Sugartown escrita por brgscarolina, Kazuya De Su


Capítulo 1
Helena


Notas iniciais do capítulo

Hi ♥ Sou eu, Masquerade. Well, feliz dia dos namorados e pra comemorar voltei com uma nova fic sim. Sugartown é um projeto meu e do Kazuya De Su, e a gente já pensava nessa fic fazia um tempo já até a gente tomar vergonha da cara pra escrever e postar. Como vocês viram o nome da fanfic é Sugartown e isso não significa absolutamente nada. Brincadeira, vocês vão entender. É uma história cheia, lotada, abarrotada de clichês. Super cheia de clichês. Você sai de um e cai em outro, sério, e é isso que faz dessa fic uma coisinha bem gostosinha pra vocês lerem.
Esse é o primeiro capítulo ♥ Espero que gostem ♥

~~

Kazuya here. Bom pessoal, como a Masquerade disse, Sugartown é um projeto bem antiginho já, mas acabou saindo só agora mesmo T-T. Essa é minha primeira fic, eu to com aquela compulsão de ficar achando pelo em ovo, mas enfim. A gente tentou passar algo bem leve na fic, tem muitos e muitos clichês ( que nós amamos) e acho que vocês vão se divertir bastante lendo. Eu e a Masquerade vamos revezar na escrita dos capítulos. Esse primeiro foi escrito por mim Kazuya De Su, espero que vocês gostem *-*



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Sabrina revirava as várias caixas cheias de scarpins espalhadas pelo chão, enquanto reclamava de todo mínimo detalhe dos sapatos intercalando com seus insultos, a maioria deles voltados a mim. Não que eu já não estivesse acostumada.

A garota pegou o par de um dos scarpins e calçou.

— Ugh... Essa cor é horrível! Não tem nada de bom gosto nessa loja?

— O problema aqui não é a loja – Respondi quase sussurrando.

Alexandra que estava sentada no puff da frente mexendo em seu celular soltou um riso. Eu com toda minha maturidade, quase não resisti a me juntar a ela, mas consegui me segurar, Sabrina tinha uma personalidade horrível, mas ainda era uma cliente.

A garota me olhou com ódio.

— Olha aqui, você trabalha aqui, devia ter um pouco mais de educação com as clientes, você sabe quem... – A partir dali parei de prestar atenção no que ela falava, como se já não soubesse todo aquele sermão de cor, ainda mais com a voz esganiçada dela. Sabrina era bem bonita, não posso negar. Cabelos longos, olhos castanhos, e tinha umas sobrancelhas lindas ali também, mas a personalidade... Como já disse, era horrível. E não é toda garota que compra sapatos baseada em horóscopo. Ainda assim, era melhor do que aguentar sua amiguinha, Ashley, a qual Sabrina seguia pra todo lugar como um cachorrinho. Ashley trabalha em uma Boutique em frente à loja da qual eu trabalho, e por algum motivo, implicava comigo desde a sétima serie, não que eu faça questão de saber o por quê.

Meus olhos vagaram pela loja, eram 3:30 da tarde, meu turno acabava as 4:30, mas os ponteiros pareciam travados, o tempo não passava. Alexandra continuava ali esperando meu turno acabar, sentada balançando a perna e mexendo em seu celular, seus dedos eram extremamente rápidos como sempre.

Eu continuava olhando em volta, quando a porta automática abriu e um senhor alto, vestido em roupas sociais e com um sobretudo preto entrou na loja. Ele parecia bem irritado enquanto gritava em seu celular. Atrás dele ele entrou também um adolescente. O garoto era bem musculoso, alto, tinha cabelos curtos espetados, a cor era um loiro escuro, devia ter a minha idade ou um pouco mais velho. Ele mexia no celular sem interesse algum, mas não parecia estar prestando atenção em mais nada a sua volta. E eu, por alguma razão, não conseguia desviar meus olhos dele.

—... lena... Helena! – ouvi a voz esganiçada atrás de mim, virei em direção a Sabrina que parecia ainda mais irritada por ter sido ignorada.

— Qual é o seu problema! Kareeen! Preciso de você, Helena é uma inútil!

De trás de uma das prateleiras, a garota com os músculos faciais mais enferrujados que eu já havia conhecido apareceu. Sempre mascando um chiclete e de cabelo preso, Karen trabalhava na loja junto comigo, e apesar de sua poker face constante, ela entendia muito mais do que eu sobre sapatos, pelo menos quando se falava de sapatos compatíveis com horóscopo.

Juntas, as duas foram em direção a uma das prateleiras enquanto Sabrina reclamava de porque tinha gente como eu trabalhando ali. Eu olhei para os scarpins e as caixas jogadas no chão, todas espalhadas e com os pares trocados, suspirei, e comecei a arruma-los nas caixas certas.

— Como você a aguenta aqui toda semana? – Alexandra perguntou, tirando os olhos de seu celular pela primeira vez.

— Eu mesma não sei – respondi.

Terminei de arrumar os sapatos nas caixas e as empilhei para leva-las ao fundo da loja e coloca-las de volta no estoque. Não havia muitos clientes, então estava fácil para andar pela loja sem derrubar tudo. Foi o que pensei.

Enquanto ia em direção à porta dos fundos, meu ombro se chocou com o braço do garoto perto do balcão. As caixas fugiram das minhas mãos e se espalharam pelo chão novamente. O celular do garoto saiu voando e foi para perto de um dos manequins da loja. Ele olhou em minha direção com raiva.

— Desculpa, eu...

— Qual o seu problema? – ele me cortou – Será que dá pra olhar por onde anda?

Eu não sabia como responder. Alexandra levantou do puff e veio em nossa direção não muito contente.

— Você obviamente estava atrapalhando ela passar. Por que não olha mais a sua volta? Ou é verdade que homens só conseguem fazer uma coisa de cada vez?  – Alexandra encarava o garoto de forma nada amigável.

— Que? Olhar mais em volta? Ela esbarrou em mim! – ele retrucou apontando o dedo em minha direção.

— Ah, serio?

— Alexandra, tá tudo bem! – tentei acalma-la, entrando entre os dois, e a separando dele.

— Não Helena... Olha, porque você não faz um favor a todos nós, pega seu brinquedinho ali no chão, e vaza daqui?

O garoto hesitou por um segundo.

— E quem você acha que é pra me mandar fazer alguma coisa?

— E quem você acha que é pra me contrariar?

O garoto abriu a boca pra responder, mas fechou novamente alguns segundos depois. Foi em direção ao celular caído no chão e o pegou.

— Garota demente!

— Garoto escroto!

Ele passou por nós indo em direção a saída. O senhor que continuava a falar no celular sem ter percebido tudo que havia acontecido ali olhou em direção ao garoto.

— Brad?

— Tô esperando lá fora! – E com isso o garoto passou pela porta automática e saiu da loja.

Assim que a porta automática se fechou eu respirei aliviada. Os scarpins estavam todos espalhados pelo chão novamente, eu abaixei e comecei a coloca-los nas caixas. Alexandra também se abaixou e começou a me ajudar.

— Acho que já deu de gente irritante por hoje. Odeio esse tipo de cara!

Alexandra continuava irritada, ela terminou de arrumar os scarpins nas caixas e as empilhou pra mim. Enquanto tentava equilibrar a pilha de caixas, andei em direção à porta dos fundos e coloquei os sapatos de volta no estoque. Depois de arrumar tudo voltei à loja, Sabrina estava no caixa com uma sacola, Karen arrumava a bagunça que a garota tinha deixado na prateleira e Alexandra estava do outro lado da loja na máquina de café.

— Helena. – A gerente da loja me chamou enquanto conversava com o senhor de sobretudo. Eu fui na direção dos dois

— Helena, você já pode ir por hoje, vamos fechar um pouco mais cedo. Ah... Esse é o senhor Miller, dono e CEO da “Extravaganza”, incluindo essa filial, e acabou de chegar à cidade.

Como é? Ele é dono da loja? E a gente discutiu com o filho dele? Eu olhei para Alexandra que assoprava seu cafezinho excessivamente.

— Prazer. – O senhor estendeu a mão em minha direção com um largo sorriso no rosto, nem parecia o mesmo que estava gritando no celular alguns minutos atrás.

— Prazer. – respondi apertando a mão dele.

— Helena também estuda no Bolton High School.

Também?

— Ah, que coincidência, meu filho Brad começa a estudar lá a partir da semana que vem...

— Cof, cof... – Alexandra começou a tossir enquanto engasgava com o café.

—... Espero que se deem bem. – completou o senhor.

Eu tentei dar um sorriso, que acabou saindo extremamente forçado.

— Com certeza... – respondi. Meus olhos automaticamente se voltaram para a saída da loja, onde o garoto continuava lá, parado, falando no celular, e não parecia estar com o humor muito bom.

É... As chances de nos darmos bem eram bem baixas.

Alexandra e eu saímos da loja e fomos para a praça de alimentação do shopping. Assim que sentamos em uma das mesas da lanchonete, um garoto de olhos puxados e cabelo preto veio anotar nossos pedidos. Desmond é um dos meus amigos mais próximos junto com Alexandra. Pode se dizer que nós três somos inseparáveis. Ele era um aluno de intercâmbio de Singapura que acabou mudando de vez pra cidade há uns três anos. Desmond é um nerd autodeclarado, ele sempre “emprestava a borracha” pra gente nas provas em troca de assistirmos Star Wars com ele, mas Alexandra e eu sempre acabávamos dormindo no começo do filme.

— Helena? Já saiu do trabalho? Foi demitida de novo?

— Não!! Fechamos mais cedo.

— Hum... E ai, o que vão querer?

— O de sempre! – respondeu Alexandra

Desmond olhou pra ela, suspirou e guardou a caneta.

— Não sei por que ainda meu dou ao trabalho de vir anotar o pedido de vocês...

Alexandra começou rir e fez um sinal com a mão pra ele ir buscar logo o pedido. Desmond começou a andar em direção a lanchonete.

— E não esquece os canudinhos! – gritou Alexandra ainda entre risos, Desmond apenas concordou com a mão sem virar na nossa direção e entrou na lanchonete.

— É verdade, já faz um tempo desde a última vez que você foi demitida... – disse Alexandra olhando pra mim.

— Cala boca! – respondi em um tom de brincadeira.

Continuamos conversando enquanto esperávamos os pedidos chegarem, o humor da Alexandra parecia já ter melhorado bastante.

"Bzzz Bzzz" meu celular começou a vibrar

— Ugh... Minha mãe... Alô?

"Filhaaa!!! Desculpa te incomodar no serviço."

—Tá tudo bem, eu sai mais cedo...

"Você pode passar a Confeitaria perto da Estação e pegar o bolo que encomendei?"

— Bolo?

"Sim... Ele chega hoje, esqueceu? Ah... vamos ter que mudar seu quarto pro primeiro andar!"

— Ahn?... Ah... Certo... – respondi sem prestar muita atenção.

"Não vai esquecer o Bolo."

— Tá...

"Ah, não... Pink... não sobe na cama..."

— Mãe, vou desligar...

"Pink... não!"

Apertei o botão vermelho do celular. Alexandra me observava com um sorriso no rosto.

— Quem tá chegando hoje?

— O novo "noivo" dela tá vindo pra fazer uma visita.

— Que? Ela casou de novo?

— Ainda não, mas a cerimônia já tá marcada.

— E como ele é?

— Não sei, ainda não conheci... Mas parece que já teve outras duas esposas, e eu vou ter um novo irmãozinho.

— Irmãozinho?

— Nove Anos.

— Ugh! Crianças! – Disse Alex, fazendo uma careta engraçada.

Eu dei risada. Alexandra não se dava muito bem com crianças e cachorros.

Alguns minutos depois Desmond voltou com nossos lanches. Ele acabou sentando e ficou conversando com a gente até seu chefe dar um grito pra toda a praça de alimentação ouvir sobre como ele estava negligenciando o trabalho, ele ficou bem vermelho, e depois de entrar na lanchonete, não saiu mais.

Eram por volta de 5:30 da tarde quando Alexandra recebeu uma ligação de seu treinador de salto com vara. Sim, ela era uma esportista nata e treinava com um grupo de universitárias. Eu a acompanhei até a estação, a gente acabou se separando depois dela pegar o metro pra Universidade local. Eu fui em direção à confeitaria e depois de pegar o bolo, fui direto pra casa. O bolo balançou um pouco no táxi, e eu acabei comendo uma ou duas cerejas dele, mas acho que nem dava perceber.

Abri a porta de casa da melhor forma que consegui. Assim que entrei vi um par de tênis infantil logo na porta.

— Parece que eles já chegaram...

A casa estava quieta, entrei na cozinha e deixei o bolo e o recibo em cima do balcão. Ouvi alguns barulhos e a Pink latindo no fundo da casa.

— Mãe... O bolo tá aqui na cozinha!

Sem resposta.

Voltei à sala e comecei a subir as escadas pra me trocar e voltar pra cumprimenta-los. Eu estava exausta, meus pés estavam doendo, e não via a hora de pular na minha cama!

Abri a porta do quarto, e... Bem, como descrever... Tinha um garoto seminu na frente do meu guarda-roupa.

Meu queixo caiu. Eu não estava babando ,eu acho, mas não conseguia manter minha boca fechada. O que diabos estava acontecendo ali? O garoto me olhava tão surpreso quanto. Em alguns segundos minha fixa caiu, meu rosto começou a ficar quente, eu devia estar muito, muito vermelha. O garoto abriu a boca pra falar algo, mas eu bati a porta antes.

Coloquei minhas mãos no rosto. O que foi aquilo, ele definitivamente não tinha nove anos! A imagem do garoto voltou a minha mente, seu rosto e a luz do sol vindo da janela iluminando seus cabelos loiros espetados... Calma... Loiros? Não pode ser!

Escancarei a porta novamente. O garoto continuava parado lá, atônito. Eu o observei por alguns instantes

— Por que você tá na minha casa?

Brad me olhava com os olhos escancarados

— Sua... Casa?

Continuamos nos encarando em silêncio por alguns segundos. Lentamente a expressão de Brad começou a mudar, um sorriso se abriu em seu rosto e ele começou a rir.  Brad me olhava com um olhar malicioso enquanto seu sorriso de orelha a orelha continuava estampado em seu rosto. Naquele momento eu ainda não entendia o motivo daquele sorriso, mas em um futuro não muito distante, viria a descobrir que aquele garoto, Brad Miller, transformaria minha vida em um verdadeiro inferno.


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Notas finais do capítulo

Well, guys, é isso aí ♥
Obrigada por terem lido e eu e o Kazuya esperamos que vocês tenham gostado o/
É só o primeiro capítulo, mas esperamos que vocês continuem acompanhando a fic [ainda tem muito clichê pra acontecer] ♥

O próximo capítulo provavelmente será postado no domingo que vem...

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