. – Disse o motorista, que era um homem já velho e gordo, com bigode engraçado.

—Bom dia! – Ela respondeu, e então se sentou do lado de um asiático magricela.

—Você deve ser o novo aluno.

—Isso. Brandon.

—Brad?! – Ouvi a voz conhecida e olhei pro fundo do ônibus. Era o Drake mesmo! E ele não tinha mudado nada, eram os mesmo olhos escuros, a mesma pele negra e os cabelos bem curto, com a jaqueta do time de futebol com as cores da escola, azul e amarelo, que eu não tinha mais.

—Drake! – Falei e o cara veio correndo até mim, pulando em cima de mim com tudo.

—Puta merda, Brad, você fez falta.

Sorri, sabendo que todos no ônibus nos encaravam.

—Você também. Como que tá o time?

—Chegamos nas semifinais estaduais ano passado. Eu sou quarterback agora. – Ele disse, mais sério enquanto me levava até o fundo do ônibus.

—Não por muito tempo. – Falei, e vi seu sorriso se abrindo, rindo enquanto outros caras ovacionavam.

—Ei, Drake. – Falei enquanto andava com ele assim que chegamos na escola.

—Hm?

—Muita coisa mudou? Entrou alguém diferente?

Ele deu de ombros.

—Calouros entraram, veteranos saíram, você sabe. O básico.

—Isso significa... – Falei e ele sorriu, assentindo.

—Exatamente. A Ashley ainda está por aqui. Depois que a Carla se formou, ela tomou seu lugar como capitã do time das líderes de torcida, o que, convenhamos, não é nenhuma surpresa. – Demos risada. – Elas treinam na quadra todo dia antes do primeiro tempo. Vamos passar lá por perto.

A Bolton High School continuava exatamente a mesmo depois de um ano. A mesma grama verde, as mesmas portas largas, o corredor comprido cheio de armários e a saída para o pátio. O caminho até a quadra e... as líderes treinando.

—Olha ela ali, bem no topo da pirâmide. – Sorriu Drake, me dando uma cotovelada nas costelas que me fez segurar um grunhido.

Olhei pra onde ele apontava e sorri. Ela usava o uniforme das líderes, azul e amarelo. A saia – encurtada – e o top um número menor que ficava agarrado, fazendo com que os peitos dela ficassem maiores. Ela tinha pernas compridas e era alta, com cabelo loiro e olhos azuis. Era a garota mais bonita daqui quando saí da escola.

—A rainha da Bolton. Foi a rainha do baile de inverno e do baile de boas vindas, e planeja conseguir o mesmo esse ano. Ela vai conseguir...

—Não é pra menos.

—Fecha a boca, cara. – Drake disse, rindo. – Vai voltar pro time?

—Com certeza. Vou falar com o treinador ainda hoje.

—Sobre isso... – Ele coçou a cabeça, desviando os olhos e franzindo as sobrancelhas. – O Treinador Bingley acabou sendo dedurado. Falaram que ele fazia “mais do que devia” com algumas alunas e ele foi demitido. Agora é a treinadora Heart.

—Treinadora Heart?

Ele assentiu.

—Ela é mais durona que o Bingley. Foi graças a ela que chegamos às semifinais.

Assenti. Nem tudo podia continuar igual.

—Já sabe em qual sala você está?

—Peguei meus horários há uns dias. Meu primeiro tempo é cálculo. – Franzi o cenho. Ninguém merece.

—Estamos na mesma classe então. – Drake estendeu o punho, como fazíamos, e eu fiz o mesmo.

—Maravilha!

—Sabe quem também está nessa turma? – Ele sorriu, olhando pra trás e arqueando as sobrancelhas.

—Não!

—Sim. Só falta saber se ela ainda sabe quem é você...

—Vai se foder. – Xinguei, rindo com ele enquanto andávamos em direção ao prédio abafado e velho onde teríamos nossas aulas.


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Notas finais do capítulo

Bem, é isso!! ♥
Eu e a Masquerade esperamos que vocês tenham gostado do capitulo!! ♥ Obrigado por lerem!
Bom, planejamos postar um capitulo por semana, ou seja, o proximo sai domingo que vem!! (se não tivermos nenhum problema é claro) ♥
Thanks de novo, e deixem seus reviews que são muito importantes pra gente, recomendações, favorite a fic e compartilhe também. ♥



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